Os Deuses da Mitologia escrita por kagomechan


Capítulo 1
CARTER - 2 anos depois


Notas iniciais do capítulo

oi gente!! fic nova que tava me coçando pra começar. precisou-se de muito estudo de mitologia para fazer ela. ainda não sei quais personagens do mundo de Rick Riordan vão poder aparecer. Sei que muitos vão aparecer, mas, não sei na totalidade quais serão eles uma vez que ainda está lançando os livros das Provações de Apolo e eu realmente não quero mexer com o que o Rick Riordan está escrevendo ainda para que assim eu possa juntar essa fic com a das Provações de Apolo quando ela acabar :3



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CARTER

Realmente não estou no humor para fazer qualquer introdução. Mas vamos lá. Meu nome é Carter Kane e pode-se dizer que minha vida está longe de ser normal. Você acreditaria que em pleno século 21 existiria alguém que falaria “Hey, sou um faraó” e essa pessoa não estaria mentindo? Pois é. Esse sou eu. Prazer, Carter Kane, faraó da Casa da Vida há uns dois anos, mas que está se desesperando com a possibilidade de entrar numa universidade. Ah, sim, a Casa da Vida, também conhecida como Per Ankh, é a organização egípcia de magos criada pelo próprio deus Thoth, o deus egípcio da sabedoria.

Muita coisa aconteceu nos anos recentes. Cerca de três anos atrás descobri que eu e minha irmã somos descendentes de duas longas linhagens de faraós, descobrimos a existência dos deuses egípcios, derrotamos muitos monstros e dois anos atrás derrotamos o mais complicado, uma serpente chamada Apófis. Depois da luta,  os deuses egípcios se mandaram do mundo humano (inclusive, até descobrimos que deuses gregos também existem, pois conhecemos um tal de Percy e Annabeth pouco depois disso, longa história), mais só um deus egípcio ficou aqui, o Anúbis. E aí que está o problema que me faz não ter humor de fazer essa introdução, mas terei que fazer isso já que minha irmã não está em condições.

Minha irmã, Sadie, cresceu praticamente a vida inteira longe de mim. Ela é apenas dois anos mais nova, atualmente tenho 17 anos e Sadie 15. Se você nos encontrar na rua, nunca dirá que somos irmãos, pois não poderíamos ser mais diferentes. No momento, minha irmã está trancada no quarto chorando rios de lágrimas, e não a culpo. Odeio vê-la desse jeito, mas não sei mais o que fazer. No  entanto, eu a entendo. Eu também estaria assim no lugar dela. Eu conseguia ouvir daqui do sofá sala os choros que vinham do quarto dela e suspirei, sem mais saber o que fazer. Cada choro dela que eu ouvia era como uma facada no meu coração.

 - Ela ainda está do mesmo jeito né? – disse uma voz atrás de mim. Eu me virei e me deparei com Anúbis, o deus Anúbis. E tinha que admitir que até em mim doesse ver que era “só” Anúbis. O único consolo vinha do fato de poder notar que ele parecia tão preocupado com Sadie quanto eu. 

  - Sim. – respondi com um suspiro – Não sei mais o que fazer.  Você não saberia fazer algo mais? Sendo o deus da morte e tudo mais...

— Raramente tenho que lidar com vivos numa situação como essa e... O fato de ser a Sadie deixa tudo mais complicado. – respondeu ele.

— Se como deus não dá, e como namorado dela? – perguntei.

 - Exatamente a parte do mais complicado ainda... – disse ele suspirando e olhando em direção para onde ficava o quarto de minha irmã.

Pois é. Minha irmã namorava um deus. Mas ai você pode dizer “mas poxa Carter, ele bem que podia tentar fazer mais por ela”. Bem, concordo que está bem complicado. Deixe-me explicar, ou tentar explicar, tudo que aconteceu. É meio complicado, então tente não se perder.

Quando eu e Sadie descobrimos a existência dos deuses egípcios, não demorou muito para ela acabar tendo uma... Quedinha... Por Anúbis. (Era muito irritante ter que a ouvir falando como ele era bonito). Nesse meio tempo, ela começou a ter uma quedinha por outro rapaz, um mortal normal... Ou quase... Chamado Walt. Walt também era do sangue dos faraós, descendente do próprio Tutancâmon. O triangulo amoroso era o menor dos problemas para Sadie. Enquanto Anúbis usufruía de uma quantidade infinita de anos de vida no futuro, os anos de Walt estavam contados uma vez que ele estava amaldiçoado e tal maldição não tinha cura aparentemente. Quando estávamos perto de nossa batalha com Apófis, Walt quase morreu pela maldição, mas, para deixar ele vivo, Anúbis usou Walt como hospedeiro até porque para Anúbis seria muito difícil namorar Sadie já que ele só pode aparecer em lugares de luto e morte (e ter encontros o resto da vida em cemitérios não parece agradável. Nem vou entrar na problemática de ele não envelhecer).

Depois que nossos maiores problemas com Apófis terminaram, até que esse relacionamento a três da minha irmã estava dando certo. Voltamos todos a ir pra escola, treinar nossos magos (ah sim, aqui em casa é cheio de outras crianças e adolescentes que tem sangue de faraó e nós as treinamos em luta e magia), lutar contra monstros ocasionais e todas essas coisas normais na vida de todo adolescente. Mas tudo foi por água abaixo no começo dessa semana. Walt agora estava de fato morto. E por isso que agora era “só” Anúbis que olhava preocupado para a porta de Sadie. Entenda, ele tentou ir consolar ela (mais de uma vez), mas acho que só ver o rosto dele no momento está a machucando demais. Deve estar trazendo memórias do Walt à tona.

Agora estou aqui com minhas preocupações divididas entre Sadie e toda a situação que levou à morte de Walt.

O dia que tudo aconteceu começou  como só mais um dia normal, até mesmo para os padrões normais de “normal”. Estávamos voltando da escola. Eu, Sadie e Walt/Anúbis. Andávamos pelas ruas do Brooklyn quando um homem careca, mas de barba preta bem generosa decidiu correr em nossa direção e esbarrar com força em Walt/Anúbis. O homem era forte e musculoso, acho que o braço dele era do tamanho da minha coxa. Tinha nariz adunco e o grosso braço estava coberto de cicatrizes. Ele os empurrou para um corredor estreito daqueles que nenhuma pessoa com o juízo perfeito entraria numa cidade grande como aquela. E nesse corredor tinha um portal que não sei bem para onde nos levou, só sei que era um lugar bem deserto, só podia ver areia, pedra, montanhas de pedra e mais pedra.

— Ah! – Minha irmã gritou quase no mesmo instante já sacando sua varinha e entrando no portal.

— Sadie! Pera! – eu gritei de volta já correndo atrás da minha irmã enquanto ela nem deu sinal de ter me ouvido.

Quando eu e Sadie aparecemos do outro lado do portal, o portal se fechou e notamos que apesar de ter levado um forte empurrão do homem sem nome, Walt/Anúbis conseguiu não cair no chão e já estava invocando do Duat uma espada egípcia (chamada Kopesh) e aparando o golpe que o homem sem nome também dava com uma espada recém-invocada.

— Olá Anúbis... Quanto tempo não nos vemos eim? – disse o homem sem nome com um sorriso meio maníaco que chega arrepiava os cabelos da nuca.

— Zababa... – disse Walt/Anúbis.

  - Você conhece esse cara do nome tosco? – perguntou Sadie já estava aparentemente preparando um feitiço, provavelmente também preocupada em atingir os namorados.

— Pois é – disse o tal Zababa – infelizmente, pra mim, não sou seu adversário hoje, Anúbis.

— Ãh? – isso foi tudo que Walt/Anúbis teve tempo de dizer antes de, debaixo da areia, surgir um grande rabo que o agarrou pela cintura e o puxou pra longe o lançando no ar para horror de Sadie que deu um grito. Eu mal tive tempo de ver a enorme criatura que saiu de um monte de areia e que era a dona daquele rabo, um enorme dragão parecido com uma serpente que saiu voando para devorar Walt/Anúbis no ar. A criatura era verde musgo e era facilmente maior que um caminhão, talvez do tamanho de um avião. O dragão era longo como os dragões chineses mas era claro que não era um dragão chinês pois seu rosto não parecia com o daqueles que aparecem em filmes, nas comemorações do Ano Novo Chinês e coisas do tipo.

Não tive tempo de pensar no que fazer quanto ao dragão, pois Zababa partiu em direção à minha irmã que estava mais distraída. Invoquei do Duat minha própria Kopesh e parti pra luta mano-a-mano de espadas contra o tal Zababa. Era bem prático conseguir usar o Duat, o submundo egípcio, como um bolso que podia ser acessado de qualquer lugar. Bem melhor que a bolsa da Hermione.

A movimentação trouxe Sadie de volta, ela não parecia saber quem ajudar, mas, acho que acabou decidindo por me ajudar (já que teoricamente Walt tinha Anúbis e Anúbis tinha Walt).

— A’max! – gritou minha irmã invocando a palavra divina do fogo. Não que isso parecesse ter afetado muito Zababa, ele conseguiu aparar o meu golpe e quase me derrubar e então atacar Sadie. Que conseguiu, no último segundo, usar o feitiço de ‘N-dah’ criando um escudo ao seu redor.

Quando eu quase caí, pude ver como a luta entre Walt/Anúbis e o dragão ia. O dragão estava preso em faixas de linho (daquelas usadas em múmias) gritando e tentando se livrar delas ou arrebenta-las embora a maioria resistisse. Aparentemente, Walt/Anúbis não estavam mais em risco de morte por queda de grande altura, pois já estavam de pé no chão invocando uma armadura para proteção. Vendo assim os dois me faz lembrar o quão prático pode ser numa luta ter um deus dentro de seu corpo. O problema, no entanto, é que também é muito irritante e desconfortável.

Notando que eu deveria ajudar minha irmã, me levantei o mais rápido que pude e recomecei a atacar Zababa com todos os tipos de golpes que eu havia aprendido com Hórus. Sadie também tentava usar sua combinação de feitiços tentando também não me acertar (grato). Mas o cara era bom e ele lutava como um selvagem. Às vezes conseguíamos acertar golpes que pareciam o afetar, mas no geral, era o contrário.

Queria saber como estavam indo as coisas contra o dragão, embora duvidasse que estivessem muito melhores já que né... Um dragão é um dragão. Enquanto eu me perguntava isso, vi com o canto do olho uma coisa estranha. Parecia um búfalo, só que muito maior do que o que se espera de um e ele tinha asas e parecia muito mais demoníaco. Apostei, infelizmente, que era um reforço para o dragão e Zababa. Odeio ter que admitir que acertei. Talvez julgando que o dragão precisasse mais de ajuda, (ou talvez por outro motivo, como eu teria mais tarde pensado), o búfalo foi participar da luta contra o dragão. Provavelmente, nessa hora que Sadie mais ficou com vontade de ir ajudar os namorados, pois, não vi bem o que aconteceu, Anúbis me contou depois, o tal búfalo atravessou Walt/Anúbis como se fosse fumaça e desapareceu. Segundo Anúbis me disse, no começo não fez muita diferença e eles continuaram a lutar contra o dragão invocando agora seus guerreiros chacais, mas a cada segundo que passava, encontrava mais dificuldade em continuar a luta e a manter as faixas de linho segurando o dragão se sentindo cada vez mais fraco.

Enquanto isso, perdíamos feio para Zababa. Distraída pela luta de Walt/Anúbis que não parecia estar indo muito bem, Sadie começou a ficar mais desleixada. Sendo ele um adversário formidável, um ótimo lutador, muito difícil para eu ou até mesmo ela derrotarmos cada um por si (e tenho minhas dúvidas se juntos daria mais certo), a luta começou a ficar ainda pior para nós.

Eu via que as pernas de Sadie estavam tremendo, seus olhos iam rápido de Zababa para o dragão. Sua bochecha e braço sangravam e eu obviamente não queria que se machucasse. Ela também estava ficando quase tão suada quanto eu. Pergunto-me agora se ela já estava ficando sem magia. Acho que sim, porque eu já estava ficando sem forças e estava também sangrando na coxa e sentindo uma dor forte nas costelas.

— Até que duraram bastante tempo, mortaizinhos egípcios – disse Zababa enquanto sua espada se transformou num machado. Sadie tentou nos envolver a ambos em um escudo mágico com a magia que restava, mas eu percebia que o escudo falhava.

Foi nessa hora que várias coisas aconteceram ao mesmo tempo. Um portal surgiu acima do ombro direito de Zababa, dele caiu Walt/Anúbis enquanto o dragão de longe gritava frustrado pelo inimigo que fugiu dele. Walt/Anúbis, aparentemente bem fraco, se agarrou à Zababa e rapidamente Zababa passou por todos os estágios de putrefação até virar um monte de pó sobre o qual Walt/Anúbis caiu. Sem forças e erroneamente momentaneamente aliviados, eu e Sadie caímos de joelho, mas esquecendo de que ainda tínhamos o dragão para lidar. Dragão esse que já estava indo rapidamente em nossa direção, eu e Sadie notamos isso e tentamos arranjar forças para nos levantar e lutar. Mas, deixando o vento carregar o pó que um dia foi Zababa, Walt/Anúbis usou a força que tinha para se jogar em nossa direção e nos agarrar nos levando por um portal por ele aberto quase ao mesmo tempo em que o dragão passava veloz por onde estávamos tentando nos usar de café da manhã. Se tivessem demorado um segundo a mais, eu não estaria aqui contando tal aventura.

Quando abri os olhos, ainda estávamos cercados de areia e pedras, mas dessa vez, na frente de uma casa feita também de pedras e na nossa direção corria preocupado um homem diferente. Não sei se era careca também, pois ele usava um chapéu estranho. Não tinha barba, só um bigode generoso e sobrancelhas tão generosas quanto o bigode. Usava uma roupa meio excêntrica. Tanto sua roupa quanto seu chapéu eram simplesmente colorido demais. Ao prestar mas atenção, notei que a roupa parecia meio árabe. Só meio. Roupa típica talvez?

— Anúbis... Para onde você nos trouxe? – perguntou Sadie, até porque provavelmente a escolha de lugar não vinha de Walt. Mas ela ficou pálida ao olhar para os namorados e então eu resolvi olhar também e fiquei igualmente pálido. Walt/Anúbis pareciam fracos. Mal tinham forças para se manterem de joelhos, o corpo tremia e tossiam e cuspiam sangue enquanto a expressão mudava de raiva para dor. 


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Notas finais do capítulo

e é isso. espero que gostem!! XD depois tem mais! muito mais! bolei cada treta! nossa!



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