We Found Love escrita por sweetie


Capítulo 4
Thomas




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O filho bastardo do Rei estava cavalgando com dois homens da Guarda Real. Ele não tinha a mesma moleza que seu irmão mais novo, e não ficava na corte o dia inteiro conversando sobre política e treinando para ser Rei um dia, ele tinha que trabalhar. Bom, não precisava. Mas era melhor do que ouvir Elizabeth reclamando do filho bastardo do marido que não fazia nada, e ele tinha que pensar no futuro. Não poderia ficar vivendo embaixo das asas do pai para sempre, e trabalhando na Guarda, ele conseguia juntar algumas economias.

Agora ele estava patrulhando a floresta, em busca do ladrão da confeitaria. Esses assuntos mais banais que só atormentam o povo, não podem perturbar o sossego de Charles ou muito menos do Rei. Thomas e os homens da Guarda que deveriam cuidar deles.

Depois de duas horas procurando, um dos guardas aparece segurando um homem pelo braço - o ladrão, Thomas presumiu. Encontraram o ladrão.

— Se não me soltarem, eu vou amaldiçoá-los. - ameaçou o homem, sua voz era pura raiva, mas seus olhos transbordavam medo.

— Ele vem me ameaçando o caminho inteiro. - riu o guarda mais alto, que trouxe o homem. - Com bruxaria, vê se pode!

— Vamos fazer assim. Nós te damos uma espada, e se você ganhar um combate com o bastardo do Rei, nós o deixamos ir. Se não, nós o executamos aqui mesmo. - disse Robb, o mais novo nos guardas. Ele amava esses joguinhos.

— Não. - discordou o outro. - Se ele perder, nós o levaremos para o castelo. Nada deixaria o Rei mais feliz do que fazer um espetáculo para decapitar um feiticeiro.

Sem muitas opções, o homem pega a espada que o mais alto jogou para ele no chão. Thomas observou o que qualquer pessoa que tivesse olhos poderia ver: o homem não tinha nenhuma habilidade com a espada.

— Vai ser covardia lutar com ele. - disse Thomas, guardando a sua espada.

— Está com medo de uma derrota? - perguntou Robb, rindo.

— O homem mal sabe segurar a espada. - Thomas se abaixa, e pergunta ao homem. - Por que você roubou a confeitaria? Seja honesto, sou muito bom em reconhecer um mentiroso.

— Eu queria alimentar minha família. - disse o homem, segurando as lágrimas.

— Por que uma confeitaria? Doces não é o tipo de comida mais satisfatória. - disse o guarda mais alto.

— Meu Senhor, qualquer comida é satisfatória quando se está morrendo de fome. - disse o homem, e completou olhando para Thomas. - Minha filha mais nova, eu prometi que levaria algo especial para seu aniversário.

Thomas observou o homem por alguns minutos, e disse decidido. - Deixem-no ir.

— O que?

— Ele está falando a verdade.

— Muito obrigado, Senhor. - o homem só faltava beijar os pés de Thomas, o que não era para menos, ele iria ser executado. - O Senhor será recompensado.

— Pelos bruxos. - zombou Robb. - E não importa o motivo, ainda é um ladrão. Devemos executá-lo.

— Eu disse para deixá-lo ir. - insistiu Thomas.

— E eu devo receber ordens de um bastardo?

— O bastardo, filho preferido do Rei? Eu acho que sim.

— O Rei vai gostar de saber que um feiticeiro está vivo, que escapou entre nossas mãos. - protestou o guarda mais alto.

— O Rei tem assuntos mais importantes. - Thomas concluiu. Se duvidar seu pai nem iria se importar em ouvir os relatos sobre a fuga de um ladrãozinho de confeitaria. - E em quem você acha que ele vai acreditar? No próprio filho ou em um guarda qualquer?

— Bastardo. - Robb cuspiu na neve, com ainda mais raiva do que antes.

Thomas ignora, e se volta para o homem que ainda estava agachado. - Levante-se... - ele diz, ajudando o homem a se colocar de pé.

— Robert, Senhor. - diz o homem, ainda amedrontado.

— Qual o nome de sua filha, Robert?

— Amelia.

Thomas tirou um saquinho de biscoitos que levava para a viajem, e entregou a Robert. - Dê lembranças do bastardo do Rei a ela.

O outro guarda, John, que até então estava em silêncio - era seu primeiro dia patrulhando, ele era novo no trabalho - perguntou:

— Como você consegue saber se ele estava mentindo ou não?

— Eu sou filho do Senhor meu pai. - disse Thomas. - E não é difícil identificar os honestos quando se cresce em uma corte.


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