Mais que uma escolha escrita por nanacfabreti


Capítulo 15
Perto do céu




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O sol brilhava com força no céu, e o clima estava ameno e agradável, aquela calmaria não combinava em nada com que eu tinha pela frente.

Alex havia me servido café na cama, bem cedo subiu com uma bandeja repleta de coisas, inclusive um potinho de porcelana cheio de brigadeiro de colher, ainda quente.

—Pedi para a cozinheira fazer, pelo menos sei que isso você não vai recusar —ele afirmou com certa timidez , sentando-se do meu lado.

Olhei para tudo aquilo e depois para ele, eu o amava de uma forma absurda. Sabe quando a pessoa sorri para você e tudo passa a fazer sentido? Era assim que eu me sentia com Alex.

—Obrigada. —Toquei seu rosto e ele fechou os olhos para receber meu carinho. —Por tudo, tudo mesmo.

Permanecia sem apetite, mas não rejeitei o brigadeiro, estava com pressa, aquele era o fim de semana do dia das mães e eu imaginava que mais do que nunca, a floricultura precisaria de mim. Não dava para pensar em como meus pais ficaram depois da fatídica notícia.

—Você volta hoje? —Alex acompanhou-me até o carro.

Respirei fundo em seu peito.

—E eu consigo ficar longe de você? —indaguei, sabendo a resposta.

Ele segurou meu rosto e me beijou delicadamente.

—Não sabe como me faz bem ouvir isso, e Maria Cecília... —ele me apertou com força em seus braços — nada do que eu fizer por você, chegará perto de tudo o que abriu mão por mim, por nós. Eu nunca vou me esquecer disso.

Era tudo o que eu precisava ouvir, depois de outro beijo, entrei no carro e segui rumo a Monte Real, pronta para a maratona de explicações que eu teria de dar.

—Lia, me diga que você estava com Marcus e que vocês se acertaram — minha mãe começou a falar assim que colocou os olhos em mim.

Ela preparava o café na cozinha, sentei-me à mesa, tomada por uma onda de tranquilidade. Era inegável que a atitude de Marcus, tirara um grande peso das minhas costas.

—Mãe, não tem mais, Marcus e eu — expliquei gesticulando com as mãos. —Acabou de verdade.

Ela deixou um copo cair, o barulho do vidro quebrando me assustou.

—Você acha que é assim, Maria Cecília? —ela gritou. —Tem ideia de tudo o que já está pronto, de tudo que já está pago e de todas as coisas que vocês ganharam? —ela começou a argumentar, a voz saiu estrangulada.

—Eu sei mãe —levantei-me —,e vou falar com todo mundo. Eu vou resolver isso.

Ela cruzou os braços e riu com sarcasmo.

—Vai resolver? Isso é uma desgraça, Maria Cecília! Se esse casamento não acontecer ,eu não vou conseguir colocar a minha cara na rua, nunca mais.

—Por que acha que essa vergonha toda tem de ser atribuída a você? —Elevei também meu tom de voz. —Isso só diz respeito a mim e ao Marcus e, honestamente, estou  pouco me importando com o que essa droga de cidade vai pensar.

Ela arregalou os olhos e depois começou a chorar.

—Isso só pode ser um pesadelo! —sussurrava em meio às lágrimas.

—Bom, eu vou para a floricultura — avisei já partindo.

 Eu não precisava de mais uma dose de drama.

 Mal coloquei os pés para fora e comecei a colher os frutos do meu “não casamento”. Duas mulheres, vizinhas de casa, conversavam na rua e assim que me viram começaram a cochichar. Aquilo nem era do meu perfil, mas estranho seria, se eu estivesse normal.

Atravessei a rua e sorrindo fui falar com elas.

—Bom dia — cumprimentei correndo os olhos pelas duas. —As senhoras já devem saber que Marcus e eu não vamos mais nos casar, certo?

Ambas fizeram cara de espanto, obviamente não esperavam pela minha abordagem.

—Lia querida, eu...eu não... — uma delas começou a gaguejar.

—Tudo bem —toquei seu braço —, devolveremos todos os presentes em mãos, caso tenham nos dado um, é claro. —Saí sem deixar que elas me respondessem nada. — Sinto muito, pela coisa toda da comida de graça. Tenham um bom dia.

Estava feito, se alguém ainda não sabia, seria por pouco tempo.

—Bom dia Lucia.

—Bom dia Lia... Está tudo bem? —ela perguntou desconfiada.

Parei por um instante e me autoanalisei.

—Que ninguém nos ouça... —sussurrei. —Mas sim , apesar de tudo, eu me sinto bem, como há tempos não me sentia.

—Então é mesmo verdade o que estão dizendo?

—É, não vai mais ter casamento —confirmei.

—Que ninguém nos ouça —Lucia inclinou-se em minha direção segredando-me. —Para mim você fez a coisa certa, o Marcus é mesmo um amor, mas você nunca olhou para ele como olha para aquele branquinho de Santo Valle.

Cobri meu rosto com as mãos, Lucia era mesmo muito esperta, como eu já imaginava.

—Você sempre soube, não é?

—Desde que ele veio encomendar aquele vaso de orquídeas e peônias anos atrás —ela riu —,vocês dois pareciam adolescentes apaixonados.

—Ai Lucia, você nem imagina como foi louco o nosso envolvimento. Nossa história é daquelas que só vemos nos livros.

Lucia apoiou seus braços no balcão onde eu estava e suspirou.

—Você tem sorte Lia, isso não acontece com todo mundo e aproveite, as melhores histórias de amor são essas que surgem do inesperado, que nos tiram do lugar comum e que nos deixam sem chão —ela aconselhou-me, segurando minhas mãos.

 Sem chão não era bem a definição, na verdade, Alex me deixava nas nuvens, e eu não queria descer de lá.

 Sorri para ela, era bom poder falar de Alex com mais alguém que não fosse a Gabi. Lucia sempre foi muito legal comigo, mas naquele exato momento suas palavras foram tão coesas, que não resisti, dei a volta no balcão e a abracei, era como eu podia agradecê-la.

Aquele foi um dos dias mais movimentados dos últimos tempos na floricultura. Vendemos todo o nosso estoque de vasinhos de violetas, sem contar nas dúzias e mais dúzias de botões de rosas. Esses eram os dois itens mais baratos da Florista e, como todos estavam sedentos por notícias, acabavam gastando um pouquinho para não dar na cara que estavam ali, apenas para ver a quase noiva.

 Perdi as contas de quantas vezes respondi a mesma pergunta, sem falar nas especulações, sim, porque as teorias que surgiram sobre o nosso rompimento eram as mais variadas, algumas chegavam até a me divertir, mesmo aquilo não tendo graça alguma.

 Minha mãe realmente acabou não dando as caras, preferiu ir trabalhar na floricultura de Alana, o quê para mim foi ótimo. Não seria fácil lidar com a pressão vinda dos dois lados; só tinha um porém, se ela quisesse mesmo fugir de todo aquele disse me disse, talvez tivesse que começar a considerar a ideia de mudar de cidade em definitivo.

Dava para perceber que aquele assunto renderia. Isso, porque ninguém sabia a versão original dos acontecimentos, de forma que eu constatei: as coisas podiam mesmo, ser bem piores.

                                           ****************

—Você não pode estar falando sério Gabi! —Saltei da cama de Alex, ainda confusa e sonolenta.

 —Se pudesse te mandava uma foto, Lia. —ela ponderou. —Primeira página e tem até uma foto sua com o Marcus.

 Alex, que até então dormia profundamente, abriu os olhos e fez um sinal com as mãos, queria saber o que estava havendo.

—Gabi, obrigada por me avisar e...bem, depois a gente se fala... —Encerrei aquele telefonema, chocada com o que acabava de ouvir.

 Voltei para a cama e me sentei de frente para Alex.

—O que aconteceu Maria Cecília? —Alex preocupou-se tocando meu ombro.

—Aconteceu que a Gabi acaba de me contar que o cancelamento do meu casamento é matéria de primeira página no jorna de Monte Real. Com foto e tudo!

 Alex arregalou os olhos e levou as mãos até a boca.

 —Você está brincando!

 Afundei minha cabeça no travesseiro e desejei mesmo que aquilo fosse uma brincadeira.

—Minha mãe deve estar surtando a essa altura. Ela mal fala comigo, e o fato de eu estar dormindo fora quase todas as noites só tem piorado as coisas... —choraminguei. —Agora isso veio pra fechar com chave- de -ouro.

—Notícia num jornal... —Ele me encarou com uma das sobrancelhas levantadas. —Isso significa que você e seu... e aquele cara... vocês são algum tipo de celebridade na sua cidade?

—Rá! Rá! Rá! — Fingi gargalhar. —Como você é engraçado! Estamos falando de Monte Real, Alex, naquele lugar qualquer coisa toma proporções gigantescas.

  Ele ficou sério por um breve momento, estava pensando em alguma coisa.

— Tem versão online desse jornal? —ele me perguntou e não parecia estar brincando. —Fiquei curioso para ler essa matéria.

 Balancei a cabeça e depois passei a estapeá-lo, enquanto ele ria divertido.

—Acha graça? —Eu estava sobre ele.

—Não—Alex segurou meus pulsos — ,eu só estava pensando que de um jeito ou de outro você seria capa desse jornal. —Ele roubou-me um beijo.

—Como assim? —Fiquei curiosa.

—Eu já disse Maria Cecília...eu a sequestraria, daria um jeito. Só posso afirmar uma coisa... Eu não deixaria você se casar. — Puxou-me para o encontro dos seus lábios.

Bem, não era como se Angelina Jolie e Brad Pitt se separassem, mas chegava perto disso. Todos da cidade tinham seu exemplar do jornal, por isso, comecei a considerar a possibilidade de pedir comissão ao jornaleiro, era bem provável que aquele fora seu dia mais lucrativo.

 Na floricultura, lá estava meu pai, também com o bendito jornal nas mãos, assim que cheguei, ele dobrou as folhas, colocando-as sobre o balcão.

“ O FELIZES PARA SEMPRE QUE NÃO ACONTECEU” — Esse era o título da reportagem e sob ele, com letras menores: “Cancelado sem maiores explicações, aconteceria nesse fim de semana, o “sim” que Santo Valle toda esperava para ver.”

 Á baixo, ocupando um quarto da página do jornal, uma foto de Marcus e eu, uma que fora tirada na noite de sua formatura.

 —Lia, veja a proporção que isso tomou. —Meu pai tirou os óculos e coçou os olhos, parecia cético.

 —Essa gente... — Balancei minha cabeça inconformada. —Nessa cidade, me surpreenderia se fosse diferente. E minha mãe, como ela está lidando com isso?

 Lucia que ouvia tudo sem fazer nenhum comentário, aproximou-se.

 —Lia...digamos ela não está lá muito contente com  a sua fama —ela abriu aspas com os dedos —, a Stela até esperava que você fosse capa desse jornal, mas por conta das suas bodas...

 Meu pai deixou seus olhos perdidos em algum ponto atrás de mim, depois tocou o meu ombro.

  — Precisa entendê-la, isso se iguala a um furacão, e têm mais, esses seus sumiços noturnos... —Ele tentou ponderar as coisas e ainda deu um jeito de cobrar minhas noites fora de casa.

 Eu não podia explicar aquilo, não ainda, embora soubesse que meus pais não eram bobos, talvez, dentro de tantas possibilidades latentes, eles já imaginassem o que estava acontecendo.

 Sem mais me estender, comecei a preparar-me para outro dia de trabalho, ou melhor, para mais um dia trabalhoso.

 A maratona de perguntas depois da reportagem só aumentou, e nos dias subsequentes, minha esperança de que o assunto fosse esquecido se tornava cada vez mais distante, já que as pessoas pareciam não ter outro assunto e, aproveitando para parafrasear Cade Harisom de meninas malvadas, quando não estavam falando do meu quase casamento, as pessoas torciam para que alguém tocasse naquele assunto, para assim poderem voltar a falar sobre ele.

 Minha mãe também permanecia bastante chateada comigo, peguei-a chorando pelos cantos por diversas vezes, era como se fosse seu próprio casamento a ser cancelado.

 Houve um dia em que reuni as quatro meninas que seriam minhas damas de honra, para um pedido mais formal de desculpas. Dei a elas uma breve explicação, claro, em cima da versão criada por Marcus, e tirando a Gabi que sabia de toda a verdade, Emily, Marina e Carol, pareciam acreditar que partira dele a ideia daquele término, os olhares que me davam, eram de pena.

 Elas e mais um percentual significativo da cidade, pensavam da mesma maneira, e aquilo era apenas um reflexo da forma com que a sociedade, de um modo geral, enxerga a  nós, mulheres.

 Ainda hoje, o casamento dos sonhos, parece sempre ser atribuído ao sexo feminino, e por isso, era mais prático pensar que eu, a doce Maria Cecilia Cortezi, filha dos donos da floricultura especializada em tornar o dia do “sim”, mais magistral, tivera tomado um belo pé na bunda, dias antes do casamento, afinal, que garota em sã consciência dispensaria um partidão como o amável Dr. Marcus Demetri?

De qualquer jeito, eu não ligava, e se as pessoas preferiam pensar assim, ótimo! Era mesmo muito melhor para mim.

 Dezoito de maio, enfim aquele dia havia chegado, e fazia uma manhã linda.

—Como se sente sabendo que á esta hora, estaria se preparando para o seu casamento? —Alex abraçou-me pelas costas e descansou a cabeça na curva do meu pescoço.

Em pé na sacada do seu quarto, aproveitava o vento quase gelado que sacudia as folhas das palmeiras que ficavam próximas da piscina. Meus pensamentos, ao contrário do que ele imaginava, não estavam no meu, mas sim no casamento de sua irmã, no dia em que nos conhecemos.

 —Eu nem deveria estar dizendo isso a você, mas eu estava mesmo me recordando o dia em o vi pela primeira vez, ali. —Apontei para a piscina relembrando exatamente de tudo, inclusive dos aromas que aquela festa tinha. —Eu nunca vou conseguir olhar pra lá e não pensar em nós dois, não canso de fazer isso.

 —Disse que foi sua mãe quem a mandou ir dar o recado naquele dia, não foi? —ele perguntou num murmuro.

—Foi... e acho que se ela imaginasse no que isso culminaria, não teria permitido sequer, que eu viesse trabalhar no casamento da Chiara. — Acabei rindo.

 — Assim que puder falar com ela, vou lembrar-me de agradecê-la...agora, tem uma coisa que eu também não me canso de fazer. — Alex me puxou para seu colo e tomando-me em seus braços, carregou-me de volta para sua cama.

 Eu usava uma de suas camisetas, apenas isso e nada mais. Ele colocou as mãos por dentro dela e o calor de sua pele fez meu corpo arrepiar.

—Eu não me canso de fazer isso Maria Cecília. —Ele sussurrava enquanto seus lábios exploravam meu corpo.

 —Eu já disse que te amo, hoje, Alexandre Collerman? —indaguei puxando-o por seu topete farto.

  —Não, mas nem precisa. —Ele sugou minha boca de forma sensual. —E sabe de uma coisa? Eu me sinto o cara mais sortudo do mundo, Maria Cecília...

Eu não trabalharia naquele sábado, já estava tudo certo para que a floricultura não abrisse então meus pais resolveram manter daquele jeito. Não posso negar que era muito estranho pensar que se eu não tivesse escolhido ficar com Alex, aquele dia em Monte Real estaria sendo completamente diferente.

 Minha decisão acabou influenciando a vida de um monte de gente, e por fim, entendi que essa era a questão. Se naquele dia eu fosse mesmo me casar, a maioria dos moradores dali, estariam de alguma forma envolvidos e ansiosos pela hora do sim, arrumando-se, programando horários e se organizando para fazer parte de uma festa muito importante, o momento em que um casal resolve demonstrar seu amor na frente das pessoas que são relevantes em sua história.

Quantos não haviam comprado uma roupa nova? Ou mais, quantos estavam contando nos dedos, a chegada de nossas bodas para comer doces diferentes e beber um bom champanhe? Sim, porque minha mãe fez tanta propaganda, que para muitos daquela cidade, o casamento de Maria Cecília Cortezi com Marcus Demetri, seria a festa de suas vidas, e com o cancelamento da mesma, naquele sábado as pessoas apenas viviam mais um dia comum.

Perdida nessas teorias e achismos, assustei-me ao virar à esquina da rua onde morava, e me deparar com uma movimentação incomum. Dezenas de pessoas olhavam para o céu, como se vissem algo sobrenatural.

 Estacionei o carro e desci, imaginei que talvez Monte Real estivesse prestes a se tornar a nova Varginha.

 —O que está acontecendo? —perguntei ao dono da padaria, já olhando para cima, imitando a todos que estavam ali.

 Realmente havia algo sobrevoando aquele espaço, mas não era um disco voador e sim um helicóptero, voava muito baixo, tanto que o barulho do motor incomodou meus ouvidos.

 —Essa coisa está dando voltas já tem uns quinze minutos.... —ele comentou sem olhar para mim.

 A cada instante mais e mais pessoas se aglomeravam na calçada, eu me arriscaria a dizer que, praticamente cem por cento dos moradores, permaneciam na mesma posição: cabeça voltada para o alto e as mãos fazendo sombra nos olhos para protegê-los do sol ardido.

 Entre cochichos e especulações , depois de cinco minutos ele parou. Sobre nós, uma chuva de pétalas de flores coloridas começou a cair .O  vento as levava para longe mas o perfume dominou toda a rua.

Para as crianças foi diversão, elas corriam tentando pegar as pétalas, antes que elas chegassem ao chão. Já os adultos, imediatamente se voltaram para mim, como se eu pudesse explicar o porquê de aquilo estar acontecendo.

  Olhei para os lados, eu também estava curiosa, quem quer que fosse a pessoa a ter encomendado aquele absurdo, teria de aparecer.

 Em meio às minhas próprias teorias internas, enquanto nos meus ouvidos o nome Marcus chegava em diversos tons de voz, papéis começaram a ser lançados do helicóptero. Do tamanho de cartões de visita e de várias cores, eles plainavam lentos, antes de caírem no chão, e talvez por isso, a maioria que estava ali tentava caçá-los no ar.

Estiquei o braço, sobre meu carro havia três , quando segurei um deles, pude ver que uma frase estava impressa e não vou negar, senti meu estômago enjoar.

  “Em meio a tantos motivos que tenho para te esquecer,

   insisto em agir guiado por apenas um...

   Aquele que me faz querer lutar por você!”

 A frase era a mesma em todos e nenhum deles fora assinado, mesmo assim, mesmo sem um remetente específico, centenas de pares de olhos estavam em mim, como se esperassem uma resposta.

  Olhei mais uma vez para cima e por fim o helicóptero parecia estar partindo de uma vez por todas, peguei meu celular e disquei para ele. Aquilo não fazia o menor sentido, e apesar de um ato daqueles, ser totalmente a cara do Alex, nós estávamos bem, e aquela frase se encaixava mais no meu roteiro com Marcus...

—Maria Cecília... —Alex atendeu na terceira chamada.

—Há minutos atrás fui atingida por uma chuva de pétalas de rosas e de papeis com declarações... Não foi você quem encomendou isso, não é? — questionei, certa de uma resposta negativa.

 Alex permaneceu em silêncio e eu já estava arrependida de ter ligado, era bem possível que ele ficasse enciumado.

—Alex...Eu, eu só liguei porque estou perdida, e nem sei se isso tem mesmo a ver comigo...

 Ele nada me respondeu e depois de um chiado, a ligação foi encerrada.


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