A estratégia escrita por HeloLovegood


Capítulo 9
Ala hospitalar


Notas iniciais do capítulo

Oi amores, só quero avisar que a fanfic está nos capítulos finais.
Boa leitura.



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Hermione ouviu risadas e olhou por cima do ombro de Harry, observou Malfoy sorrindo cochichando algo com o garoto que acertou o balaço em Fred. Ela não conseguiu se controlar e começou a caminhar com passos decididos na direção deles.
Harry e Rony foram atrás, enquanto Jorge acompanhou Hagrid até a ala hospitalar para fazer companhia ao irmão.
– Você, sua serpente asquerosa! - Ela exclamou tremendo de raiva e sacou a varinha posicionando no rosto de Malfoy.
– Hermione, não vale a pena. - Rony falou, assustado. - Ele é meu irmão, mas também rebater com violência só vai nos fazer ficar igual a eles.
– Ron tem razão Mione, não vale a pena. - Harry concordou e segurou o braço dela, a fazendo caminhar para longe de Malfoy, mas ele começou a sorrir.
Ela soltou sua mão com brutalidade e voltou acertando um chute no meio das pernas de Malfoy que caiu no chão agonizando e resmungando.
– Você vai pagar, ai...- Gemeu de dor. - Sua sangue ruim imunda...ai...olha o que você fez, posso ficar sem fazer filhos...
– Nós não temos tanta sorte! - Ela exclamou, ainda tremendo de raiva voltando pro castelo, dessa vez, foi Rony quem a abraçou e o trio foi embora, deixando Malfoy caído no chão.
***
Uma semana depois, Fred continuou desacordado. Ele havia quebrado às costelas do lado direito, onde o balaço tinha atingido e torceu o tornozelo pela queda da vassoura.
Hermione fora o visitar todos os dias, não largava a mão dele um minuto sequer e permaneceu ali durante horas, contando o que acontecia durante a ausência dele.
Naquele momento, ela aproveitou uma aula vaga, antes de feitiços e foi visitá-lo. Quando chegou na ala hospitalar, o observou dormindo sereno, os arranhões da queda que era numa das sombracelhas estava quase cicatrizado, ele não usa camisa, apenas uma faixa branca enrolada nas costelas e seu tornozelo, madame Pomfrey tinha curado usando um feitiço.
– Srta. Granger, não deveria está na aula? - Perguntou assim que a viu sentada na beirada da cama e segurando a mão dele.
– Não, tenho aula vaga. Porquê ele não acorda?
– Bem, ele bateu forte com a cabeça quando caiu da vassoura, por isso demora alguns dias, para recobrar a consciência.
– Mas já faz uma semana. - Retorquiu ficando desesperada.
– Perante a isso, não é nada que eu possa fazer senhorita, temos que aguardar.
Hermione assentiu e acariciou a mão dele delicadamente.
– Estou sentindo tanta sua falta. - Ela começou sentindo lágrimas formando. - Tenho tantas novidades. Acho que Harry finalmente desistiu de Cho Chang, aquela garota insuportável. Angelina Johnson parece que se convenceu que perdeu você, fiquei sabendo que estava saindo com McLaggen. Aquele garoto é um nojo, não sei como alguém consegue ter algum tipo de relação afetuosa com ele, então acabei chegando a conclusão que o amor dela por você não deveria ser tanto assim, pois nenhum dia, veio visitar você ou saber como você estava. Harry anda bastante estranho ultimamente, amor. - Ela parou para respirar e deu um beijo na testa dele. - Ele fica intercalando a mente com você sabe quem, eu temo cada vez mais por essa situação, tenho medo que você sabe quem tenha um plano referente a isso e que Harry vá atrás dele sozinho como um louco. - Ela parou novamente pensando nos próprios devaneios e depois continuou. - Mas como amiga vou ajudá-lo no que ele precisar. Só Merlim, sabe o que deve está passando na mente dele nesse momento. Ele já passou por tantas coisas e mesmo assim, quando eu preciso, ele está lá me consolando. Ele me considera uma irmã e ele também é meu irmão. - Ela terminou com um sorriso enorme no rosto e quando virou para Fred, esse sorriso desapareceu aos poucos e às lágrimas voltou novamente. - Por favor, acorda. Eu não consigo mais viver sem seus beijos, seus carinhos, sem seus abraços protetores, sem nossas brigas... Eu não consigo mais viver sem você.
***
Hermione estava no salão principal, mas não conseguia comer nada, a angústia não deixava.
– Você precisa comer, Hermione. - Rony falou terminando de comer ou melhor devorar uma coxa de frango. - Fred não iria gostar que você não se alimentasse.
– Eu não estou com fome. - Ela desabafou largando o talher no prato vazio. - Fred está uma semana, na ala hospitalar. Eu estou preocupada e ele é seu irmão. Como consegue comer tanto assim, quando seu irmão está na enfermaria?
– Estou com fome. Eu Também estou triste e preocupado com Fred, mas também não vou me matar de fome por causa disso. - Rony retorquiu bravo e pegou um pedaço de torta de abóbora.
– Me desculpa, você tem razão. - Ela falou entristecida.
– Ele vai ficar bem, Mione. - Rony a consolou.
– Eu sei que vai. - Ela concordou otimista.
Olhou para o lado e percebeu Jorge também sem tocar na comida. Sua aparência havia mudado muito naqueles dias. Seus olhos estão tristes, o cabelo despenteado, tinha também emagrecido um pouco e com orelhas recém nascidas debaixo dos olhos, resultado das noites mal dormidas.
– Cadê o Harry? - Ela perguntou sem desviar a atenção de Jorge.
– Ele ficou dormindo. Faz dias, que não consegue dormir direito. Acho que fica tendo pesadelos com você sabe quem.
– Ele deveria aprender oclumência. - Ela falou ficando mais nervosa. - Isso é muito perigoso.
– Ele sabe Mione, mas...- Rony se interrompeu nem ele mesmo sabia, porquê Harry não bloqueava sua mente.
Jorge se levantou da mesa e começou a caminhar com passos largos para fora do salão, sem querer prestar atenção nos olhares de pena dos outros.
– Eu vou tentar descansar um pouco. - Ela falou também saindo do salão principal.
Quando virou num corredor, pôde vê-lo começando a caminhar para fora do castelo e indo na direção do campo de quadribol. Estava escuro ali fora e poderia arrumar uma detenção caso Filch a encontrasse. Mas resolveu arriscar, ele precisava de um ombro amigo.
Jorge ficou encarando o gramado e de repente começou a chorar.Hermione foi correndo atrás dele e o abraçou apertado. Ambos precisavam desse carinho naquele momento.
– Eu deveria ter impedido Hermione. Eu também sou batedor, era minha função proteger os alunos contra os balaços e meu irmão... Eu não fiz nada.
– Não, você não é culpado de nada Jorge. Quem é culpado disso tudo é Malfoy. - Ela o confortou e ficou passando às mãos no cabelo dele, o acalmando. - Ele está bem, não corre riscos de vida e madame Pomfrey é uma ótima medibruxa, ela vai trazer ele de volta para nós. - Hermione terminou, mas sem interromper o abraço. - A única culpada disso sou eu. Talvez se eu não tivesse chamado a atenção dele naquela hora, poderia ter visto o balaço.
– Você não é culpada, suas intenções eram às melhores, você só quis alertá-lo. - Falou se afastando e enxugou às próprias lágrimas. - Vamos fazer um combinado? Nenhum de nós dois fica se culpando?
– OK, combinado. - Ela falou dando um meio sorriso e enxugou às lágrimas também.
– Meu irmão soube escolher finalmente uma namorada decente. - Ele falou fitando Hermione que constrangeu. - Obrigado pelo consolo, estava precisando.
– De nada. Sempre que quiser desabafar. - Ela falou simpática e ficou um silêncio entre eles.
– Vamos voltar? - Jorge perguntou.
– Vamos. - Ela falou começando a caminhar.
Eles foram juntos para o salão comunal, quando chegaram, Jorge se despediu dela dando um aceno de cabeça e foi pro dormitório masculino.
Ela sentou no sofá e ficou observando por alguns minutos, a lareira, enquanto o único som do aposento era dela. Hermione sentiu a dor de cabeça voltando, dessa vez, mais forte e aguda que jamais tinha sentido antes. O mesmo clarão da outra vez também apareceu e começou a ter várias lembranças que passou rapidamente.
Havia se lembrado como conheceu os gêmeos. Descobriu como eles eram engraçados e também que a ignoravam. Todas às lembranças que surgiam, nenhuma parecia sendo afetuoso com ela, Fred praticamente nem sequer a olhava na cara.
Foi quando se lembrou do ano anterior, quando tinham resolvido participar do torneio tribruxo de qualquer maneira e tomou aquela poção para envelhecer, somente para conseguir ultrapassar o círculo mágico da taça e se inscreverem, mas mesmo ela alertando que não iria funcionar, eles prosseguiram e ficaram velhos demais com cabelos e barbas brancas.
Vagando mais pelas lembranças que ainda surgia, percebeu que Jorge era quem parecia ser mais amigável com ela. Por último, se lembrou daquele dia das crianças.
Ela se lembrou de cada conversa e detalhe daquela noite, principalmente da discussão que tiveram. Ela ameaçando contar aquela atrocidade para a sra. Weasley, saindo do salão comunal pronta para seguir pro corujal. Estava decidida que queria mandar a carta aquela noite mesmo, somente pelo fato de ter sido desafiada.
Mas se lembrou que, naquele momento, quando estava virando um corredor percebeu alguém parado atrás dela parecendo sacar sua varinha e foi atingida pelo feitiço, antes mesmo que tivesse tempo de reagir.
Ela caiu no chão do tapete, ainda sentindo dores fortes na região da cabeça, mas às memórias tinham parado.
Ela começou a chorar, lágrimas escorria pelo seu rosto sem parar e começou a juntar todos os quedra cabeças. Era inteligente o suficiente para descobrir sozinha que nunca teve nenhum envolvimento amoroso com Fred, pelo a contrário, nenhuma das cenas que surgiram havia falado mais que duas palavras com ela, somente na memória das crianças que pareceu manter uma conversa que, na verdade havia sido uma discussão por mais tempo.
Seu coração doeu muito naquele momento, era como se alguém pegasse seu coração e ficasse o espremendo, até que parasse de bater e não restasse mais nada. Ficou sem ar, não conseguia respirar direito, a angústia, mágoa, tristeza, decepção não fazia querer ter vontade de existir. Se sentia fraca demais, triste demais, estava literalmente desabando, quando chegou a conclusão que tudo aquilo foi uma farsa.


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