A estratégia escrita por HeloLovegood


Capítulo 5
Febricolate


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura



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– Então você acredita no Rony? - Hermione se afastou dele, às lágrimas escorrendo pelo o rosto.
– Não sei...- Harry falou enxugando às lágrimas dela delicadamente. - Eles...talvez, isso pode ser uma aposta.
– Aposta? - Hermione perguntou incrédula e aumentou o choro.
– Eu não sei...eles apostam tantas coisas Mione, apostaram até eu jogando com Rony.
– Harry...- Ela começou tentando controlar às lágrimas, mas falhou.- Você se lembra daquela noite, quando eu sair daqui e só voltei com os dois. O que você realmente se lembra? O que eu tinha feito antes de sair daqui? - Hermione perguntou aflita.
– Bem, vocês tinham...- Harry foi interrompido pelo buraco do quadro sendo aberta e Fred entrou carregando consigo uma enorme quantidade de comida, incluindo bolo de caldeirão, tortinhas de abóbora, sapos de chocolate e mais algumas outras guloseimas e quando os reparou ali, sorrio meio sem jeito.
– Oi. - Falou se aproximando deles. - O que aconteceu? - Perguntou reparando na garota que estava em plantos.
– Vou deixar vocês dois sozinhos. - Harry falou subindo às escadas.
Fred sentou onde Harry estava alguns segundos antes e fez questão de enxugar todas às lágrimas dela e a puxou para um abraço e ela mesmo contra gosto resolveu aceitar.
– Sabe, namorados costumam contar o que acontece.
– E também respeitam o tempo um do outro. - Hermione retorquiu.
– Tem razão. - Falou beijando a testa dela. - Se não quiser, não precisa contar. - Falou acariciando os volumosos cabelos dela.
– Não é nada. - Falou ainda chorando e com voz embargada.
– Nada, não faz ninguém chorar. - Fred retorquiu. - O que o idiota do meu irmão aprontou dessa vez? - Falou sério e se referindo ao Rony.
– Ele não aprontou nada... É só que, eu não consigo diferenciar você e Jorge. - Hermione falou meia verdade. - Estou me sentindo culpada até agora pelo o que aconteceu.
– Hermione. - Fred falou a observando melhor; Seus cabelos estavam desgrenhados, seus olhos inchados pelas lágrimas e neles transmitiam tristeza. - Vou te contar uma coisa que não acho que seja segredo para ninguém. Mamãe também não sabe nos diferenciar, sei que somos parecidos, não é o fim do mundo, se eu não fosse um dos gêmeos, acho que até eu confundiria. - Fred falou simplesmente. - Eu tenho uma marca de nascença no pescoço. - Falou afastando o cachecol do pescoço deixando a marca visível. A marca era duas pintas uma em cima da outra, como se fosse picada de cobra. - Eu sempre fico com sorriso no rosto, diferente do meu irmão que tem um ar mais sério e só sou um pouquinho mais baixo também, não muito, só alguns centímetros e claro, sou o gêmeo mais bonito. - Terminou de tirar todas às lágrimas dela e a abraçou apertado. - E se Rony ou qualquer outra pessoa fizer você chorar de novo, me avisa que eu vou adorar dar Febricolate nele e deixar furúnculos onde o sol não bate.
Ele terminou a fazendo rir e passando definitivamente a vontade de chorar e ambos ficaram se olhando nos olhos e antes que Fred pudesse fazer qualquer coisa, Hermione resolveu interromper o silêncio.
– O que é Febricolate?
– É um experimento que eu e meu irmão criamos. Serve para aumentar a temperatura do corpo e fazer crescer furúnculos, onde os olhos não podem ver. Jorge e eu usamos para tentar fugir do treino de quadribol, mas tivemos que jogar do mesmo jeito e sério, aqueles furúnculos crescem até naquele lugar e ainda não temos o antídoto. - Falou fazendo careta só de relembrar a dor que sentiu.
– Mas porquê inventaram algo para ficar com furúnculos? - Hermione perguntou pretendendo o riso.
– Nós só queríamos inventar algo que aumentasse a temperatura do corpo, mas esses furúnculos também aparecem e está difícil nos livrar deles.
Hermione riu muito, era uma risada alegre e contagiante e acabou que ele também sorriu, não pela conversa e sim pela risada dela, ele não tinha reparado antes o quanto o riso dela era lindo e ficou a encarando por breves segundos, abobalhado.
– E o que vocês fizeram? - Perguntou curiosa e conseguindo parar o riso.
– Tivemos que ir para ala hospitalar. - Deu de ombros. - Fico feliz que tenha ficado melhor. Nunca tinha reparado o quanto seu sorriso é lindo.
Hermione ruborizada, resolveu mudar de assunto e observando a enorme quantidade de comida que o garoto trouxe, decidiu falar sobre isso.
– Pra quê tanta comida?
– Eu estava com fome e gosto de visitar a cozinha de noite, os elfos são legais e nos dar tudo o que pedimos.
– Mas você jantou. - Ela falou incrédula.
– Mas fiquei com fome. - Deu de ombros e pegou um bolo de caldeirão mordendo um pedaço. - Você quer? - Fred ofereceu de boca cheia.
– Não. - Respondeu reparando nele. - Você é igual Rony. - Hermione falou balançando a cabeça negativamente, talvez todos os Weasley tivessem um grande apetite.
– É, pode até ser nesse sentido, mas diferente do Rony, eu paro de comer algum dia.
Hermione sorriu novamente e ficou observando o ruivo comer, até que percebeu o rosto dele sujo de chocolate.
– Está sujo aqui. - Falou apontando pro próprio rosto indicando para Fred limpar, mas quando tentou, lambuzou ainda mais.
– Ficou pior, deixa eu ajudar. - Falou se aproximando dele ficando a centímetros de distância, e limpou delicadamente o rosto do garoto e assim que parou. Observou os olhos castanhos dele que, naquele momento, não conseguiu identificar o que estaria passando por eles, pois nunca tinha visto esse olhar nele antes e percebeu ele se aproximar lentamente na direção dela, sem interromper o contato visual e antes que ela pudesse fazer qualquer coisa sentiu os lábios dele nos dela, começou com um selinho demorado, mas depois ficou mais intenso sentindo gosto de chocolate, causado pelo sapo de chocolate que ele comeu e salgado pelas às lágrimas dela, mas quando sentiu a língua dele querendo passagem, recusou e se afastou ofegante. Mas antes que deixasse Fred pronunciar algo, ela saiu correndo pro dormitório feminino sem olhar para trás.
***
Jorge estava deitado na cama e se revirou inquieto, estava esperando o irmão voltar com o lanche fazia horas, e antes que se levantasse para procurá-lo, o viu adentrando no quarto com algumas guloseimas.
– Você demorou, até pensei que tivesse comido tudo sozinho.
– Eu não sou o Rony. - Resmungou entregando o que sobrou pro irmão e deitou na cama ainda pensativo.
– Mas o que deu em você? - Jorge perguntou notando ele pensativo demais e atacou uma tortilha de abóbora.
– Beijei a Hermione. - Respondeu num resmungo.
– Não acredito. - Jorge falou engasgado com o doce. - Mas como isso aconteceu?
Fred explicou resumidamente e sem encará-lo, estava envergonhado e confuso com seus próprios sentimentos.
– Isso já está indo longe demais Fred. - Jorge retorquiu. - Você deveria já ter colocado um ponto final nessa maluquice toda.
– Eu sei, eu errei, está bem? - Fred admitiu culpado e sentou na cama. - Não tem um minuto, que eu não me arrependa, isso foi baixo demais até para mim, mas contar a verdade, eu não vou. - Falou decidido.
– Por que não? - Perguntou Jorge exaltado. - Você quer que a situação se complique mais? Você não percebe a gravidade que isso está se tornando? Você já começou a beijá-la e está começando a se apaixonar e pior disso tudo é que, você nem se dar conta disso.
– Eu não estou me apaixonando por ela. Eu gosto é da Angelina. - Fred retorquiu também ficando aborrecido. - Eu já me culpo o suficiente e não preciso dos seus julgamentos. Eu vou dormir, porquê não quero ficar brigado com você. - Falou deitando novamente se cobrindo até o pescoço e fechou os olhos ainda irritado.
– Quando se apaixonar, não diga que eu não avisei. - Jorge falou deixando a comida do lado da cama, a discussão o fizera perder a fome e também deitou querendo dormir.
Ambos dormiram aquela noite, emburrado.


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