A estratégia escrita por HeloLovegood


Capítulo 3
Plano em prática


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura



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Hermione havia entrado no dormitório feminino e começou a procurar uma poção de dor que tinha feito no inicio das aulas.
Pegou seu malão posicionando em cima da cama e procurou um pequeno vidrinho contendo um líquido transparente, quando finalmente o encontrou, virou o liquido de uma vez e sentiu a dor de cabeça latejante, como se alguém estivesse martelando seu cérebro, parar instantaneamente.
Guardou o malão, voltou para cama e começou a pensar sobre tudo o que os gêmeos haviam dito.
Hermione começou a perceber que nada parecia fazer sentido. Se tivesse realmente caído e batido sua cabeça ao ponto de esquecer memórias, não deveria está com algum corte ou machucado na região. Ela teria hematomas e seu corpo estaria dolorido, o que não é o caso. Mesmo se perdeu a memória numa queda; Como podia se lembrar de tudo, menos daqueles dois? Se aquele ruivo era seu namorado porquê iria logo esquecê-lo? Se tinha memória boa o suficiente para recordar do primeiro livro que tinha lido na vida dela.
Quanto mais ela pensava, mas confusa ficava e deitando na cama sentiu suas pálpebras pesadas e adormeceu.
Ela acordou naquela manhã de sábado, fria e chuvosa, virou para os lados e percebeu que estava sozinha no dormitório, pois todas tinham ido no salão principal.
Ela pegou uma muda de roupa confortável e entrou no banheiro dentro do dormitório e tomou um banho quente e relaxante, mas relembrou dos acontecimentos recentes na sala precisa e esforçou a memória do borrão tentando enxergar com clareza e sentiu a dor latejante voltar.
Desistiu se arrependendo do esforço e enrolou uma toalha branca no corpo, enquanto segurou uma pequena passando pelo seu cabelo úmido e quando voltou pro dormitório, encontrou uma cabeleira ruiva e que sorria para ela parecendo se divertir com a cena.
Hermione berrou segurando o nó da toalha com firmeza, como se sua vida dependesse daquilo, pois Fred Weasley estava sentado em sua cama.
***
Fred estava decidido a começar sua estratégia e reparando que todos se encontravam no salão principal, menos uma pessoa, ele resolveu ir buscá-la.
Entrou no salão comunal da grifinória e apontou sua varinha para a escada do dormitório feminino e utilizando um feitiço simples, havia anulado o feitiço de proteção contra garotos da escada e subiu rapidamente sem nenhum problema.
– O que você está fazendo aqui? - Perguntou incrédula e sentindo uma queimação pela face, estava corando. - Como conseguiu subir pro dormitório das meninas?
– Eu tenho meus segredos. - Falou sorrindo de lado.
– Vai embora daqui. Não ver que só estou de toalha? Sai daqui. - Falou segurando o nó mais forte.
– Me desculpa, eu não deveria ter subido. - Falou olhando descaradamente para as pernas desnudas dela e qualquer um poderia perceber que não tinha se arrependido coisa nenhuma.
– Sai daqui ou vai se arrepender. - Hermione falou ameaçadora e corando mais ainda, quando percebeu os olhares dele.
– Ah é? - Falou com um olhar como se dissesse "Quero ver você tentar" - E o que você vai fazer?
– Eu vou gritar e posso fazer um feitiço que você nunca mais vai esquecer na sua vida.
– Interessante. - Fred falou se levantando e se aproximando dela. - Você pode até gritar, mas só tem nós dois aqui, os outros estão tomando café e se você soltar o nó da toalha ela cai, então não vai ser tão ruim assim. - Respondeu ficando com o rosto a centímetros do dela.
– Se você encostar em mim, eu...juro que...eu juro que castro você! - Ameaçou furiosamente, como se fosse sacar a varinha e lançar um crúcio no garoto a qualquer momento.
– Eu acho que sua TPM está durando muitos dias. Anda estressada demais. - Falou tocando o queixo dela com delicadeza e ela empurrou a mão dele com voracidade e se afastou.
– Eu estou falando sério, sai daqui! - Exclamou com tanta raiva que a veia do seu pescoço estava saltando e agarrando o nó da toalha com toda força que a mão tinha ficado vermelha.
– Tudo bem! - Exclamou levantando às mãos em forma de rendição. - Não sou maluco para ser castrado. - Disse caminhando em direção a porta e a abrindo, mas antes que saísse completamente, concluiu. - Belas pernas.
E foi embora antes que um travesseiro que Hermione jogou acertasse sua cabeça.
– Ruivo idiota! - Ela exclamou enfurecida.
Hermione se arrumou colocando uma calça jeans escura, uma blusa branca e um casaco preto e um cachecol da grifinória e desceu às escadas entrando no salão comunal e começou a procurar seus amigos, mas ela viu uma cena que a deixou numa expressão tão assustadora e furiosa que ninguém do salão iria querer chegar perto dela.
Hermione havia visto o ruivo deitado no sofá, de frente a lareira, acompanhado por uma garota que tinha a cabeça posicionada em seu peito, ela sorria sedutora e passava a mão descaradamente pelo peitoral dele e ele não fazia nada para impedir, pelo a contrário, sussurrava coisas no ouvido dela.
Hermione não sabia o que estava sentindo, um misto de sentimentos se apoderou dela naquele momento; Raiva, ódio, mágoa, tristeza e nojo.
Mas mesmo se, aquele namoro fosse falso ou verdadeiro, ninguém iria brincar com os sentimentos dela daquela maneira, ela iria mostrar quem era Hermione Granger.
A garota fechou a mão em punho pronta para dar um soco certeiro,afinal sua mão estava melhor que o terceiro ano, e com passos largos e firmes se aproximou deles.
– Você. - Falou apontando o dedo na cara dele. - Sua cenoura ambulante.
– O quê? Hermione...eu...- O ruivo começou, mas foi interrompido.
– Você é um idiota! - Exclamou chamando atenção de algumas pessoas. - Como se atreve a subir no dormitório das meninas e olhar para as minhas pernas? E depois ainda ficar se agarrando com ela?
– O quê? Não acredito que você foi capaz disso. - A garota que estava com ele falou com voz de choro e levantou subindo às escadas, arrasada.
– O quê? - Ele se levantou num sobressalto. - Não é nada disso, ela deve ter enlouquecido. - O ruivo falou desesperado correndo atrás dela, mas Hermione o segurou pelo braço, o impedindo.
Antes que ele pudesse dizer qualquer coisa, Hermione começou a bater nele; Distribuindo tapas, socos e arranhões, enquanto ele, apenas segurou os braços dela tentando se defender.
– Para Hermione, você enlouqueceu. - Ele falou empurrando às mãos dela para longe que pareciam querer arrancar os olhos dele fora.
– Eu te odeio. Me trair na cara de pau e ainda correr atrás da outra...Eu acho que já tinha batido minha cabeça antes, quando pensei em pedi você em namoro. -Ela falou isso apressadamente e sem interromper os golpes.
Até que sem saídas, ele a abraçou apertado, a fazendo parar de bater nele.
– Me solta! - Ela falou com ódio. - Eu quero matar você!
– Calma, Hermione se acalma. - O garoto falou ainda abraçado com ela e Hermione aos poucos foi relaxando e começou a chorar.
– Eu sou o Jorge. - Ele falou sem interromper o abraço.
– Idai? - Perguntou seca e soluçando.
– Idai? - Perguntou incrédulo. - Eu não sou seu namorado. Você está namorando o Fred, meu irmão gêmeo.
Hermione se afastou dele rapidamente e ficou culpada observando o estrago que havia feito no garoto, a boca dele sangrava e havia arranhões no lado direito dele.
– Me desculpa, me desculpa mesmo... É que vocês são idênticos. - Ela falou com vontade de cavar um buraco e enfiar sua cabeça dentro.
– Idênticos? Hermione fala sério, eu sou o gêmeo mais bonito. - Falou fazendo ela sorrir e descontrair um pouco o clima pesado.
– Quem era ela? A garota que estava com você? - Perguntou enxugando às lágrimas.
– É a Kátie Bell. Nós estamos ficando ou estávamos, sei lá. - Falou coçando a nuca e olhando para às escadas do dormitório que a garota tinha subido em plantos.
– Me desculpa. - Hermione falou morta de vergonha, sua coloração na bochecha estava pior que o cabelo dele. - Se quiser, posso falar com ela e explicar toda a situação.
– Não, tudo bem. - Jorge falou forçando um sorriso. - Depois eu converso com ela.
Eles ficaram em silêncio e Jorge percebendo o clima constrangedor falou.
– Acho que você seria uma ótima boxeadora, aquele esporte trouxa, acho que ganharia de todas. - Jorge falou e ela deu um meio sorriso.
***
Fred estava deitado na sua cama e se lembrando da garota seminua, ele sorriu começando a achar que o plano valeria a pena e percebeu uma coisa que o intrigou, ele começou a perceber que Hermione não era mais aquela garotinha de cabelos volumosos, pequena e dentuça. Não, ela estava crescendo e se tornando uma mulher linda e com belas pernas e sorriu com o último pensando.
Virou para o lado refletindo o quanto gosta de irritar ela. Lógico que ele não iria fazer nada que Hermione não quisesse e principalmente ameaçando castrá-lo, Fred não era nenhum louco para tentar qualquer aproximação naquele momento.
Seus pensamentos foram interrompidos por Jorge que entrou no quarto machucado e com restos de sangue que sobrou da blusa.
– Está ficando com leoas, maninho? - Fred perguntou tirando sarro e se lembrando que havia o visto namorando Katie Bell.
– A leoa deve ser sua "namorada". - Falou tirando a blusa e pegando um pano passando no rosto retirando o sangue seco. - Por que foi ela que fez isso comigo.
– O que você fez? - Fred se aproximou confuso e prendendo um riso.
– Eu não fiz nada. - Falou fazendo careta com a dor. - Eu estava com a Katie no sofá e ela pensando que eu fosse você começou a me estapiar e dizendo que eu estava traindo ela e que tinha invadido o dormitório feminino e olhado para as pernas dela, eu nunca sequer vi as pernas dela, claro que eu não iria reclamar caso visse, enfim eu deduzir logo que fosse você. Hermione não queria parar de me bater e nem deixava eu explicar nada.
– Sério que eu perdi isso? - Fred falou rindo tanto que sua barriga começou a doer.
– Cala a boca Fred. - Falou com voz carregada de raiva e semblante sério. - Você apronta e eu que levo a sobra. A garota parecia uma louca me agredindo e estou sentindo os tapas que ela deu na minha orelha zunir até agora. Aquilo não é uma mão, é um taco de basebol.
– Vou me lembrar disso quando me separar. - Fred disse entre o riso.
– Torce para a memória dela não voltar, se não, você já era maninho. - Jorge falou temendo cada vez mais por aquele plano maluco.


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Notas finais do capítulo

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