Criminal Minds - I found Love escrita por Roza Hathaway Belikov


Capítulo 9
Capítulo




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“Encontre um lugar dentro de si onde há alegria e a alegria expulsará a dor.”

Joseph Campbell

 

Adalynd Doddyson

O apartamento de Spencer era incrível, era exatamente como uma grande biblioteca em construção havia diversos tipos de livros por todos os lados da sala não importa onde os olhos corressem, todos estavam arrumados em pilhas mais ou menos na altura de meu ombro. Spencer sorriu sem graça pegando alguns para tira-los do caminho.

— Eu juro que não é sempre desse jeito por aqui, tive um problema de infiltração de água há alguns meses e por conta do trabalho ainda não tive tempo para colocar todas as coisas no lugar e desculpe por isso. – Disse ele colocando os livros ao lado de outros perto da janela.

Sorri achando fofo seu acanhamento e me aproximei o abraçando pelas costas, bem firme; o fazendo congelar no lugar, então virar o corpo e me abraçar também.

— Adalynd, está tudo bem? – Spencer parecia preocupado.

— Eu adorei seu apartamento Spencer, obrigada por me trazer pra cá e cuidar de mim. – Falei levantando a cabeça para olha-lo. – E adoro livros também, não precisa ficar sem graça, por favor. Meu pai tinha muitos livros também, mas depois que ele se foi minha irmã deu todos para doação.

Spencer sorriu e me puxou para o restante da casa que se resumia a uma cozinha relativamente grande que aparentemente quase nunca era usada, um quarto perfeitamente arrumado que provavelmente pelas fotos era onde a mãe dele ficava o banheiro e o quarto dele ao qual entramos. Ele sentou na cama enquanto eu corria os olhos pelo ambiente gravando cada detalhe daquele cômodo. Era um lugar relativamente grande também, havia uma cama de casal, uma escrivaninha com mais livros e um guarda roupa enorme. Um criado mudo com a arma de serviço e uma arara com algumas roupas e também o uniforme da UAC perfeitamente limpo e passado.

— Vem cá Adalynd, por favor. – Ele esticou a mão para mim.

Sorri pegando a mão dele, sentando em seu colo e me aconchegando em seu peito e isso me fez sentir acolhida e confortável. Seu olhar era preocupado, sorri um pouco para tentar tranquiliza-lo e comecei a mexer em seu cabelo.

— Eu prometi respostas para o que estava acontecendo esses dias todos, então vá em frente e pergunte o que você quiser. Eu vou contar tudo que quiser saber. – Disse ele passando os braços por minha cintura.

— Spencer, esquece esse assusto, por favor. – Falei revirando os olhos, minha cabeça parecia que iria explodir. – Eu não sei por que essas coisas estão acontecendo comigo, mas eu não quero mais falar disso então deixa pra lá.

— Não, eu não posso esquecer esse assunto e deixar pra lá porque depois de hoje acho que as coisas vão apenas começar a piorar ainda mais e eu preciso que esteja preparada para o que pode acontecer mesmo que eu vá fazer o que puder para manter você segura. – Disse ele agora parecendo apavorado e eu entendia o porquê, pelo menos grande parte do motivo.  – Você estava certa quando disse que estávamos escondendo alguma coisa de você.  Achamos que a morte de sua irmã e o Kevin não foi acidente, foi uma vingança. Exatamente como foi com seus pais também, porque na verdade eles trabalhavam para a CIA.

— Meus pais morreram num assalto quando eu era pequena, eu estava brincando com minha irmã e por isso não acharam a gente lá. Invadiram minha casa e mataram os dois. – Falei incrédula franzindo a testa, eu realmente não estava entendendo o que estava acontecendo e também tinha serias duvidas se queria entender.

— Não Adalynd, eles foram assassinados a mando das pessoas que foram presas por eles numa das maiores operações já guiadas pela CIA juntamente com o FBI e pelo menos mais duas ou três divisões particulares. Isso eleva as coisas para outro nível. – Disse Spencer com a expressão séria agora se colocando em pé, ele foi até sua mesa parecendo procurar alguma coisa, depois se virou e me entregou arquivos com grandes letras vermelhas mostrando quer eram arquivos confidenciais e com isso percebi que ele não devia ter aquele tipo de arquivos em casa.

— Eu não acredito no que estou vendo! Você perdeu o juízo por acaso? Spencer Reid esses arquivos são confidenciais, pode me explicar porque tem copias desses relatórios na sua mesa de casa? – Perguntei arregalando meus olhos ao encarar a pasta bege. – Se descobrirem que está com arquivos do FBI sem autorização do nosso superior você pode ter sérios problemas.

— Essas são as copias de tudo que descobrimos sobre o assassinato da sua família até agora, eu não deveria te mostrar isso pelas regras já que se trata diretamente de você e isso pode comprometer a investigação e eu estava aceitando isso até que as coisas mudaram e com sua segurança em risco eu não ligo se isso vai realmente me deixar encrencado já que o Hotcher me fez prometer que não diria nada porque estava tentando proteger uma agende da UAC, mas depois de hoje está claro que poucos lugares são seguros. Então vá em frente e leia. – Disse ele cruzando os braços no peito mantendo os olhos no chão. – Eu baixei os arquivos dos computadores da Garcia enquanto ela estava pegando os relatórios com você no outro dia e tentei ser cuidadoso, mas se ela descobrir o que eu fiz talvez não conte ao Hotcher para me proteger de problemas, mas se ela contar pelo menos isso não terá sido atoa, então apenas abra os arquivos e leia.

Se eu não estivesse tão desesperada para saber o que estava acontecendo com a minha vida provavelmente daria um soco nele por ser idiota ao ponto de arriscar o emprego por mim como estava fazendo, porém a bagunça já estava feita e eu precisava de respostas e finalmente havia conseguido.

Spencer Reid

Eu sabia o que estava arriscando ao fazer aquilo sobre os arquivos confidencias, mas o preço a ser pago valeria a pena se isso pudesse garantir alguma segurança para Adalynd porque eu nunca me perdoaria se algo acontecesse com ela porque eu não arrisquei algo assim. Eu tinha medo antes porque não entendia o que eu realmente sentia em relação a ela, eu não sabia dizer o que éramos um para o outro, mas agora eu finalmente havia descoberto e quando as coisas estivessem mais calmas contaria pra ela sobre meus sentimentos.

Adalynd franzia um pouco mais a testa cada vez que seus olhos corriam uma nova página e por fim ela fechou a pasta, levantou da cama, me abraçou forte e começou a chorar.

— Calma Lynds, vai ficar tudo bem. – Falei alisando as costas dela bem devagar, mantendo-a em meu peito enquanto a puxava em direção a minha cama para poder me apoiar um pouco melhor. – Ninguém vai machucar você enquanto eu estiver aqui, eu prometo.

— Eu estou morrendo de medo Spence, eu não quero morrer e essas pessoas vão tentar me matar e vão fazer qualquer coisa para conseguir me destruir o mais rápido possível, incluindo machucar com quem me importo. – Disse ela entre soluços apertando-me ainda mais.

Não sei dizer por quanto tempo ficamos deitados em minha cama sem se mexer, ela soluçava forte em meus braços num choro continuo sem conseguir dizer muita coisa – ataques de pânico eram muito comuns em casos assim e infelizmente não havia muito que eu pudesse fazer para ajuda-la a não ser continuar exatamente como estava.

Sabe o tipo de coisa que você não planeja mais simplesmente acontece e acaba sendo a coisa mais intensa e perfeita que você poderia ter vivido? Foi exatamente assim no segundo que coloquei meus olhos em Adalynd na sala de reuniões da UAC, então acho que valeria a pena baixar minha guarda mesmo que só um pouco.

Quando ela já estava um pouco mais calma a envolvi em meus braços de um jeito mais confortável e a beijei, de início ela ficou bastante surpresa e logo depois começou a corresponder ao beijo, em seguida de algum jeito ela estava sentada em minha cintura e sendo algo inapropriado ou não com todas aquelas caricias senti minha ereção crescer e começar a incomodar dentro da calça.

— Adalynd, eu acho que devíamos... – Comecei a dizer temendo que talvez não fosse apropriado naquele momento, porém ela colocou um dedo em meus lábios e me beijou.

— Está tudo bem Spencer, eu quero fazer isso e eu sei que você também me quer desse jeito, então pare de tentar se esquivar e me faça feliz. Faça-me sua. – Disse ela sorrindo ao tirar a blusa rapidamente e sair de cima de mim para que eu também fizesse o mesmo. – Eu só... Não ria da minha cara, por favor, mas acontece que eu não sei exatamente o que deveria fazer... Eu nunca fiz algo assim antes.

Aquilo me pegou de surpresa, mas obviamente eu jamais daria risada de algo assim, apenas me fez ser mais cuidadoso do que imaginei que deveria ser.

Sorri de lado voltando a beija-la calmamente, fazendo-a voltar a deitar em minha cama com uma expressão de curiosidade pelo que estava por vir, levantei da cama tirando minha camisa e minha calça mantendo meus olhos fixos ao dela, me ajoelhei devagar a deixando entre minhas pernas e puxei a calça dela jogando a peça em qualquer canto do quarto voltando a beija-la descendo para o pescoço e o espaço entre os seios médios e perfeitamente redondos, envolvi um mamilo em meus lábios fazendo carinho no outro depois inverti o processo sorrindo de satisfação quando ela começou a gemer baixinho me deixando cada vez mais excitado.

Fui descendo os beijos por sua barriga chegando em sua intimidade e a vi ficar tensa quase imediatamente, apenas comecei a distribuir beijos por toda a parte, depois abri os grandes e pequenos lábios e coloquei dois dedos fazendo movimentos lentos e cuidadosos a vendo se contorcer embaixo de mim a cada movimento.

— Adalynd nós podemos parar se quiser. – Falei subindo encima dela com cuidado, sentindo seu corpo ficar cada vez mais tenso embaixo de mim.

— Você não pode me deixar desse jeito e desistir no meio do caminho de jeito nenhum! Spencer Reid volte aqui agora mesmo! – Disse ela com uma expressão incrédula e isso me fez rir. – Isso não é nenhum pouco engraçado! Spencer, eu estou bem... Muito mais do que bem para falar a verdade, então continue o que estava fazendo e não pare nem por decreto. Spencer, eu quero fazer isso com você, então, por favor, continue, eu sei que não vai me machucar.

Eu era um perfilador e com isso saberia se ela estivesse mentindo e pararia com tudo, porém ela estava falando serio, realmente queria mesmo aquilo e eu também a queria tanto, ela me completava e me fazia feliz de um jeito que eu nunca pensei ser algo possível, Adalynd era meu porto seguro, era minha calma em meio à loucura que era minha vida pessoal e profissional. Ela me fazia bem.

Ainda sorrindo voltei a beija-la com todo o amor que sentia dentro de mim, deslizando minha mão pela cara até encontrar a dela e entrelaçar nossos dedos com força.

— Ouvi dizer que isso passa confiança. – Explique com um sorriso quando ela encarou nossas mãos juntas com o mesmo sorriso no canto dos lábios que eu tanto amava.


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