Criminal Minds - I found Love escrita por Roza Hathaway Belikov


Capítulo 3
Capítulo


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que demorei a voltar, mas estou aqui com força total trazendo mais um capitulo feito com muito carinho pra voces... Tambem quero dizer que essa fanfic está sendo postada lá no meu perfil do Wattpad - lá voces me encontram como SrtaHathaway é só digitar isso e o nome fa fanfic.... Bjos e nos vemos lá embaixo



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“Não é o tempo, nem a oportunidade que determinam a intimidade, é só a disposição. Sete anos seriam insuficientes para algumas pessoas se conhecerem, e sete dias são mais que suficiente para outras”.

Jane Austen.

 

Adalynd Doddyson

Após pousarmos fomos direto para o prédio da AUC, preencher relatórios com as informações que faltavam sobre o caso, sentei em minha mesa pegando alguns arquivos e comecei a organiza-los para passar o tempo já que eu não faria os relatórios dessa vez por ser a minha primeira vez em campo e sendo assim Hotcher faria os relatórios no meu lugar, então uma figura alta e morena se instalou ao meu lado me estendendo um copo grande de café, levantei o rosto dando de cara com Morgan que apesar da expressão cansada estava sorrindo.

— Você é simplesmente demais! Acho que preciso mesmo de um desses para não dormir aqui mesmo, meu primeiro caso conseguiu me deixar um trapo. – Falei com um largo sorriso pegando o corpo e dando um curto gole, pois estava muito quente e isso imediatamente me despertou. – Muito obrigada pelo café Morgan, eu te nomearia meu herói agora mesmo se isso não fosse deixar Garcia com ciúmes.

— Eu não sou ciumenta e nem a Savannah, então pode nomeá-lo à vontade! – Disse uma voz em minhas costas e quando me virei dei de cara com a colorida que tinha um pequeno sorriso culpado a deixando ainda mais fofa. – Desculpe assustar vocês desse jeito meus amores, eu só vim avisar que como hoje é sábado e as coisas aparentemente estão calmas no mundo lá fora vocês tem o dia de folga e só voltam na segunda feira de manhã bem cedo. Então saiam daqui e vão se divertir ou descansar. Aliás, todos vocês merecem distrair a cabeça depois de um caso tão complicado.

Graças a Deus!

— Isso é sem dúvidas a melhor notícia que eu poderia ter hoje meu amor. Além disso, a Savannah tem mesmo reclamado que eu trabalho demais e tenho ficado pouco tempo com ela e o nosso filho. – Disse Morgan sorrindo ao abraçar Garcia e então virou para mim com uma expressão de cachorro quando cai da mudança couro como se estivesse prestes a dizer alguma coisa ruim. – Eu te daria uma carona para casa pequena gênio, mas pelo que ouvi de uma conversa sua com a JJ, descobri que você mora do lado oposto de onde eu moro e se eu demorar não pego meu filho acordado; e uma esposa linda e médica ficará realmente furiosa!

Eu ainda achava um pouco esquisito o modo como Morgan e Garcia se tratavam cheios de apelidos amorosos, mas não via esse gesto como malícia sexual - a ligação deles não era assim e nem precisava. Era o caso de amor mais fofo que eu já tinha visto mesmo que de um jeito diferente.

— Está tudo bem, eu pego um taxi Morgan. – Falei dando de ombros e então todos da equipe entraram e começaram a conversar entre si. – Se puderem me dar licença por uns minutinhos, eu preciso ligar para a minha irmã antes que o nosso próximo chamado seja ela ligando dizendo que desapareci. E acreditem em mim quando digo que minha irmã entrando em desespero é a pior coisa do mundo.

Sorri sem graça e me coloquei de pé pegando meu celular ao lembrar que faziam quase 20 horas que eu não dava notícias para minha irmã mais velha e ela claramente não iria ficar nada feliz com isso e a julgar pelos gritos furiosos do outro lado da linha eu estava coberta de razão.

— Gabrielly pare de gritar desse jeito, por favor! –Falei com um pouco de raiva e com isso ela felizmente diminuiu a voz para um tom normal e superficialmente calmo. – Eu sou uma agente do FBI agora e precisa entender que nem sempre vou poder avisar onde eu estou ou como estão as coisas porque isso é confidencial por razões óbvias, os casos são complicados e o meu primeiro acabou faz meia hora.

— Desculpe se estou bancando a chata com você, mas acontece que é difícil me acostumar que você não é mais uma adolescente que eu preciso tomar conta mesmo você sempre sendo mais inteligente do que eu ou qualquer pessoa da nossa família! – Disse ela de um jeito doce do outro lado da linha e isso me deixou bem mais calma porque eu não tinha certeza sobre o que ela tinha a me dizer e eu não queria que brigássemos. – Fico feliz de verdade que você tenha conseguido entrar para o FBI e um pouco preocupada também, mas se é algo que você realmente quer fazer eu dou total apoio irmã.

— Obrigada Gaby, isso é muito importante para mim e mesmo sendo tudo uma loucura por aqui eu percebi hoje após ajudar a salvar uma adolescente que não me imagino fazendo qualquer outra coisa. – Falei me permitindo sorrir um pouco mais ao perceber o quanto era gratificante saber que havia salvado alguém e que um criminoso a menos estaria à solta machucando pessoas inocentes. – Hoje eu tenho o dia de folga e só volto a trabalhar na segunda bem cedo, então daqui a pouco estarei em casa e teremos o final de semana todo só pra nós. Kevin pode fazer o famoso chocolate quente com canela que você adora e eu faço a pipoca doce.

— Sobre isso meu amor, nós precisamos conversar... Acontece que o Kevin pegou alguns dias de férias que estavam acumulados na empresa dele e me chamou de ultima hora para viajar já que eu também peguei férias da escola... Ficaremos uns 20 dias no Havaí. – Disse ela de um jeito culpado, porém dava para perceber o quanto ela estava animada com a ideia dessa viagem mesmo assim. – Kevin queria que fosse com a gente como sempre fazemos, mas contei que você foi fazer a entrevista e caso conseguisse o emprego não poderia viajar e então ele me pediu para ligar e conversar com você porque ele não acha uma boa ideia deixar você sozinha por aqui.

Senti meu corpo amolecer com as palavras dela.

Eu não era mais criança e sempre soube muito bem tomar conta de mim sozinha desde sempre, porém essa seria realmente a primeira vez que ficaria longe da minha irmã por tanto tempo e isso me deixava desconfortável. Além disso, eu nunca havia ficado realmente sozinha em casa desde a morte dos nossos pais.

— Quer saber de uma coisa? Eu posso conversar com Kevin e dizer que é uma péssima ideia viajar sem você. – Disse Gabrielly agora de um jeito preocupado e isso me fez sair de meus pensamentos e voltar minha atenção a nossa conversa desagradável e esquisita. – Sei que ele vai entender que você precisa de mim aqui, perto de você.

— Não faça isso de jeito nenhum mulher! Você vai viajar com seu marido e ponto final, não precisa cancelar as coisas por minha causa de jeito nenhum mocinha e eu estou falando sério com você. Eu vou ficar cheia de trabalho agora que faço parte da equipe da UAC e isso vai me manter viajando o tempo todo de qualquer jeito mesmo Gaby. Vou ficar bem, de verdade. – Falei do jeito mais firme que consegui e mesmo não soando realmente convincente para mim em momento algum, ela parecia estar acreditando e isso era o que importava. – Vá viajar com Kevin e me conte tudo quando vocês voltarem para casa, mas aproveite cada segundo sem se preocupar comigo, por favor. Além disso, eu sou uma agente do FBI agora e além da melhor equipe do mundo como suporte se necessário também tenho uma arma... Aliás, eu tenho duas armas a minha disposição e sei como usar se for preciso. Gabrielly, eu vou ficar bem e sabemos disso.

— Isso deveria me deixar mais tranquila? – Perguntou ela com a voz tensa, provavelmente franzindo a expressão.

— Deveria irmãzinha e vai. Está tudo bem, vai viajar e me ligue dando notícias assim que pousarem no aeroporto de lá ou mando a Garcia rastrear vocês só para puxar a orelha dos dois por me esquecerem! – Falei sorrindo, porém num tom de falsa ameaça e isso a fez rir.

— Está bem mamãe, eu ligarei ou mandarei mensagens sempre que possível para que não fique preocupada e mandarei fotos para te deixar com inveja por não poder vir junto com a gente dessa vez! – Disse ela ainda rindo e então parando do nada. – Espera um segundo, quem é Garcia?

— Nem de longe sou a mamãe. – Falei de um jeito um pouco triste, porém em seguida sacudi a cabeça afastando esses pensamentos e então sorri ao olhar para a figura mais colorida daquele lugar falando alto o bastante para que ela pudesse me ouvir. – Ela é apenas a luz da UAC! A coisa mais radiante que eu já conheci e prometo um dia apresentar ela a você e a toda a equipe também.

Garcia virou o rosto jogando um beijo para mim ao perceber que eu estava falando dela e ri com o gesto voltando minha atenção para o telefone novamente.

— Amo você minha eterna Valente. – Disse ela após alguns segundos de silêncio, referindo-se ao desenho animado que me apelidaram por causa do cabelo.

— Também amo você, se cuide Gaby e mande um abraço ao Kevin por mim. – Falei sorrindo ao desligar o telefone.

Voltei para perto de minha equipe ainda com os pensamentos na conversa com minha irmã, assim que me aproximei todos me encaravam parecendo preocupados.

— Está tudo bem? – Perguntou Hotcher franzindo levemente as sobrancelhas ao me olhar. – Você parecia estar brigando com alguém e isso nos deixou preocupados.

— Era a minha irmã mais velha, a Gabrielly. Ela e o marido vão viajar para o Havaí daqui a pouco e ela está surtando porque desde a morte dos nossos pais nunca me deixou sozinha por um dia inteiro em casa, muito menos quase um mês e isso está deixando-a preocupada. – Falei dando de ombros e então bocejando. – Já podemos ir pra casa agora?

— Sim, estão todos dispensados até segunda. – Disse Hotcher virando-se e caminhando para a sala dele. – Minha única ordem para vocês é descansar.

— Minha casa e a caminho da sua, eu posso te levar até lá se você quiser. – Disse Reid com um pequeno sorriso tímido.

— Perfeito, eu não estava muito a fim de pegar um taxi mesmo. – Admiti com um sorriso o seguindo em direção ao elevador e então encarei sua gravata torta estendo as mãos na direção dela o encarando com cuidado. – Eu posso?

Reid apenas assentiu com a cabeça e sorri ajeitando sua gravata, então eu o encarei fixamente.

— Obrigado. – Disse ele sorrindo de lado e então encarando os próprios pés assim como eu fazia.

Do lado de fora entramos no carro dele e então me vi surpresa ao perceber duas coisas; o carro dele era de um modelo clássico antigo que eu obviamente não conhecia e o fato dele realmente dirigir que também era algo que eu nunca tinha reparado antes.

— Eu não sabia que você dirigia. – Falei assim que ele abriu a porta para que eu entrasse e contornou pela frente do veículo assumindo a direção.

— Eu não gosto muito de dirigir para ser sincero com você, mas graças a esse trabalho eu não tenho muita escolha já que ser do FBI às vezes me obriga a isso mesmo que geralmente JJ ou Morgan gostem de dirigir sempre que estamos em alguma operação, mas as taxas de mortalidade por acidentes de trânsito me dizem que eu não deveria confiar muito nesse meio de transporte. – Disse ele dando de ombros mantendo sua atenção na rua e então me encarando quando o sinal fechou e logo seguindo viagem que foi num silêncio total, não de uma forma desagradável; apenas estávamos curtindo a presença do outro. – Chegamos.

Encarei a rua pela minha janela logo vendo a minha casa e suspirei desanimada ao lembrar que ficaria sozinha por quase um mês inteiro tirando o cinto e então o vi sair do carro e abrir a porta para mim e esse gesto me fez sorrir e corar levemente com o pequeno ato. Desci do carro ainda sem dizer nada e seguimos para a casa da minha irmã, entrei e o encarei com um pequeno sorriso cansado.

— Quer entrar um pouquinho também? – Perguntei já entrando em casa, largando minha mala na sala e me jogando no sofá.

— Eu acho que... Melhor não dessa vez, mas obrigado pelo convite assim mesmo. – Disse ele ainda na porta olhando em minha direção. – Sua irmã e o marido não estão em casa e não acho que isso seja apropriado, por enquanto.

Levantei do sofá revirando os olhos com as palavras dele naquele momento, porém não iria insistir por achar que talvez ele tivesse razão então apenas sorri e o abracei.

— Obrigada por me deixar em casa, eu realmente poderia ter pegado um taxi ou algo assim. – Falei o soltando devagar como se aquela fosse à tarefa mais difícil do mundo e então fitando o chão sem saber como agir.

— Adalynd? – perguntou ele de um jeito tenso e isso me fez encara-lo com preocupação.

— Reid? – Perguntei franzindo a expressão.

Esperei por qualquer tipo de palavra ou reação vinda dele naquele momento, porém me vi surpresa quando ele inclinou o corpo em minha direção em movimentos lentos, segurando minha cintura e juntou seus lábios aos meus devagar como se esperasse por algum tipo de rejeição; o que obviamente não aconteceria.

Não foi exatamente um beijo desses de tirar o ar dos pulmões e deixar o corpo sem rumo ou algo do tipo até porque os nossos lábios apenas se tocaram levemente e depois cedo demais ele me soltou devolvendo-me para meus próprios pés já que durante o beijo havia segurado minha cintura com um dos braços me erguendo no ar alguns centímetros já que minha cabeça ficava na altura de seu ombro e simplesmente virou de costas indo embora sem dizer mais nada ou me olhar.

Não importava, ele havia me beijado!

Spencer Reid

Eu a beijei... Caramba, eu realmente a beijei!

Eu sabia no momento que meus olhos cruzaram os da nova agente da nossa equipe naquele primeiro momento que eu havia me apaixonado, porém eu não sabia se ela sentia o mesmo ou algo parecido com isso em relação a mim quando me encarava de volta em alguns momentos e por causa disso eu tive muito medo de reagir; digo medo de verdade de que se eu desse o primeiro passo ela pudesse se assustar e isso poderia estragar tudo.

E mesmo assim naquele momento eu a beijei.

E foi a coisa mais intensa que eu já havia feito em muito tempo, mesmo não sendo um beijo desses que te deixa desnorteado, mesmo assim eu me senti como se estivesse flutuando e ela me pegasse em meio a uma queda.

Sorri tocando meus lábios com a ponta dos dedos ao fechar meus olhos e recordar nosso pequeno momento especial, entrei em meu apartamento ainda com o pensamento preso naquela pequena ruiva e assim que sentei em minha cama e comecei a me trocar me peguei imaginando como as coisas seriam a partir daquele momento, primeiro porque era contra as regras relacionamento entre os agentes por razões óbvias e depois porque eu não sabia dizer ao certo como ela se sentia sobre o momento que a beijei e então outro sentimento me atingiu com força total; medo.

E se ela tivesse se arrependido do beijo?

Não, eu definitivamente não poderia fixar meu pensamento nisso e eu sabia disso, mas mesmo assim essa possibilidade me assustava e eu não queria que as coisas ficassem estranhas entre nós.

Que ótimo, agora eu estava agindo como um perfilador e sendo assim calculando as probabilidades de tudo ser um grande desastre mesmo sem ter realmente começado algo.

Que desnecessário.

E naquela noite eu tive medo e não dormi.

Pela manhã eu estava um trapo, levantei quando estava começando a clarear lá fora mostrando o início da manhã, fiz um café bem forte para tentar me recompor e segui para o banho - demorando um pouco mais que o habitual porque quase não conseguia me manter em pé, e então eu finalmente me troquei e mesmo sendo cedo demais para qualquer coisa eu estava inquieto demais para ficar em casa então peguei meu carro e segui para o trabalho.

Eu estava de folga, aliás, todos nós da UAC estávamos de folga até segunda de manhã, mas mesmo assim ficar em casa naquele momento estava realmente me deixando inquieto demais então trabalhar, adiantar alguns relatórios e talvez até dar uma organizada em minha mesa e jogar alguns papeis antigos fora seria o melhor para tentar me acalmar.

— Ei, o que está fazendo aqui também Morgan? Ninguém nunca ouviu falar de dia de folga? – Perguntei franzindo a expressão ao encará-lo com a testa franzida, seguido de um longo bocejo que não consegui conter.

— Bom dia pra você também garoto, que bicho atropelou vocês dois afinal de contas? – Disse Morgan assim que sai do elevador e franzi a testa com as palavras dele. – E hoje a Savannah está no hospital e o nosso filho foi com ela já que liberaram a creche de lá, então eu pensei em dar uma passada aqui e checar alguns relatórios antigos e qual é sua desculpa para estar aqui num dia de folga?

— Como assim “vocês dois”? – Perguntei me dirigindo até a máquina de café porque eu sentia que poderia desabar a qualquer momento. – Eu não consegui dormir então eu resolvi vir aqui e checar alguns relatórios também. Quem mais está aqui além de nós dois?

— JJ com as crianças já que o Herry queria conhecer o que fazemos e o Hotcher também está na sala dele com o Jack; eles foram os primeiros a chegar aqui. – Respondeu Morgan andando ao meu lado até a minha mesa, encostando-se na mesma e me encarando com um pequeno sorriso. – A Penélope não está aqui e acho que não vai aparecer hoje, você sabe como ela adora um dia de folga e deve estar se divertindo em algum restaurante com o namorado. E a pequena ruiva também está aqui. Acho que ela chegou logo depois do Hotcher; está na mesa dela com uma cara de exaustão quase igual a sua.

Senti meu corpo se acender ao ouvir aquilo.

Ela estava aqui também.

— Tudo bem, vamos ao que está óbvio porque eu sei que ai tem coisa; os dois gênios estão com um jeito esquisito demais para estar tudo normal. O que você não está me contando garoto? – Perguntou Morgan agora cruzando os braços e então abrindo um pequeno sorriso ao me encarar e encarar Adalynd que estava na mesa dela; obviamente ele sabia de alguma coisa mesmo não tendo como saber dos fatos corretamente. – Eu poderia tentar adivinhar e sabemos disso, mas é mais divertido quando você me conta. Aconteceu algo entre os pequenos gênios?

Eu deveria contar a verdade para ele sobre Adalynd?

Morgan e JJ eram meus melhores amigos desde sempre e talvez não fosse justo esconder isso deles, por outro lado Adalynd poderia ficar brava comigo caso não queria contar a respeito de nós dois mesmo que não soubéssemos dizer ainda o que éramos; havia sido apenas um beijo!

E mesmo assim Morgan era meu melhor amigo e se eu o conhecia bem sabia que se eu não contasse logo o que havia acontecido, ele acabaria descobrindo de algum jeito.

— Nos beijamos... Bem, na verdade eu a beijei e eu não consegui dormir pensando nisso. – Admiti olhando para meus pés, sentindo meu rosto vermelho e queimando como fogo. – Não foi um beijo desses de deixar sem ar ou algo do tipo, nós apenas nos... Beijamos.

— Eu sabia que tinha algo no jeito que vocês ficavam se olhando o tempo todo! Deixe-me adivinhar, foi depois que a levou pra casa ou durante o caminho. – Disse Morgan com um largo sorriso típico de um pai quando o filho conta que arranjou a primeira namorada.

— Morgan, ninguém além de você sabe do que aconteceu entre mim e ela. – Falei finalmente o encarando ao sentir que já não estava mais tão vermelho como antes. – E na verdade eu a beijei ainda na porta da casa dela, mas eu não tive coragem de entrar lá depois disso. A irmã dela não estava lá e eu achei que não seria adequado.

— Eu não vou contar nada pra ninguém garoto, mas ainda acho que devia contar a mais alguém além de mim. Como a JJ, por exemplo; sabemos como ela é tão boa ouvinte quanto eu e talvez te faça bem. – Disse ele vindo me abraçar e aceitei o abraço imediatamente; além disso, conversar com Morgan sempre de alguma forma me deixava mais tranquilo como se ele fosse um irmão mais velho que eu nunca tive e com JJ era exatamente a mesma coisa. – Ela não vai admitir em respeito a você, mas acontece que também percebeu o jeito que vocês se olham e vai ficar feliz em saber que talvez nossos gênios estejam tentando alguma coisa.

— Obrigado pelo conselho, talvez eu converse com ela a respeito disso depois, mas só quando Adalynd se sentir a vontade e tocar nesse assunto primeiro. – Falei pegando dois copos de café e caminhando em direção as mesas.

Fui até a mesa dela e estendi o copo de café travando ao perceber que Adalynd estava chorando.

— Adalynd? Adalynd, você está bem? – Perguntei colocando os dois copos de café na mesa e me ajoelhando de frente para a cadeira dela com a testa franzida. – Por que você está chorando? Fala comigo, por favor!

Adalynd virou sua cadeira com o pé até estar de frente para mim e após levantar a cabeça me encarou com o rosto vermelho e molhado pelas lágrimas deixando o celular em sua mão escapar caindo no carpete e então simplesmente inclinou o corpo em minha direção e desmaiou.

— Peguei você, está tudo bem Adalynd... Morgan me dá uma mãozinha aqui, por favor! – Gritei alto o suficiente para chamar a atenção dele e consequentemente de todos que estavam ali também que no caso eram JJ com seu filho e Hotcher com Jack. – Adalynd desmaiou.

Hotcher me encarou com a testa franzida com a cena que encontrou ao olhar para trás após meus gritos então disse algo para JJ que apenas balançou a cabeça assentindo e logo estava segurando a mão de Jack que aparentemente não entendia nada do que estava acontecendo a sua volta e era realmente melhor assim.

Olhei para cima ainda com Adalynd em meus braços desacordada comecei a caminhar para sair dali pensando em leva-la para um lugar mais ventilado; Hotcher correu em nossa direção junto com Morgan que tinha uma expressão confusa.

— Ela parecia estar ao telefone; provavelmente com a irmã dela que viajou ontem. Eu estava conversando com Morgan na entrada e depois me aproximei com dois copos de café e quando chamei por ela... Ela estava chorando, eu coloquei os copos na minha mesa e me ajoelhei tentando saber o que havia acontecido e ela desmaiou caindo em mim. –Expliquei franzindo a testa a encarando com preocupação. – Hotcher, eu vou levar ela lá pra cima, pode ser?

— Sim, faça isso garoto. Fique lá com ela até que ela acorde e tente descobrir o que aconteceu para ela ter desmaiado. – Disse ele sério antes de virar e pegar Jack no colo.

Subi as escadas entrando na sala que geralmente usávamos como sala de descanso ou quando tínhamos que falar com alguma família, então a coloquei com cuidado no sofá preto grande, tirando seus cachos ruivos que cobriam seu rosto e sentei numa cadeira de frente para ela tentando imaginar o que poderia tê-la afetado tanto ao ponto de fazê-la desmaiar, foi quando algo dito por ela mesma me ocorreu.

 - A irmã dela! – Falei entrando na sala de Penélope e seus inúmeros computadores e coisas felpudas e fofinhas que ela tento gostava; JJ estava ao lado dela.

— O que você disse? – Perguntaram ambas ao mesmo tempo.

— Adalynd tem uma irmã mais velha que é casada e saiu de viagem ontem com o marido para o Havaí de férias. – Falei parando ao lado de ambas com a expressão séria.

— Deixou nossa ruiva sozinha, menino gênio? – Perguntou Penélope digitando rapidamente em busca de informações.

— Morgan está com ela por enquanto. – Falei sério; eu estava preocupado, mas tinha que manter o controle.

— Garcia, encontrou alguma coisa? – Perguntou JJ parando ao meu lado com os braços cruzados. – Você está bem Spence?

Não respondi a pergunta dela porque eu não queria dizer a verdade, porém não queria mentir então apenas me calei.

— Adalynd é uma hacker muito boa e isso é impressionante porque olhando para ela com aquele jeitinho meigo eu jamais imaginaria que ela conhece criptografia num nível tão complexo, mas eu ainda sou a melhor e consegui achar algumas coisas... Encontrei o nome da irmã dela e do marido e... Ah meu Deus! – Disse Penélope quase dando um pulo de sua cadeira. – O avião da irmã explodiu 40 minutos depois de decolar, o relatório prelimitar diz que houve falha técnica. Essa não... Péssimas notícias; o avião despedaçou com a explosão e junto com 183 passageiros, Gabrielly Doddyson Miller e Kevin Miller Junior não sobreviveram.


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Notas finais do capítulo

Entao é isso pessoas, ai está o capitulo. Espero que tenham gostado do capitulo e que deixem comentarios fofinhos para me deixar feliz haha!!!
Bjos e até o proximo.



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