Criminal Minds - I found Love escrita por Roza Hathaway Belikov


Capítulo 22
Capítulo




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“Em tempos de um engano universal, dizer a verdade é um ato revolucionário.”

George Orwell

Férias

Era estranho tirar férias tento aquele tipo de vida, era estranho não precisar se preocupar com mentes doentes abalando as coisas por todos os lados e tudo isso porque a equipe inteira da BAU inacreditavelmente estava de férias – Reid iria passar duas semanas com sua mãe em Las Vegas e quanto a Adalynd? Ficaria em casa com seu pai, não por livre e espontânea vontade é claro, mas porque o homem praticamente implorou por pelo menos uma tentativa de reaproximação ou algo do tipo.

O sol invadia seu quarto impiedosamente a fazendo gemer embaixo dos cobertores como protesto e abrir os olhos encarando a parede de seu quarto antes de chutar os cobertores e rumar preguiçosa para o banheiro, a agua quente em contato com sua pele fria lhe fez sorrir, lavou os cabelos e saiu vestindo um roupão, em seguida abriu o guarda-roupa e uma batida na porta lhe tirou de sua briga interna sobre o que iria vestir.

— Oh me desculpe querida, pensei que ainda estivesse dormindo. – Disse Jonathan abrindo a porta, porém virando de costas.

— Sabe que eu estou de roupão, certo? – Questionou Adalynd revirando os olhos voltando sua atenção para o guarda-roupa novamente a fim de tentar escolher algo confortável. – Ei quando me viu acordar mais tarde que 08h00min da manhã mesmo?

— Nunca, nem os despertadores voando pela janela deixando sua mãe furiosa e me rendendo boas risadas. – Disse Jonathan entrando no quarto ainda virado de costas. – Eu só achei que quisesse saber, o Elliot acordou e perguntou por você.

— Ótimo. – Respondeu Adalynd dando de ombros pegando uma calça preta e uma regata branca e indo para o banheiro.

— Só isso? – Perguntou Jonathan sentando na cama dela.

Adalynd saiu do banheiro ignorando a pergunta e sentou numa cadeira encarando a parede como se aquele bege descascado fosse à coisa mais interessante do mundo.

— Adalynd, não finja que não me ouviu. – Pediu Jonathan levantando e segurando os ombros da ruiva.

— Eu ouvi Jonathan, mas não ligo, então agradeceria se nós pudéssemos mudar de assunto agora, por favor. – Respondeu a ruiva dando de ombros virando-se para seu pai com a expressão vazia. – O que queria que eu dissesse? Você não tem ideia do inferno que passei com Elliot quando estávamos juntos, o fato dele ter salvado a minha vida uma vez não vai mudar isso.

— Você quer me contar o que aconteceu de verdade entre vocês quando estavam juntos? – Perguntou Jonathan após alguns segundos em silencio. – Me deixa ajudar, por favor.

— Não, desculpa. – Disse Adalynd levantando passando a mão nos olhos rapidamente, saindo do quarto dando graças a Deus quando seu celular começou a tocar porque pelo toque ela sabia quem era sem precisar olhar antes de atender. – Spence, Graças a Deus!

— Adalynd, está tudo bem? – Perguntou Reid com a voz tensa.

— Elliot finalmente acordou e meu pai disse que ele... – Disse Adalynd com dificuldade. – Ele perguntou por mim.

— O que quer fazer a respeito? – Perguntou o gênio preocupado.

— Nada. Não quero vê-lo nunca mais entende? – Perguntou Adalynd tentando segurar as lágrimas. – Spencer, ainda está ai?

— Está meio frio aqui fora Lynds, quase não sinto mais os meus dedos agora. Poderia abrir a porta pra mim, por favor? – Pediu Spencer após alguns segundos em silêncio.

— Como assim “Está meio frio aqui fora”? – Adalynd franziu a testa indo para a porta. – Spencer, você por acaso...

Adalynd abriu a porta e congelou com um largo sorriso jogando os braços envoltos do pescoço de Spencer que soltou suas duas malas e a abraçou apertado respirando profundamente em seu ombro.

— O que está fazendo aqui? – Perguntou ela sem solta-lo ainda tomada pelo choque dele estar ali quando deveria estar com a mãe em Las Vegas até a próxima semana. – Digo, é ótimo que tenha voltado, mas pensei que ficaria duas semanas com a sua mãe. Ah meu Deus, ela está bem?

— Minha mãe está muito bem e mandou um monte de beijos e um pedido para ir vê-la quando puder viajar pra lá de novo, estou aqui por você meu amor. – Disse Spencer beijando o topo da cabeça dela a puxando para outro abraço.

Espera, Spencer estava ali por ela?

Isso seria uma coincidência realmente muito fofa e especial, mas talvez não fosse coincidência.

Não tanto assim.

— Spencer, o que está fazendo aqui de verdade? – Questionou a ruiva franzindo a expressão. – Você não tinha como saber que eu iria precisar de você e está aqui. Como você está aqui?

— Tudo bem, eu sabia que você iria descobrir de um jeito ou de outro mesmo, mas ninguém me escuta. A Garcia ligou ontem à noite quando ligaram pra lá do departamento do hospital, ela contou sobre Elliot pra mim e para o Hotcher e adivinhei o restante sozinho, eu sabia que precisaria de mim aqui quando soubesse também, então fiz as malas e peguei o primeiro voo. – Respondeu Spencer Franzindo a expressão levemente. – Adalynd?

— Eu não acredito que... Que droga, eu não quero falar sobre isso de jeito nenhum ok? – Disse Adalynd fechando a expressão. – Espera um segundo, como Garcia sabia sobre Elliot ter acordado?

Meio segundo depois ela sabia a resposta.

— Jonathan... Droga, Jonathan, venha aqui. – Gritou Adalynd irritada soltando-se bruscamente dos braços de Spencer.

Spencer conhecia aquele tipo de comportamento, queria não conhecer naquele momento em particular, mas conhecia e sabia que seja lá o que Adalynd e Elliot tiveram no passado não foi apenas uma briga boba resultando num nariz quebrado.

Ele havia feito muito mais e muito pior.

— Porque está gritando comigo desse jeito Adalynd? – Perguntou Jonathan entrando na sala enquanto secava as mãos. – Ah, olá Reid, estou temperando carne pra um churrasco gostaria de ficar?

— Faz um favor pra mim Jonathan? – Pediu Adalynd furiosa o encarando com a expressão fechada. – Para de se meter no meu trabalho um minuto e pare de tentar colocar Elliot na minha vida de novo porque você não tem ideia do que eu passei quando eu estava com ele no passado porque não esteve ao meu lado então não se meta na vida que você não esteve presente pra conhecer!

Adalynd subiu as escadas furiosa tentando conter as lágrimas deixando Spencer sozinho na sala encarando o pai dela que apenas suspirou encostando-se na parede.

Com certeza havia muito mais sobre a história de Adalynd e Elliot que a ruiva não contou e ele precisava saber, precisava apagar essas coisas ruins da vida dela de algum jeito.

— Adalynd, eu posso entrar pra gente conversar um pouco, por favor? – Perguntou Spencer batendo na porta duas vezes.

Ele e Jonathan haviam tido uma breve conversa não muito agradável no primeiro andar e então o gênio subiu as escadas mesmo sem ter ideia do que poderia fazer, ele não queria forçar os limites da ruiva, mas havia coisas que ela não compartilhava com ele e sendo assim não havia como ele ajudar a fazê-la ficar melhor.

Não houve resposta dentro do quarto, então ele resolveu arriscar girar a maçaneta que abriu, ele entrou no quarto que estava vazio, pelo som na outra porta ela estava no banho, o gênio sentou na ponta da cama e encarou o chão perdido em pensamentos por tanto tempo que nem percebeu quando Adalynd saiu enrolada num roupão com o cabelo molhado e o rosto vermelho pelas lagrimas que ainda não tinham cessado.

— Lynds, eu sei que não fala do passado e eu sei o porquê não faz isso, mas precisa. Por favor. – Pediu Spencer agachando na frente dela com cuidado pegando as mãos dela. – O que aconteceu de verdade entre você e Elliot?

— O dia que quebrei o nariz dele no apartamento foi a primeira vez que o agredi, antes eu nunca havia tido coragem sequer para gritar com ele ou me proteger; eu não conseguia respirar direito depois de um tempo. – Começou Adalynd encolhendo os ombros.

— Mas não foi a primeira que ele bateu em você, não é? – Perguntou Spencer controlando-se para não levantar dali, ir até o hospital e matar ele mesmo o homem que fez sua pequena sofrer.

Adalynd levantou a cabeça encarando o teto, secou o rosto com as costas da mão, o que não durou muito a ser substituído por novas lágrimas, ela se encolheu um pouco mais e balançou a cabeça negativamente confirmando as suspeitas do gênio.

O que será que sua pequena havia sofrido?


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