Criminal Minds - I found Love escrita por Roza Hathaway Belikov


Capítulo 19
Capítulo


Notas iniciais do capítulo

Mais um pra voces e ultimo de hoje entao espero que por eu ter sido tao boazinha voces me deem um bom retorno, por favor.
Boa leitura.
Bjos.



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“Quem quer que você seja, seja alguém bom.”

Abraham Lincoln

 

Adalynd Doddyson

Tudo aconteceu tão rápido e foi tão assustador que eu torci para que não fosse real, que não fosse tão feio, que não tivesse acontecido e me feito ver toda a minha vida acabar bem na minha frente naquele momento que durou apenas uns poucos segundos e ainda assim pareceu uma eternidade.

Arrumei-me correndo assim que ouvi meu celular tocar de manha, deixei um bilhete na cama para Spencer avisando onde estava e o que faria então fui me encontrar com meu pai no restaurante, estava na hora de fazermos as pazes finalmente.

— Eu não sei exatamente por onde nós dois devíamos começar a fazer isso, depois da nossa briga eu perdi um bebe e... Só estou dizendo que é estranho estar aqui e não conseguir dizer nada. – Falei suspirando ao encarar meu pai. – Porque eu estou aqui.

— Está aqui pra saber algumas verdades. – Disse uma voz que eu conhecia e isso me fez imediatamente fechar a expressão.

— O que diabos você está fazendo aqui? Sério, o que está acontecendo? – Perguntei o fuzilando com meus olhos.

— Conta pra ela logo Elliot, não me faça ficar arrependido de ter chamado você e não a Emily. – Disse meu pai impaciente mantendo os olhos em mim.

— Sabemos quem está tentando matar você e quem matou sua irmã, Kevin e a sua mãe. – Disse Elliot colocando alguns arquivos sobre a mesa. – O nome dele é Miguel Sante, um traficante de crianças vindo do México que vinha se infiltrando em países maiores, seus pais estavam trabalhando junto com a Interpol numa operação por meses e desmontaram e prenderam mais de 15 pessoas envolvidas. – Explicou Elliot abrindo a pasta e mostrando fotos e mais arquivos detalhados. – Jonathan, sua vez.

— Miguel Sante jurou vingança porque matamos o irmão e o filho dele durante a operação, mas é claro que ninguém deu à mínima e isso matou a nossa família. – Completou Jonathan sem conseguir me encarar de verdade desde que havia entrado ali.

— Estamos sendo observados. – Falei disfarçadamente olhando para o outro lado da rua afinal havíamos sentado numa mesa do lado de fora já que estava um sol tão bonito.

— Já vi e não estou armado, vamos levantar devagar como se não tivéssemos notado e sair. – Sugeriu Jonathan guardando os arquivos e levantando disfarçadamente.

— Droga, eu estou com medo. – Falei mordendo o lábio.

Aconteceu.

Assim que todos nós estávamos de pé caminhamos lentamente em direção ao carro do meu pai, mas a parte ruim era o carro estar do outro lado da rua muito perto do homem que nos observava com a expressão fechada como se estivesse com muita raiva e isso não teria sido algo realmente muito ruim se o cara não tivesse puxado uma arma e simplesmente abriu fogo bem na minha direção.

Cai no chão batendo a cabeça quando algo grande e pesado acertou meu peito me fazendo perder o equilíbrio e ir de encontro ao asfalto, mas ainda estava acordada a tempo de sentir Elliot cair em cima de mim de costas com as mãos pra cima segurando sua arma e disparando alguns tiros na direção do homem que caiu e não se moveu mais.

— Addy, fala comigo, por favor! – Pediu Elliot saindo de cima de mim com dificuldade.

— Eu estou bem, não se preocupe com... Ah meu Deus! – Praticamente gritei ao ver todo o sangue que cobria o corpo de Elliot que agora piscava varias vezes, a arma escapou de sua mão.

Olhei a minha volta vendo meu pai chutando a arma do homem que atirou na minha direção e acertou Elliot, em seguida checou os sinais vitais dele pelo pescoço e então apenas deu as costas pegando o celular e se abaixando.

— Pai! Faça alguma coisa, ele vai morrer! – Gritei em pânico vendo todo aquele sangue.

— Qual é Addy, você nem gosta de mim de verdade. – Disse Elliot com dificuldade dando um meio sorriso. – Droga, eu vou mesmo morrer e vou morrer com você me odiando.

— Cala a boca, você não vai morrer hoje de jeito nenhum! – Falei irritada rasgando um pedaço do casaco dele com a ajuda de um canivete que sempre andava comigo dentro da blusa.

— Meu canivete antigo, não sabia que isso ainda existia. – Disse meu pai com a expressão séria ajoelhando ao meu lado tentando conter os ferimentos junto comigo, mas estavam sangrando demais pra dar certo. – Chamei a ambulância e a sua equipe e pedi pra avisarem o Spencer Reid também

Os minutos estavam parecendo horas, mas finalmente chegaram e levaram Elliot, sentei na calçada e JJ veio me abraçar.

— Amor, você está sangrando, JJ pede pra alguém vir dar uma olhada nesse corte da testa dela, acho que vai precisar de pontos. – Disse Spencer pegando meu rosto com as duas mãos. – Lynds, você está me ouvindo?

— Calminho ai garoto, ela deve ter entrado em choque agora e não vai reagir a nada que falar pra ela por enquanto, liga o carro que eu vou pedir pra darem uma olhada na testa dela. – Disse Morgan puxando-me devagar e então eu desliguei.

Não me lembro de ter tomado anestesia no local onde havia cortado a testa quando Elliot me empurrou para o lado levando os tiros que eram para ter sido meus, mas havia levado três pontos e não fazia ideia de mais nada a partir dai, não havia sentido dor, não estava com medo, não conseguia ficar quieta.

Entrei no carro de Spencer ainda sentindo meu corpo tremer um pouco e depois simplesmente fechei meus olhos e dormi praticamente o caminho todo de volta para a casa dele. Quando finalmente chegamos ao apartamento de Spencer sentei na cama jogando minhas coisas numa cadeira qualquer, Spencer beijou minha testa e agachou a minha frente puxando meu tênis e então levantando e me ajudando a tirar a blusa e a calça jeans depois me entregou uma de suas camisas – já havia se tornado um habito dormir com as roupas dele e foi para o banheiro.

Caminhei lentamente pelo apartamento e parei na porta do quarto o observando tirar a roupa, sorri com a cena e como ele estava de costas me aproximei lentamente e o abracei pelas costas.

— Hey, tudo bem Lynds? Sua testa está latejando? – Perguntou me encarando com as sobrancelhas franzidas ao virar o corpo e me abraçar também. – Adalynd, está tudo bem com você?

— Eu passei anos odiando o Elliot depois do que aconteceu, anos desejando nunca na vida ter o conhecido e levou mais tempo ainda para juntar os meus pedaços e colar tudo de um jeito que ficasse mais ou menos aceitável! – Falei indignada encarando os olhos dele tentando prender as lágrimas nos meus, mas eu não conseguiria manter minha postura por muito tempo e pelo jeito que estava sendo abraçada Spence sabia disso. – Depois que eu quebrei o nariz dele com toda a família dele olhando simplesmente fui embora sem olhar pra trás e depois daquilo eu passei meses me perguntando, fiquei tentando encontrar o que estava errado... O que deu errado?

— Elliot. Isso que deu errado desde o começo do que vocês tiveram naquela época, ele tinha problemas sérios na cabeça e os descontava em você como se fosse sua culpa até você finalmente acreditar que era mesmo sua culpa tudo aquilo ter acontecido, mas nunca foi sua culpa Lynds. – Disse Spencer encarando a banheira enchendo em minhas costas. – Droga, eu queria tento 5 minutos sem regras com aquele imbecil.

— Spence! – O repreendi socando o braço dele de leve rindo em seguida da situação. – Acha que ele vai sobreviver?

— Foram 04 tiros no total segundo o relatório... Dois na perna em pontos que poderiam tê-lo matado se você não tivesse ajudado... Um no pulmão que também poderia tê-lo matado e um no fígado o fazendo respirar por tubos.  – Respondeu ele tirando os braços de mim para desligar a agua. – Quer mesmo que eu responda isso?

— Não mesmo, me desculpa por ficar falando sobre ele... Eu só... Foi um dia tão horrível e eu acho que meu corpo teve tempo de entrar em choque só agora. – Falei encarando o chão sem graça.

— Não! Não fique assim meu anjo, eu não disse isso pra te cortar ou algo do tipo, eu realmente não ligo que esteja perguntando por ele, até porque eu estou com você agora e te amo e ele foi o cara que destruiu você... – Disse Spencer tirando minha blusa e me beijando e então fazendo uma careta e se afastando um pouco. – E depois levou tiros por você e matou o cara que tentou te matar... Minha nossa, isso soa tão injusto pra você quanto foi pra mim? Porque não dá pra competir com isso.

— Elliot salvou a minha vida hoje, mas foi à primeira vez em anos que ele fez algo realmente bom na vida dele por outra pessoa sem ser por si mesmo e você salvou a minha alma assim que pus meus olhos em você quando vim pra cá. Sabe a diferença entre vocês dois em relação a mim? – Falei revirando os olhos com as palavras dele, cruzando os braços e sentando na tampa do vazo. – Eu vou deixar você tomar banho em paz, eu vou esperar minha vez na cozinha. O que você quer jantar?

— Eu não estou com fome Lynds e na verdade enchi a banheira pra você e não pra mim dessa vez vou dar banho em você e depois talvez nós possamos pedir comida e eu deixo você escolher. – Explicou Spencer sorrindo ao se aproximar e me ajudar a retirar o restante das minhas roupas.

A adrenalina que invadiu meu corpo simplesmente se esvaiu e eu relaxei, mas apenas o corpo porque por dentro não conseguia esquecer as informações dos arquivos, não conseguia aceitar as coisas que vinham acontecendo com a minha vida e tinha medo de que em algum momento pudesse piorar.

— Vamos tirar uma licença de duas semanas. Bem, na verdade eu preciso de uma licença pra visitar a minha mãe no instituto e acho que seria legal se você fosse comigo dessa vez. – Disse Spencer passando a exponha em minhas costas.

— Sua mãe sabe sobre mim? – Perguntei franzindo minha testa levemente sentindo os pontos repuxarem um pouco me sentindo incomodada de repente e receosa. – Contou pra ela sobre mim?

— Só pelas cartas, mas ela gostou de você e acho que seria legal. - Disse ele sorrindo ainda esfregando meu corpo. 

— Tudo bem, vamos nessa. – Falei suspirando tentando parecer calma, mas na verdade eu estava em pânico.

Eu iria conhecer a minha sogra! Ah meu Deus!


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