Criminal Minds - I found Love escrita por Roza Hathaway Belikov


Capítulo 18
Capítulo


Notas iniciais do capítulo

Como eu ja havia dito anteriormente eu usaria eventualmente alguns casos do proprio seriado para usar nas historias, mas seriam poucos porque isso aqui é um romance, mesmo assim espero que gostem e sejam compreensivos.
Boa Leitura!!!



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“Não é necessário ser uma câmara para ser assombrado, não precisa ser uma casa. o cérebro tem corredores superando lugar material.”

Emily Dickinson

 

Adalynd Doddyson.

Ainda estávamos tentando descobrir quem estava tentando me matar e nesse tempo eu podia participar das investigações de outros casos quando não tínhamos novas pistas sobre as pessoas que haviam me sequestrado, mesmo que ainda estivesse proibida de ir a campo por enquanto por questões de segurança.

A Interpol havia decidido manter Emily e Elliot com a nossa equipe por mais tempo como uma espécie de reforço e nesse meio tempo eu jurava que agora toda a minha equipe queria socar a cara de Elliot que vivia jogando cantadas e indiretas sempre que podia e eu tentava ao máximo ignorar tudo isso, mas estava realmente começando a achar que se ele não parasse iria presa por matar um agente do governo porque eu estava verdadeiramente a ponto de matar aquele idiota.

— Adalynd, você tem um minuto pra conversar, por favor? - Perguntou Elliot cutucando meu ombro sentando no espaço em minha mesa. – Não faz essa cara pra mim, me escuta primeiro.

Pelo canto de olho vi Morgan levantar da mesa dele e Spencer segurar o braço dele e JJ o outro prevendo que isso não seria uma boa ideia, respirei fundo olhando para Elliot tentando me controlar para não manda-lo ir à merda com o meu punho.

— Não, eu não quero ter qualquer tipo de conversa não profissional com você de jeito nenhum. Agora saia da minha mesa, eu estou trabalhando e você está me atrapalhando. – Falei voltando minha atenção para os relatórios que estava preenchendo.

— Qual é Addy, já faz quase 02 meses que estou trabalhando aqui; você me ignora e sua equipe me odeia; isso já é punição o suficiente, por favor. – Disse ele puxando minha cadeira com o pé me fazendo ficar de frente para ele. – Olha só, quando eu assumi o caso da sua família tinha a opção de não aceitar o trabalho e deixar isso pra outra pessoa resolver porque estivemos juntos no passado.

— Ainda está em tempo de ir embora, aposto que Emily entenderia se fizesse isso e te garanto que ninguém sentiria a sua falta. Eu nunca senti quando fui embora e não é agora que vai acontecer também. – Falei cruzando os braços ao encara-lo com irritação.

— Addy pare com isso, por favor. – Pediu ele puxando uma cadeira vazia e sentando de frente para mim com uma expressão de cachorro que caiu da mudança com o focinho no asfalto; o que obviamente vindo dele não me comovia em nada. – Estou dizendo que eu poderia ter deixado nossa história pra lá quando você foi embora depois da nossa última briga no meu apartamento, mas eu não fiz isso porque me importo com você. – Disse ele segurando meu braço com certa força me fazendo ficar de pé bem na frente dele. – Mesmo com todos os erros eu gosto de você e nada entre a gente foi realmente resolvido na época, eu voltei porque quero ajudar você como uma forma de recompensar os meus erros.

— Elliot me solta, você está me machucando. Além disso, nós não somos amigos e nunca seremos então me deixa em paz. – Falei apontando o dedo na cara do pior homem que eu já havia conhecido puxando meu outro braço para que ele me soltasse. - Você está nessa equipe por ordens da Interpol por causa dos meus pais, mas continua me irritando e faço Emily te mandar de volta e vou quebrar mais que seu nariz dessa vez.

Virei de costas batendo de frente com Morgan e não tive tempo de dizer muita coisa a respeito disso, pois o punho dele já havia acertado Elliot que caiu sentado no chão com o impacto.

— Toca na minha irmã de novo e juro que mato você idiota. – Disse Morgan me colocando atrás de si com os olhos queimando de ódio ao encarar Elliot ainda no chão segurando o queixo. – Adalynd, você está bem?

— Estou bem Morgan, deixa isso pra lá, por favor. – Falei baixo tentando segurar algumas lagrimas que estavam começando a se formar em meus olhos.

Kate e JJ estavam conversando algumas mesas para trás e apenas correram em nossa direção; ambas segurando Morgan para trás quando viram Elliot no chão sangrando um pouco – o que não fazia muito sentido tendo em vista que ele facilmente conseguiria se soltar se ele realmente quisesse.

— Elliot eu quero você na minha sala agora, vou ligar para Emily e quando eu contar o que aconteceu mesmo que ela não possa demiti-lo vou garantir que seja suspenso ou que no mínimo receba uma advertência por agredir uma gente do FBI! – Disse Hotcher num tom de voz relativamente controlado e mesmo assim de forma assustadora já que ninguém nunca o viu falando tão alto daquele jeito, pelo menos eu nunca tinha ouvido. – Spencer, leve Adalynd para a sala de descanso e se acalmem os dois, por favor.

Da sala de Hotcher pude vê-lo olhando a cena segurando um Spencer realmente irritado com o que havia acontecido. A minha frente Elliot levantou empurrou Morgan e saiu andando escada acima ao mesmo tempo em que meu doce Reid desceu pelo outro lado e me abraçou em seguida me puxando para a outra sala.

— Spencer... – Comecei agora deixando as lagrimas saírem livremente, mas ele apenas me fez sentar e me interrompeu.

— Aquele filho de uma... Deixe-me ver o seu braço amor. – Disse ele segurando meu braço com cuidado. – Está bem vermelho, mas acho que não vai ficar pior que isso. Essa foi à gota d’água, eu devia ter quebrado a cara dele no dia que chegou.

— Primeiro que você não faz o tipo que briga desse jeito e depois o Morgan já cuidou dessa parte por você, então tente se acalmar, por favor. – Falei passando a mão no rosto para secar as lágrimas que não paravam de descer.

Duas horas depois do ocorrido Emily chegou ao prédio UAC extremamente furiosa e descobri que alguém conseguia gritar ainda mais que Hotcher quando verdadeiramente irritado, depois de uma reunião bem tensa como punição Elliot foi suspenso e afastado do caso dos meus pais até segunda ordem pelo comportamento inapropriado em local de trabalho e Morgan recebeu uma advertência verbal por ter socado a cara dele, mesmo depois de comentar que o faria de novo sem problemas caso fosse necessário ou tivesse oportunidade se fosse para me proteger das investidas inapropriadas dele – Graças a Deus ele iria voltar para a sede da Interpol no primeiro voo de manhã.

— Temos um caso pessoal. – Disse Garcia entrando na sala de reuniões, travando na porta. – Minha nossa! O que aconteceu aqui pessoas? Morgan a sua mãe e o nariz do... Meu Deus!

A colorida encarou a todos franzindo a testa ainda parecendo perdida com a cena a sua frente e tinha razão pra isso, Morgan estava com um saco de gelo sobre a mão um pouco machucada pela intensidade do soco, Elliot tinha um no queixo e eu alisava meu braço onde por ser muito branca era visível as marcas dos dedos de Elliot quando ele me segurou.

— Agora não bebê, por favor. – Disse Morgan balançando a cabeça.

— Garcia, o caso, por favor. – Pediu Aaron com a expressão séria.

— Certo isso foi mesmo estranho... Bem, voltando ao caso... Dessa vez vai nos levar a St. Louis onde essa garota se jogou na frente de um carro da policia ontem no meio da madrugada. – Começou Garcia ligando a tela grande com a foto de uma garota que não parecia ter mais de 18 anos, ela apontou os tablats para que pudéssemos acompanhar os relatórios iniciais por ali também. – Ela diz que foi sequestrada aos 08 anos, o que fez sentido já que após investigarem descobriram que ela bate com a descrição de uma garotinha que desapareceu enquanto brincava num parque perto de casa durante o dia, o nome dela é Gina Bryant, ela vestia apenas uma camisola suja e estava descalça. 

Olhei as imagens sentindo um arrepio percorrer minha espinha, ela estava com vários machucados por todo seu rosto e mesmo antes de ouvir o restante sabia que séria um caso pesado.

— Refém de longa data, isso é raro. – Comentou Rossi franzindo os lábios em desgosto olhando ara as imagens na grande tela e então encarando a todos. – Temos um novo Ariel Castro aqui?

— Essa não é a pior parte, ela disse que foi mantida em cativeiro com essa outra garota Sheeila Woods de 15 anos que desapareceu em Nashville há 07 anos. Ela também mencionou outra garota que se chamava Viollet e era a mais velha. – Explicou Garcia colocando mais uma foto na tela.

— Achou alguma coisa no banco de dados que possa ajudar numa possível identificação? – Perguntou Elliot franzindo a expressão.

— Obviamente chequei porque é meu trabalho e não tem nada lá porque se tivesse eu teria achado. – Respondeu Garcia fechando a expressão um pouco; ela realmente não gostava dele.

— A Gina falou alguma coisa sobre o sequestrador que possa ajudar a identifica-lo? – Perguntou Spencer mantendo a expressão séria, porém estava segurando minha mão embaixo da mesa.

— Só um nome, Tom e que era branco e bem mais velho. – Respondeu Garcia num tom mais normal. – Não encontrei nada ainda, mas vou continuar procurando.

Ela realmente odiava Elliot e eu nunca a vi realmente odiando alguém e honestamente não discordava dela nisso.

— Temos a localização de onde elas estavam? – Perguntou JJ checando os relatórios em suas mais.

— Sim nós temos, mas já aviso que não vai ajudar em muita coisa porque eu já chequei, a Gina deu a localização quando estava um pouco mais calma, ela e as meninas estavam nesta casa que está no nome de Clara Riggins e eu investiguei isso também antes que perguntem... De acordo com os meus cálculos ela tem agora 108 anos, paga todas as contas em dia, mas ninguém sabe dela faz uns meses. – Respondeu Garcia fazendo uma careta de desanimo.

— É um palpite, mas aposto que Clara não teve nada haver com isso. – Falei olhando para os arquivos com a testa franzida, havia alguma coisa que não estava encaixando.

— Certo, decolamos em 20, temos que ser mais rápidos, algo me diz que isso está longe de acabar. Temos que conversar com as famílias e avisar que encontramos as garotas e precisaremos ter cuidado essa nova situação não vai ser fácil de lidar em nenhum dos lados, as meninas estão no hospital. Morgan e Rossi vão para a casa da Clara o restante vai falar com as famílias, vamos montar uma base e Garcia vai nos atualizar por lá, Elliot vai comigo e Emily para a base policial de lá. – Avisou Hotcher com a expressão séria.

O caso estava cada vez mais difícil e pesado também, havíamos encontrado a ultima garota e o desgraçado do sequestrador e estuprador, era doentio como ele havia condicionado a mente da garota mais velha, ela na verdade tinha a mentalidade e a fala de uma criança de 08 anos que foi a idade de quando foi pega provavelmente e pra piorar ainda não sabíamos ao certo quem ela realmente era e sem contar que se não tivéssemos algo mais em breve o caso provavelmente seria fechado ou arquivado, ainda mais para mim que havia perdido uma criança recentemente, olhando os arquivos senti meus olhos arderem e as lagrimas se formarem ao me lembrar das torturas que sofri e por fim a grande possa de sangue em meus pês suspensos pelo ar – aquele sangue... Eu nunca vou conseguir esquecer aquela maldita possa de sangue! Era o meu sangue... Era o sangue do meu bebê e agora ele estava morto e eu estava destruída.

Haviam me destruído.

— Com licença um segundo, me desculpem... – Falei apertando os olhos com força, então me levantei e simplesmente sai da sala emprestada pela polícia da cidade.

Senti alguém caminhando em minhas costas, mas eu simplesmente não dei atenção a isso, apenas continuei caminhando até estar no estacionamento e então me permiti chorar de verdade – Merda, eu tinha prometido que não choraria mais e havia falhado.

— Adalynd, o que foi? – Perguntou Morgan em minhas costas puxando meus ombros para que eu vira-se em sua direção. – Está chorando... Adalynd, você está chorando? O que foi?

Eu não estava mais aguentando toda aquela pressão crescendo em meu peito então simplesmente abracei Morgan com toda a força que pude e contei tudo que estava pressionando meu peito e me matando por dentro desde o maldito dia do sequestro, desde o dia que descobri e de quando percebi que o havia perdido. Morgan por sua vez não falou muito apenas me ouviu mesmo depois de molhar sua camisa com minhas lágrimas, afinal o que poderia ser dito a respeito de algo assim? Exatamente, não havia nada a ser dito.

Após quase meia hora eu finalmente havia conseguido parar de chorar e o fiz prometer que não contaria nada a ninguém sobre a perda do meu bebê, pelo menos por enquanto porque eu não me sentia pronta ainda mais com o caso que estávamos mexendo, finalmente voltamos para dentro onde os outros estavam reunidos na sala de espera e havia novidades passadas por Garcia minutos atrás e agora estávamos sendo atualizados a respeito, JJ havia descoberto a verdadeira identidade de Violet e parece que havia mais duas crianças na jogada ainda com a localização desconhecida – irmãzinhas dela como a própria na verdade Amélia relatou após um longo processo de conversa e criação de laços de confiança, era tudo tão doentio e nojento toda aquela situação mesmo estando acostumada com climas e casos tão pesados como aquele estava sendo porque na verdade essas meninas ainda não localizadas eram filhas dela fruto do ato horrendo do maldito sequestrador.

— Fala bebê, todos podem ouvir você. – Disse Morgan com o celular em mãos olhando para o aparelho parecendo tão esperançoso quanto o restante de nossa equipe, por fim seu olhar parou em mim e Spencer lado a lado.

— É deprimente e muito irritante me sentir tão inútil meus amores, mas eu não consegui nada sobre essas possíveis meninas ainda desconhecidas, eu preciso que me deem um pouco mais, por favor! – Garcia praticamente implorou.

— Olha só pessoal, pode ser um tremendo tiro no escuro, mas ouviram a Amélia. – Disse JJ atrás de nós andando de um lado para outro com a testa franzida. – Ela disse que o “Lugar de desaparecer” fica perto de um mercado.

— Ele é um cara que precisa ter controle em todos os aspectos da vida dele, Garcia quantos mercados existem na cidade. – Falou Rossi certamente seguindo a linda de JJ

— Isso, estamos chegando em algum lugar... Droga mesmo assim ainda são muitos lugares e poderia ser qualquer um. – Praguejou Garcia evidentemente chateada.

— O local do sequestro tinha que ser perto desse lugar de desaparecer. – Disse Elliot franzindo a testa.

Eu não queria concordar com ele, mas fazia sentido.

— Garcia triangule onde as meninas foram encontradas com mercados mais próximos e o que estiver mais próximo num raio de uns 2 km que pareça vulnerável e seguro ao mesmo tempo. – Falei fechando a expressão um pouco ao ligar mais alguns pontos.

— Eu te amo Merida! – Disse Garcia empolgada, bem às vezes ela me chamava pelo meu antigo apelido, confesso que era estranho no começo ser chamado do mesmo jeito que minha irmã fazia, mas eu já havia me acostumado e chegava a ser fofo. – Minha nossa, eu não acredito...

— O que foi isso exatamente? – Perguntou Derek franzindo a testa, estava um pouco preocupado. – Meu anjo, fala comigo.

— Encontrei... Meu Deus é tão óbvio que chega a ser ridículo não terem desconfiado de alguma coisa. Endereço nos celulares e tomem muito cuidado, por favor. – Disse Garcia desligando.

— Certo, JJ, Reid e Elliot vão ao local verificar. – Disse Hotcher sério mantendo sua expressão carrancuda.

Algumas horas depois tudo havia acabado, literalmente uma vez que Gina e Amélia estavam com suas famílias e a mãe de Sheeila havia atirado no sequestrador, um tiro certeiro no coração.

A viagem de avião de volta havia sido silenciosa, Elliot iria embora na manhã seguinte, apenas pegaria suas coisas na UAC fecharia alguns relatórios e então voltaria para a Interpol.


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