Criminal Minds - I found Love escrita por Roza Hathaway Belikov


Capítulo 16
Capítulo


Notas iniciais do capítulo

Se os capitulos anteriores estavam pesados imaginem o que está por vir. Espero que estejam curtindo a historia apesar de quase nunca comentarem!
Boa leitura.



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Um homem fraco tem duvidas antes de uma decisão. Um homem forte tem depois.”

Carl Kraus

Reid não iria desistir do amor da sua vida de jeito nenhum por mais que ela não o deixasse mais chegar perto dela nem mesmo na hora de dormir, mas ele sabia que seja lá o que tenha acontecido quando ela foi sequestrada não a matou fisicamente e dava graças a Deus todos os dias por isso, mas fez um estrago em sua alma tão grande quanto e por mais que tentasse tinha medo de que nada mais pudesse ser feito, tinha medo de que ela jamais fosse se recuperar, ele tentava fazê-la conversar sobre qualquer coisa que pudesse distraí-la ou fazê-la sorrir e chegar perto, mas ela sempre o empurrava aos gritos dizendo que queria ficar sozinha e que ele nunca poderia ajudá-la porque jamais entenderia o quanto ela estava quebrada e com ferimentos ainda abertos e sangrando. Isso estranhamente o fez se lembrar de uma antiga paixão de alguns anos atrás, pensar nessa parte de seu passado também doía, mas de um jeito diferente da dor que o consumia nesse momento, Maeve para ele sempre teria um significado que nunca se apagaria, mas era diferente e mesmo assim ele nunca conseguiu falar a respeito disso com ninguém após a morte dela – nem mesmo com Adalynd e ele sabia que isso não era justo, mas ainda não se sentia pronto para esse tipo de conversa.

Adalynd já nem parecia mais uma pessoa de verdade, ela parecia mais como uma sombra... Um fantasma perdido num ciclo de dor infinita... Ela era qualquer coisa nos últimos dias, menos humana e isso era algo assustador e devastador, toda a sua equipe tentava se manter por perto e tentavam tirá-la de casa e nada funcionava com força o bastante para puxá-la de volta ao mundo real, mas foi numa manhã após brigar com Spencer ao se encarar no espelho do banheiro que o choque atravessou seu rosto e a fez parar de verdade e perceber o que estava fazendo não só consigo mesma, mas também com as pessoas e momentos a sua volta, Adalynd não reconhecia o reflexo no espelho que a encarava de volta com a expressão indignada, era uma casca sem vida alguma, ela tinha que fazer alguma coisa a respeito disso – qualquer coisa.

Adalynd entrou no chuveiro e chorou até seus pulmões começarem a doer e sua garganta secar, aquela seria a última vez que faria isso por esse motivo, depois mesmo sendo arriscado Reid não gostar ela limpou toda a casa organizando todos os livros dele que geralmente estavam espalhados pela casa, os colocando na imensa estante por ondem de tamanho, colocou carne no formo e fez o melhor jantar que conseguiu pensar, arrumou toda a casa, foi ao mercado e comprou vinho – não iria beber e sabia que Reid também não o faria alegando o quanto aquilo fazia mal, mas lhe passou pela cabeça que seria bom ter uma garrafa em casa, ao chegar colocou um vestido vermelho e saltos – ela ainda odiava aquele tipo de sapato, mas ele merecia isso, tinha que ver que sua garota ainda estava viva dentro do que parecia só uma casca morta – ela nunca gostou muito de maquiagem então fez algo bem sutil apenas para disfarçar as orelheiras – arrumou os cabelos os deixando soltos caindo em cachos longos em suas costas, ela precisava cortar as pontas logo porque por mais que estivesse grande e bonito ainda não havia recuperado todo aquele brilho e vida de sempre – mesmo assim estava com uma aparência muito melhor agora, quase como da primeira vez que se viram.

Spencer estava decidido após ponderar sobre as opções que tinha, havia conversado com Morgan quando chegou no trabalho e havia tomado a decisão e seguir o conselho dele e sair de casa por um tempo – Savannah quase nunca ficava em casa então mesmo ainda não achando que seria realmente uma boa ideia Reid iria ficar com Morgan por um tempo, além disso no fundo ele sabia que não tinha como ajudar Adalynd por enquanto então iria buscar algumas coisas aquela noite e ficaria fora por algumas semanas. Assim que passou pela porta não conseguia acreditar no que estava vendo – Adalynd estava completamente diferente daquela manhã, ela agora estava simplesmente maravilhosa, arrumada e o apartamento nunca esteve tão limpo e organizado antes como naquele momento e isso o deixou sem reação.

— O jantar está quase pronto... E eu queria me desculpar por algumas coisas e se possível conversar também se não estiver muito cansado. - Disse Adalynd quando percebeu a presença de Spencer em casa. – Eu organizei os seus livros e lavei as suas roupas também, espero que não se importe com isso.

Spencer abriu a boca para falar a primeira coisa que veio em sua mente, porém seus olhos se fixaram uma caixa antiga que estava na mesinha de centro da sala e as palavras simplesmente sumiram de seus lábios instantaneamente – lá era onde ele guardava todas as cartas que trocou com Maeve por meses e nunca jogou fora, primeiro porque não via necessidade já que era a última coisa que tinha dela e também porque nunca conseguiu fazer isso. Droga!

— Adalynd essa caixa tem... Você já abriu, não é mesmo? – Perguntou Reid parando de frente para a mesinha de centro temendo o que pudesse vir a seguir.

— Abri e sei o que tem dentro... São tantas cartas, mas não se preocupe porque eu não li nenhuma delas. – Respondeu Adalynd dando de ombros ao se aproximar a abraça-lo pelas costas.

— Não? Porque não leu as cartas Lynds? – Perguntou Spencer ficando surpreso com as palavras dela a respeito da caixa. – A maioria das pessoas teria lido pelo menos uma delas. Porque você não o fez também?

— Honestamente eu não sei, apenas achei que não deveria e não li, eu acho que não fiz por você, em respeito a você e ao que provavelmente essas cartas significam para você já que parece que as guarda há tanto tempo... E não se preocupe com isso porque não precisamos falar a respeito se não quiser, mas também não consegui deixar de pensar que ela deve ter sido realmente alguém muito importante pra você. – Respondeu Adalynd começando a colocar as coisas na mesa.

— Maeve. Ela se chamava Maeve e está certa porque ela foi mesmo alguém importante no meu passado, mas agora é só alguém que conheci em sua maioria num monte de cartas antigas. Lembranças. – Explicou Spencer de cabeça baixa segurando as lágrimas que automaticamente se formaram em seus olhos com as lembranças que invadiram sua mente. - Foi uma história complicada que não acabou bem se quiser mesmo saber e eu nunca consegui jogar as cartas fora antes por isso, mas você pode fazer isso ser quiser, sei que de onde estiver ela entenderia que era preciso fazer isso.

Adalynd simplesmente o soltou indo em direção à mesinha de centro, pegou a caixa e imediatamente o coração de Spencer se apertou com a possibilidade do que poderia acontecer em seguida, porém a ruiva apenas sentou no sofá com a caixa no colo, abriu a mesma e pegou uma das cartas o encarando como se estivesse pedindo permissão e mesmo com receio ele apenas concordou.

Adalynd ainda o encarava procurando qualquer vestígio de arrependimento ou dor antiga, porém não havia nada ali então ela abriu a carta e começou a ler em silêncio.

Quase 20 minutos depois ela já estava na 7º carta, ao terminar ao invés de pegas mais uma carta ela apenas guardou tudo e se levantou com a caixa indo em direção a estante de livros agora organizada e ainda em silêncio guardou atrás de alguns livros de modo que não dava para perceber que havia algo escondido ali, caminhou em direção a ele e o abraçou com força.

— Me perdoe por não ter contado sobre ela antes, eu simplesmente não conseguia sequer dizer o nome dela em voz alta depois de tudo que aconteceu. Desculpa não ter se livrado dessas coisas também, mas eu não consegui nem pensar nessa possibilidade então eu coloquei tudo nessa caixa. Adalynd, você é o amor da minha vida, um amor diferente do que eu sentia por Maeve na época e quando ela morreu bem na minha frente às cartas são a única coisa que me restou sobre ela. – Disse o gênio entre soluços cortados por lágrimas que foram enxugadas pela baixinha ruiva a sua frente.

— Eu te amo Spencer e amo o quanto seu coração é tão puro e cheio de amor e sentimentos verdadeiros e jamais ficaria brava ou com ciúmes por causa das cartas de Maeve e também jamais o farei se livras dessas lembranças também e entendo se pensar nela estando comigo porque ela fez parte da sua vida e seja lá o que tenha unido vocês na época a tornou especial e isso é parte de quem você é agora, então não se preocupe porque sabe onde as cartas estão e pode ler sempre que sentir saudades da Maeve que antes que qualquer coisa também era a sua amiga. – Disse Adalynd o encarando com um pequeno sorriso. – Eu não tenho como saber o que Maeve era pra você exatamente na época e não quero que me explique com medo do que eu pense a respeito porque eu conheço você e sei que não funciona desse jeito pra você, mas também não vou tentar apagar isso, porque eu sei que você me ama e tem feito tanto por mim esses dias em que minha alma parecia ter morrido e sempre vou ser grata a você por isso amor, além disso, se for falar em segredos eu também não tenho sido justa com você. Não do jeito que você merecia pelo menos.

— C-como assim Adalynd? O que isso quer dizer exatamente? – Perguntou Spencer franzindo a testa ficando confuso com as palavras dela naquele momento. – Adalynd se não me contar o que aconteceu eu não posso te ajudar. Me deixa ajudar, por favor.

Adalynd simplesmente foi em direção ao quarto de Spencer que se tornou praticamente dos dois nos últimos meses já que eles ficavam mais lá do que na casa dela por ainda deixa-la desconfortável e com medo de algo ruim acontecer o deixando confuso, então a ruiva voltou com um envelope e entregou para Spencer que após ler o papel meio amassado por provavelmente ter sido lido pela ruiva a sua frente outras vezes apenas a abraçou com lágrimas nos olhos.

Adalynd estava grávida no dia que foi sequestrada e havia perdido o bebê por conta da tortura que havia sofrido e não sabia como lidar com isso e a dor era tanta que a cegou e não havia espaço para mais nada


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