Criminal Minds - I found Love escrita por Roza Hathaway Belikov


Capítulo 15
Capítulo


Notas iniciais do capítulo

Hey bebes, como sabem o capitulo anterior foi um pouco tenso e aqui veremos as consequencias desses acontecimentos.
Boa leitura.



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“Não somente sofremos com nossos traumas. Também aprendemos com eles, conforme nossas necessidades”.

Alfred Adler

 

Spencer Reid

Era de uma forma educadamente descrita estranha ver como Adalynd regia a tudo a sua volta desde que havia recebido alta do hospital após passar quase 20 dias internada – sendo os 05 primeiros estando completamente sedada após tentar agredir os enfermeiros e médicos durantes acessos de estresse pós-traumático e por um lado eu a entendia, porém ainda achava que seria realmente melhor mantê-la sedada por um tempo para sua própria segurança e também porque achei que isso iria ajudar de alguma forma, mas eu estava errado, primeiro que ela não cantava mais depois que fomos para a minha casa já que foi decidido que seria melhor não deixa-la sozinha, quase nunca falava com a equipe e se o fazia era sempre sobre os casos que Hotcher a deixava participar a distância por videoconferência já que o psicólogo ainda não havia liberado serviço de campo para ela.

Os dias eram torturantemente iguais, eu acordada com um espaço vazio ao meu lado, caminhava e encontrava Adalynd encolhida no sofá da sala chorando com olheiras enormes por ter passado novamente a noite em claro e quando ela dormia tinha pesadelos e gritava pedindo para que não a matassem, então consequentemente eu também não dormia muito, nossos amigos tentavam ficar por perto, mas ela se trancava e se recusava a receber visitas – até mesmo de seu pai mesmo depois dele ameaçar derrubar a porta e faze-la voltar a viver, até mesmo as visitas a psicóloga parecia deixa-la ainda pior e com o tempo eu não insistia mais em faze-la aparecer lá.

Hotcher chegou a ameaçar demiti-la caso continuasse se recusando a frequentar a psicóloga e num ato que nunca pensei que iria acontecer ela agressivamente o mandou ir à merda e deixa-la sofrer em paz.

Depois daquilo eu realmente achei que ela fosse ser demitida por justa causa sem conversa, porém ao contrário de tudo que imaginei que iria acontecer Hotcher calmamente finalizou a ligação desejando melhoras e dizendo que isso ainda não havia acabado e simplesmente apareceu na minha porta na manhã seguinte dizendo que qualquer um com coragem o suficiente para dizer aquilo ao chefe do departamento da UAC mesmo que por telefone merecia uma visita presencial dele e como eu imaginei não adiantou nada, pois o que foi dito por telefone não parecia ter vindo da mesma pessoa que já quase nem parecia mais humana.

Parecia que toda a vida dela havia sido tirada.

Aquela não era mais a Adalynd e não só por dentro, aquela era apenas uma casca que teve a alma roubada ou morta.

— Eu preciso ir trabalhar daqui a pouco amor, mas posso pedir o dia de folga ao Hotcher para ficar com você se quiser, sabemos que ele iria entender que você precisa mais de mim do que nossa equipe nesse momento. – Falei largando todas as minhas coisas e sentando no meio da cama meio que abraçando a cintura dela com cuidado. – Adalynd, você está me ouvindo?

— Não, você precisa sair desse apartamento e viver. – Disse ela de cabeça abaixada; Deus sabia o quanto me machucava vê-la daquele jeito e não poder fazer nada. – Spencer a sua vida vai além desse apartamento e além de mim com certeza, então vai trabalhar e mande a equipe não se preocupar. Eu vou ficar... Vai trabalhar.

Ela realmente não estava nada bem. Droga!

— Falei com o Morgan de manhã enquanto você finalmente dormia um pouco, os relatórios estavam acumulando nas nossas mesas, mas ele e JJ cuidaram de tudo e não temos muito que fazer por lá por enquanto, então se quiser eu posso mesmo ficar em casa com você hoje Adalynd. – Falei tentando não perder o pouco de controle que me restava e desabar ali mesmo, mas eu não poria mostrar o quanto vê-la daquele jeito me deixava realmente muito mal também, eu precisava ser forte. – Eu quase perdi você e se tivesse acontecido, sabe a equipe liga pra você o tempo todo pelo mesmo motivo que eu não quero sair e deixar você sozinha, porque parece que algo vai acontecer e levar você embora de novo e vou te perder... Adalynd, eu nunca senti tanto medo na minha vida como senti quando percebi o que estava acontecendo. Lynds quando conseguimos rastrear a sua localização através de câmeras de segurança e trânsito eu achei que estivesse morta, eu nunca senti tanto medo em toda a minha vida, eu nunca temi por mim daquele jeito que temi quando vi como estava, havia tanto sangue e tantos machucados e quando você chegou ao hospital Savannah disse que você estava praticamente morta... Desde que você finalmente voltou pros meus braços eu vou trabalhar todos os dias e meu coração ainda acha que algo de errado aconteceu com você enquanto estou fora e saber que você passou por coisas horríveis nos dois piores dias da minha me fez sentir que falhei com você porque eu devia protegê-la e não consegui você quase morreu.

E eu já estava chorando.

— Essa não é toda a história, então pare de agir como se a sua dor fosse maior que a minha. – Disse ela soluçando, porém a forma rude como as palavras saíram me deixaram chocado e não magoado.

— Como assim Adalynd? – Perguntei com cuidado a encarando com a testa franzida esperando por uma explicação.

— Essa não é toda a história ok? Eu não morri lá, mas depois que percebi que havia sobrevivido parte de mim queria estar morta e ainda desejo isso então pare de agir como se pudesse juntar os meus pedaços porque as peças provavelmente nunca mais vão se encaixar de novo um dia. – Disse ela levantando da cama e indo para a janela – Sai do apartamento e vai trabalhar, eu quero ficar sozinha Spencer.

— O que? Não, eu não vou te deixar sozinha sem me contar o que aconteceu lá. – Falei sentando na cama tentando puxa-la para os meus braços, porém ela me empurrou e eu travei.

Eu nunca vi Adalynd daquele jeito.

Ela nunca me rejeitou daquele jeito.

Eu nunca me senti tão inútil como naquele momento.

Levantei da cama sem ter certeza do que havia acontecido e se realmente havia acontecido porque eu me recusava a acreditar, peguei minhas coisas e fui para a porta, coloquei a mão na maçaneta e virei o corpo para trás sentindo um aperto em meu peito ao ver Adalynd se encolher no chão e chorar. E mesmo com algo dentro de mim gritando que eu estava fazendo a coisa errada fechei a porta atrás de mim e desci do prédio indo para a garagem.

Eu queria estar errado, mas meu perto se apertou como se a garota mais colorida do mundo estivesse mesmo morrendo e eu a tivesse perdendo e não sabia se conseguiria fazer isso parar porque parecia que ela já estava morta e que o restante só estava indo aos pouquinhos para me torturar como um lembrete de que aquilo provavelmente era culpa minha por não tê-la protegido.

“Não somente sofremos com nossos traumas. Também aprendemos com eles, conforme nossas necessidades”.

Alfred Adler

 

Spencer Reid

Era de uma forma educadamente descrita estranha ver como Adalynd regia a tudo a sua volta desde que havia recebido alta do hospital após passar quase 20 dias internada – sendo os 05 primeiros estando completamente sedada após tentar agredir os enfermeiros e médicos durantes acessos de estresse pós-traumático e por um lado eu a entendia, porém ainda achava que seria realmente melhor mantê-la sedada por um tempo para sua própria segurança e também porque achei que isso iria ajudar de alguma forma, mas eu estava errado, primeiro que ela não cantava mais depois que fomos para a minha casa já que foi decidido que seria melhor não deixa-la sozinha, quase nunca falava com a equipe e se o fazia era sempre sobre os casos que Hotcher a deixava participar a distância por videoconferência já que o psicólogo ainda não havia liberado serviço de campo para ela.

Os dias eram torturantemente iguais, eu acordada com um espaço vazio ao meu lado, caminhava e encontrava Adalynd encolhida no sofá da sala chorando com olheiras enormes por ter passado novamente a noite em claro e quando ela dormia tinha pesadelos e gritava pedindo para que não a matassem, então consequentemente eu também não dormia muito, nossos amigos tentavam ficar por perto, mas ela se trancava e se recusava a receber visitas – até mesmo de seu pai mesmo depois dele ameaçar derrubar a porta e faze-la voltar a viver, até mesmo as visitas a psicóloga parecia deixa-la ainda pior e com o tempo eu não insistia mais em faze-la aparecer lá.

Hotcher chegou a ameaçar demiti-la caso continuasse se recusando a frequentar a psicóloga e num ato que nunca pensei que iria acontecer ela agressivamente o mandou ir à merda e deixa-la sofrer em paz.

Depois daquilo eu realmente achei que ela fosse ser demitida por justa causa sem conversa, porém ao contrário de tudo que imaginei que iria acontecer Hotcher calmamente finalizou a ligação desejando melhoras e dizendo que isso ainda não havia acabado e simplesmente apareceu na minha porta na manhã seguinte dizendo que qualquer um com coragem o suficiente para dizer aquilo ao chefe do departamento da UAC mesmo que por telefone merecia uma visita presencial dele e como eu imaginei não adiantou nada, pois o que foi dito por telefone não parecia ter vindo da mesma pessoa que já quase nem parecia mais humana.

Parecia que toda a vida dela havia sido tirada.

Aquela não era mais a Adalynd e não só por dentro, aquela era apenas uma casca que teve a alma roubada ou morta.

— Eu preciso ir trabalhar daqui a pouco amor, mas posso pedir o dia de folga ao Hotcher para ficar com você se quiser, sabemos que ele iria entender que você precisa mais de mim do que nossa equipe nesse momento. – Falei largando todas as minhas coisas e sentando no meio da cama meio que abraçando a cintura dela com cuidado. – Adalynd, você está me ouvindo?

— Não, você precisa sair desse apartamento e viver. – Disse ela de cabeça abaixada; Deus sabia o quanto me machucava vê-la daquele jeito e não poder fazer nada. – Spencer a sua vida vai além desse apartamento e além de mim com certeza, então vai trabalhar e mande a equipe não se preocupar. Eu vou ficar... Vai trabalhar.

Ela realmente não estava nada bem. Droga!

— Falei com o Morgan de manhã enquanto você finalmente dormia um pouco, os relatórios estavam acumulando nas nossas mesas, mas ele e JJ cuidaram de tudo e não temos muito que fazer por lá por enquanto, então se quiser eu posso mesmo ficar em casa com você hoje Adalynd. – Falei tentando não perder o pouco de controle que me restava e desabar ali mesmo, mas eu não poria mostrar o quanto vê-la daquele jeito me deixava realmente muito mal também, eu precisava ser forte. – Eu quase perdi você e se tivesse acontecido, sabe a equipe liga pra você o tempo todo pelo mesmo motivo que eu não quero sair e deixar você sozinha, porque parece que algo vai acontecer e levar você embora de novo e vou te perder... Adalynd, eu nunca senti tanto medo na minha vida como senti quando percebi o que estava acontecendo. Lynds quando conseguimos rastrear a sua localização através de câmeras de segurança e trânsito eu achei que estivesse morta, eu nunca senti tanto medo em toda a minha vida, eu nunca temi por mim daquele jeito que temi quando vi como estava, havia tanto sangue e tantos machucados e quando você chegou ao hospital Savannah disse que você estava praticamente morta... Desde que você finalmente voltou pros meus braços eu vou trabalhar todos os dias e meu coração ainda acha que algo de errado aconteceu com você enquanto estou fora e saber que você passou por coisas horríveis nos dois piores dias da minha me fez sentir que falhei com você porque eu devia protegê-la e não consegui você quase morreu.

E eu já estava chorando.

— Essa não é toda a história, então pare de agir como se a sua dor fosse maior que a minha. – Disse ela soluçando, porém a forma rude como as palavras saíram me deixaram chocado e não magoado.

— Como assim Adalynd? – Perguntei com cuidado a encarando com a testa franzida esperando por uma explicação.

— Essa não é toda a história ok? Eu não morri lá, mas depois que percebi que havia sobrevivido parte de mim queria estar morta e ainda desejo isso então pare de agir como se pudesse juntar os meus pedaços porque as peças provavelmente nunca mais vão se encaixar de novo um dia. – Disse ela levantando da cama e indo para a janela – Sai do apartamento e vai trabalhar, eu quero ficar sozinha Spencer.

— O que? Não, eu não vou te deixar sozinha sem me contar o que aconteceu lá. – Falei sentando na cama tentando puxa-la para os meus braços, porém ela me empurrou e eu travei.

Eu nunca vi Adalynd daquele jeito.

Ela nunca me rejeitou daquele jeito.

Eu nunca me senti tão inútil como naquele momento.

Levantei da cama sem ter certeza do que havia acontecido e se realmente havia acontecido porque eu me recusava a acreditar, peguei minhas coisas e fui para a porta, coloquei a mão na maçaneta e virei o corpo para trás sentindo um aperto em meu peito ao ver Adalynd se encolher no chão e chorar. E mesmo com algo dentro de mim gritando que eu estava fazendo a coisa errada fechei a porta atrás de mim e desci do prédio indo para a garagem.

Eu queria estar errado, mas meu perto se apertou como se a garota mais colorida do mundo estivesse mesmo morrendo e eu a tivesse perdendo e não sabia se conseguiria fazer isso parar porque parecia que ela já estava morta e que o restante só estava indo aos pouquinhos para me torturar como um lembrete de que aquilo provavelmente era culpa minha por não tê-la protegido.


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