Criminal Minds - I found Love escrita por Roza Hathaway Belikov


Capítulo 10
Capítulo


Notas iniciais do capítulo

Olá meus bebes, tudo bem?
Eu tenho mais capitulos prontos, mas como voces comentam pouco demais eu vou ser má dessa vez e vou liberar um por semena apenas, a nao ser que voces colaborem e comentem mais, recomentem e favoritem a historia.
Boa leitura!
Amo voces!



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“Desde a infância que não fui como os outros, nem vi o mesmo que os outros.”

Edgar Allan Poe

 

Adalynd Doddyson

 

A sensação de ter Spencer se acomodando dentro de mim eram dois extremos relativamente intensos e bastante incômodos inicialmente infelizmente, mas valia a pena quando acontecia com quem amávamos e mesmo ainda não tendo dito eu amava tanto o Reid – primeiro havia a dor corroendo cada célula de meu corpo uma a uma; havia algo nisso que me fazia ter a sensação de estar sendo partida ao meio com uma faca sem corte e depois o prazer intenso; esse agia um pouco mais lento, porém quando me atingiu por inteiro foi a melhor coisa do mundo. Nossos movimentos de alguma forma estavam sincronizados, suas mãos não saiam de minha cintura comandando os movimentos de sobe e desce para não me machucar tanto de inicio, além disso, de algum jeito mesmo que eu nunca tenha feito algo do tipo antes ambos sabíamos exatamente como atiçar o melhor no outro e também quando era a hora de ir com mais calma e quando chegamos ao máximo de nossos corpos me senti tão completa e feliz.

Reid caiu ao meu lado com a respiração bastante ofegante e um sorriso enorme, em seguida me puxou para seu peito cuidadosamente, fazendo carinho em meus cabelos.

— Você está se sentindo bem meu amor? – Perguntou ele evidentemente preocupado ao me encarar enquanto ainda mexia em meus cabelos com cuidado.  – Está sentindo alguma dor ou desconforto? Eu acho que acabei me empolgando um pouco demais. Desculpe.

Sério, não tinha como ser mais fofo!

Spencer definitivamente era a melhor pessoa que eu já havia conhecido em toda a minha vida, ele me completava de uma forma que eu nunca imaginei ser possível, era incrível.

Meus pais teriam orgulho da minha escolha com certeza e certamente Gabrielly o encheria de perguntas extremamente esquisitas e constrangedoras enquanto Kevin daria risada escondido na cozinha se divertindo com a situação.

— Eu estou bem meu anjo, não se preocupe. – Respondi com um largo sorriso chegando um pouco mais perto para poder abraça-lo, o calor do corpo dele era bom demais e eu ficaria ali eternamente se eu pudesse porque não imagino algo melhor do que isso para fazer, ele era tudo que eu precisava para ser feliz. – Você foi incrível Spencer. Obrigada por tudo que esta fazendo por mim.

— Escuta um segundo, cuidar de casos complicados para que ninguém mais se machuque é o nosso trabalho todos os dias, mas isso não é o que estamos fazendo aqui. – Disse ele ficando sério ao me encarar. – Adalynd nós trabalhamos juntos todos os dias, mas gostar... Não, na verdade estar apaixonado por você não é trabalho, é sentir que finalmente encontrei o que minha alma precisava para ser feliz.

Ele estava apaixonado por mim... Bem, isso definia exatamente o que tínhamos então só havia algo que eu precisava fazer a respeito disso.

— Spencer? – Falei após alguns minutos curtindo o silêncio.

— O que foi? – Perguntou ele me olhando curioso.

— Eu te amo. – Falei com um sorriso, sentindo meu rosto começar a queimar de vergonha.

— Eu te amo também. – Ele sorriu ainda mais e me beijou.

Momento simples? É talvez tenha sido.

Algo extremamente especial? Sem duvida alguma.

Pretendíamos dormir um pouco depois do momento incrível que tivemos algumas horas atrás e isso seria algo realmente ótimo para recuperar as energias, mas um dos celulares começou a tocar estragando nossos planos.

— Espero que não seja do nosso trabalho, estávamos tendo um dia tão bom, por favor! – Falei baixinho ao levantar o corpo devagar em sinal de preguiça, puxando os cobertores até cobrir meus seios; desnecessário, mas eu não conseguia evitar algo assim de certa forma estava com vergonha mesmo que quando estávamos fazendo amor não havia espaço para algo assim. – Droga, é o seu celular que está tocando Spencer. Hotcher com certeza, eu nem preciso olhar para saber disso.

— Trabalho com certeza, ponto pra você. Volta a dormir meu anjo, talvez eles não chamem a nós dois por enquanto, eu acordo você se precisar. – Respondeu Spencer sentando com o celular em mãos mostrando a tela do celular onde havia o nome do nosso chefe em letras pretas e grandes. – Dr. Reid na linha... Hotcher, o que foi? Sim, ela está comigo. Tudo bem, estaremos ai em 40 minutos. Esquece a soneca, você precisa vir junto também.

Enquanto Spencer estava no telefone com nosso chefe aproveitei e comecei ao me arrumar já que teríamos que ir para o trabalho e a única coisa estranha nisso era que pela primeira vez desde que eu havia entrado para a equipe da BAU ir trabalhar significava alguma coisa ruim, porque mesmo que ninguém tenha dito algo do tipo eu sentia que era alguma coisa ruim. Muito ruim mesmo.

Entramos no prédio da UAC em silencio e fomos direto para a sala do Hotcher sob os olhares de nossos amigos que pareciam bastante preocupados com alguma coisa, ele estava lá junto com a Emily.

Como eu havia pensado, era alguma coisa ruim com certeza.

— Obrigado por virem rápido para cá pessoal, descobrimos uma coisa importante que vai mudar o caso todo e precisávamos que ouvissem sobre isso também. – Disse Emily séria segurando uma pasta bege.  – Antes de contar eu quero dizer que sinto muito pela forma que fizemos isso pelas suas costas Adalynd, mas tínhamos que seguir ordens e por isso deixamos você de fora do que estava acontecendo.

Mais arquivos confidenciais? Ótimo.

— Honestamente nada mais vai me surpreender nesse caso depois de encontrar dois corpos na minha casa. – Falei fechando a expressão ao pegar os arquivos. – Encima da minha cama! Sério, que tipo de pessoa faz isso?

— Na verdade eram quatro corpos, sinto muito. – Disse uma voz masculina em minhas costas me fazendo congelar de surpresa; era impossível estar ouvindo aquela voz. – Pessoas que querem te assustar fazem esse tipo de coisa

Eu conhecia aquela voz, queria não conhecer, mas eu conhecia muito bem a voz e o dono da voz.

— Quem é você? – Perguntaram JJ e Morgan ao mesmo tempo, ambos franzindo a expressão.

— Isso precisa ser um pesadelo e dos bem ruins, porque eu não tenho paciência sobrando pra lidar com isso. É serio isso Elliot? Agora você vai me seguir no trabalho? – Questionei completamente incrédula encarando o moreno alto parado de braços cruzados na porta - O que está fazendo na Virginia seu idiota?

— Quem é você afinal de contas? – Perguntou Morgan com a expressão fechada e eu sabia exatamente o que isso significava; ele não havia gostado nada do que estava vendo.

— Conta pra eles quem sou eu, ou eu conto e acabo com a parte divertida dessa situação; escolhe. – Disse a figura mais irritante desse mundo sorrindo cinicamente.

Spencer virou o corpo e me encarou e mesmo sem ele ter dito uma palavra eu sabia que ele queria respostas imediatamente e mesmo sendo uma pessoa pacífica a calma dele estava por um fio de acabar.

— O nome dele é Elliot Connor, ele é um idiota que não deveria estar aqui, mas por algum motivo está. Nós estudamos juntos uma das minhas faculdades alguns anos atrás e nos distanciamos depois de algumas coisas... O que está fazendo aqui Elliot? Eu estou a ponto de dar um soco em você com força o bastante para quebrar o seu nariz igualzinho fiz no laboratório da faculdade então é melhor que tenha um bom motivo para estar no meu trabalho porque eu vou machucar você de novo. – Falei também fechando minha expressão completamente enquanto falava, ignorando completamente o fato de Hotcher fechar a expressão também diante de minhas palavras agressivas.

— Grossa como sempre né Addy? E eu pensando que a idade iria te deixar menos mal humorada, mas pensando bem é até bonitinho que continue assim. – Disse Eliot com um sorriso lateral ao entrar na sala e parar ao lado de Emily e a poucos passos de mim. – Conta pra eles sobre a gente... Não? Tudo bem, então eu conto. Nós éramos namorados na faculdade de criminologia... Até ela me dar um pé na bunda. Eu fui embora da cidade alguns dias depois, sai da divisão do FBI uma semana depois e fui para a CIA porque sabia que ela viria pra cá já que a notificação chegou ao departamento de treinamento onde curiosamente eu era um dos treinadores da futura turma que ela fazia parte, mas voltei quando descobri que reabririam o caso dos pais dela.

Para uma pessoa normal as reações naquela sala não tinham nada de tão grave ou preocupante inicialmente mesmo com o evidente clima tenso que estava se formando há algum tempo, mas éramos todos perfiladores ali dentro e mesmo tendo chegado há pouco tempo na equipe eu era uma das boas então sabia que Spencer estava fervendo de raiva e ciúmes por dentro e pelo olhar de Morgan para ele também havia percebido o mesmo e parecia estar decidindo se o bloquearia ou se o ajudaria com isso.

— Isso não explica o que está fazendo no meu trabalho interferindo numa investigação importante. – Falei ainda me controlando muito para encurtar a distancia que havia entre nós e socar a cara dele até estourar minhas mãos naquele rosto convencido e arrogante. – Escute aqui, eu sei que se não for do seu interesse ou que não seja haver com você não interessa, mas precisa entender que isso aqui não é a faculdade, você não pode entrar aqui e se sentir o dono do mundo. Estou ocupada e não vou e nem quero lidar com você agora, então faça um favor a nós dois e vai embora.

— Ele não pode, eu juro que o tiraria daqui por você se eu pudesse fazer isso, mas isso não será possível... E isso não vai acontecer porque o Elliot trabalha comigo na Interpol agora e teoricamente o caso também é dele, teremos que encontrar um jeito de fazer isso. – Disse Emily encarando a mim, porém obviamente estava falando com Spencer e eu a conhecia bem o suficiente para saber disso. – Ele esteve trabalhando no caso da sua irmã. Ele que descobriu a identidade dos seus pais e fez a ligação dos casos.

— É claro que fez... Isso fica cada vez pior. - Murmurei com o maxilar travado ao encara-lo demonstrando o máximo de raiva possível que havia dentro de mim. – Eu preciso de um segundo sozinha, se for possível, por favor.

— Tudo bem Adalynd, pode ir por enquanto. Mando alguém chamar você se tivermos detalhes novos. – Disse Hotcher sem me olhar, ele estava concentrado demais para me dar atenção naquele momento. – Reid, vai com ela, por favor.

Ele não podia estar falando sério podia?

 Maravilha!

— Eu não preciso de uma babá Hotcher, por favor. – Falei bem alto mostrando ainda mais o quanto estava irritada.

— Sabemos disso Adalynd, ninguém está dizendo nada... Reid vai, por favor. – Disse Hotcher em minhas costas.

— Adalynd espera um segundo, por favor! – Pediu Spencer segurando meu braço e me fazendo virar de frente para ele – Porque não conversa comigo. O que está acontecendo?

— Elliot. É isso que está acontecendo comigo. – Falei irritada ao encara-lo. – Spencer, ele foi uma das piores pessoas que eu já conheci e agora ele está aqui trabalhando no caso mais importante da minha vida. E eu sei que você é cavalheiro demais para fazer perguntas a respeito dessa parte da minha vida que eu particularmente não gosto, mas eu juro que quero falar sobre isso com você, mas não nesse momento.

— Tudo bem Adalynd, não precisamos falar sobre isso agora se não quiser não se preocupe. – Disse ele puxando-me para um abraço inesperado e isso me deixou um pouco mais calma. – Não precisamos falar sobre nada nesse momento, porque você não está pronta e tudo bem não estar pronta Lynds, não tem presa. Todos nós temos algo que não queremos falar a respeito.

— Não, eu quero falar sobre isso agora porque eu sinto que ele não vai embora tão cedo então precisa entender com o que estamos lidando... Com o que eu estou lidando. Só não quero fazer isso aqui, podemos usar alguma sala lá encima para conversar? – Pedi agora caminhando para a escada rapidamente quando ele concordou.

Entramos numa sala onde costumava ser o antigo escritório da Emily e sentamos no sofá que havia ali.

— Adalynd, não precisamos falar sobre isso. – Disse ele cruzando os braços ao sentar ao meu lado.

— Não importa que esteja tentando me proteger disso porque eu não estou perdendo o controle só porque uma parte do meu passado está bem aqui, eu quero falar agora sobre isso, então seja bonzinho e sente nesse sofá, cale a boca e escute o que eu preciso te contar, por favor. – Falei deitando minha cabeça no colo dele enquanto falava.  – Elliot Connor, o que dá para dizer sobre a pessoa mais manipuladora que eu já conheci em toda a minha vida? Ele era o sonho de todas as garotas da faculdade onde eu fazia criminologia, menos o meu e justo por quem ele se interessa? Exatamente! Ele me pediu em namoro num restaurante que fomos jantar depois de uma prova na faculdade e no começo era uma coisa boa e eu gostava de quando estávamos juntos, até eu descobrir o lado dele estando bêbado.

— Espera, ele bateu em você? – Perguntou Spencer arregalando os olhos, obviamente horrorizado.

— Não no inicio, mas aconteceu uma vez. Ele costumava gritar comigo toda vez que bebida demais, quebrava coisas quando estava irritado... A primeira vez que fomos ao apartamento dele foi quando aconteceu o pior. – Falei me controlando para não começar a chorar, eu odiava falar sobre essas coisas por isso ninguém sabia, nem mesmo a minha irmã chegou, a saber, essa história. – Estávamos no apartamento dele com a família dele dando um jantar para que eu pudesse conhecê-los e ai o irmão dele começou a conversar comigo e Elliot ficou furioso. Ele me puxou pelo braço xingando e gritando e ai o irmão dele Vincent tentou fazer ele me soltar e o Elliot foi pra cima dele. Eu tentei separar os dois e ele tentou me afastar e me acertou uma cotovelada no rosto... Ele levantou quando percebeu o que havia feito, tentou se aproximar de mim e eu o empurrei porque me assustei com o que tinha acontecido e ai ele me deu um tapa que tirou ainda mais sangue da minha boca e do meu nariz e foi quando eu surtei e soquei o nariz dele com toda a força do meu corpo... Foi a primeira vez que eu machuquei alguém pra valer; quebrei o nariz dele.

— Ah meu Deus e pensar que eu estava quase com ciúmes daquele idiota por estar se gabando por ter namorado você na faculdade. – Disse Spencer visivelmente irritado. – Eu juro que se ele chegar perto demais de você... Eu mato o Elliot se ele tentar machucar você de novo ou algo do tipo.

Eu pretendia responder, mas simplesmente me calei e fechei os olhos pegando no sono rapidamente já que Spencer estava fazendo carinho em meus cabelos mesmo sabendo que era meu ponto fraco – era só mexer no meu cabelo que eu pegava no sono em poucos minutos.


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