Another Me escrita por warick


Capítulo 2
Capitulo 1 – Sério? É mesmo?


Notas iniciais do capítulo

Notas do autor: Muito obrigado por ler essa minha história. Todos os direitos de Harry Potter pertencem a J. K. Rowling.
Eu nunca gostei de que a tradução de muggles é trouxa por isso eu vou usar o que ‘Criaturas fantásticas e onde habitam’ usou: no-maj.



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— Tenho mesmo que aprender isso? – perguntei gemendo.

— Sim, oclumencia é uma arte muito útil, além de proteger a mente ela melhora a memória e é o primeiro passo no caminho das magias mentais. – Malcon respondeu. – Vai para cama garoto e lembre-se de meditar antes de dormir.

Sai da sala de estudo e fui tomar banho, banhos quentes sempre ajudam depois de uma sessão de treinamento.

Embaixo do chuveiro massageei meu corpo, o treinamento de hoje foi duro, não tão duro quanto Malcon faz diariamente, mas duro para um garoto de 7 anos, ainda me arrependo do dia em que eu vi o treinamento dele e pedi para me tornar tão bom quanto ele. Por eu ser estranhamente mais maduro do que todas as outras crianças da minha idade eu fui completando rapidamente o treinamento físico e mental, tanto que eu aprendi a ler e escrever aos 4 anos, mesmo que minha letra era mais garrancho do que qualquer outra coisa.

Malcon Grant, meu pai adotivo e investigador particular para os no-maj, me treinava em tai chi chuan e yoga para eu aprender a realmente utilizar o meu corpo, meditação para melhorar a mente junto com as ciências dos no-maj.

Ir para escola dos no-maj para mim sempre foi e sempre será uma perda de tempo, mas Malcon disse que eu tenho que socializar com garotos da minha idade, não que eu consiga me enturmar com aqueles pirralhos remelentos.

Terminando meu banho fui para meu quarto, sentei em minha cama na posição de lótus e comecei minha meditação.

Meditar é algo difícil, você tem que se concentrar em não se concentrar. Um dos pontos positivos de ser um bruxo é que para meditar você só precisa focar na magia dentro do seu corpo e seguir o fluxo contrário até chegar ao seu núcleo, entre o momento em que você começa e o que você encontra o núcleo você já deve estar meditando. O único problema é aprender a sentir a magia, para isso você tem que meditar, foi engraçado ver a cara do Malcon quando eu contei esse método que eu tinha inventado.

Ocumencia é a arte organizar e defender a mente, uma coisa importante dessa arte é que você não pode organizar a mente igual você organizaria uma biblioteca ou seu quarto, você tem que usar um jeito ao qual só você consegue descobrir o que está onde. O começo, onde eu estou agora, é complicado por você não ter nenhum real ponto de referência, a explicação do livro ajuda um pouco, mas essa é uma arte muito abstrata.

Revendo as suas próprias memorias e as classificando é algo que pode ser entre chato e traumatizante, dependendo da vida que você levou, eu por ser cuidado por Malcon desde que eu era bebe não tenho nada muito aterrorizante em minhas memorias, por isso que para mim é realmente chato, imagina passar 1 hora revendo você tomando banho, indo ao banheiro, comendo, estudando (pensando bem essa parte é muito boa, nunca mais vou precisar estudar nada só meditar um pouco e me lembro quase perfeitamente de todas as aulas que eu tive do assunto que cai na prova, não que as matérias ais quais eu estudo sejam difíceis, isso é algo que futuramente eu vou usar e abusar), caminhando, treinando,...

No meio da minha meditação/monologo interno eu percebi uma coisa estranha na minha mente algo como uma barreira, é difícil de explicar. O que você faz quando você encontra algo estranho onde não deveria existir? Você vai correndo contar para alguém responsável sobre isso? ... Claro que não, você cutuca isso com um graveto.

Como eu não tinha um graveto na minha mente eu fui com uma pequena sonda mental mesmo, não que eu tinha muito controle sobre magias mentais então a chamada ‘pequena sonda mental’ foi mais para um delicado pedido de entrada igual a aqueles que os policiais fazem nos filmes de ação. Uma rachadura apareceu na barreira junto com um barulho de rachar os tímpanos.

“Eu acho que eu não deveria ter feito isso” pensei.

A rachadura foi se espalhando por toda a barreira, eu tentei de tudo para concertar ela, mas eu acabei quebrando mais ainda. Quando as rachaduras ocupavam toda a barreia o barulho parou.

“Ou eu estou salvo ou me...”

Como o barulho de vidro se quebrando a barreira se estilhaçou.

“Isso foi realmente clichê”

De trás da barreira veio uma onda de liquido prateado que inundou a minha mente e a escuridão tomou conta.

Acordei com dor de cabeça e não quis levantar da cama, pensar doía.

— Alexander, acorda o café está quase pronto. – gritou Malcon da cozinha.

Gemi me levantando.

— Já estou indo. – gritei.

Sai da cama e me espreguicei, olhei para o meu quarto sentido que havia algo estranho nele, mas eu não consegui descobrir o que era.

Ok, vamos ir por partes, minha cama está bagunçada por eu acabar de levantar, nada estranho nisso, minhas cortinas e janela estão fechadas por causa do inverno, minha escrivaninha está um pouco bagunçada pelas notas de runas antigas que eu estava fazendo, porta do banheiro está fechada, porta do quarto também, armário fechado, estante de livros arrumada com todos os livros de teoria magica e da coleção de livros do Harry Potter que tia Catharine me deu.

Dei mais uma olhada ao redor do meu quarto, mas nada saiu do lugar.

Olhando mais uma vez para a coleção de livros que além de não serem bem escritos não eram nada realísticos, como alguém da minha idade enfrenta seres mágicos XXXX e bruxos das trevas?

Fui em direção do banheiro tomar banho, mas parei quando reparei no que eu tinha pensado.

Os livros do Harry Potter começaram quando ele tinha 11 anos e ia começar Hogwarts e não aos 4 como esses, mas isso era impossível pois Harry Potter não tinha começado Hogwarts ainda, ele era 1 ano mais velho do que eu, mas isso era impossível pois Harry Potter não existia, ele era um personagem fictício, mas isso era impossível pois foi Harry Potter quem acabou com a guerra de sangue que Você-Sabe-Quem começou, mas Tom Riddle era também um personagem fictício, mas...

Meu cérebro superaqueceu e eu parei de pensar por alguns momentos, inspirei e expirei algumas vezes me acalmando e então a verdade atingiu meu cérebro:

— Eu estou no mundo de Harry Potter.

Memorias que não eram minhas, mas eram, apareceram em minha mente, a vida de alguém passando rapidamente diante de meus olhos como um filme, de bebe a criança, de criança a adolescente, de adolescente a quase adulto e então a morte anticlimática.

Todas os amigos que ele teve, todos os livros que ele leu, todos os filmes que ele assistiu, todas as fanficts que ele leu. E nessa última parte eu me dei conta o que estava acontecendo: algo como uma self-insert fanfict.

Minha mente ficou em branco depois desse pensamento, quem pode me culpar por isso?

— Vamos com calma, primeiro começamos do básico. Eu sou Alexander Grant e também sou Warick. Por algum motivo, um R.O.B. (Random Omnipotent Being) possivelmente Zelretch ou um acidente na hora da reencarnação me deixou com minhas memórias intactas. Mas por que isso aconteceu? Não acho que eu seja algo diferente de todos os outros fãs da série que leram algumas fanficts, claro eu tenho algumas teorias sobre como magia funciona e tals, mas isso todo mundo tem...

Suspirei, melhor pensar nisso depois de realmente acordar com um bom banho. No banheiro parei na frente do espelho para olhar para as diferenças entre o meu corpo de agora e meu antigo.

— Mesmos olhos verdes, mesmo cabelo castanho, tomara que eu cresça mais dessa vez, que ser o terceiro mais baixo da turma é irritante, pelo menos dessa vez eu não tive que usar aparelho por vários anos. Melhor dar uma olhada no meu apêndice quando eu visitar um curandeiro, melhor prevenir do que remediar.

Falando de minha antiga vida me lembrei de minha família, que eu deixei para trás quando eu morri, minha mãe, meu pai, meu irmão. Eu me sentia triste por saber que eles perderam um membro da família e nada além disso, então eu notei que as memórias de minha vida passada não vieram com os sentimentos que eu tinha, era como isso fosse nada mais do que um filme que eu assisti na minha cabeça.

“Pelo menos assim eu não vou me transformar em um emo que não consegue fazer nada da vida”.

Como eu já tinha perdido muito tempo perdido no caminho da vida eu me apressei para tomar banho e ir comer.

“Agora,” pensei embaixo da agua do chuveiro (melhor lugar para pensar) “Qual caminho eu vou usar para que a história tenha um bom final? Que os livros deixam muito a desejar quanto o que aconteceu com os personagens secundários e terciários, pelo epilogo só consegui saber que Harry e Gina se casaram e não sabem nomear seus filhos, Hermione e Rony se casaram e ele aprendeu a dirigir, Malfoy se casou e tem um filho da idade da filha da Hermione.”

“Tudo bem que tem aquela peça de teatro que fizeram que diz que Hermione virou Ministra, Harry chefe dos Aurores e Rony ajudou com a loja de brincadeira dos gêmeos, mas isso pode ser que não aconteceu... é possível também que eu esteja em uma dimensão de Harry Potter que não seja a dos livros que eu li e sim de uma fanfict, pelo menos é confirmado que o Potter daqui é um cara, não tem irmãos e ... possivelmente abusado por seus parentes.”

“Okay, a vida não é fácil, mesmo tendo trapaceado com conhecimentos futuros... possíveis conhecimentos futuros, eu realmente não sei de nada no momento, mas o que eu vou fazer? Eu tenho que descobrir o mais rápido possível sobre em qual tipo de dimensão que eu estou, se é a original, alguma fanfict que eu já li ou se é algo totalmente diferente do que eu sei.”

“E eu também tenho que descobrir se as minhas teorias em magica são verdadeiras e maneiras de ficar mais forte, porque saber que você tem um inimigo e que provavelmente vai vir te matar e você não fazer nada para ficar mais forte é só para pessoas totalmente sem noção e protagonistas. Vamos lá, as únicas vezes que nós vemos Harry Potter treinando é no torneio (quadri)tribruxo e treinando a Armada Dumbledore e esse segundo nem conta pois ele está treinando outros, se bem que ele treinou para fazer o patrono, mas isso só foi pelos efeitos que os dementadores tinham nele, e ainda não se sabe se ele treinou alguma coisa no acampamento que ele teve na caça as horcruxes, que foi uma tremenda perda de tempo que devem existir várias outras maneiras de procurar horcruxes sem precisar passar fome e se mudar de um lugar para o outro direto, um simples accio e você já consegue um peixe no rio e ir para um supermercado com a capa de invisibilidade deve ser fácil...”

— Então Alex, o que você está pensando tão determinadamente? – perguntou Malcon do outro lado da mesa de jantar.

Pisquei, olhei ao redor e vi que eu já estava na cozinha sentado na minha cadeira e não tinha pego nenhuma comida ainda, eu realmente tenho que parar de andar em piloto automático pela casa... Olhei para Malcon e vi que ele estava me olhando inquisitivamente com uma sobrancelha levantada, coisa que eu nunca consegui fazer em nenhuma de minhas vidas.

— Ah... Me lembrei de minhas memorias de minha vida passada. – falei sem pensar.

Se isso fosse um anime eu teria facepalmado tão forte que eu sairia voando, ainda bem que é um livro que eu teria uma dor de cabeça depois de fazer isso.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.
Continuem lendo



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