Another Me escrita por warick


Capítulo 10
Capitulo 9 – Resolvendo os problemas.


Notas iniciais do capítulo

Demorei, mas cheguei.
Espero que gostem.



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Depois de comprar tudo que era necessário para a escola, nós fomos ao empório de corujas contratar corujas para entregar algumas cartas. Era um serviço que a loja fazia para aqueles que não queriam gastar dinheiro comprando e mantendo as corujas. Cada entrega custava 5 nuques.

A primeira carta que iriamos mandar era para a chefe do departamento de execução das leis bruxas, Amélia Bones, a carta contava a história de um bruxo que estava passando por Ottery St. Catchpole e viu um bruxo adulto andando sorrateiramente para a casa dos Weasley e quando ele chegou perto da casa o homem se transformou um rato, depois de observar o rato sendo pego por um garoto o bruxo decidiu mandar uma carta para as autoridades, mas ele não queria se expor.

A segunda carta era escrita com uma caligrafia muito diferente da primeira, mas também era endereçada a Amélia Bones, contava que o autor da carta tinha um amigo que tinha enfrentado alguns lobisomens anos atrás e tinha salvo algumas vidas com isso, esse amigo gostava de contar a história para quem quisesse ouvir, mas quando o escritor da carta foi o visitar nesse ano, o amigo não se lembrava de nada da história, achando isso estranho ele decidiu pesquisar o que tinha acontecido. Quando chegou na cidade que o fato tinha ocorrido ele ouviu o rumor que tinha sido Lockhart quem tinha salvado a cidade dos lobisomens.

A segunda carta tinha a data de quando o fato ocorreu, a estimativa de quando o amigo perdeu a memória e as informações que ele conseguiu juntar para ajudar na investigações.

A terceira carta era para um defensor, um advogado do mundo bruxo, sobre que ele estava livre para seguir com a tentativa de soltar Sirius Black de Azkaban, dando a ele todas as informações restantes sobre o caso.

Nós já tínhamos entrado em contato com esse defensor antes para ele dar uma pesquisada nos arquivos do ministério sobre a prisão de Sirius Black, e com isso ele descobriu que não tinha nenhum documento sobre o julgamento e a prisão do Black.

Na carta informamos ele que achamos o verdadeiro culpado e tínhamos enviado uma mensagem para Amélia Bones e demos todas as informações sobre essas coisas também.

— Precisamos fazer mais alguma coisa? – perguntei.

— Não, com isso acabou o que temos que fazer no Beco.

— Voltamos para casa para cuidar do diário?

— Sim.

Caminhamos calmamente até o ponto de aparatação do Beco, que ficava perto da entrada do Caldeirão furado, tivemos que esperar um pouco na fila para sair, mas nada muito demorado.

Chegando em casa uma tensão surgiu entre nós, cada passo que dávamos para a porta de casa a tensão aumentava, foi tão desconfortável que eu tive que colocar meu treinamento de Oclumencia em uso, abafei minhas emoções o máximo que eu pude.

— O que estamos fazendo? Para que estamos tão tensos assim? – perguntei.

— Não sei, estou preocupado com aquela coisa. – respondeu Malcon.

— O diário é tão estranho assim?

— Você não sentiu?

— Não.

— Eu nem segurei ele, não tive coragem, mas só de estar perto por tão pouco tempo me dá vontade de sair correndo para me purificar da energia daquela coisa.

— Você tem alguma ideia de como vamos guardar o diário até a hora de fazer o ritual?

— Não tenho ideia.

— Como o Nagitsuji (nome do onmyouji) disse para nós guardar aquilo?

— Ele mandou alguns selos.

— Você sabe como usar selos?

— Ele mandou junto as instruções junto, mas eu vou ler de novo antes de te explicar melhor. – ele falou com um encolher de ombros.

— Você não está curioso para ver como os selos funcionam?

— Sim. – disse ele em um tom resignado.

— Então vamos logo.

Desde que entramos no terreno de nossa casa Malcon vinha diminuindo a velocidade que ele caminhava, eu tive que empurrar ele um pouco para encorajar ele para enfrentar o diário maldito.

Malcon tinha mandado Mibi pegar a caixa que iriamos entregar para ela no beco diagonal e colocar na mesa que tínhamos as sala de experimentos mágicos que ficava na mesma construção que o dojo.

Quando entramos na sala eu vi a caixa que Malcon tinha colocado do diário e quatro outras caixas de madeira do tamanho de caixas de sapato que eu nunca tinha visto antes.

— Os selos? – perguntei, ele assentiu. – Quantos eles mandaram?

— Três mil selos.

— Por que tão pouco? – perguntei sarcasticamente.

— Ele não podia enviar selos mais fortes por isso ele enviou esses selos fracos que os estudantes dele fazem para praticar a arte.

Abri uma das caixas para ver o que tinha dentro e me deparei com vários papeis do comprimento e largura de um antebraço de um adulto com um círculo desenhado no exato meio deles, envolta do círculo e no meio dele tinham vários caracteres japoneses perfeitamente desenhados.

— Interessante. – falou Malcon depois de reler uma folha de papel que estava em cima de uma das caixas. – Esses selos reagem com a imaginação do usuário, você tem que colocar um pouco de magia nos desenhos que tem no papel e pensar no que você quer que aconteça, claro que é limitado pelo significado do que está escrito no papel, se tiver algo como ‘agua’ você não pode criar fogo.

— E todos esses papeis tem selamento?

— Essas duas caixas tem selar alma e a outra tem purificar.

— Usamos qual primeiro?

— Primeiro purificar, ele sugeriu para fazermos 7 camadas de selos, 3 de purificação e 4 de selamento, a primeira camada vai ser feita no diário e as outras vão ser feitas nas caixas que ele mandou.

— Então vamos fazer que nem aquelas bonecas russas?

— Matriosca? Sim, igual a elas.

— Quantos nós usamos em cada camada? – perguntei abrindo as outras caixas, uma tinha papeis com os mesmos desenhos que a primeira e a outra tinha com desenhos diferentes e a última tinha 5 caixas de madeira dentro dela.

— Ele sugeriu fazer todas as camadas com 49, para ser seguro.

— Isso não dá quase 350 no total? Para que mandar os 3000?

— Por erros, para as outras Horcruxes e para refazer se o selamento desgastar. Como nenhum de nós sabe muito sobre esse tipo de magia é provável que tenhamos que refazer o selamento algumas vezes até acertar e mesmo se acertarmos não vai ser bom o suficiente para durar tanto tempo quanto deveria.

— Eles realmente não se importam muito com essa situação. – murmurei.

— Não, o único motivo de eles me ajudarem é porque um herdeiro de uma família importante ingenuamente decidiu que me devia um favor anos atrás.

— Eles não vão mandar ninguém antes de termos todas as Horcruxes que precisamos, certo?

— Sim.

Aliados que não se importam do que aconteça com você, o melhor tipo de aliados que existem (sarcasmo), pelo menos eles não vão nos trair, além de eles não terem nada a ganhar a cultura deles despreza alguém que volta atrás em sua palavra.

— Vamos começar então? – perguntei.

— Tens alguma ideia de como fazer então?

— Para quem você acha que está perguntando? Se isso for mais dependente de imaginação do que controle eu consigo tirar isso de letra.

Balançando a cabeça Malcon se pegou as seis caixas e as colocou do lado da caixa de metal na qual o diário estava.

— Por que uma caixa de metal?

— Eu cobri com chumbo na parte de dentro e de fora da caixa. Chumbo é um dos piores metais para conduzir magia, por isso deve ser seguro contra qualquer compulsão que está no diário, pelo menos por um tempo.

Malcon pegou a caixa de metal e a colocou no meio da mesa, então pegou as caixas de madeira que tinham sido enviadas e colocou ao redor.

— Eu vou levitar o diário para você usar os selos.

— Espera um pouco, deixa eu ajeitar as coisas aqui primeiro.

Eu peguei selos de purificação e fiz 9 montes de 49, depois eu peguei os de selar alma e fiz 12 montes de 49, três tentativas para cada selamento.

— Pronto? – perguntou Malcon.

— Não, eu preciso entrar em modo sábio nível dois.

Malcon revirou os olhos.

— É mais fácil dizer reforço ativo, por que você quer usar ele?

— Eu não consegui sentir a magia do diário que você disse ser assustadora mesmo estando perto dele, eu preciso usar algo para aumentar minhas chances de completar o selamento.

— Uma coisa não tem nada a haver com a outra, você só quer fazer drama.

— Ei, o meu eu passado sempre sonhou fazer uma coisa dessas, deixa eu honrar a memória dele desse jeito!

— Vamos logo acabar com isso. – falou Malcon massageando os templos.

Usando o reforço ativo e tentando aumentar ao máximo o meu sentido para magia eu peguei o primeiro bloco de 49.

— Vai.

Com um aceno de varinha Malcon abriu a caixa e levitou o diário.

Agora que eu estava focado em sentir a magia eu consegui sentir o diário, coisa que eu estava me arrependendo agora, Malcon não estava brincando quando disse que estava com vontade de correr para fazer um ritual de purificação.

“Agora não é hora de pensar nessas coisas... não vou conseguir dormir hoje sem um ritual... Melhor acabar com isso rápido então.”

Eu coloquei a magia nos selos que eu tinha na mão, eu pude sentir que os selos não estavam respondendo bem, por isso eu parei momentaneamente e decidi mudar o jeito como eu estava colocando a magia, que era jogando a magia no papel como você joga agua na pia e decidi testar outras maneiras. Eu fiquei parado por um tempo tentando descobrir como os selos funcionam.

— Alex o que você...

— SELO DE PURIFICAÇAO DE SETE CAMADAS DOS SETE CEUS! – falei e fiz um movimento com o pulso como se eu estivesse jogando os selos no diário.

Eu não tinha gritado, a magia que eu estava usando no reforço ativo agiu por si própria e aumentou mina voz.

Os papeis que estavam na minha mão saíram voando, cobriram o diário e se iluminaram uma vez e então o diário caiu dentro da menor caixa de madeira.

Com um aceno de varinha Malcon fechou a caixa.

— Bem feito, parece que funcionou. – falou Malcon.

A sensação de errado que o diário emitia tinha sido reduzida drasticamente.

— Pronto para a próxima?

— Sim. – respondi.

Peguei o próximo bloco de 49 selos, Malcon levitou a caixa de madeira.

Fazendo o mesmo processo que eu fiz antes eu falei:

— SELO DE PURIFICÃO DE SETE CAMADAS DOS SETE MARES!

Os selos da minha mão mais uma vez saíram voando e cobriram a caixa de madeira, quando a caixa foi totalmente coberta os selos brilharam e a caixa caiu dentro a segunda menor que Malcon fechou um aceno de varinha.

Eu estava drenado de usar o reforço ativo e colocar magia nos selos, mas eu conseguia fazer uma última vez sem nenhum problema, eu desativei o modo sábio nível 2 para salvar magia.

— Mais uma? – perguntou Malcon.

— Sim, mas depois dessa eu tenho que descansar.

Agora eu quase não conseguia mais sentir o diário, isso era muito bom.

Respirei fundo e peguei o terceiro bloco.

Fechei meus olhos e foquei na minha magia.

— Agora.

Malcon levitou a segunda menor caixa em cima da terceira.

— SELO DE PURIFICAÇA DE SETE CAMADAS DAS SETE TERRAS!

Mais uma vez os selos que estavam na minha mão cobriram a caixa que estava levitando e a caixa caiu na próxima.

Me sentei no chão, eu estava um cansado.

— Por que não deixamos o diário na caixa de metal mesmo? – perguntei.

— Magia sempre encontra um jeito de superar qualquer barreira, é só preciso de um tempo.

— Então quer dizer que o que estamos fazendo é inútil?

— Vai durar mais tempo por a magia do diário estar lutando contra a magia dos selos, mas um dia os selos vão perder e a magia do diário vai conseguir sair, muito mais fraca do que vimos hoje por ter sido purificada pelos selos, mas até que o ritual seja feito nada vai deter completamente o diário.

— Quanto tempo você acha que vai durar?

— Dois, três anos. Eu nunca aprendi esse tipo de magia, por isso eu não sei.

— Mais ou menos no tempo que vamos ter todas as Horcruxes que precisamos.

— Sim.

— Pode pedir para Mibi fazer alguns sanduiches?

— Você está com fome?

Nessa hora meu estomago ronca.

— Acho que sim.

Malcon chama Mibi e com um pequeno aceno de varinha cria uma imagem de uma travessa cheia de sanduiches.

Nem dois minutos depois ela reaparece com a travessa, que eu rapidamente começo a comer.

— Agora fiquei pensando, os selos de purificação não vão mandar a alma de Tom para o outro mundo?

— Pelo que eles explicaram quando eu estava lá, os selos vão limpar o diário de todas as magias encantadas nele e vai fazer a alma ser menos agressiva, os selos vão ‘purificar’ as emoções impuras da alma.

— Por que não fazer isso com todos os Lordes das Trevas? Colocar vários selos sobre eles e eles viram lordes da luz? – perguntei rindo com a imagem de alguns Hobbits colocando papeis em uma torre negra.

— Eles fazem isso para os piores, mas não quer dizer que isso vai transforma-los em protetores dos fracos e oprimidos, eu não tenho ideia de como os selos trabalham em seres vivos, ou pelo menos em seres com corpos orgânicos.

Os Japoneses não queriam liberar qualquer informação importante de suas artes, não que eu discordava com a linha de pensamento deles, você não dá informações detalhadas sobre suas forças e fraquezas para possíveis inimigos, não que a Inglaterra vá declarar guerra contra alguém, mas vários Lordes das trevas existem pelo mundo e eles não perdoam ninguém.

— Pronto para continuar? – perguntou Malcon depois de 1 hora de pausa.

— Sim.

Macon levitou a caixa, eu peguei um bloco de selos.

— SELAMENTO DO PORTÃO NORTE, PORTÃO DO AR.

O selamento se realizou e a caixa caiu na sua sucessora, eu descansei por 20 minutos.

— SELAMENTO DO PORTAO OESTE, PORTÃO DA AGUA.

Mais uma vez o selamento foi completo e eu descansei por 20 minutos

— SELAMENTO DO PORTÃO LESTE, PORTÃO DA TERRA.

Com o selamento feito descansei por 10 minutos, pois queria que isso acabasse logo.

— SELAMENTO DO PORTÃO SUL, PORTÃO DO FOGO.

Quando acabou eu me deitei no chão, eu estava exausto.

— Por que você não fez nada além de levitar as coisas mesmo? – perguntei.

— Achei que você queria fazer tudo, além do mais, eu não acho que ter selos feitos por duas pessoas diferentes dá certo, só se elas se juntarem para fazer todos os selos.

Malcon pegou a caixa que tinha a Horcrux.

— Interessante, eu nem consigo sentir o coisa que tem dentro.

— Afinal de contras onde você vai guardar ela?

— Eu criei uma caverna/cofre, com várias proteções magicas e com vários objetos que parecem ser valiosos, vou enterrar essa coisa no meio da caverna para ninguém encontrar.

— Você tem certeza que é seguro?

— Eu não tenho a intenção de deixar essa coisa aqui em casa e não confio em ninguém para guardar ela, então eu não tenho nenhuma outra opção.

— Por que não usar o Feitiço Fidelius?

— Você tem que ser dono do segredo ou ter a permissão dele para guardar o segredo, como eu não sou o dono do local onde a caverna está eu não posso usar ele.

— Que tal comprar o lugar?

— Muito caro, eu teria que comprar alguns quilômetros de terra junto pois todo terreno comprado hoje em dia tem que ter entrada por uma estrada pública.

— Então política pode ser a causa do fim do mundo? – perguntei sarcasticamente.

— Provavelmente será.

Não pude deixar de dar uma risada.

Malcon saiu do dojo com a caixa, eu fiquei deitado no chão por um bom tempo meditando.

Os planos que nós tínhamos feito até hoje tinham entrado em ação e pelo menos um deles tinha dado certo, isso me fez relaxar.

Durante a minha meditação meu sentido magico foi ao máximo e eu pude sentir a presença confortante das proteções que tinham em nossa casa, a primeira vez que eu senti elas eu fiquei confuso, que era estranho sentir algo não senciente querer te proteger.

Além das proteções eu senti Mibi limpando o sótão da casa e uma outra presença no escritório do Malcon, eu fiquei curioso para saber o que era, mas eu estava com preguiça de levantar de onde eu estava.

Eu cai no sono durante a minha meditação, que quando eu percebi Malcon estava me balançando acordado.

— Levanta, eu tenho um presente para você.

— Ok. – falei me espreguiçando e bocejando.

Malcon me levou para o escritório dele onde tinha uma gaiola com um gato dentro.

O gato tinha uma pelagem roxo escura que parecia preto com uma pequena mancha do formato de um círculo da cor vermelha em sua testa e uma cauda bifurcada.

— Ele é de uma raça um pouco rara de amasso, a cor que eles tem é um pouco estranha e diversificada, mas são ótimos companheiros. Esse é o meu presente para a sua ida para Hogwarts.

Eu sorri, era engraçado eu ser dado um animal que parecia um dos meus favoritos, o único nome que eu poderia dar para ele era...


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Notas finais do capítulo

Sempre quis fazer algo como esse selamento na vida real, então ta ai.
Pelo meu grande conhecimento da cultura japonesa (vendo anime e lendo manga) eu acho que esse selamento foi algo que poderia ser considerado bom.
Se você virem algum erro me contatem que eu arrumo.
Obrigado por terem lido.



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