Sentenced to love escrita por Cyz


Capítulo 9
Perfect trap


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoal... mais um capítulo e espero que gostem de ler tanto quanto eu gostei de escrever!



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Point Of View Regina

Escuto vozes ao meu redor, mas luto contra isso e tento voltar a dormir. Claro, as vozes são mais persistentes que eu.

— Oi Regina – Mary sussurra – tudo bem?

— Sim, o que vocês estão fazendo? – pergunto sonolenta

— Desculpa, a gente não queria te acordar – Mary completa

— Sério?? Nem percebi – digo sarcástica – onde está Emma?

— Foi embora, mas quando a gente chegou ela estava toda doméstica... Cuidou de você, tirou a louça suja da mesa, deixou comida pra gente – Ruby diz enquanto tira a comida do forno

— Pode não está bom, mas o cheiro é delicioso – Mary respira fundo e curte o aroma que o especial Swan exala

— É incrível – digo sorrindo

— Fala do macarrão ou da delicia que fez ele? – Ruby dispara

— Ruby, você as vezes não tem limites – Mary repreende

— Hei, você já acordou? – Alex pergunta entrando na sala – como se sente?

— Estou bem, Alex! Querem ajuda? – me levanto e caminho até as meninas

— Senta aí e você come mais um pouquinho enquanto conversamos – Alex diz me servindo um pouco de vinho

Começamos a conversar sobre trabalho e faculdade, mas eu sabia que em alguma hora o assunto surgiria. Alex olha para Ruby e as duas para Mary, como se combinassem quem daria o ponta pé inicial. Decido que sou eu!

— Falem de uma vez – digo após engolir o último gole de vinho

— Bem, não é a primeira vez que isso acontece... – Mary começa

— Mas estou bem! Foi cansaço – interrompo

— Ok! E se um médico comprovasse isso? – Alex completa

— Sem médicos! Estou bem – dou de ombros – foi a Emma que conversou com vocês, estou certa? – arqueio a sobrancelha

— Rê, vai logo ao médico – Ruby diz impaciente – por sorte você faz até um exame ginecológico e sente alguém te tocar ai dentro... Vai sair no lucro

— Ruby – eu, Alex e Mary a repreendemos em coro

— Que foi!? – a River finge inocência – vai dizer que sua casa está limpa e sem teias – olha pela quinquagésima vez no celular

— Ruby, esse humor ácido tem a ver com o fato de não parar de olhar para o celular? – pergunto

— Claro que não! – ela responde de imediato

— Você fez aquilo – Mary diz apontando o dedo

— Fiz o que? – ela pergunta desconfiada

— Você afinou a voz – Alex responde sorrindo

— Vamos ver o que a srta River esconde – digo enquanto agarro seu celular

— Regina, não! – diz envergonhada e brava

— “não posso te ver, Regina não está bem, vou ficar com ela” – leio em voz alta – pelirroja... De quem é esse número? E esse nome estranho?

— Ninguém! Me devolve – ela ameaça pegar, mas Alex e Mary a segura

— “tudo bem, Emma me contou! Cuida dela! Quando chegar em casa te ligo e você me diz como ela está. Beijos” – leio desconfiada – tem mais uma... “Ok, espero sua ligação, bjs” – analiso uma última vez – espera aí!! É a Zelena? – digo pasma

— Sim, e daí? – pega o celular de volta

— Pelirroja... Isso espanhol... É ruiva não é? – Alex sorrir – isso é um apelido carinhoso? Você se apaixonou pela Zelena?

— Claro que não! Quem falou em paixão? – Ruby diz irritada

— E essa irritação é por quê? – pergunto

— Ela falou que ligaria pra saber como você está... Que tipo de pessoa diz que vai ligar e não liga? – ela diz irritada olhando o celular

— VOCÊ – falamos em coro

— Vocês são bem irritantes – ela diz sentando – somos amigas e só! Eu achei que ela ligaria porque disse que se importava com você... É assim que ela se importa? – larga o celular sobre a mesa, irritada

— Ruby, você está apaixonada! – falo pausadamente e ainda em choque

— Você não está doente? Não deveria tá calada, deitada e dormindo? – ela fala levantando em meio a uma irritabilidade cômica – então não enche! Vou tomar banho – dar as costas e vai embora

— Eu sou a única em choque com isso? – falo

— Conheço Ruby a dez anos e nunca vi isso – Mary rir – não acredito que finalmente tenho munição contra ela

Horas depois no apartamento da Swan

 

 Point Of View Emma

 

— Desculpa pela hora, mas está liberada! – digo a Zelena – precisava ficar a par de tudo isso

— Sem problemas, eu fiquei de ligar para Ruby, mas você já me falou que Regina está bem – ela diz enquanto junta suas coisas – então ligo amanhã

— Ruby? Perdi algo? – pergunto confusa

— Nos aproximamos, saímos algumas vezes, mas não tem nada – ela diz sorrindo e me deixa curiosa – o que é, Swan? Falo sério! Ruby é de todas, não quero está com alguém que deixa claro que seu único compromisso sério é com uma garrafa de Bourbon

— As pessoas mudam, quem diria que eu estaria de quatro por uma quase advogada? – dou de ombros – até cozinhei pra ela hoje, Zelena

— Existe uma pequena diferença – empurra minhas pernas para sentar ao meu lado – você fingia não querer compromisso para manter a fama de mulher sexy cobiçada e incorrigível

— Fingia!? – finjo está ofendida e ela sorrir

— Você é uma romântica incorrigível, Swan! Mas, sempre foi mais cômodo pra você fingir não ligar, não sentir, não se envolver...

— Não é bem assim, Zel – me ajeito no sofá e fico de frente pra ela

— Ah não!? – ela faz o mesmo – Kristin Bauer

— Um erro! – digo levantando

— Viu? Você não quer se envolver e tem medo de se permitir, de se machucar, de sofrer – ela se põe na minha frente – mas isso não quer dizer que você não sinta nada! Já a Ruby – diz andando até sua pasta – ela não sente

— Você pode está sendo injusta – completo

— Saímos, dançamos e demos uns beijos... 2 minutos depois ela estava com o telefone da garçonete escrito na mão – faz uma expressão como se esperasse mais algum argumento, mas fiquei atônita – pois é... Essa foi a minha reação! Vou indo, amanhã passo tudo pra o Killian

— Obrigada, Zel – a abraço em cumprimento e abro a porta

— Não sei se posso te dá um conselho, mas lá vai... Tira um tempo com Regina, longe daqui e das pessoas, talvez você entenda se quer só curtir ou algo mais! – toca na ponta do meu nariz como se falasse com uma criança e eu sorrio – Ems... Quando descobrir... Seja sincera com ela – joga um beijo no ar e vai embora

Zelena era um encanto, uma amiga de longa data que me viu passar por maus bocados, mas sempre foi fiel a mim e nossa amizade. Sempre torcemos muito uma pela outra, ela era o tipo de pessoa que te conquista de primeira, seu jeito fofo e infantil que contradiz com seu autoritarismo e sua fala clássica: eu sei de tudo, sou a Zelena! E realmente ela sabe! Escuto meu celular tocar e prevejo problemas.

— A essa hora? Coisa boa não é! – falo ao atender

— Esperava algo mais caloroso – responde

— Lilith, você aprontou? – pergunto

— Emma, que imagem você tem de mim? – diz com ironia – o papai pediu pra ligar mais cedo, só que eu esqueci – completa antes que eu responda a sua pergunta

— O papai? Está tudo bem? – pergunto curiosa

— Sim, Ems! Ele só queria saber se você vai está aqui esse fim de semana... Lembra? O D vem pra cá resolver coisas chatas com o papai, Henry vai está aqui... Papai queria reunir a família, isso virou uma ideia fixa – fala sem pausas

— Vou ver o que posso fazer – digo

— Não Ems, quando você diz isso, acaba ligando em cima da hora e desmarcando – ela diz manhosa – vem... A não ser que o motivo seja ter que está com alguém

— Alguém!? – pergunto surpresa – claro que não

— Emma Swan... Quem é ela? – pergunta insistente e curiosa

— Não existe ela... Deixa de inventar ideias – escuto o riso insistente da Lili ao telefone – diz ao papai que vou, preciso desligar

— Pode trazer minha cunhada – ela debocha

— Tchau, Lilith! Boa noite! – falo e encerro a ligação

O David vai para casa a trabalho? É o momento perfeito para colocar em prática a ideia da Zelena.

— D? – falo quando ele atende

— Oi Emma, tudo bem? – responde em meio a um bocejo

— Tudo, não queria te acordar – falo sem jeito

— Sem problemas, o que houve? Espera, você me chamou de D? – ele parece despertar – o que você quer Swan?

— Você sabe que faz muito tempo que não te peço nada – ela faz um grunhido como se imaginasse que o favor era grande – soube que vai pra casa esse fim de semana e pensei... Bem, você vai tratar de negócios e seria essencial uma assistente pra fazer anotações e bem... Você sabe, todas as outras coisas chatas de advogado

— Emma, onde essa conversa vai nos levar? – pergunta impaciente

— Pensei que você poderia levar a Regina com você – falo rápido e baixo, como criança quando tem medo de bronca

— Como é!? Emma, teria que pagar hora extra pra ela e nem sei se estará disponível, se ela disser não, terei que levar outra pessoa comigo e pagar do mesmo jeito...

— D... Por favor! Eu fico te devendo essa – interrompo

— Tá, Swan, mas não vou obrigá-la a ir... Agora vai dormir – boceja novamente

— Obrigada D, você é o melhor... Mas uma coisa – ele faz um grunhido novamente – não fala pra ela que vai pra casa dos Swan, quero fazer surpresa

— Ok, eu vou desligar e não me ligue novamente – desliga antes mesmo que eu me despedisse

Ainda com meu celular na mão, decido garantir que Regina não tenha compromisso pra o final de semana, pelo menos não comigo.

“Dorme bem e tenha bons sonhos! Espero que esteja melhor. Esse fim de semana viajarei, depois conversamos. Bjs, Swan”

Vou tomar meu banho para me preparar para dormir, não conseguia parar de pensar em seus vários tipos de sorriso, em como seus olhos eram hipnotizantes e brilhantes, até mesmo quando triste! Penso nas curvas do seu corpo e em como poderíamos ter o encaixe perfeito. Vou para o quarto e acerto a hora do despertador, em menos de quatro horas eu estaria em uma empresa tentando vender um software que criei com Killian, precisava descansar, mas não conseguia, pelo menos não enquanto a imagem da Regina semi nua estivesse na minha cabeça. Escuto meu celular e torço para que não seja Lily.

“Estou bem! Obrigada pelo cuidado e pelo carinho. Dorme bem! Bjs, Mills” - “Ah, obrigada pelo especial Swan, fez sucesso aqui em casa!”

“Você deveria está dormindo, srta Mills! O que faz acordada?”

“Fui olhar a hora e vi uma mensagem sua! Pra onde vai esse fim de semana?”

“À casa dos meus pais, agora vá dormir!” — envio enquanto sorrio esperando sua resposta

“Vou, mas não por ordem sua, mas por sono meu! Amanhã você tem uma reunião importante, por que ainda está acordada?”

“Porque estava trabalhando nisso e depois fui conversar com minha irmã. Vamos dormir”

“Irmã? Desde quando você tem uma irmã?”

“Se não estou enganada... Desde que ela nasceu! Agora durma”

“Muito engraçada, srta Swan! Boa noite, vamos dormir!”

“Estou indo agora mesmo aí!”

“Hã!?”

“Dormir com você! Você convidou!”

“Emma... Você não existe! Boa noite!”

“Depois dessa dispensada... Boa noite, bjs srta Mills”

“Bjs srta Swan”

 

Point Of View Regina

 

— Bom dia, garotas! – digo sentando a mesa – dormiram bem?

— Bom dia! – respondem

— Eu dormi e pelo jeito você também – Mary fala

— Dormi sim! – sorrio – Alex dormiu a noite toda, então dormiu bem – ela sorrir e confirma enquanto enche a boca com sanduiche – e você Ruby?

— Dormi bem – fala seca e olhando para a xicara de café

— Presumo que o mau humor ainda persiste – observo e ela me encara – ok! Sem observações! Vamos!?

— Você não vai comer nada? – Mary pergunta

— Vamos? – falo mordendo uma maçã e levando-a comigo, sob olhares que reprovam o ato

Ao chegar na firma já sou recebida com perguntas preocupadas e olhares curiosos, mas isso não me incomodou, apenas respirei fundo e segui para meu cubículo, porém antes de chegar no meu destino, Robin me pergunta se podemos conversar. Pelo tom sério me preocupei e o segui, ainda com minha pasta. Ao entrar na sala, Robin faz sinal para que eu me sente e ele senta-se ao meu lado.

— Você está bem? – pergunta preocupado e eu assenti com a cabeça – pois bem, queria falar contigo sobre nosso caso, o dia do julgamento está chegando e estou preocupado porque não atingimos o número de assinaturas que dissemos ao juiz.

— Em relação a isso, conversei com alguns funcionários demitidos e eles se dispuseram a falar com os que não assinaram ainda – falo confiante

— Perfeito! Nosso caso está montado, já conversei com nossas testemunhas e vou instruir nossa cliente para o interrogatório neste sábado, tudo bem pra você?

— Sim, tudo bem! Você me fala o horário depois? – pergunto

— Claro! – ele levanta e vai até sua cadeira – estamos combinados, Regina! O ideal é que você revise todo o caso e eu vou fazer o mesmo para que não tenhamos surpresas! Você pode ir!

Me viro para ir até a porta e vejo o sr. Nolan entrando e pedindo para que permaneça na sala.

— Como vai o caso? – ele pergunta – e como vai você? – pergunta me olhando e eu sorrio, confirmando que estou bem

— Bem encaminhado! Se quiser nós te passamos os detalhes – Robin responde

— Não, confio em vocês! O assunto aqui é outro. Robin, já que o caso está encaminhado, poderia me ceder a Regina? Na segunda ela volta pra você! – perguntou como se eu não estivesse ali

— Ok, sem problemas – Robin responde

— Vocês sabem que estou aqui, certo? – falo acenando e fazendo minha presença ser notada, o que os faz rir

— Desculpe, Regina! É algo simples, a venda de uma empresa e formalidades sobre um testamento – ele responde – mas teríamos que viajar no sábado de manhã e voltaríamos no domingo após o almoço

— Se é algo tão simples porque precisa dela? – Robin indaga

— Porque preciso de alguém para fazer anotações e me ajudar no que for preciso – sr Nolan completa

— Eu estou livre, para onde vamos? – pergunto

A semana terminou depressa, mal vi a Emma, sempre ela estava ocupada com algo do trabalho ou eu estava trabalhando e estudando. O mau humor da Ruby foi constante ao longo da semana, isso me faz pensar que as coisas não estão favoráveis com a Zelena. Mary e Alex mal saíram de casa, então pressuponho que Danvers não tenha ninguém e Blanchard não ficou namorando com o David. Enfim... Essa é nossa vida de associado jr e concluintes do curso de direito, tudo ficou mais fácil depois que Alex transferiu seu curso para a universidade que estudamos, no inicio – quando começamos a trabalhar na Nolan Glass e a conhecemos – era um pouco complicado ela acompanhar nosso ritmo.

— Pronta!? – diz David entrando no apartamento

— Sim – me despeço das meninas e David me ajuda com a mala.

— Em três horas chegaremos em Portland – diz entrando no carro – você vai adorar o lugar e o cliente

— Qual o nome? – pergunto colocando o cinto

— Richard – responde

A viagem foi tranquila, demoramos um pouco mais de três horas, pois paramos para o David comer algo, fora isso, tudo normal. Chegamos e fomos bem recebidos, uma senhora muito simpática se apresentou como Miranda e logo perguntou se minha relação com o sr. Nolan era estritamente profissional e nós confirmamos, sem jeito. Logo o sr. Richard apareceu e foi logo abraçando o David e dizendo que daríamos inicio a reunião, que seria feita ao ar livre.

— Nada disso, antes de começarem a falar de negócios e testamento – ela disse nos guiando até a mesa – vocês precisam se alimentar

— Nós comemos no caminho, tia – David respondeu

— Tia? – pergunto confusa e ele dá de ombros

— D, um lanche e depois trabalho! Você sabe que sua tia não vai descansar enquanto você não comer – o sr. Richard fala

— D? – pergunto rindo e todos sorriem

— Vou chamar minha filha, você vai adorar conhecê-la – Miranda fala saindo

Não demora muito e sinto uma mão na minha nuca, mas quem teria essa intimidade?

— Bom dia, srta Mills – escutei em meio a uma voz rouca

— Emma? Você... O que... – falo sem ação olhando para Swan

— Vocês se conhecem? – D. Miranda me pergunta

— Elas se conhecem muito bem, tia – Nolan caçoa

— Ela foi a grande mente do caso contra Kristin, mãe – ela diz sentando de frente para mim – o David só ganhou a fama – joga uma piscadela

— Ah, agora é David? O que aconteceu com D? – ele usa um tom irônico

— Crianças, parem com isso na frente da visita – sr. Swan repreendeu

— Tudo bem, sr. Swan – digo

— Só Richard. Nada de sr. Swan ou sr. Richard – me repreende

O lanche foi animado e levado em meio a sorrisos e piadas contadas pelo sr. Swan, que fez questão de me contar segredos da infância de Emma e David, que ficaram logo encabulados com alguns comentários. Já a srª Swan, me mostrou fotos de quando eles eram crianças e me falou que ele era filho de uma funcionária antiga da família Swan, mas sua mãe faleceu por causa de um câncer nos pulmões enquanto ele ainda era uma criança, por isso ele, Lilith e Emma cresceram juntos.

— Você vai amar a Lilith – acrescentou a Miranda

— Ela é mais simpática que a Emma – David completou

— Mas Emma é simpática – digo e logo ela sorrir – tem um sorriso encantador

— Huuum, interessante esse comentário – disse uma moça ao se aproximar


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Notas finais do capítulo

Obrigada por terem lido e pelos comentários *-*

PS.: Twitter da fic @sentencedtolove