Sentenced to love escrita por Cyz


Capítulo 6
O pôr do sol


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoal... mais um capítulo e espero que gostem de ler tanto quanto eu gostei de escrever! Esse cap é embalado ao som de duas músicas que gosto muito, vocês irão saber a hora certinha do play e os links estão encapsulados ao longo do capítulo, escutem pleaseee!
Sem mais enrolação, bom capítulo e, desde já, desculpem os erros.



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Point Of View Emma

Fecho os olhos e sinto o roçar dos nossos narizes, meu cheiro sendo misturado com o seu, faço minha mão passear em suas costas como em um leve carinho e sinto o calor de suas mãos na maçã do meu rosto, a ponta de seus dedos que acompanhavam o ritmo da minha mão em suas costas, nossos corpos pareciam cantar a mesma música, até que...

— Ai meu Deus... Vocês... – diz Mary sem jeito

— Ma-Mary... – Regina gagueja enquanto se afasta de mim, também sem jeito

— Nós só estamos esperando o elevador – digo sorrindo – que acabou de chegar – concluo quando vejo a porta abrir

— Sr. Nolan? – Regina diz surpresa

— Regina?? Emma? – David diz espantado

Entramos no elevador e descemos os quatro sem dizer ao menos uma palavra. David parecia envergonhado e Mary mais ainda, a porta do elevador abriu e decido quebrar o silencio constrangedor.

— Divirtam-se crianças! – Digo piscando o olho na direção do David e da Mary, que ficaram visivelmente constrangidos.

— Para onde vamos? – Regina me perguntou enquanto andávamos em direção ao carro.

— Isso é uma surpresa srta Mills, mas acredito que irá gostar do nosso encontro.

— Nosso encontro entre amigas, certo srta Swan? – ela diz pausadamente enquanto entra no carro.

— Ok Mills, continua repetindo isso, talvez você acabe se convencendo – sorrio com malícia ao pronunciar cada palavra.

— Posso ligar? – ela diz apontando para o som do carro.

— Claro que sim – digo sorrindo e a vejo ligar

— Vamos ver o que Emma Swan tem escutado... Hum... Isso parece bom – ela diz balançando a cabeça no ritmo da música.

Hail the queen – East of Eli

 

Yeah we fight/Sim, nós lutamos

Making nightmares of our dreams/Fazendo pesadelos de nossos sonhos

We can't deny, no/Não podemos negar, não

Ripping holes in each other's seams, divide/Rasgando furos nas costuras uns dos outros, divida

You and I they describe/Você e eu descrevemos

As Jekyll and Hyde/Como Jekyll e Hyde

Without knowing what lies between the lines/Sem saber o que está entre as linhas

 

— Espera, Jekyll e Hyde? Já ouvi isso! – Regina diz tentando lembrar.

— Você já assistiu o médico e o monstro? – pergunto dividindo o olhar entre ela e a pista.

— Aaaaah, eu sabia que conhecia – fala se animando ainda mais com a música.

— Hail the queen, says our king as we colide, heaven knows you belong (Salve a rainha, diz nosso rei quando colidimos, o céu sabe que você me pertence) – canto acompanhando o som.

— Você canta? – ela pergunta surpresa e dou de ombros – ah, mas é claro que você canta, você é a Emma Swan.

— Não entendi – digo sorrindo

— Você é você, Swan – ela diz sorrindo e balançando a cabeça em negativa

— Sinto cheiro de tensão sexual, Mills? – pergunto entrando no parque

— Ai Deus, preciso separar você da Ruby – ela diz enquanto leva as mãos ao rosto

— Chegamos – digo sorrindo com seu comentário e estacionando o carro

— Nosso encontro é em um parque? – ela diz olhando pela janela

— Não subestime um piquenique – pego a cesta preparada por Zelena e uma coberta com uma das mãos e estendo a outra para a Regina – vamos?

Andamos um pouco pelo parque e a levo até o meu lugar favorito. Abro a cesta e sorrio ao perceber que Zelena pensou em tudo, coloco a toalha na grama e tiro alguns petiscos.

— Regina? – a chamo, parecendo despertá-la de algum pensamento.

— Aqui é lindo... E esse pôr do sol... – ela dizia encantada

— Nunca esteve aqui? – pergunto me aproximando

— Nunca! – ela responde sorrindo

A abraço por trás e ela se aconchega em meus braços, ficamos ali sem falar uma palavra, só admirando aquela vista. De repente nos deparamos apenas com as estrelas e um vento frio.

— Você está gelada – digo a abraçando mais forte.

— Estou começando a achar que me trouxe aqui de propósito – ela diz enquanto me olha de lado.

— Ah é? Posso saber por quê? – digo colocando-a de frente para mim e segurando sua cintura.

— Por que está frio, vejo que trouxe vinho, vimos o pôr do sol, a lua está aparecendo, é lua cheia... – ela responde arqueando a sobrancelha – o que você quer, Swan?

— Depois que o sol se põe e a lua se exibe inteira, passo a pensar em você, chegando bem de mansinho, recebendo meu carinho, toda feliz e faceira – digo olhando em seus olhos.

— Uau – ela diz surpresa

— Apesar de querer, isso não foi criado por mim – digo sorrindo - Boldane Cordeiro pensou nisso antes.

— E pelo visto, você soube se aproveitar das palavras – ela diz olhando em meus olhos.

Logo percebo que a Regina passa a olhar os meus lábios, de forma involuntária, ela se aproxima de mim e em um impulso colo minha testa com a sua, sinto o seu respirar, sua mão que passeava calmamente entre meu ombro e meu pescoço, minhas mãos que não se contentam em está paradas em sua cintura e decidem a envolver. De repente algo acaba com todo o momento propício para o primeiro beijo, Regina espirra!

— Desculpa, Emma! – ela diz em gargalhadas.

— Tudo bem, acho melhor a gente sentar e você usar o cobertor – digo ainda tentando me recompor da frustração.

A sirvo com um pouco de vinho, a cubro com o cobertor e começo a oferecer alguns petiscos, não sabia que a Regina gostava tanto de marshmallow, mas fiquei mais surpresa ao ver sua reação quando se deparou com uma torta de maçã, partida em pedaços bem divididos.

— Ai Deus, comi demais – ela diz sorrindo e colocando a mão sobre a barriga – porque me olha assim? – pergunta, sem jeito, depois que percebeu que a olhava encantada.

— Adoro seu sorriso, só isso – digo ainda a olhando – desculpa a pergunta, mas aquele homem da noite anterior... Ele te fez algo? – e logo percebo que o sorriso morre em seus lábios – desculpa Regina, eu... não era minha intenção...

— Essa é sua ideia de um bom papo para um encontro? – ela diz enquanto admira a lua

— Espera, encontro? – falo surpresa e maliciosa, ela apenas sorri

Aproveito essa falta de assunto repentina e me aproximo dela, me encosto em uma árvore e puxo Regina para mais perto de mim, ainda com a coberta. Ela não parece se importar com o carinho que faço e emana uma paz sem igual.

— Sabe – ela diz olhando para o céu – quando eu era pequena, meu pai me levava para o telhado do prédio que ele trabalhava e nós ficávamos admirando o céu, era uma forma de fugir da nossa realidade. Ele dizia que não há mal que uma noite de sono não cure – ela continuou tentando se conter – ele e minha mãe me chamavam de lua – percebo que essas ultimas palavras saíram com dificuldade e a abraço com força

— Porque te chamavam de lua? – pergunto ainda abraçando-a

— Por que meu pai falou um dia que tenho mais fases que a lua – ela diz sorrindo – tenho meus dias iluminados, os dias que mal apareço, os dias que sou puro mistério – ela diz sorrindo e logo me olha para saber minha reação – você sorrir, mas deve ter algum apelido assim – logo afasta-se e me olha com um olhar de criança travessa, como se esperasse para que eu contasse meu apelido

— Nunca fui uma pessoa com muitos apelidos, minha família me chama de Ems, alguns amigos me chamam de nerd – falo pausadamente tentando lembrar de outro – acho que só – dou de ombros.

— Você não tem apelido fofo? Impossível, toda criança tem! - ela me olha como se buscasse algo, então volto a pensar.

— Bom, na verdade tem, mas você tem que me prometer que não vai falar pra ninguém – a olho como quem repreende uma criança

— Juro de dedinho – diz entrelaçando nossos dedos mindinhos, em um movimento rápido

— Eu tinha uma prima que me apelidou de bibis quando éramos pequenas – falo rápido e logo percebo que Regina não cumpriria sua promessa

— Bibis?? Que fofo! A imponente Emma Swan é a bibis – ela diz caçoando

— Regina – repreendo – esse não foi nosso acordo

— Porque não gosta desse apelido? – pergunta sorrindo

— O nome Bibis já diz tudo... Me caçoe, pois me chamo bibis – falo fingindo irritação e ela apenas sorrir – você já pode parar de rir, Regina

— Ok – diz tentando se controlar – mas porque bibis?

— Por que meu nome é Emma Beatriz Swan, bibis vem de Beatriz, uma forma que minha prima encontrou pra me irritar, depois que soube que não gostava desse nome

— Aaaah, entendi! Ok, não tocamos mais nesse assunto, Beatriz – ela diz tentando conter seu riso, mas é em vão.

— Me lembra de não te falar mais nada – digo fazendo um bico e cruzando os braços.

Logo sou abraçada por Regina que sorrir quando vê minha reação à sua brincadeira e me faz cócegas, dessa forma, me rendo aos seus encantos e me vejo em seus braços rindo como uma criança.

— Você deveria rir mais – ela diz parando com as cócegas – seu sorriso é lindo, você fica iluminada quando sorrir – fala enquanto coloca uma mecha de cabelo para trás da orelha.

Point Of View Regina

Percebo que aquela luz que a iluminava é apagada, Emma para de olhar em meus olhos  e tenta esconder algo que eu não sabia ao certo o que era, percebo que seus olhos ficam marejados e ela me olha novamente.

— Me desculpa – diz sem jeito

— Eu disse algo? – pergunto preocupada – o que houve?

Emma apenas sorrir, desta vez não era um sorriso que a iluminava, mas um sorriso que transmite saudade, dor... Sinto um misto de sensações ao observá-la. Apesar da curiosidade resolvo não perguntar, apenas a puxo para perto de mim e ela encosta sua cabeça em meu ombro sem contestar, afago seus fios dourados como se aninhasse uma criança assustada, não demora muito e sinto sua mão passear em meu abdômen, procurando lugar para pousar. Emma cola sua testa na curva do meu pescoço e envolve seu braço em minha cintura, me abraçando de lado.

— Você lembra da prima que te falei? – ela pergunta imóvel

— Bibis? – pergunto

— Sim – responde sorrindo – mas esquece esse apelido! – Emma para um pouco, respira e continua – um dia ela me falou que eu nunca deveria chorar, perguntei porque e ela disse que meu sorriso me iluminava tanto quanto o sol ilumina o dia – Swan para como se tentasse concluir algo, mas as palavras não saíam, então ela pigarreia e continua – daí ela passou a me chamar de sol e esqueceu o apelido antigo – ela sorri.

— E você lembrou disso quando falei sobre seu sorriso? – pergunto levantando o seu rosto e olhando em seus olhos

— Sim, lembrei! – vejo que seus olhos ficam marejados novamente

Entendo, olhando em seus olhos, que só pode existir um motivo para aquela dor, a prima havia morrido. Levo uma das mãos ao seu rosto e faço um leve carinho, esse simples gesto faz Emma deixar escapar uma lágrima, que logo enxugo. Deposito um beijo na ponta do seu nariz, o que a faz sorrir, olho para aquele sorriso e apenas uma vontade inunda meu ser: quero beijá-la! Um beijo intenso, apaixonante e sem fim. Automaticamente passo a olhar seu lábios, que me chamavam, aumentando ainda mais meu desejo, aquele olhar inocente em meio a um sorriso bobo dar lugar a um olhar malicioso, o que me faz pensar que Emma entendeu o que se passava em minha cabeça. Ela ergue um pouco o corpo e leva uma de suas mãos ao meu rosto, sem tirar os olhos dos meus; começa com um carinho leve na maçã do rosto, sua mão passa de leve pelos fios dos meus cabelos e logo desce para minha nuca, o que me faz arrepiar e ela sorrir, ainda não satisfeita, passa a ponta dos seus dedos em meu braço, causando um efeito alucinante no meu corpo e ela parece se deliciar com cada sensação que me provocava, sem mais demora, Swan coloca sua mão em minha cintura e puxa meu corpo de encontro ao seu, colando não só nossos corpos, mas também os nossos lábios. Eu podia sentir seu corpo quente, sua mão que apertava minha cintura, seus lábios que pareciam gritar o mesmo que os meus e nessa hora Emma resolveu atender ao pedido do meu inconsciente e me beijou.

— Garotas – disse um guarda, o que nos fez parar o beijo e separar os nossos corpos – Vamos fechar agora – ele continuou, visivelmente sem graça por ter nos atrapalhado.

— Nossa! Ok, nós... Nós já vamos – Emma falava nervosa e também sem jeito com o ocorrido.

Emma Swan sem jeito? Isso era novo para mim! Começamos a guardar tudo dentro da cesta em silêncio, as vezes percebia que Emma me olhava e sorria, mas não falava nada, fomos até o carro e guardamos tudo no porta malas, inclusive o cobertor! Depois que Emma fecha a porta eu continuo olhando, como falar para ela que estou morrendo de frio e preciso daquele cobertor?

— Você sabe que encarar o porta malas não vai fazer o carro andar, certo? – ela diz sorrindo.

— É que... Eu quero uma coisa que está aí dentro – digo enquanto cruzo os braços ainda encarando

— Hum... Porque não falou? – Emma termina sua pergunta envolvendo seus braços sobre meu corpo e depositando um beijo no meu ombro – Não precisa do cobertor – ela para de me envolver e tira sua jaqueta, fazendo sinal para que eu me vire e ela me ajude a vestir – você fica bem de couro srta Mills

— Obrigada srta Swan – agradeço e me aconchego a seu casaco – quentinho!

— Que bom – ela sorri e passa seu dedo indicador de leve na minha bochecha – vamos?

— Sim!

Novamente ligamos o som, mas dessa vez ela decidiu colocar no rádio, olhou para mim como se buscasse uma permissão e eu apenas assenti sorrindo; ao ligar percebo um leve sorriso em seus labios, parecia conhecer a música, paramos em um sinal vermelho e vejo que ela encosta a cabeça em sua cadeira e sorrir abertamente, não parecia ser algo malicioso era um sorriso bobo e decido prestar atenção na letra da música para entender o motivo... Me surpreendo!

Venus - Sleeping At Last

 

I was a billion little pieces/ Eu estava quebrado em milhões de pedaços

’Til you pulled me into focus/ Até você me dar foco

Astronomy in reverse/ Astronomia ao contrário

It was me who was discovered/ Fui eu quem foi descoberto

(I thought I’d never find you/ (Eu pensei que nunca iria te achar

When suddenly I saw you)/ Quando de repente eu te vi)

Like a telescope/ Como um telescópio

I will pull you so close/ Eu irei te puxar pra tão perto

Til no space lies in between/ Até não tenha nenhum espaço entre nós

 

Seguimos até meu apartamento, sem muitas conversas, apenas escutando música, curtindo a companhia uma da outra e aproveitando o fim desse encontro. Quando chegamos, a convido para entrar e vejo a casa silenciosa.

— Bom, Mary já deve ter chegado, a janela da cozinha está aberta! Deve está dormindo – digo entrando

— Não consigo esquecer a cara da Mary quando nos viu na frente da porta do elevador – ela diz sorrindo e isso me faz sorrir também

— Acho que ela ficou sem jeito porque sabia que veríamos o sr. Nolan e não porque nos viu – concluo

— Pegamos os dois no flagra – ela completa

Depois disso tiro a jaqueta dela e devolvo agradecendo pelo gesto, ela apenas veste sem dizer uma palavra, o que forma um silêncio embaraçoso.

— Você quer uma xicara de café? – pergunto

— Claro, seria ótimo – ela responde

— Minha nossa! – me espanto ao perceber que a cozinha está uma zona – um furacão passou por aqui? O que fizeram com minha cozinha? – me viro para Emma e ela parecia está se divertindo com aquele surto – você rir? – arqueio a sobrancelha e faço cara de irritada

— Claro que não! – diz tentando se controlar – sim! Desculpa – solta um riso espontâneo e contagiante

— Não me faz rir – bato de leve em seu ombro – olha a bagunça que está isso aqui – percebo que quanto mais falo mais ela rir – você não vai parar de rir né bibis? – e o sorriso dar lugar a uma cara brava, seguido dos braços que cruzam-se em reprovação a minha brincadeira

Não resisto aquela malcriação infantil, porém fofa e a abraço, tentando fazer com que ela tivesse a mesma reação que no parque e soltasse aquele sorriso bobo que me encanta, mas foi sem sucesso.

— Se você não sorrir eu vou te fazer cócegas – ameaço e ela apenas solta um sorriso forçado que logo se desmancha – esse não vale, você tem três segundos: 1, 2... – não espero chegar no três e a faço cócegas.

Para se livrar das minhas mãos, Emma dar passos para trás até recostar-se na bancada da cozinha fazendo uma das panelas cair.

— Shiiii, não quero que Mary acorde – sussurro e me abaixo para pegar a panela

— Então para de fazer cócegas – ela sussurra

— Então o que posso fazer, srta Swan? – arqueio a sobrancelha em provocação, mas ela estava muito empolgada enchendo uma taça com vinho

— Há   há   há... Isso não é engraçado – ela diz me olhando e percebendo sobre o que eu falava – Uuuh – me puxa para perto de si pela cintura, me mostrando que entendeu o recado – acho que nos atrapalharam quando começamos algo

— Onde paramos mesmo? – pergunto fingindo não lembrar e tomando um pouco do seu vinho

Emma resolve responder minha pergunta, abraça minha cintura e sela os nossos lábios, naquele momento eu não conseguia pensar em nada, sentia seus lábios suaves e aproveitava cada segundo daquele contato. Seguro a taça de vinho com uma mão e a outra levo até sua nuca, mostrando para Emma que eu queria mais, ela entende o meu pedido e pede passagem para sua língua e eu logo cedi. Estávamos em um sincronismo perfeito o que começou com um beijo calmo virou algo ardente, o ar foi se fazendo necessário, separei nossas bocas e ela começou a distribuir beijos pelo meu maxilar, intercalava entre beijos e mordidas até parar e me olhar, estava tão ofegante quanto eu e um sorriso se formou em meu rosto enquanto analisava aquele olhar, aquele momento...

— Não acredito que saímos de um lugar lindo para uma cozinha bagunçada – sussurro sorrindo, ainda ofegante

— Não me importa o lugar, me importa a pessoa, eu quero você Regina – sussurra e logo me puxa para que troquemos de posição.

Aquelas palavras pareciam liberar um choque no meu corpo, Emma me imprensa no balcão da cozinha e ali eu esqueço do lugar, da hora... de tudo! As vezes parece que nosso cérebro sofre um blackout, não pensamos em nada, mas ao mesmo tempo sentimos tudo, como se os pensamentos dessem lugar à sensações e desejos. Nesse momento eu estava assim, só me concentrava no que realmente importava, o seu cheiro, seu toque, seu olhar... Fazia anos que não me sentia tão conectada a alguém como estou a ela. Novamente o ar falta e ela separa nossos lábios, eu não consegui conter um sorriso. Ela parecia sentir o mesmo e está tão entregue quanto eu e isso era incrível.

— Eu quero mais, Regina – ela diz se aproximando ainda mais, fazendo com que não exista espaço entre nós e nem entre mim e o balcão – preciso de mais – sussurra

Ela não espera minha reação a isso e logo me beija novamente, sinto uma de suas mãos na minha coxa, subindo lentamente meu vestido com a ponta dos dedos, ela me puxa um pouco, o suficiente para me distanciar do balcão, mas não dela, coloca a taça de vinho, que eu ainda segurava, na bancada e sobe um pouco mais meu vestido, deixando aparecer minha calcinha. Começo a tirar sua jaqueta e a jogo no chão, aproveito esses segundos para buscar ar, mas não demora muito e Emma se aproxima novamente com um beijo feroz e envolvente, levando suas mãos até o interior das minhas coxas e depois até minha bunda, onde deposita um tapa leve e isso me faz soltar um gemido baixo e abafado pelo seu beijo. Swan me suspende e me faz sentar em um dos bancos do balcão da cozinha, a barra do meu vestido já estava acima do meu umbigo, vejo que ao observar isso ela sorrir e eu a puxo, pelo cós da sua calça, para mais um beijo; desabotoo e desço o fleche da sua calça lentamente. Emma apoia suas mãos na bancada que existe atrás de mim e isso faz com que o corpo dela fique inclinado em minha direção. Sem demora, ela começa a beijar meu pescoço e sinto a ponta do seu nariz passear em minha pele, como se quisesse sentir meu cheiro. Aproveito esse momento para me deliciar com a visão que ela me dava, ver seu corpo inclinado e, consequentemente, o seu bumbum bem empinado, suas mãos que passeavam pelo meu corpo, sua boca que mordiscava e beijava minha pele... Eu estava entregue àquele momento!

— Regina – Mary diz espantada ao entrar em casa aos beijos com o sr. Nolan

Emma se coloca em minha frente e uso esse tempo para descer meu vestido e pegar sua jaqueta.

— Mary, você deveria está dormindo – digo me colocando ao lado da Emma – se você está chegando agora, quem fez essa bagunça? – aponto para cozinha

— Alex e Ruby pediram pra dormir aqui – ela responde – vocês estavam se pegando na cozinha?

— Vocês entraram se pegando na sala? – pergunto tentando desconversar

— Acho melhor eu ir embora – fala o sr. Nolan  

— Eu também vou – Emma completa

O sr. Nolan olha para mim e para Emma e se despede da Mary com um beijo jogado ao ar, Mary logo olha para a Swan como se esperasse que ela também fosse embora, porém ela não tem a mesma reação recatada e tímida do sr. Nolan, se aproxima de mim e me da um selinho demorado e suave, deixando Mary boquiaberta e me deixando sem jeito.

— Eu não tô acreditando nisso, Regina – Mary parece está chocada – se eu não tivesse chegado você estaria nua nessa cozinha suja?

— Quê? Seu problema é a cozinha suja? – pergunto sem entender nada

— Claro que não, Regina, não muda de assunto – ela parece confusa – você estava com a bunda nesse banco? – ela fala com nojo – amanhã você vai lavar isso aí

Sorrio com a expressão que ela fazia ao sair da sala, pego minha taça de vinho e me sento no sofá; penso na Emma, nos beijos, nos seus toques, nas sensações que ela provocava em mim... Eu posso estar sendo totalmente precipitada, imaginando coisas, mas não consigo entender o que estou sentido, só sei que não quero parar de sentir. Fecho meus olhos e apoio minha cabeça no sofá... Meu celular toca e vejo que chegou uma mensagem da Emma

“Abre a porta, estou aqui”.

Vou até a porta e a abro, Swan estava com sua jaqueta na mão e não esperou que eu a convidasse para entrar. Fecho a porta e me viro, Emma não espera um segundo se quer e me beija, mas paro um pouco e a afasto.

— Calma, espera! – digo ofegante – o que faz aqui?

— Vim terminar o que a Mary atrapalhou – ela morde o lábio inferior

Emma me beija novamente e dessa vez mais intensamente, não demora muito e sua língua pede passagem, ela coloca uma mão em minha cintura e me leva para mais perto de si, a outra mão segurava firmemente os meus cabelos, mas sem me machucar. Ela foi parando o beijo devagar, colou sua testa na minha e apenas sorriu.

— Eu preciso que você fique quietinha para eu fazer o que eu quero – ela diz enquanto cola meu corpo na porta e deixa escapar um sorriso que era pura luxúria.


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Notas finais do capítulo

Vou fazer o possível para revisar mais dois capítulos e, se conseguir, posto os dois na semana que vem... Mais uma vez, obrigada e até a próxima.

twitter da Fic: @sentencedtolove