Sentenced to love escrita por Cyz


Capítulo 39
Tempestade à vista


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoal... enfim um capítulo novo hahahaha espero que gostem de ler tanto quanto eu gostei de escrever! Sem mais enrolação, bom capítulo e, desde já, desculpem os erros.



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Point Of View Regina

 

Entramos, o advogado do réu já estava sentado, mas ele ainda não estava. De repente dar-se inicio ao julgamento, chamam o réu e o Graham entra olhando para mim, cada olhar seu causava um efeito aversivo em meu corpo, Emma percebe e segura minha mão com carinho, Henry, que está do meu outro lado, tenta imitar a atitude da madrinha e faz o mesmo. O Juiz entra, os advogados de defesa fazem suas primeiras arguições, duas testemunhas são chamadas e o promotor deixa claro que o caso 001258 – caso da Lena – estaria em processo também naquele dia, sendo assim, chamaram August para depor. August explicou que se sentia culpado pela morte de Lena, pois aceitou o plano de assaltar a loja de conveniências, mas que a culpa só não era maior porque ele tentou ajudar a moça. Olho para Emma e vejo que ela respira cada vez mais forte, aperto sua mão e ela me olha entendendo o conforto que quero passar. Uma das coisas que mais amava na nossa relação é que nada precisava ser dito em palavras, os gestos mais simples revelavam toda nossa intenção. August conta o passo a passo do assalto, desde o plano até a execução, o áudio foi mostrado a todos e perguntaram ao sr Booth se ele sabia que seu parceiro gravara tudo, ele, por sua vez, negou e foi liberado. Maggie também foi chamada para depor, acabamos descobrindo que ela conheceu Lena a partir de sua amizade com Kara e foi perguntado se ela sabia como haviam se conhecido. A detetive apenas falou o que sabia, que a pequena Danvers e a Lena se conheceram na faculdade e se tornaram amigas rapidamente. Meus pais são chamados para depor, vê-los naquela situação inquietava minha alma. Primeiro foi meu pai, falou das ameaças e de como cheguei em casa desnorteada naquele dia, de como me sentia assustada e culpada pela morte do Whale mesmo sendo algo que ele mesmo procurou. Depois foi a vez da minha mãe, fizeram para ela as mesmas perguntas que ao meu pai, mas ela estava bem mais segura e tranquila que ele então foi questionada sobre isso.

— Sua filha é testemunha chave de um caso de assassinato, na verdade agora são dois – o advogado de defesa começa – a senhora não acha que está muito calma?

— Sim, estou – minha mãe fala segura

— Se sua filha sofreu tudo isso que foi dito, não deveria está em pânico? – ele volta a perguntar

— Claro que não, se coloque em meu lugar, o homem que estragou minha família, me separou da minha filha, me fez viver com medo – ela falava com cada vez mais ódio – esse homem tem a chance de passar o resto da vida atrás das grades... Não ficaria tranquilo se isso fosse com você?

— Sem mais perguntas – ele conclui e liberam minha mãe

Um dos meirinhos me chamou para uma sala privada, soube que a agente Arias e Danvers foram chamadas para depor e o policial que me levou para delegacia no dia do crime. Um dos guardas me chama na sala reservada e escuto me anunciarem como testemunha. Pedem para que faça o juramento e assim o faço.

— Srta Mills, poderia descrever o que houve na noite do dia 16 de junho de 2013? – o promotor pergunta

— Eu fui abordada em um beco por um homem que não conhecia e depois me tornei testemunha quando este mesmo homem foi assassinado – respondo

— Poderia nos dizer por que foi parar naquele beco? – pergunta novamente

— Estava me sentindo tonta e peguei meu celular para ligar para uma amiga – começo e já sinto um arrepio ao lembrar daquela noite – ao invés de abrir a minha lista de contatos abri o aplicativo que deu acesso a câmera do telefone, antes que pudesse sair de tal aplicativo fui abordada pelo Whale, mas até então não sabia seu nome

— A partir disso, quero apresentar a prova de número 6 – o promotor pega meu antigo celular e pede para um meirinho conectar no notebook – apresento o antigo celular da Vitória, perdão, agora é Regina – ele corrige e me olha – esse é o vídeo feito por você naquela noite?

— Sim – respondo e ele pede para que o play seja dado

“- Droga – falo com voz embargada – não é câmera... Quero lista de contatos – meu celular cai no chão – quem é você? Hei, me solta garoto – batia nele – o que quer?

— Você é mais forte do que eu pensava, demorou pra droga fazer efeito – escuto enquanto tento abrir os olhos e saber onde estou

— Onde estou? – sussurrava.

— Calma aí gatinha, isso já acaba! – escutei alguém falando com certa malícia na voz

— Eu não te conheço! Como cheguei aqui!? – falei, começando a expressar meu desespero.”

— Está tudo bem srta? – o promotor pergunta assim que pausa o vídeo, apenas confirmo – quer um pouco de agua? – apenas confirmo novamente e o meirinho me entrega um copo com agua – posso voltar com o vídeo? – confirmo em silencio

Assim que ele da play, eu posso ouvir meu choro desesperado, o vídeo filma apenas o céu, mas o áudio era o suficiente para me desesperar novamente. Começo um choro silencioso enquanto me escuto gritando e tentando fugir das investidas do Whale. Começo a gritar por socorro e o juiz faz sinal para que pause novamente.

— Precisa de um tempo? – o juiz pergunta

— Quero que acabe logo – falo com dificuldade

— Passe para a parte que nos interessa – o juiz ordena

— A partir do tempo de 15 minutos e 27 segundos é possível ouvir a voz do réu – o promotor faz sinal para que prossiga a partir do tempo dito

“- Ah Whale! Garoto mal, garoto muito mal. – Graham falava

— Graham, sai daqui cara! Eu tô aqui quieto na minha e a garota tá gostando! – disse o  Whale, tentando se explicar.

— Você pediu droga, mas não disse que era pra garotinha aí! – disse se aproximando

Meu choro sessou, no áudio aparecem apenas pancadas, sons parecidos com socos e grunhidos. Volto a gritar assustada e novamente ouço meu choro.

— Acho que fiz mais força do que devia – diz o homem rindo e tirando os dedos do local que deveria existir o pulso – essa é a hora que você me agradece! – fala se aproximando e me fazendo gritar ainda mais forte do que antes.

— Ele morreu!? – falo em choque assim que paro de gritar

— Sim, deveria ter parado quando ele parou de se debater, mas já era – me respondeu em meio a um sorriso sarcástico e continuou – aliás, meu nome é Graham – disse estendendo a mão, me fazendo encolher.

— Você mata um homem e me diz seu nome!? – falo espantada

— Essa é a hora que você me agradece! – fala se aproximando e me fazendo gritar ainda mais forte do que antes.

— Hei cara, o que está acontecendo aqui? – um policial aparece e pergunta

Graham saca uma arma e gritei completamente assustada e de repente... Um tiro, sangue! O policial levou um tiro, por sorte pegou apenas no ombro, logo outro policial aparece e atira na direção de Graham, que corre e não é visto por ele.”

— O vídeo continua por mais algumas horas, mas aí acaba o que nos interessa – ele se volta para mim – o policial que falou era o Malone?

— Na hora eu não sabia, mas depois descobri que sim – falo ainda com dificuldade – o policial Malone foi o que levou o tiro e seu parceiro atirou no Graham e me levou para casa, depois que pegaram meu depoimento

— Sabe onde ele está? O Malone... – ele volta a perguntar

— Morto – olho para o Graham – ao que tudo indica ele foi morto após receber ameaças feitas por ele

— Você também foi ameaçada? – ele pergunta

— Sim, por isso a detetive Sawyer me enviou para o FBI e conheci a agente Arias – explico

— Como a casa dos seus pais entram nesse caso? – volta a perguntar

— Saí para mais um depoimento, fui acompanhada pela agente Vauser até uma unidade do FBI – explico e vejo Mary e Ruby entrarem no tribunal – quando voltei para casa vi tudo em chamas e comecei a me desesperar porque sabia que meus pais estavam la dentro – começo a sentir minha voz travando – fui amparada enquanto recebia a noticia da morte dos meus pais... Só descobri a alguns dias que estavam vivos.

— Sem mais perguntas Meritíssimo – o promotor conclui

— Com a palavra, a defesa – o juiz adverte

— Eu tenho uma pergunta – um homem se levanta

— Por favor, mantenha-se em silencio – o juiz pede

— O que está fazendo? – o homem pergunta e me apavoro

— Oswald – falo com voz trêmula

— Querida – saca uma arma – cheguei

Em um curto espaço de tempo, Oswald da três tiros. Um bateu na parede, outro foi no peito de uma das pessoas que assistiam o julgamento, o terceiro e ultimo foi em minha direção, mas antes que eu pudesse sentir a dor do tiro, escuto o Henry se desvencilhando aos gritos dos braços da Emma e correndo em minha direção.

 

Trilha sonora: Andra Day - Rise Up

 

You're broken down and tired/ Você está danificado e cansado

Of living life on a merry-go-round/ de viver a vida em um carrossel

And you can't find the fighter/ E você não pode encontrar o lutador

But I see it in you so we gonna walk it out/ Mas eu vejo isso em você então nós vamos sair disso

And move mountains/ E mover montanhas

 

 

Fico em minha posição, ainda intacta e antes que pudesse me da conta do que aconteceu eu escuto outro tiro, um dos meirinhos acertou o Oswald na testa. Graham tenta roubar a arma de um dos guardas perto dele, mas é impedido pelo meirinho que atira em seu braço. Nesse momento, olho ao redor e me dou conta do que acabara de acontecer, Emma está no chão sobre o corpo do Henry, todos choravam ao redor, os policiais entram com uma equipe medica e vejo Killian sustentar o corpo de Emma, que chora desesperadamente. Corro até a Swan para abraça-la, mas ela vira seu corpo, ficando de costas para mim.

 

all we need is hope/ tudo o que precisamos é de esperança

And for that we have each other/ E para isso temos um ao outro

We will rise/ Nós ascenderemos

I'll rise up/ Eu irei erguer-me

Rise like the day/ Erguer-me como o dia

I'll rise up/ Eu irei erguer-me

In spite of the ache/ Apesar da dor


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Notas finais do capítulo

Obrigada por terem lido e pelos comentários *-*

PS.: Twitter da fic @sentencedtolove



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