Point Of View Regina

— Zelena, isso não pode ficar pra amanhã? – escuto Emma reclamar do corredor

— Emma, cala a boca e entra logo na droga do quarto – Zel parecia impaciente, preciso muito agradecer depois

— Que palhaçada é essa? – Emma fala assim que entra e vê algumas coisas em cima da cama, coisas que pretendia usar nessa noite – meu Deus – ela sorrir abertamente ao se dá conta que estou ali

— Se eu fosse você, fecharia a porta e passaria a chave – digo e ela obedece

Estou vestida para matar e sentada no encosto do sofá, com as pernas bem apoiadas no assento. Swan parece não acreditar no que vê, na cama eu deixei um chicote, um pequeno quadro branco com um lápis piloto acoplado, gel comestível para massagem e um pequeno aparelho de som.

— Tira a roupa, Emma – ordeno e ela rir relutante – não estou brincando Swan – falo com voz sensual e ela me olha intrigada

— Porque tudo isso? – ela me pergunta sorrindo enquanto tira sua camiseta – o que está acontecendo? – fica só de calcinha

— Está com vergonha, Swan? – ela nega me olhando assustada – porque está cobrindo seu corpo? – me aproximo e descruzo seus braços

— O que aconteceu com você? – ela sussurra enquanto passo a mão entre seus seios

— As últimas noites de sexo foram tentativas desesperadas de ter algo mais, queríamos o corpo, o sexo, o gozo – digo com fala sensual enquanto minhas mãos passeiam nas costas da Emma – hoje teremos algo mais – puxo sua calcinha para baixo e ela se assusta, mas não se opõe – hoje você deixa de ser o sol e passa a ser minha estrela cadente – me coloco em sua frente para olhar seu corpo

— Estrela cadente? – ela gargalha

— Sim, vai realizar meus desejos – sussurro ao pé do ouvido e a vejo engolir seco, o que me faz pensar que tudo está dando certo

Deixo Emma em pé no meio do quarto e ando até a cama, o som já estava plugado, só precisei tirar da cama e dá play.

Trilha sonora: Fifth Harmony Big Bad Wolf

Let me give, let me give you something to believe in/Me deixe, me deixe te dar algo em que acreditar

You don't gotta, you don't gotta even have a reason/Você não precisa, não precisa ter uma razão

You can love me, you can love me, baby, all weekend/Você pode me amar, você pode me amar, baby, o fim de semana todo

Vou até a Swan, lentamente, lanço um sorriso safado enquanto admiro aquele monumento à minha frente.  Seguro a mão da minha amada, a levo até perto da cama e a jogo nela, ficando por cima. Logo em seguida, me sento entre uma de suas pernas e Emma me olha parecendo não entender nada. Ergo um pouco meu corpo, até um criado mudo e abro a gaveta, pegando uma venda.

— Sabe o que é isso? – pergunto mostrando para Swan

— Uma máscara de dormir? – ela pigarreia e fala com voz falha

— Exato! Vamos brincar um pouco, srta Swan? – coloco a venda nela e me levanto – sabe Emma, tenho pensado sobre nosso relacionamento e me perguntei se realmente nos conhecemos... Resolvi que quero descobrir – pego algemas do criado mudo, coloco uma em seu punho e prendo na cama, fazendo o mesmo com o outro punho

— Você comprou algemas? – ela solta um sorriso sacana e me concentro para ela não perceber que isso me desequilibrou

— Vou te fazer perguntas – sussurro próximo a sua boca – a cada acerto um ponto, a cada erro um castigo... Seu prêmio vai depender da quantidade de pontos acumulados! Preparada, srta Swan? – beijo rapidamente seus lábios e a deixo com gosto de quero mais – qual lugar quero conhecer, Swan?

— Fácil, Veneza – ela sorrir se vangloriando e anoto no quadro o seu ponto

— Meu lugar favorito em Seattle? – pergunto

— Depois do nosso primeiro encontro... Kerry Park – ela morde o lábio inferior e me enlouquece

— Vamos deixar as coisas mais interessantes – pego o chicote e passo as tiras de couro de leve em seu corpo, fazendo-a arfar – o que mais me atraiu em você na primeira vez que te vi?

— Meus seios? – responde sacana

— Errado – bato de leve o chicote em seu abdômen e ela geme baixinho – seu sorriso sacana me conquistou antes dos seus seios – sussurro e mordo de leve seu queixo – acho que você errou, Swan

Pego o outro lado do chicote, onde existia uma pena e passo de leve entre os seios da Emma, observando as reações que aquela ação proporcionava.

— Acho que seu castigo vai ser esse... Será que aguenta por muito tempo? – solto uma risada e ela solta um ar de uma vez

— Regina... Por favor – ela suplica

— Qual a minha maior fantasia sexual? – pergunto ainda a castigando

— Transar no carro – ela responde com dificuldade

— Errado – sorrio maleficamente e Emma geme – te ver com uma roupa de policial sexy é minha maior fantasia – sussurro e mordo o lóbulo da sua orelha

— E o carro? Você sempre falou de carro – ela faz uma suplica cômica

— Acho que mudei de ideia – desço a pena até sua intimidade e Emma aperta as pernas – mais um castigo

— Regina – ela sussurra quase sem voz

Cause if you wanna talk, baby, use your hands/ Porque se você quer conversar amor, use as mãos

If you wanna go make a move, you can/ Se você quiser tomar a iniciativa, você pode

If you want a shot, baby, cock and pull/ Se você quer uma chance, amor, mire e puxe

If you're gonna bite, be a big bad wol/ Se você vai morder, seja um grande lobo mau

— Vou te dá uma última chance... O que você faz na cama que mais me enlouquece? – pergunto sem parar o castigo

— Movimentos suaves, beijos no pescoço, mordidas leves... – ela fala tudo com dificuldade e se contorcendo na cama – só te levar a loucura quando você dá o sinal

— Como é? – paro o castigo, me interessando sobre o assunto

— Ai meu Deus – ela respira fundo

— Que sinal? – pergunto curiosa

— Se eu falar você pode tentar driblar – ela responde ainda ofegante

— Emma... – tiro sua venda – assim não vale

— A Regina provocante deu lugar a Regina manhosa? – ela sorrir

— Não provocaria a mulher que está com o chicote – arqueio a sobrancelha e bato de leve o couro em sua pele – não sei se está merecendo, mas vou te dá seu prêmio

— Acertei quatro de cinco perguntas... Você roubou na do carro – ela franze o cenho e sorrio

— Lembra de um sonho que queria realizar? – pergunto tirando minhas botas e ela parece confusa – certo sonho erótico que tive depois de um encontro nosso – ela sorrir e tiro a meia calça – pois bem, hoje é seu dia de sorte, Swan – passo a musica que havia se repetido ao longo da brincadeira, colocando agora a música que Emma escolheu em meu sonho

Trilha sonora: Trading places – Usher

Adianto o trabalho da Swan, abro meu vestido e o tiro ficando apenas de lingerie. Subo em seu corpo e me aproximo pra beijá-la enquanto começo a rebolar, esfregando-me na sua coxa. Começo a mover o meu quadril, mostrando toda a minha ansiedade enquanto escuto as arfadas de ar soltadas por Emma durante o nosso beijo.

— No meu sonho – falo entre seus lábios – você pedia para que eu ficasse quieta e me torturava com beijos no pescoço, maxilar, orelha... – descrevo enquanto demonstro – a música fazia aquele clima ficar ainda mais gostoso, meu corpo estava encurralado pelo seu... – retiro meu sutiã e percebo que Swan me come com os olhos – comecei a me arrepiar, cada vez mais, com seus toques principalmente quando descia passando pelos meus seios, ali eu não sabia o que eu estava sentindo, mas eu queria sentir mais e mais – tiro uma das algemas e Emma rapidamente coloca sua mão em meu corpo – Primeiro... – falo ao pé do seu ouvido – você vai me penetrar com o dedo, depois vai distribuir beijos pelo meu corpo bem lentamente – falo devagar enquanto tiro a segunda algema

— Seu desejo é uma ordem – ela fala sacana

U get on top tonight I'm on the bottom/ Você fica em cima, esta noite eu fico embaixo

Cuz we're trading places/ Porque estamos trocando de lugar

When I can't take no more/ Quando eu disser que não aguento mais

you say you aint stopping/ você me diz que não vai parar

Cuz we're trading places/ Porque estamos trocando de lugar

Ela passa de leve a língua em meus lábios até chegar em minha boca. Ela parece perceber que meu corpo está ansioso por um toque seu, não sei se aguento mais tempo sem ela. Ela me beija lentamente e retribuo o beijo de imediato. Emma troca nossas posições, ficando agora por cima. Intercalo nossas pernas e volto a beijar sua boca, agora com mais intensidade. Sorrio ao perceber seu corpo reclamando de ansiedade, assim como o meu. Era possível sentir o seu desejo aumentando a cada minuto, leva sua mão até minha intimidade e, mesmo sobre a calcinha, parece perceber o quanto excitada eu estava.

— Regina... – sussurra quase sem voz e morde o lóbulo de minha orelha.

Só de suas mãos chegarem ali, fez com que todo o meu corpo estremecesse e minha boca liberasse um gemido baixinho.

— Sou toda sua, Emma... – sussurro da mesma forma que ela

Ela tira minha calcinha com calma, jogando-a no chão. Tomo seus lábios novamente e agora posso senti-la sem o fino pano da minha roupa intima. Soltei um gemido abafado depois de uma de suas provocações e agarrei o lençol da minha cama, quando senti seus dedos, que sem aviso algum, me penetraram.

— Am... A-mor... – falo apertando seu corpo

Gemo, mas ela abafa com os seus beijos. Eu estava totalmente sem controle sobre o meu corpo, o que me faz lembrar do meu sonho e me excita ainda mais. Era exatamente isso que Emma queria, me provocar um descontrole total. Ela acelera os movimentos e não demora muito pra que meu primeiro orgasmo seja liberado junto com um gemido alto. Seguro seu cabelo e o puxo de leve, a trazendo pra ainda mais perto de mim, beijando com volúpia a sua boca, enquanto tentava me recompor. Inverto nossas posições e começo a sugar seu pescoço, sentir seu cheiro, apertar seu corpo, tudo de forma simultânea enquanto a música se repetia.

— Ainda não realizei todos os seus desejos, minha amo – ela brinca

— Já foi mais do que realizado – sussurro em seu ouvido e posso ver sua pele arrepiar

Faço uma trilha de beijos e chupadas até chegar em seus seios e provocá-la um pouco mais. Emma tenta fechar as pernas, parece ter a intenção de ter algum alívio. No entanto, a impedi de concluir suas intenções e afasto suas pernas com certa intensidade. Começo lento mais logo ganho velocidade e quase liberei um novo orgasmo só de vê-la e escutá-la chegando próximo de seu ápice. Seus gemidos se misturavam com os meus e os da musica, criando um clima deliciosamente sensual e assim Emma chega ao clímax. Repouso minha cabeça sobre seu peito e consigo ouvir as batidas irregulares do seu coração. Continuo sentindo aquele aroma especial que advinha também da sua pele, o aquecedor estava ligado, aumentando ainda mais o calor, nossos corpos transpiravam prazer e desejo. E não há sensação mais incrível que poder dar prazer a ela, prazer no sexo, prazer no amor, prazer em estarmos juntos. Retiro devagar meus dedos de dentro dela e começo a beijar seus lábios com carinho, mas ela me para e começa a me olhar, passando de leve os dedos sobre meu rosto.

— Porque me olha assim? – pergunto sem jeito

— Quando acho que é impossível te amar mais, você vem e me prova o contrário – ela me lança um sorriso bobo

— Já deveria ter se acostumado com isso, Swan... Sou irresistível – dou de ombros e ela gargalha

— Que namorada mais convencida eu fui arrumar – beija minha bochecha

Saiu de cima da Emma e me deito na cama, ela desliga o som e não demora muito para que eu sinta seu corpo aninhar o meu, assim adormecemos. Quando amanhece, me viro procurando Emma e a vejo dormindo de barriga para cima, quase toda descoberta, acho que alguém monopolizou os lençóis, por sorte o aquecedor estava ligado. Olho para o criado mudo e não acredito no que vejo, havia me esquecido do gel comestível. Vejo que Emma ainda dorme profundamente e me levanto devagar para pegar o gel, desta vez não era malícia o que predominava, apenas uma brincadeira de uma criança travessa. A descubro um pouco mais e escrevo “te amo” em seu abdômen. Não queria esperar que ela acordasse então começo a tossir, mas não funciona, a descubro por completo e cutuco seu pé, em vão.

— Caramba, Emma – sussurro frustrada – Emma – a chamo baixinho, mas ela só se move de leve

Passo de leve a mão entre seus seios e a chamo novamente baixinho, continua sendo em vão. Vou até sua coxa e a beijo, Emma se mexe novamente, faço o mesmo com a outra coxa e a reação é a mesma, decido que cansei de esperar que acorde, vou até sua intimidade e a beijo sagaz.

— Meu Deus – ela parece assustada, mas logo sorrir

— Bom dia – falo travessa e ela arqueia o corpo, podendo ver o que fiz – é que esqueci de usar ontem – sorrio – foi muita coisa pra pensar

— Tipo me torturar? – ela me olha como se tentasse lembrar de algo

— Tipo isso aí – sorrio parecendo criança que é descoberta após a travessura

— Vem cá – ela me puxa e caiu por cima do gel – eu te amo também

— Você me sujou – olho para meu corpo e faço bico

— Que namorada mais manhosa que eu fui arrumar – ela me aperta, me sujando mais – eu te dou banho e está tudo certo, ok? – diz ao me ouvir resmungar

— Assim pode ser – respondo ainda manhosa e ela gargalha

Depois de alguns beijos eu me lembro de onde estamos e que avisei as meninas sobre a hora do café da manhã, dona Miranda ama a mesa cheia de gente por isso preferia que todos comecemos juntos. Apresso Emma e vamos tomar banho, esse não foi tão rápido como planejei e nos atrasamos ainda mais.

— Acordem cedo, dona Miranda gosta da mesa cheia – escuto Ruby resmungando e ruborizo

— Ruby – Mary repreende e bate nela

— Desculpem o atraso – sento e Emma faz o mesmo

— Acordaram cedo? Fui ao quarto, não as vi e estão com olheiras – minha sogra pergunta

— Acordamos sim, mamãe – Emma sorrir – na verdade, mal dormimos – Emma sussurra e bato nela

Olho rapidamente para ver se alguém escutou e vejo Ruby sorrindo. Logo ela? Sério universo!? Olho séria para que ela pare de rir e percebo que Alex entendeu tudo... Droga!

— Pra pegar fogo só é preciso duas coisas, certo Ruby? – Alex pergunta sorrindo para River

— Poderia me refrescar a memória, Alex? – Ruby atiça

— Combustível – aponta sutilmente para Emma – e comburente – faz o mesmo comigo – com esses dois elementos pode existir fogo por tempo ilimitado

— Ou até o café da manhã – Ruby solta e me faz engasgar enquanto todos sorriem

— Não entendi a conversa – dona Miranda fala inocente

— Elas se atrasaram porque passaram a noite transando, mamãe – Lily dispara e foi a vez da Emma engasgar

— Ok – dona Miranda confirma sem graça, mostrando que entendeu

— Gostei dessa garota – Ruby aponta para Lily, que sorrir

— E vocês duas... – dona Miranda aponta para Ruby e Zelena – quando vão assumir alguma coisa?

— Como é? – Ruby fala perplexa e Zelena sorrir

— Até eu percebi que existe algo aí – ela completa

— Ah tia... Só rolou uns beijinhos – Zelena dispara – e pelo jeito vai ficar só nisso, a Ruby está pior que carro velho, não pega nem no empurrão

Foi possível ouvir as gargalhadas de todos depois que a River foi sacaneada, não me lembro de ter visto Ruby tão vermelha como dessa vez, enquanto ela ruborizava, a Zelena sorria da provocação feita. Dona Miranda acabou colocando todos os casais contra parede, Mary e David foram os próximos, seguidos de Alex e Maggie. Kara foi indagada e Alex pareceu interessada na resposta, mas por sorte o Henry apareceu e a salvou de um momento que seria aparentemente constrangedor. O pessoal do buffet e decoração foi chegando aos poucos e dona Miranda sempre de olho em tudo para que o nosso baile fosse perfeito.