Sentenced to love escrita por Cyz


Capítulo 27
Who are you?


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoal... mais um capítulo e espero que gostem de ler tanto quanto eu gostei de escrever!



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Point Of View Emma

 

— Deseja mais alguma coisa, senhora? – a garçonete fala gentilmente

— Levaram ela – respondo sem reação

— Não entendi – ela parece confusa

— A mulher que estava comigo, um homem entrou aqui com uma arma e a sequestrou – tento explicar e ela se desespera

Fomos até as câmeras de segurança, mas estavam apenas passando as imagens e não as gravou. A garçonete liga para o gerente que prontamente chama a polícia, decido ligar para Mary e as meninas para explicar o que está acontecendo e elas parecem em pânico, tanto quanto eu. Não demora muito e nos reunimos na frente do café, a polícia já estava olhando tudo e pegando meu depoimento pela milésima vez.

— Oi Emma – Alex fala afobada – alguma nova informação, evidência, imagem...?

— Calma, nós estamos tentando – o policial explica

— Oi, detetive Maggie Sawyer – uma moça se apresenta ao policial – a Danvers me chamou, posso falar com seu superior?

— Espera... Detetive Sawyer? – pergunto confusa

— Sim, qual o problema? – ela se aproxima

— O sequestrador disse que te observava – ela parece confusa – falou sobre as meninas, a irmã da Alex e outro nome... De uma mulher que não conheço e frisou no final o seu...

— Qual o outro nome desconhecido? – Alex pergunta

— Elisa, eu acho – tento lembrar

— Alex... – Mary parece assustada

A detetive sai com Alex e Mary me explica quem é a mulher mencionada. Não demora muito e somos informadas que a detetive Sawyer pediu autorização para ajudar a comandar o caso junto com a polícia de Seattle.

— Eu quero barreiras em todas as vias principais, preciso de alguém para checar os vídeos de segurança de todas as câmeras públicas desse bairro – a detetive Sawyer ordenava

— O Henshaw já está chegando, ele estava na sede com o Winn e a Sam – Alex fala para a detetive – se eu estivesse mais concentrada no meu trabalho...

— Hei, nada de se culpar... Como você iria imaginar que ele sequestraria a Regina se nem conseguimos pegá-lo? – a detetive a consola

— Maggie, a Regina... – Alex fala desesperada

— É forte e sabe se cuidar – ela completa – Regina vai fazer a parte dela e precisamos fazer a nossa

— Não temos muita coisa, Maggie – Alex fala novamente

— Vamos encontra-la – ela apoia sua mão no ombro de Alex e a olha fixamente – onde está Winn pra hackear todos os sistemas daqui, quando precisamos dele? – ela sussurra usando um tom brincalhão

— Espera... Sou a única que não está entendendo nada? – Ruby fala o que todas nós queríamos dizer

— Agente Danvers – um homem aparece – qual a situação?

— A detetive Sawyer distribuiu policiais para as vias principais e temos gente olhando as câmeras públicas, senhor – Alex responde e desperta a mesma reação em todas nós

— Agente Schott – ele chama e um rapaz logo aparece – quero a imagem de todas as câmeras possíveis – ele ordena, o rapaz assente e sai para um tipo de van – agente Danvers, distintivo e arma – fala entregando para Alex

— Agente? Alguém, por favor, me explica isso – Ruby fala abismada

— Regina é sequestrada, você é agente... O que está acontecendo? – Mary diz desnorteada

— Posso, senhor? – Alex olha para o homem e ele assente – esse é Hank Henshaw, diretor do FBI e meu chefe. Eu sou agente do FBI e...

— Achei – o agente Schott atrapalha e nós ficamos surpresas com a velocidade – esse foi o carro que saiu daqui... O policial conseguiu ampliar a placa e aquele outro fez um logaritmo para pesquisar por ela... Hackeei alguns sistemas e câmeras de segurança e... Voilà — ele nos mostra imagens do carro entrando em uma estrada de terra próximo a Seattle – não posso rastreá-los a partir daqui... Não existem câmeras nesse trecho

— Você já fez muito, Winn – Alex fala animada

— Fez? – Ruby pergunta, fazendo Winn encará-la

— Fez! Isso aqui é um atalho para a estrada principal que leva para algumas cidades pequenas... Essa estrada começou a ser usada por pessoas que queriam evitar os pedágios, então a policia interditou... Ele pode ter parado antes da barreira, ultrapassado a pé e ter outro carro esperando do outro lado – Alex conclui o pensamento

— Se ele fez isso, nós não sabemos o carro que ele usa agora e não temos pista... – falo desesperada

— Mas se eu estou sequestrando alguém não vou querer um lugar povoado, quanto menos gente... – Alex me ignora e continua pensando

— Mas fácil de esconder quem estou sequestrando – a agente Sawyer completa – nada melhor do que prédios abandonados e cidade com poucos habitantes para alguém que foge da polícia há tantos anos

— Essa estrada só dá acesso a duas cidades menos povoadas – Alex completa – Winn, faz uma lista dos prédios ou casas abandonadas nas duas cidades – Alex fala e parece se arrepender – a lista será enorme, isso não vai dá certo – ela se desespera

— Agente Danvers saia e se recomponha – o diretor ordena e faz sinal com a cabeça para a detetive ir junto – Agente Schott faça o levantamento pedido e peça a agente Arias para grampear o telefone da srta Swan – ele olha para mim e confirmo – se eles te ligarem nós teremos uma pista a mais

— Ele pode ligar para uma das meninas também – acrescento e o agente Schott entende o recado

Vejo de longe a detetive conversando com Alex, que parece nervosa e tensa com toda situação. Algo me diz que essa relação não é só profissional, a detetive parecia realmente se importar e chegou muito rápido depois do pedido de Alex.

 

Point Of View Alex

 

— Respira – Maggie falava pela décima vez

— A Regina deveria ser apenas meu trabalho, mas ela me conquistou, Maggie – falo com os olhos marejados – você a conhece, sabe o quão doce ela é, o quanto ela se importa...

— Sei que você encontrou na Regina uma amiga verdadeira, mas agora ela precisa do cérebro da agente Danvers e não do coração da advogada e amiga – ela fala firme – respira fundo e conversa comigo... Vamos pensar, ok? – respiro fundo e tento acompanhar a Maggie – ele nos perseguia, deixou claro isso, mas ele não pode ser o cara que procuramos por cinco anos, pensa comigo, Winn já cruzou as características faciais dele com as imagens das câmeras em outras perseguições, teríamos encontrado...

— Ele entrou no café... – analiso a situação

— Como é? – ela parece confusa

— Se ele não estava com luva... Ele deixou sua digital! – falo

— Isso é um começo, mas muitas pessoas entram e saem dali, Alex – ela fala com pesar

— Winn pode enviar um alerta para a placa, pra começar – falo e ela confirma – ele investigou todas nós, mas ele tem uma cisma especial com você. Emma disse que ele falou de você... E ele foi enfático quando te chamou de minha namoradinha lá no metrô – penso – você recebeu um trote dia desses

— Sim, mas o que isso tem... – Maggie começa, mas saiu antes dela acabar

Peço para Winn rastrear o número que ligou para Maggie e ele chega ate um celular descartável o mesmo número apareceu em uma torre de celular próximo a Seattle.

— Essa chamada foi há um mês – Maggie fala com pesar – esse número pode ter me ligado por engano e a pessoa agora está em Seattle

— Ou ele sequestrou a Regina e ligou para o parceiro para avisar que conseguiu – Corrijo

— Se isso foi o que aconteceu... O nosso cara teve tempo para planejar tudo – Hank fala com pesar e observo as meninas me olhando confusas

Dois dias se passaram e o desespero só aumenta. Os sequestradores não entraram em contato, dessa forma, pensamos que as chances de Regina está viva diminui a cada instante. Começo a analisar várias pastas e arquivos em busca de alguma pista, eu era boa no meu trabalho, muito boa na verdade, mas me sentia inútil nesse caso.

— Vim te procurar e te achei dormindo – Mary fala assim que abro os olhos

— É... Eu... Eu fiquei lendo os arquivos... – tento explicar

— Você precisava de um cochilo, Alex... Não precisa se explicar – Mary completa

— Toma – Ruby aparece com uma xícara de café

— Acho que esse é nosso primeiro momento a sós, depois que descobriram tudo sobre mim e o parte do passado da Regina – falo sem jeito

— O que é isso? – Mary desconversa e olha para os arquivos

— Uma lista com todos os contratos de prédios públicos abandonados das cidades de Medina e Clyde Hill – respondo sem ânimo

— Alguma pista? – Ruby pergunta e nego com a cabeça

Nossa conversa é interrompida pelo toque do meu celular, tiro alguns papéis que estavam sobre minhas pernas e me levanto para pegar o telefone.

— Me diz que tem novidades, Winn – digo sem ânimo algum

— Eu puxei os registros de todos os celulares que apareceram em Medina e Clyde Hill, próximo ao horário do sequestro da Regina e procurei em torres de celular das cidades vizinhas o número que temos, para caso o sequestrador resolvesse carregar o telefone ou liga-lo por algum motivo – Winn explica – eu cheguei a 50 nomes a partir do horário que a srta Swan nos disse, mas ao conferir as fichas, um deles me pareceu familiar...

— Qual? – pergunto curiosa

— Já ouviu o nome Oswald Cobblepot? – ele pergunta intrigado

— Oswald é o nome que Emma nos deu – me agito com a hipótese de estarmos perto de algo

— Sim, mas esse nome em especial... – repito o nome em minha cabeça algumas vezes enquanto Winn fala

— Eu persegui esse homem – completo

— Isso... – Winn diz eufórico – Ele olhou o caso da Regina na mesa da Maggie e se encantou com as técnicas do Graham, nos deu um pouco de trabalho proteger Regina dele – ele relembra – então pensei... Se ele parou de perseguir quem protegíamos para perseguir quem procurávamos?

— E se aliou ao Graham – completo

— Exato! Então fiz uma pesquisa e vi que ele tem alguns prédios em seu nome, dois desses prédios ficam em Medina e um deles está abandonado – Winn fala animado

— Me passa o endereço e avisa a Maggie – desligo o telefone e vou até o balcão da cozinha, pegando minha arma e distintivo

— Tenho uma pista muito boa – acalmo as meninas – vocês podem... – aponto para os documentos

— A gente arruma tudo... Corre! – Mary fala eufórica

Vou para o carro que o Hank me cedeu e logo recebo todas as informações dadas por Winn, anoto os dois endereços em um papel. Dirijo rapidamente e em vinte minuto chego em Medina, por precaução, decido colocar o colete a prova de balas e guardo em meu bolso o papel que coloquei o endereço. Revisto todo o lugar e não encontro nada, nenhuma evidência, nem Regina... Nada! O local era um galpão abandonado, mas parecia ter sido um mercado.

— Se isso aqui realmente foi um mercado... Eles precisam de uma dispensa – penso alto – pensa, Alex – saiu do galpão e começo a olhar ao redor, vejo algumas casas distantes do local, parecia um ambiente familiar, ele não a levaria para um lugar que poderia ser descoberto – tem que está perto, quanto mais perto do mercado mais fácil seria o transporte de mercadoria, pensa Alex – começo a andar, sempre em alerta e vejo algo que chama minha atenção – por que um carro estaria parado, entre árvores, em um lugar abandonado? – sorrio com a esperança que brotou em meu coração

Me aproximo lentamente e vejo o homem que me atacou no metrô, naquele momento eu não precisava mais de nenhuma evidência, era aquele o local. Faço uma varredura no lugar e só vejo mais um homem, que não consigo identificar por está de costas para mim. Ah Deus... Regina! Meu coração pula no peito ao vê-la viva, parecia desmaiada no chão, pelo menos eu prefiro acreditar que era um simples desmaio. Preciso de um plano... Pensa, Alex!

 

Point Of View Regina

 

— Vamos... Acorde Regina – escuto uma voz longe

— Anh... – resmungo abrindo os olhos

Entro em pânico ao me ver amarrada a um cano, sentada no chão e de frente do homem que virou a minha vida ao avesso. Não sei exatamente há quanto tempo estou aqui, mas aquela era a primeira vez que via alguém diferente do Oswald, possivelmente a pessoa com quem ele falava. Meu coração parecia explodir e respirar ficava mais difícil a cada instante. Tento soltar as mãos, mas, como previsto, foi em vão.

— Aaaah, Regina... Tantos anos depois e me recebe com lágrimas? – Graham fala sarcástico – até comprei champanhe pra gente comemorar nosso reencontro

— Ela não entende, mestre – vejo o Oswald se aproximar – você criou Regina Mills, a advogada destemida que ganha casos e namora a rica srta Swan

— Pois é Oswald – ele confirma sarcástico – eu te fiz um favor, Regina – ele se vira para mim – antes de me conhecer você era uma mulherzinha bem sem sal, nem sei o que o Whale viu em você... Ah, Whale! Você me fez matar meu melhor comprador sabia? – ele finge pesar – Não sei o que você tem, Regina – ele pronuncia meu nome como se degustasse algo saboroso, fazendo meu estômago revirar – não sinto vontade de te matar, mas sinto vontade de matar a Valentina, lembra dela? A mocinha sem sal que você era a cinco anos atrás... Aquela que viu a casinha dos pais ser destruída pelo fogo – ele finge pesar falando ironicamente – ela chorava sem saber que eu estava por perto olhando tudo

— Primeira da sala na turma de direito, umas das melhores advogadas da firma Nolan Glass, divide comida chinesa com a namorada do chefe e uma agente federal... – Oswald parecia elencar atributos – resolvido mestre, já que sente atração pela Regina... Mata a Valentina!

— O que você quer? – falo em pânico – porque tudo isso?

— Perfeito! – Graham fala e me esbofeteia – esses olhinhos assustados, me lembram mais a Valentina – ele me esbofeteia novamente – você me parece tão fofinha quando mostra que ainda tem esperança que alguém te encontre

Escutamos um barulho. Graham tapa a minha boca e sai junto com Oswald para ver o que está acontecendo. Tento puxar o cano, na intenção de quebra-lo. Me contorço. conseguindo tirar a fita da minha boca e mordo a corda várias vezes, mas parece que nada funciona. Volto a puxar o cano, dessa vez com mais força e sinto alguém me tocar.

— Não – grito e me esquivo ao toque

— Regina – alguém sussurra – sou eu, Alex

— Oh Deus, Alex – sussurro aliviada

— Você está bem? – ela sussurra novamente e assenti – vamos rápido, não temos muito tempo – Danvers desata minhas mãos e as segura, me fazendo perceber o quanto eu tremia

— Ora, ora, ora... Agente Danvers – Oswald fala voltando

— Agente? – pergunto confusa – do que ele está falando, Alex?

— Nada disso – ele nega com a cabeça ao vê Alex com a mão no coldre – agora você vai jogar a arma, amarrar sua amiga e deixar que eu te amarre

— Ou... – Alex faz um golpe rápido e pega a arma

— Eu não faria isso – Graham fala apontando a arma para mim, por trás da Alex – entrega ao Oswald – ele manda e ela obedece – amarra a Regina e senta ao lado dela

O vejo amarrando a Alex, depois dela fazer o mesmo comigo. Não sei o que fazer, pensar, falar... Minha cabeça parece que vai explodir com tanta informação!

— Você poderia ter me dito que o outro estava chegando perto de você – ela sussurra brava

— Não sei se percebeu, mas a gente não teve muito tempo pra conversas – sussurro usando o mesmo tom

— Você realmente acha que uma agente federal pode ser sequestrada e ninguém vai procura-la? – Alex grita para os sequestradores

— Gostaria muito de saber como você fez a bomba que chamou nossa atenção – Oswald pergunta curioso

— Posso fazer milagres com cloro granulado e álcool – Alex responde sarcástica

— Faz parte do treinamento, agente Danvers? – Graham pergunta irônico

— Agente federal? – pergunto confusa – afinal, quem é você? 


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Notas finais do capítulo

Desde já, obrigada e até a próxima!
PS.: Twitter da fic @sentencedtolove



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