Sentenced to love escrita por Cyz


Capítulo 20
Don't cry anymore


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoal... enfim um capítulo novo hahahaha participei de uma seleção e precisei parar um pouco para estudar, mas cá estou de volta! Espero que gostem de ler tanto quanto eu gostei de escrever! Sem mais enrolação, bom capítulo e, desde já, desculpem os erros.



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Point Of View Regina

Voltamos para a nossa realidade. Swan me levou para almoçar em um restaurante próximo a seu apartamento e pediu para que passássemos lá, antes de me deixar em casa.

— Agora sim... Esse é meu apartamento – ela diz reverenciando e permitindo que eu entre

— Esse sim é lindo e aconchegante – falo e avisto o sofá que ela falou – mantinha

— Isso – ela sorrir e faz sinal para que eu espere

Dou uma olhada rápida no apartamento e me sento no sofá esperando ela voltar.

— Hei – ela diz voltando para a sala, escondendo as mãos

— O que tem aí? – pergunto curiosa

— Você é uma péssima mãe... Nem sentiu falta do filho – ela diz me mostrando o Liko

— Onw – estendo as mãos para pegar o Liko – ela cuidou bem de você?

— Claro que cuidei – diz sentando ao meu lado – limpo, cheiroso e seu... Tanto quanto eu – ela diz com malícia

— Acho que o Liko não vai querer vê isso – sussurro colocando o unicórnio no centro da sala de costas para nós

Swan começa a me beijar e deita lentamente meu corpo no sofá, se colocando por cima de mim.

— Emma, nós temos... – ela me beija, me interrompendo – Emma... – ela faz novamente

— Você precisa ficar quietinha srta Mills – Emma fala sugestiva e no mesmo instante me lembro do meu sonho com ela

Impossível me conter e não ceder aos caprichos da Swan. Ela tomou meu corpo com delicadeza, mas ao mesmo tempo com um toque possessivo e aquilo foi incrível. Emma parecia se importar com cada reação feita por mim, obedecendo meus limites. Quando terminamos, eu vejo que estou pronta para fazer o mesmo e proporcionar a Emma prazer igual ao que ela me dava. Peço para que ela me guie e assim ela faz, demorou um pouco, mas paro apenas quando vejo que ela alcançou o clímax.

— Fazemos uma boa dupla – ela diz ofegante e eu sorrio

— Preciso ir para casa, Swan... Já está anoitecendo – falo com manha e a beijo – me leva?

— Passa a noite aqui – diz com dificuldade em meio a um beijo

— Vamos com calma, tá? – beijo seu pescoço e me levanto, obrigando ela a fazer o mesmo

Nos vestimos, pego o Liko e vamos para meu apartamento.

— Estranho... – Emma fala diminuindo a velocidade do carro

— O que é estranho? – pergunto percebendo que ela olha para o retrovisor

— Diminuí pra vê se esse carro ultrapassava – ela aponta para um carro que passou por nós – tive a impressão que ele nos segue desde Portland, mas acho que estava enganada

— Pode ser... – digo desconfiada

Chegamos no prédio que moro e antes de entrar eu decido olhar ao redor, só para ter certeza, mas não tinha ninguém lá.

— Até que enfim, faz horas que cheguei – Mary diz assim que me vê entrar

— Culpa minha Mary – Emma diz entrando comigo

— Ai meu Deus – Ruby exclama ao nos vê – você trouxe a faxineira

— Ruby – Alex, Mary e eu repreendemos

— Você contou pra elas? – pergunto a Mary

— Sorry – ela sussurra tentando se esconder entre as mãos

— Ainda não entendi o lance da faxineira – Emma fala, confusa

— Nada não... Coisa sem nexo criada pela Ruby – explico

— Sem nexo? – Ruby pergunta pasma – Emma, a Regina tinha teias em um órgão nunca usado, se agora está limpo... Você é a faxineira – Ruby fala naturalmente e a Swan sorrir

— Esqueci de avisar... O humor ácido está de volta – Alex avisa

— Você e Zelena ainda não se acertaram? – Emma pergunta e Ruby me olha chocada

— Nem vem... Não falei nada – digo levantando os braços em rendição – como você sabe que a Ruby está apaixonada pela Zelena?

— Acabei de descobrir pela reação de vocês – Emma fala e abraça minha cintura por trás nos deixando sem palavras – pode ficar tranquila, não vou dizer nada a Zelena... Da mesma forma que não vou falar o que ela diz

— Primeiro... Não estou apaixonada pela Zelena. Segundo... Ela fala de mim? – Ruby fala sorridente

— Pra alguém que nega o que sente... Ficou bem eufórica, hein River – Alex observa, deixando Ruby sem graça e ainda mais zangada

— Meninas, o papo está bom, mas preciso ir para casa – Emma fala e a olho de lado querendo que ela fique – não faz isso... Tenho trabalho acumulado – ela deposita um beijo em meu pescoço

Me viro para ela e logo recebo um beijo casto em meus lábios, enquanto envolve minha cintura com força. Emma me beija novamente, mas dessa vez com mais desejo.

— Ok... Passem na minha cara o sexo quente que vocês andam fazendo – escuto Ruby resmungar e isso nos faz rir – eu já vou – dá um tapa no meu bumbum, me repreendendo por não dá ouvidos

— Eu também vou – Emma me dá um selinho de despedida – xau meninas – diz se despedindo – xau amor – me dá mais um selinho e sai

— Amor? – Ruby caçoa antes de sair e arrastar Alex com ela

— Enfim sós – Mary diz ao fechar a porta – me conta tudo – ela diz ao sentar ao meu lado no sofá

— Exatamente sobre o que você fala? – pergunto fingido inocência

— Regina, vocês realmente transaram? – ela pergunta curiosa

— Sim – respondo sorrindo – e Emma foi tão delicada e ao mesmo tempo tão...

— Sensual? – ela tenta completar

— Quente... Bem quente – sinto minha pele queimar, possivelmente eu estava ruborizada e Mary sorria com isso

Conversamos por mais um tempo e pelo o que percebi o fim de semana não foi conclusivo apenas para mim e Emma, Mary e David resolveram tentar algo, sem rótulos e sem amarras para ver o que aconteceria. A Blanchard correu para o quarto e foi se arrumar para seu primeiro encontro oficial com o Nolan, Aproveito que estou sozinha e faço uma ligação.

— Sawyer – ela responde assim que atende

— Sou eu, Regina! – falo baixo e observo se Mary ainda está no quarto

— Tudo bem? – ela pergunta com tom preocupado

— Sim, sim... Mas queria saber como está o caso... Não nos falamos mais – falo rápido

— Regina, não tivemos mais notícias... Realmente está tudo bem? – ela pergunta

— Sim Sawyer... Na verdade... – falo com pesar – eu tenho a sensação que estou sendo observada e hoje a minha namorada achou que um carro nos seguia de Portland até aqui, devo me preocupar?

— Não se preocupe com nada, ok? Eu vou da um jeito nisso – ela diz calmamente – qualquer coisa você me liga, certo?

— Sim, claro! – falo preocupada – eu vou ficar de olho

— Regina... Não se preocupe – ela diz firmemente – preciso desligar, mas ligue se precisar

— Ok – falo e desligo

Escuto a campainha tocar e ao abrir vejo o David visivelmente desnorteado.

— A Emma tá aqui? – ele diz agitado

— David! Achei que te veria daqui a meia hora – Mary exclama ao vê-lo

— Mary... Esqueci de você – ele diz e ela fica em choque – na verdade não esqueci de você... Esqueci do que marcamos... Onde está Emma? – ele fala virando para mim

— Emma foi pra casa... David, respira – faço ele sentar mesmo contra vontade – o que houve?

— Minha tia me ligou agora e o tio Richard está internado... Ele teve um infarto e foi levado para a UTI, mas Emma não me atende – ele diz com lágrimas nos olhos

— Mary, fica com ele... Vou tentar ligar pra Emma – falo e saiu da sala

Ligo várias vezes para Emma e ela não me atende, lembro que ela falou algo sobre trabalho acumulado e suponho que pode está com Zelena e é para ela que ligo.

— Oi Rê, vou passar pra Emma – Zel diz assim que atende

— Não, não, espera... – falo antes que ela passe o telefone – o pai da Emma não está bem, quando eu falar com ela vou pedir pra que venha aqui, mas não vou dizer o motivo... Então me ajuda a convencer ela, ok? David está aqui pra leva-la a Portland

— Ok, vou passar pra ela – Zelena diz

— Oi Rê, já está com saudade? – Emma brinca

— Claro, impossível não sentir sua falta – digo – poderia vim aqui? Agora?

— Não amor, desculpa... Pode ser mais tarde? – ela responde

— Vai Emma, adianto as coisas aqui e qualquer coisa te ligo... São coisas que consigo fazer – escuto Zelena falar

— Ok... Me convenceram – Emma se rende

— Vem rápido, por favor – falo e desligo a ligação

Volto para sala comunicando ao David sobre a ligação e que Emma estava a caminho. Deixo Mary com ele e vou até a cozinha para preparar um chá de camomila, o Nolan estava muito agitado e não seria bom dirigir assim, pego o telefone e ligo pedindo um táxi para ele e Emma.

— Pode deixar que eu atendo – falo ao ouvir a campainha – oi Swan – cumprimento sorrindo

— Oi Mills – ela diz me beijando, mas para ao ver o David – D...? Você chorou? – fala ao passar por mim e ir em direção ao sofá – o que houve?

— Senta aqui amor – a conduzo até a poltrona e me acomodo no braço da mesma

— Vocês estão me deixando nervosa – Emma diz olhando para nossas expressões

— Ems, tia Miranda me ligou pra falar que o tio Richard não se sentiu bem – ele começa

— Como assim? – ela interrompe preocupada

— Ele sentiu uma dor no braço esquerdo e pontadas no coração – ele fala devagar – parece que há dias que sente uma dor no estômago e não falou nada a ninguém, quando ele passou mal, a Lili chamou a emergência e depois dos exames descobriram que havia sido um infarto... Os sintomas estavam interligados... E ao que parece esse não foi o primeiro

— Como assim? – ela pergunta com os olhos marejados

— Pelo o que entendi, o eletrocardiograma e a ecocardiografia mostraram que ele já teve outros pequenos infartos – ele diz olhando para mim e percebo que a Swan está enxugando o rosto

— Hei, o David disse que ele foi atendido a tempo, ele está na UTI – falo afagando suas costas

— Tenho que ir pra lá agora – ela levanta agitada

— Calma, já chamei um táxi e enquanto não chega, ninguém sai daqui – vou até ela e a abraço

Obrigo Emma a tomar um pouco de chá e fico ao seu lado até o táxi chegar. Swan e Nolan levantam-se rapidamente, eu me ofereço para ir com eles, mas David não permite, me lembrando que amanhã tenho o caso com o Robin e não podia faltar. Me despeço com um beijo e vejo que Mary faz o mesmo com o Nolan. Vejo as horas passarem e os primeiros raios de sol começam a aparecer, nos mostrando que o dia amanheceu. Eu e Blanchard não pregamos o olho a noite toda, David nos ligou para dá noticias, mas não foram muito boas, não consegui falar com Swan desde que ela saiu daqui, mas fiz o Nolan prometer que ficaria de olho nela. Nos arrumamos rapidamente e fomos para a firma, ao chegar, vimos o sr Glass despejando ordens e utilizando seu melhor terno, todo trabalhado na arrogância, aproveitando o reinado que eu esperava que fosse breve. Vou para a sala do Robin e deixo Mary explicando as meninas o que aconteceu. No caminho, ligo para Zelena e me ofereço para ajuda-la no que eu puder.

— Oi Regina – fala agitado – isso aqui está uma loucura – diz se referindo ao reinado Glass

— Concordo... Espero que o novo reinado seja breve – observo e ele sorrir – vamos para o tribunal?

Ao chegar no fórum, entramos e o juiz iniciou a sessão. Robin parecia está com a adrenalina nas alturas, além de ser um caso grande, uma vitória poderia dá bons frutos para a firma e consequentemente para o Locksley.

— Senhor juiz... A minha cliente foi demitida do bar no qual trabalhava porque engordou – Robin rebate a um dos argumentos da advogada – não foi por não ser capacitada, mas por sua imagem... Pelo o que foi possível observar, a exposição dos trabalhadores a situações humilhantes e constrangedoras são repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho, além disso, minha cliente não é a primeira a ser demitida com argumentos sem fundamento sobre quebra de contrato

— Se isso é verdade você não vai ter problema em provar – a advogada provoca

— Meritíssimo, gostaria de chamar a minha cliente para depor – Robin fala e o juiz assente – srta Johnson, a quanto tempo trabalha no bar ‘the signal’?

— Trabalhei por seis anos e a seis meses estou desempregada – ela responde

— Como era sua rotina de trabalho? – Robin pergunta novamente

— Chegava antes das 16h porque meu turno ia das 16h às 23h, quando acabava meu horário eu fechava o caixa, levava o lixo para fora e saia – ela responde firmemente

— Então você pode ser considerada uma boa funcionária? – Locksley indaga

— Nunca tive problemas com os funcionários ou clientes, nunca me atrasei ou faltei sem comunicar e dá uma justificativa... Sim, acho que sou uma boa funcionária – ela responde

— Porque não procura outro emprego? – ele pergunta por último

— Tenho dois filhos pequenos, preciso de horários flexíveis, no bar eu posso trocar de horário com algum dos meus colegas e com o horário que eu trabalho posso passar o dia com meus filhos... Os empregos que me oferecem essa flexibilidade não me dão benefícios como plano de saúde ou vale refeição – ela responde

— Gostaria de entregar como prova a lista de funcionários demitidos que se sentiram desvalorizados ou humilhados, o bar segue um padrão, a vítima escolhida é isolada do grupo sem explicações, passando a ser hostilizada, ridicularizada e depois é demitida aparentemente por justa causa, ocorrendo a quebra de contrato – Robin diz entregado a prova para o juiz

Robin olha para ela como se tentasse falar que está tudo bem e senta. A advogada da defesa começa o seu interrogatório.

— Pode da uma olhada nessa foto? – a advogada fala entregando uma imagem para a srta Johnson – é você na fotografia? – a cliente confirma – que conste nos autos que a querelante confirmou com a cabeça... Essa foto foi há três anos, acha que mudou nesse intervalo de tempo?

— Claro, fui mãe de duas crianças – a cliente responde

— Vê alguma mudança física? – ela indaga

— Sim, engordei quinze quilos nesse tempo e não consegui voltar a esse manequim - srta Johnson fala calmamente

— A querelante acaba de confessar uma mudança física brusca, a partir do momento que confirma o ganho de quinze quilos... Apresento como prova o contrato do bar... Se vossa excelência analisar a marcação, na cláusula três fala que não são permitidas mudanças físicas após a contratação – ela fala com um sorriso no rosto – esse caso não tem fundamento – a advogada fala para o júri

— Isso quem decide sou eu, advogada – o juiz retruca – a próxima testemunha, por favor

A advogada chama o dono do bar e o interroga, não consigo pensar em muita coisa, meus pensamentos estão em Emma e não no tribunal. Robin me pede as fotos que consegui e passo para ele.

— Mantenha o foco aqui, Regina – ele sussurra antes de levantar – o senhor conhece alguma dessas pessoas? – mostra as fotos ao dono do bar

— Sim, todos são funcionários do bar – ele responde

— Me permita trocar as fotos – Robin fala ao colocar novas fotos das mesmas pessoas – conhece essas pessoas?

— É algum tipo de brincadeira? – ele pergunta

— Responda a pergunta – Locksley insiste

— São as mesmas pessoas – ele responde sorrindo

— Interessante dizer isso – Robin pega fotos diferentes das mesmas pessoas e mostra ao júri – essa moça não é mais morena, seu cabelo agora é ruivo... Esse rapaz agora usa piercing... Esse aqui não sofre mais com a calvície depois da peruca – Robin fala irônico – algum desses funcionários foi demitido?

— Claro que não, são bons funcionários – o dono do bar responde

— Interessante, porque minha cliente foi demitida por quebrar a cláusula três... Achei que mudanças físicas não fossem permitidas – Robin fala para o júri e senta – sem mais perguntas meritíssimo

— Corte suspensa por dez minutos e voltamos com as conclusões – o juiz fala

Saímos da sala e tento ligar para Emma, mas é em vão. Robin se aproxima e pergunta o que acho até agora, se teríamos uma conclusão ao nosso favor, entrego um papel para ele de uma pesquisa que fiz e conversamos um pouco, até sermos chamados novamente. A advogada faz suas considerações e dá a fala ao Locksley.

— Quando nós vamos a um bar queremos relaxar e nos sentir bem vindos, independente do nosso estereótipo, por que isso não se aplica a quem trabalha? Por que é preciso ser humilhado e desrespeitado para ter direito a um horário flexível e benefícios? Esse processo trata de assedio moral e agora gostaria de adicionar discriminação – Robin fala e a advogada lança um sorriso debochado que chama a atenção das pessoas do júri – as leis federais protegem de acordo com sexo, raça, religião, idade, mas e quando falamos de peso? Quanto ao tamanho? Como falei no inicio, o bar segue um padrão de demissões, os funcionários demitidos pela quebra da clausula três, aqui presentes, levantem-se por favor – alguns funcionários levantam com fotos de como eram quando foram contratados – para todas essas pessoas ele encontrou motivos banais pra reincidir o contrato, mas todos os argumentos usados pelo empregador levam a mesma ideia, discriminação. E antes de finalizar o ato discriminatório essas pessoas foram vitimas de assédio moral no trabalho – Robin fala e pede para que as pessoas acomodem-se – aqui no estado de Washington foi proposto leis baseadas no peso e agora vocês tem a oportunidade de utilizar algo tão pouco mencionado quebrando os padrões de beleza impostos pela sociedade. A srta Johnson não precisa se sentir inferior ou menosprezada, ainda mais sabendo que é qualificada para o trabalho. A palavra gorda não é um insulto, só se torna uma agressão quando nós deixamos que pessoas sofram com isso sabendo que nós poderíamos ter feito mais, pensem nisso – Robin conclui e senta-se ao meu lado

O juiz suspende a corte e notifica que seremos avisados quando o júri decidir.

— Regina, você foi incrível, obrigada pela ajuda – Robin fala assim que saímos

— Eu que agradeço, mas preciso te pedir uma coisa – falo sem jeito – preciso ficar com Emma, mas com o reinado Glass isso vai ser impossível, você poderia me cobrir para eu ir à Portland?

— Claro, vou resolver umas coisas enquanto espero a sentença... Para todos os efeitos, você estava comigo – ele fala e pisca o olho, agradeço enquanto saiu – Regina – me chama ao me vê sair – vocês estão juntas?

— Estamos namorando – falo temendo sua reação, mas ele apenas assente

Passo rapidamente no meu apartamento e pego uma muda de roupa. Tento ligar para Emma, mas novamente ela não me atende, ligo para David e o resultado é o mesmo. Meu taxi chega e a cada minuto eu fico mais preocupada, tento novamente ligar para o Nolan e obtenho uma resposta positiva.

— Oi Regina – ele fala ao atender

— Graças a Deus alguém atende, como está tudo? – pergunto

— Ele teve uma piora, Regina – ele fala com aparente dificuldade – teve uma parada cardíaca e precisou ser reanimado... Os médicos não sabem se o coração vai aguentar por muito tempo

— E não tem nada que possa ser feito? – pergunto novamente

— Existem procedimentos cirúrgicos, mas nenhum é indicado agora porque ele tá muito fraco... Medicaram com trombolíticos e só podemos esperar que dê certo e ele possa ser operado – conclui com dificuldade – Regina, assim que der... Vem pra cá, por favor

— O que houve com a Emma? – pergunto preocupada

— Desde que chegou ela não comeu, não dormiu, não conseguimos tirar ela do hospital... Se não está ao lado dele, ela está nos corredores ou capela, mas não sai daqui e não tem falado conosco – ele suspira

— O caso acabou... Estamos só esperando o veredito, já passei em casa, peguei uma muda de roupa e estou em um táxi indo para Portland – falo calmamente

— Obrigado Regina... Minha tia está vindo, preciso desligar. Até daqui a pouco – ele fala encerrando a ligação

Ligo para Mary e aviso o que estou fazendo, peço para ela não falar na firma, pois não queria que o Glass soubesse do que eu fiz e que Robin me encobriu. A viagem teve seu tempo normal, mas para mim foi uma eternidade, digo o endereço do hospital para o taxista, ao chegar lá pago e vou ao encontro de Emma.

— O que você faz aqui? – ela fala com os olhos marejados

— Vim ficar com você – respondo – não aguentei ficar sem noticias e...

Emma envolve meu corpo em um abraço apertado me fazendo jogar minha bolsa no chão, afago suas costas e a ouço chorar, um choro copioso e liberatório, extravasando uma grande dor. Dona Miranda se aproxima e começa a falar repetidas vezes que está tudo bem, como se isso fosse um incentivo para Emma se acalmar. Ajudo a Swan a sentar enquanto David pega um pouco de agua para ela.

— Eu não vou sair do seu lado, ok? – falo segurando seu rosto e enxugando suas lágrimas – vamos comer alguma coisa? – Swan balança a cabeça em negativa

— Filha, vai com a Regina – Miranda falava chorosa – nós ficamos aqui – mas ela continuava a balançar a cabeça em negativa

— E se você ficasse aqui e eu pegasse um sanduiche e um suco? – David fala entregando a água e ela continua negando

— Faz isso, por favor – digo a ele – se você não conseguir comer tudo, você vai comer metade, ok? Já pensou o que o seu pai vai pensar quando melhorar e te vê numa maca? Porque é isso que vai acontecer se você continuar sem comer

— O corpo humano aguenta aproximadamente um mês sem ingerir comida – ela responde soltando uma espécie de sorriso forçado

— Experimenta passar um mês sem comer e me diz se vai ter forças pra soltar piadinhas – retruco – você vai comer e isso não é negociável – olho para o David e ele sai para comprar a comida – vem cá – me encosto e puxo o seu corpo para o meu

Emma encosta a cabeça em meu ombro enquanto tento acalma-la em meio a um cafuné.

— Não sei o que faria se você não tivesse aparecido – Miranda sussurra – eu já não tinha mais forças

— Vai ficar tudo bem – sussurro em resposta e seguro em uma de suas mãos enquanto observo a Lili arrumar os cabelos da Emma, que acabara de adormecer em meu ombro


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Notas finais do capítulo

Obrigada por terem lido e pelos comentários *-*

PS.: Twitter da fic @sentencedtolove



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