Sentenced to love escrita por Cyz


Capítulo 19
Viagem a Lua


Notas iniciais do capítulo

Esse cap é embalado ao som de One and Only – Adele... Vocês irão saber a hora certinha do play

Sem mais enrolação, bom capítulo e, desde já, desculpem os erros.



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Point Of View Emma

 

Regina passou a tarde comigo, cuidando de mim. Abro os olhos com dificuldade, minha cabeça estava me matando. Percebo que estava abraçada ao corpo da Mills e que ela dormia ao meu lado, parecia tranquila e em paz. Me levanto devagar, tentando não mexer muito, lavo meu rosto e chamo um táxi, não queria sair de casa com meu carro, preferia que pensassem que continuo no quarto, descansando. Espero o táxi do lado de fora de casa, ao entrar, digo o endereço que quero ir e espero em pânico pela chegada.

— Um documento com foto – um homem diz assim que entro e o entrego – assina aqui – faço o que ele manda – revista ela – diz a uma mulher mais a frente

— Liberada – a mulher fala e me conduz a uma porta

— Você é a visita? – ele diz espantando

— Precisava olhar na sua cara – falo com ódio – hoje fizemos um memorial para a mulher que você matou

— Senhora... – ele me interrompe

— Você a matou, ao menos me dê a chance de me livrar da raiva que eu sinto – luto contra as lágrimas – eu passei oito anos da minha vida sentindo ódio... E esse sentimento não desaparece nunca – falo com pesar – eu sinto que enquanto eu não me livrar disso, eu não vou conseguir ser feliz e... – começo a chorar descontroladamente – eu quero ser feliz, eu quero conseguir me lembrar da Lena viva e me esquecer do dia que recebi a noticia da sua morte – enxugo o meu rosto e começo a respirar fundo para me acalmar enquanto ele me olha como se importasse com o que eu sentia – Eu vim dizer que... E-eu vou tentar perdoar você, não quero odiar mais... Na verdade eu vim te dá o meu perdão, mas ainda não consigo dizer isso de forma sincera – falo rapidamente – bem... É isso – falo me levantando

— Eu lembro de você no julgamento, você é a prima da senhora Swan – ele fala de forma calma – eu mereço está aqui por que eu decidi assaltar a loja de conveniências, mas não matei sua prima...

— Por favor, não... – digo fechando os olhos, tentando me conter – não me faz sentir arrependimento por está aqui

— Olha pra mim... Olha pra mim – ele fala um pouco mais alto e faço o que manda – eu nunca pensei em machucar ninguém naquele assalto e eu cumpri com esse pensamento... Eu levo a culpa da morte dela na minha consciência, mas eu não a matei... – ele diz pausadamente – Ainda assim... Me perdoa – ele fala com pesar e aparentemente sincero

Não respondo ao que ele diz e saiu da sala aos prantos. Não consigo me conter, sinto as paredes se moverem em minha direção, percebo que sou guiada pelos guardas até a saída do presídio. Eliminei tudo o que estava no meu estômago assim que cheguei na grade de acesso, vejo que uma moça me ampara e me ajuda a sentar na calçada enquanto tento me controlar.

— Pode me emprestar seu celular? – pergunto com dificuldade

— Claro – ela diz me entregando o telefone

— Mills? – falo assim que ela atende – pega meu carro e sai sem ninguém te ver... Vem me buscar – falo ofegante

— Swan... – ela fala confusa

— Vou mandar SMS com o endereço – falo e encerro a ligação

Mando o endereço para Regina e devolvo o celular, agradecendo pela gentileza.

— Vou ficar aqui enquanto a pessoa não chega – a moça fala gentilmente e confirmo

Regina não demora muito para chegar, pela forma que estacionou ela deve ter dirigido como louca.

— Emma – diz se aproximando de mim – o que houve?

— Ela estava chorando muito e sem ar – a moça explica e me ajuda a levantar – agora é com você?

— Sim, muito obrigada por ficar com ela – Mills sustenta meu corpo – Regina – estende a mão em cumprimento

— Julliet – a moça faz o mesmo

Regina me leva até o carro e me ajuda a entrar. Antes de ligar o carro, me observa como se me esperasse dizer algo, a encaro com vergonha por tudo o que fiz e apenas faço sinal para que ela dirija. Fomos até a minha casa em silêncio, não consegui identificar se ela sentia mais raiva ou decepção.

— Vamos conversar sobre isso? – ela diz estacionando na minha casa

— Fui visitar o August – digo sem olhar para Regina

— Quem? – ela pergunta

— O assassino da Lena – respondo e ela fica em silêncio – eu não quero mais sofrer, Regina... Eu precisava vê-lo e me dá a chance de perdoar – volto o meu corpo para ela, mas sem olhá-la

— Você precisa chegar um pouco mais perto – ela diz e eu a olho confusa – não posso te beijar se estiver tão longe – isso me faz sorrir, me aproximo dela e ela faz uma careta – não é legal me liberar pra te beijar quando você está com bafo – eu sorrio e ao invés de beijar minha boca ela beija minha bochecha – toma um banho antes que alguém te veja assim e eu te dou cobertura

Regina pisca um dos olhos para mim e sai do carro, cumprindo o nosso combinado.

 

Point Of View Regina

 

Avisto Lili de longe e ela vem ao meu encontro, mas se isso acontecesse a Swan não conseguiria sair do carro, então, puxo Lilith para longe com o pretexto de pedir um favor.

— E aí quase cunhadinha... O que quer? – Lili diz brincalhona e eu a repreendo

— Eu queria te pedir um favor – olho para ela um pouco sem jeito – a Swan está bem sobrecarregada nesses últimos dias e eu queria fazer algo especial pra ela... Bem... Ahn...

— Você quer minha ajuda? – ela diz espantada

— Sim, mas é segredo e queria que continuasse assim – a olho fixamente e ela entende o recado

— O que faço? – ela diz empolgada

Conto meu plano para ela e começamos a colocar em prática. Depois de executarmos tudo, peço para Lili chamar a Swan e eu a espero. Não demora muito e vejo um sorriso bobo aparecer naquele rosto lindo, iluminando ainda mais o lugar.

— O que é tudo isso Mills? – ela diz olhando ao seu redor e eu sorrio

Roubar esse sorriso fazia parte do meu plano, eu e Lili colocamos algumas luzes na frente da casa da piscina, umas almofadas na grama e algumas comidas em cima de uma toalha no chão.

— Um piquenique, Mills? – ela pergunta depois de olhar tudo

— Achei que você precisava relaxar um pouco e pensei em reviver o nosso primeiro encontro – sorrio – aceita sair comigo? – estendo minha mão e ela me segue até as almofadas

Swan parecia leve. Comemos, nos divertimos, nos beijamos... Pude sentir seu corpo e seu carinho ao longo da noite. Como sentia falta de tudo isso... Como precisava disso!

— Preciso te mostrar uma outra coisa – me levanto e ela faz o mesmo

Me levanto e peço que ela me acompanhe. Entramos na casa da piscina, Swan se depara com um ambiente a meia luz, algumas velas acesas e Lili me surpreendeu colocando pétalas vermelhas em cima da cama, ela é bem sutil.

 

Trilha sonora: One and Only – Adele

 

— Vai soar repetitivo... Mas, o que é tudo isso? – ela diz admirada

— Você faz as minhas dúvidas sumirem... Parece que quando estou contigo o mundo ganha um colorido diferente e quero isso pra minha vida – falo olhando em seus olhos – eu sinto nos seus braços uma chance pra ser feliz e quero sentir isso infinitas vezes – falo enquanto me aproximo dela lentamente, sem tirar meus olhos dos seus – foi em meio a um piquenique que eu descobri que sentia algo por você e o fim daquele encontro foi meio frustrante – faço uma careta e ela sorrir – mas foi melhor que tenha sido assim... Eu não estava pronta pra você, estava confusa e... – olho em seus olhos e ela parece confusa – isso não vem ao caso – sorrio – o que quero dizer é que eu queria que nesse encontro fosse tudo diferente – falo me afastando e baixando as persianas da porta de vidro da casa da piscina

Me aproximo lentamente, ela parece não entender o que está acontecendo e me lança um sorriso bobo.

— O que tá acontecendo? – ela pergunta me olhando confusa e não respondo nada

Me aproximo ainda mais e faço a volta em seu corpo, colocando-a de costas para mim. Vejo que Emma tenta seguir meu movimento, mas a paro. Levo minha mão até sua nuca, desço por suas costas e vejo Swan suspirar.

— Regina... – ela sussurra

— Shiii – repreendo

Permito que ela vire para mim e faço um carinho leve em seu braço com as pontas dos meus dedos, Emma fecha os olhos curtindo aquele contato. Ela abre seus olhos quando finalizo o carinho segurando em sua mão, foi sua vez de sentir minha pele, Swan se aproxima e leva uma de suas mãos até minha nuca, fazendo um leve carinho com a ponta dos dedos, repito o que ela fez e a faço sorrir. Sinto sua mão sair da minha nuca e se enrolar em meu cabelos, como resposta, envolvo seu pescoço com minhas mãos e deposito singelos selinhos em seus lábios, que a fazem sorrir enquanto retribui. Então nossos olhos se cruzaram novamente, ela me olhava com doçura e eu retribuía na mesma proporção. Swan envolve minha cintura com sua outra mão, se aproximando ainda mais, até que numa dose de loucura e paixão nossos lábios se encontraram. Foi como se meu corpo não me obedecesse mais, não resistia a seus lábios macios e ao beijo delicado e ainda assim cheio de desejo. Queria mostrar que preciso de mais, então pedi passagem para minha língua, nada brusco, nada rápido, tudo de forma delicada, mas sem deixar de ser intenso, aprofundamos um pouco mais o beijo, mas este teve que ser finalizado, pois precisávamos de ar, ainda assim permanecemos abraçadas. Viro um pouco meu rosto e sinto seu nariz roçando em minha pele enquanto ela sorrir. Me afasto um pouco e Swan me olha com dúvida, como se tivesse com receio do que ela poderia fazer, enquanto ela continua a me olhar, me aproximo e começo a subir sua blusa devagar e nós sorriamos nos entreolhando. Jogo sua blusa no chão, olho em seus olhos ainda sorrindo e ela dá um passo para frente, me fazendo dá um para trás, por impulso.

— Você não precisa fazer nada, Regina – ela diz preocupada

— Shiii – a repreendo novamente

Me aproximo dela e abraço, sentir seu corpo quente em meus braços era alucinante. Emma beija meu pescoço repetidas vezes e volta a beijar meus lábios enquanto acaricio suas costas, naquele momento parecia que o céu havia descido sobre nós.

— Swan – digo me afastando novamente, mas decido não falar nada

 

I dare you to let me be your, your one and only / Eu te desafio a me deixar ser sua, única

Promise I'm worthy / Juro que valho a pena

To hold in your arms / Você me abraça em seus braços

So come on and give me a chance / Então venha e me dê uma chance

To prove I am the one who can walk that mile / Para provar que eu sou a única que pode trilhar esse caminho

Until the end starts / Até o final começar

 

Me viro, dando as costas para ela. Desço devagar o zíper do meu vestido, o deixo deslizar pelo meu corpo, caindo no chão e volto a olhar para a Emma, que secava meu corpo me fazendo sorrir sem graça.

— Você tem certeza disso? – ela pergunta com dúvida – não quero que você...

— Emma... Eu tô nervosa – a interrompo e sorrio sem jeito – mas eu não tenho medo... Não tenho se for com você... E sim... Eu tenho certeza – percebo que ela vai falar algo – por favor... Para de falar – sussurro sem graça e ela sorrir

Ela anda até mim e me abraça forte enquanto beija meu pescoço. Sinto suas mãos no feixe do meu sutiã e consequentemente sinto seus olhos sobre meu corpo. Emma me conduz até a cama e me deita, mas ela continua de pé e tira o resto de sua roupa, ficando completamente nua, despertando um misto de sentimentos e desejos em mim. Ela deita sobre meu corpo e distribui suaves selinhos em meus lábios. Me olha nos olhos com firmeza, como se pedisse permissão para continuar, isso me faz sorrir, fazendo-a prosseguir. Emma me beija com intensidade e sem desfazer nosso beijo eu sinto sua mão percorrer lentamente meu abdômen, indo até um dos meus seios, me fazendo suspirar em seus lábios. Swan leva sua mão até meu maxilar, fazendo um leve carinho, me olha nos olhos e leva seus dedos até meus lábios, me mostrando um sorriso sacana. Demos mais alguns beijos, sinto seu hálito quente e sua respiração ofegante sobre meu rosto. Emma começa a beijar e mordiscar meu maxilar, me deixando imóvel. Seus beijos descem para o meu pescoço, meu colo, meus seios, descendo para meu abdômen...

— Posso continuar? – ela sussurra rouca parando e me olhando, apenas confirmei com a cabeça

Swan tira lentamente minha calcinha e passa a direcionar delicadamente sua atenção para minha intimidade, era algo alucinante. Minhas dúvidas desaparecem, a cada carinho, cada beijo, cada olhar, cada gemido, tudo naquele momento me fazia ter a certeza que eu pertencia àquela mulher. Nossa! Como eu estava entregue a ela! Meu corpo se contorce sobre os lençóis bagunçados, até que enfim chego ao tão sonhado clímax. Emma encontra o caminho de volta para a minha boca e me beija gentilmente, sinto sua mão fazer um carinho em meu rosto e sorrio com sua ação.

— Tudo bem? – ela sussurra me olhando

— Sim – respondo sorrindo e ainda ofegante

— Posso continuar? – ela pergunta em dúvida

— Como assim?? – gargalho baixinho sem entender

— Nossa noite ainda não acabou, srta Mills – ela diz me dando um beijo casto

Swan desce sua mão pelo meu abdômen sem tirar seus olhos dos meus, como se quisesse saber minha reação a suas ações e assim saberia até onde poderia ir. Meu corpo estremece ao sentir seus dedos me penetrarem, aperto seus ombros ao sentir um leve incomodo e ela me beija com carinho, me passando confiança. Com o tempo a dor se transforma em prazer, todo o nervosismo inicial desaparece ao sentir a Swan e a permito continuar. Eu gemia entre suspiros. Minha respiração fica pesada, Emma cola sua testa a minha, acompanhando minha reação as suas investidas, sem parar sua mão. Aperto seu corpo sem conseguir controlar minhas ações, até que Emma me proporciona o segundo ápice da noite. Fecho meus olhos tentando me recompor e sinto Emma tirar seus dedos de mim, lentamente. Sinto a Swan me olhando e abro os meus olhos, ainda estava ofegante, mas extremamente feliz. Quando achei que aquela noite não poderia ser melhor, ela sorrir.

— Você está bem? – ela pergunta com carinho

— Melhor do que eu imaginava – sussurro ainda lutando para normalizar minha respiração – agora preciso retribuir – falo sem jeito

— Já retribuiu... Duas vezes – ela sorrir e me beija

Num movimento rápido eu inverto nossas posições e coloco meu corpo sobre o seu, enquanto escuto sua risada. Ela segura meus cabelos com uma mão enquanto me acaricia com a outra, finalizando o carinho quando descansa sua mão em minha nuca e leva meu pescoço até sua boca. Nossas pernas entrelaçam, suas mãos agora passeiam sobre minhas costas e repousam sobre minha bunda enquanto nos beijamos.

— Você ainda não entrou na natação – ela finaliza nosso beijo, sorrindo

— Não tive tempo ainda, mas preciso urgentemente providenciar isso – sorrio usando o mesmo tom que ela – Preciso ir ao banheiro – sorrio e saiu correndo da cama

Ao voltar, vejo Emma em um lado da cama, com seu corpo coberto e os olhos fechados, puxo o lençol com cuidado e me deito lentamente.

— Tô acordada – ela fala bocejando

— Não por muito tempo – sussurro e lhe dou um selinho demorado – até amanhã, srta Swan

Me viro, me aconchego em seus braços e assim adormeço.

 

Point Of View Emma

 

Quando o dia começa a raiar, saiu devagar da cama e vou até o banheiro. Quando volto para o quarto, vejo Regina dormindo de bruços. Apesar de querer muito que ela continue dormindo e descanse mais um pouco, sabia que nossa paz seria interrompida em breve, quando começassem a procurar por nós. Vou até a cama e me deito ao seu lado, tiro um pouco do lençol das suas costas e começo a depositar vários beijos que fazem um caminho da sua lombar até sua nuca.

— Bom dia, Emma – ela me diz ainda com os olhos fechados

— Bom dia, Rê – respondo e dou-lhe um selinho demorado – se sente bem?

— Sim, muito – ela responde tímida, abrindo os olhos – obrigada por ontem

— Obrigada? – pergunto sem entender

— Pela paciência e por ter sido tão delicada – ela fala corada, enquanto vira seu corpo em minha direção

— Eu que tenho que agradecer – falo maldosa olhando seu corpo descoberto e ela rapidamente se cobre, me fazendo sorrir

A puxo para meu corpo e ficamos por mais um tempo assim, uma esquentando a outra, mas lembro que em alguns minutos o café seria servido e precisaríamos levantar.

— Temos que ir para o quarto e tomar um banho – digo abraçando seu corpo e mostrando que não queria sair dali.

— Eu trouxe uma muda de roupas, podemos tomar banho aqui mesmo – ela diz mordendo o lábio inferior

— Você pensou em tudo – falo espantada – está tentando me seduzir srta Mills?

— Está funcionando? – ela pergunta mordendo o lábio inferior

— Com certeza – sorrio e jogo meu corpo sobre o seu

Passamos mais um tempo entre beijos e carícias, mas logo a Mills me expulsa da cama e me lembra que estamos na casa dos meus pais. Nos levantamos e fomos para o banheiro, teríamos que tomar um banho rápido... Ok, não foi tão rápido assim, mas foi bem mais do que eu gostaria! Nos trocamos e a Regina me obrigou a ajudá-la com a arrumação do quarto, faltando apenas varrê-lo para tirar as pétalas de rosa.

— Hei, vem cá – ela diz quando me dirijo para a porta

— Por que parece que você está sem jeito? – pergunto

— Preciso te falar uma coisa – ela diz sorrindo

— Pode falar – me aproximo dela e cruzo meus braços

— E você precisa parar de me interromper – confirmo sorrindo e ela continua – você me ajudou a ser mais forte e eu quero transformar todo medo que ainda resta, em risco – ela fala sorrindo e mostro que não entendi – a vida é feita de riscos, Swan, amar é um risco... E eu quero tentar me arriscar com você

Suas bochechas ficaram rosadas e suas mãos pareciam inquietas, como se ela ainda quisesse falar algo, mas não sabe se deve. Descruzo os meus braços, seguro suas mãos e olho em seus olhos, a encorajando para continuar.

— Você tem sido o melhor dos meus dias – ela fala mostrando um riso nervoso – e eu queria saber se... Bem... – Regina gagueja tentando fugir do meu olhar – Ahn... Eu gosto de você, Swan... Não sei explicar, só sei que é especial... E... Se você estiver sentindo o mesmo que eu, algo que não dá pra ser definido e nem explicado por palavras... Nossa! Isso é difícil... – ela sorrir baixinho – Você quer namorar comigo? – ela pergunta pausadamente me fazendo sorrir – por que está rindo? É tão absurdo assim? – me pergunta desconcertada

— Agora posso falar? – digo soltando suas mãos e abraçando sua cintura, ela assente – não estou rindo do seu pedido, mas de você, por ter ficado tão sem jeito – gargalho e ela afunda sua cabeça em meu pescoço – olha pra mim – peço e ela obedece, respiro fundo enquanto olho em seus olhos  – “Se quer alguém por sua beleza, não é amor, é desejo. Se quer alguém por sua inteligência, não é amor, é admiração. Se quer alguém porque é rico, não é amor, é interesse. Se quer alguém e não sabe explicar, isso é amor.” – sorrio e ela também – sinto o mesmo que você – falo separando cada palavra com um selinho em seus lábios

— Só para constar nos autos... Isso é um sim, certo? – confirmo e ela sorrir, envolvendo meu pescoço com seus braços

— Papo de advogada, srta Mills? Isso é excitante – falo beijando seus lábios

— Mas temos que combinar uma coisa... Não queria que você comunicasse a sua família por enquanto – ela diz com o lábio inferior trêmulo

— Por que você não quer que eles saibam? – pergunto com dúvida

— Porque tenho medo das expectativas – responde apertando os lábios

— Você ainda tem alguma dúvida que eles irão amar a noticia? – a beijo com carinho

Saímos do quarto, contra minha vontade, meus pais já estavam na mesa. Mary, David e Lili chegam juntos conosco e minha irmã não conseguia esconder que ela sabia de tudo ou quase tudo. Sentamos ao redor da mesa e tento não falar muito para não dizer mais do que devo.

— E aí Emma... Como passou a noite? – Lili pergunta sugestiva

— Bem – respondo e trato de encher a boca

— E você, Regina? – pergunta usando o mesmo tom

— Dormi bem – Mills responde sem jeito e me olha

— O que ta acontecendo? – minha mãe pergunta confusa

— Tô namorando a Regina – disparo e vejo a Mills engasgar com suco – foi mal – sussurro vendo Regina tentando se recompor

— Vocês o que? – Lili pergunta eufórica – até que enfim tomou coragem maninha e eu achando que vocês só iam dormir juntas

— Li-li – repreendo entredentes e vejo Regina afundando o rosto em suas mãos enquanto todos sorriem – Não precisei tomar coragem – olho de lado para Mills e minha irmã entende o recado

— Cunhadinha – fala boquiaberta – você, toda tímida, conquistou a Ems e ainda a pediu em namoro?

— Isso é sério? Estão namorando mesmo? – minha mãe pergunta sem reação

— Estamos sim dona Miranda... O que acha disso? – Regina pergunta receosa

— Você conseguiu libertar o nosso sol... O que você acha que penso disso? – minha mãe fala sorrindo e olhando para meu pai

— Ok mãe, não exagera – falo sem graça

— Você quer que eu comece a elencar sua lista de péssimas escolhas desde que pegou gosto por namorar? – Lili provoca e eu repreendo

Todos pareciam ter adorado a noticia, minha mãe abraçou várias vezes a Regina e todos sorriam em apoio. Os olhos da Mary brilhavam e foi bom saber que eu consegui o apoio da melhor amiga. Não demorou muito e Henry se juntou a nós, comemorando com a notícia. Depois do café da manhã, arrumamos nossas bolsas e voltamos para Seattle antes do almoço. No final das contas, esse fim de semana foi exatamente sobre união, acreditar, sentir e falar, talvez eu não seja a fraude que achava.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por terem lido e pelos comentários *-*
Até semana que vem

PS.: Twitter da fic @sentencedtolove



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