Sentenced to love escrita por Cyz


Capítulo 14
Homecoming


Notas iniciais do capítulo

Gente, espero de verdade que vocês tenham gostado, desde já, desculpem os erros.

bjinhos :*



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Point Of View Emma

— Hei – falo parando o carro no acostamento – o que houve? Falei algo? – ela balança a cabeça em negativa – sente dor?

— Quando eu era mais jovem – ela fala com dificuldade – meu pai me dizia que é importante você tirar um tempo para dizer para as pessoas o quanto você as ama enquanto elas ainda podem te ouvir – ela vira para mim – eu passei o final de semana pensando nisso... Eu tinha uma família, amigos, uma vida... Eu perdi tudo – ela volta a chorar e coloca uma de suas mãos sobre o rosto

— Hei – falo pegando em sua mão

— Faz tempo que não sei o que é ser cuidada como fui esse fim de semana – ela sorrir ainda chorando – ouvir os conselhos e histórias do seu pai, receber um carinho materno ao pé da cama, ter alguém que não dormiu bem porque passou a noite velando meu sono, sentar a mesa e ter alguém perguntando como estou... Eu sei que tenho as meninas e elas se tornaram minha família, eu as amo – diz enxugando o rosto – mas foi tão bom me lembrar de como é ter um pai e uma mãe – ela sorrir ainda encarando suas mãos – sentir de novo como é ter o amor puro de uma criança dentro de casa, ouvir o nome Henry novamente... Às vezes é tão difícil, Emma, me sinto tão só apesar de está rodeada de pessoas...

— Eu sei que existem coisas que você não pode falar – digo interrompendo-a – posso estar longe, a rotina às vezes atrapalha, mas prometo que não vou embora – ela passa a me olhar nos olhos e seguro novamente sua mão – Regina, você nunca estará sozinha

Ela me lança um sorriso radiante e nos olhamos por um tempo, com um carinho que me fascina. Naquele momento eu pude perceber que consegui a resposta que procurava para o que Zelena me disse, eu não queria só um jogo de sedução ou uma transa, eu queria Regina na minha vida.

— É melhor irmos, as meninas e David vão achar que você me sequestrou – ela diz sorrindo e faço o mesmo

Nos acomodamos e volto a dirigir. A viagem voltou a ser tranquila, entre conversas ou apenas ouvindo as músicas que tocavam no rádio, comemos um pouco da comida que minha mãe nos entregou e Regina me serviu um pouco de suco. Enfim chegamos a Seattle, antes de deixá-la na firma eu paro na farmácia e compro a vitamina passada por Chase, mando Regina tomar a primeira cápsula, já que deveria ser ingerida após o café da manhã. Combinamos que sua mala ficaria em meu carro e a noite eu a entregaria. Descemos do carro e caminhamos até a entrada da firma, mal entramos e já somos bombardeadas.

— Você está bem mesmo? David me disse que você teve febre! – Mary começou

— E você não teve nem consideração de ligar – Ruby diz batendo no braço de Regina

— A gente pode falar com Nolan e adiantamos o seu trabalho pra você descansar – Alex prosseguia

— Gente, calma! Eu tô bem, foi só uma queda – ela diz sorrindo – tirando algumas manchas roxas nas minhas costas...

— E no bumbum – complemento e ela vira para mim me repreendendo

— Enfim... Estou bem meninas – Regina conclui

— A casa tá sem teia? – Ruby pergunta espantada e não entendo nada

— Ruby está falando demais – Regina diz sem graça e sai empurrando as meninas – obrigada pela armadilha – diz voltando e beijando minha bochecha

— Disponha srta Mills – falo com malícia – vou pedir a Chase uma indicação e vamos fazer o possível para você ir logo ao médico

— Médico? – Mary volta para perto de nós

— Nada demais, só uma anemia – Regina diz empurrando Mary novamente

— Anemia que deve ser cuidada, certo Mills? – falo repreendendo-a com o olhar – Mary, ela tem um medicamento que ela deve tomar pra concluir um tratamento de cinco dias – Regina continua empurrando com dificuldade a srta Blanchard e decido gritar – e deve tomar uma vitamina por dia

— Shiii – ela me pede para fazer silêncio e a vejo ir embora com suas amigas

Point Of View Regina

 

— Me conta tudo... Que negócio é esse da Swan está de olho na sua retaguarda? – Ruby fala logo após sairmos da vista de Emma

— Não tem ninguém de olho em nada meu – digo arqueando a sobrancelha em observação

— E o que você falou no ouvido dela? – Ruby pergunta curiosa

— Nada – respondo

— Regina... Você está muito contente pra alguém que caiu e descobriu que tem anemia – Ruby me encurrala na parede – fala a verdade... Swan limpou a casa, num foi?

— Ruby, você vai machucá-la – Mary me defende de Ruby enquanto bate em seus braços

— Meninas – Robin fala e causa um susto em todas – poderia falar com você, Mills?

— É claro – sigo Robin e faço uma expressão vitoriosa para Ruby

Seguimos para sua sala e Robin me colocou a par da preparação com a cliente, ocorrida no sábado. Locksley me mostra as perguntas elaboradas e me pede a lista assinada pelos funcionários prejudicados pela firma, aviso que está em meu cubículo e ele me pede para ir buscar. Ao sair da sala dele vejo Alex ao telefone, parecia preocupada e de certa forma exaltada, decido me aproximar sem que ela me note.

— Isso não pode ter acontecido – ela falava brava em um tom baixo – eu não vou conseguir ser liberada daqui, posso colocar tudo a perder se sair sem motivos – parou de falar e parecia escutar algo que não gostou de ouvir – Ok, Winn... Vou ver o que consigo inventar, muito obrigada pela sinuca de bico que me colocou.

A vejo desligar o telefone com uma raiva que nunca vi na Alex, era incomum vê-la brava, mas acho que daquele jeito eu nunca vi. Ela chama pelo Nolan que passa no momento e diz que recebeu uma ligação da sua irmã dizendo que sua mãe está internada, David parece se compadecer com sua dor.

— Em quais casos você está? – ele pergunta preocupado

— Estou em dois casos com o Neal, mas são casos pequenos e acho que nem vai a julgamento – ela responde

— Falo com o Cassidy e coloco alguém para te substituir – ele fala com serenidade – mas sua irmã falou se é algo sério?

— Acredito que não, mas só vou saber quando chegar lá – ela dizia com voz falha

— Quando souber o estado dela, me ligue e se for necessário eu vejo o que posso fazer para você pegar alguns dias de folga e cuidar da sua mãe – David dizia compreensivo e segue para sua sala

Vejo a expressão brava da Alex voltar depois que o David sai, não demora muita e ela pega seu celular e digita algo.

— Alex – falo fazendo minha presença ser notada – tudo bem?

— Sim, tive um problema de família e vou precisar viajar... Você avisa as meninas e lá na faculdade? – ela pergunta

— Claro, mas o que houve? – pergunto desconfiada

— Minha mãe precisou ser levada para o hospital – ela diz enquanto ainda mexe no celular

— Já faz um tempo que nos conhecemos e é interessante... Você não fala da sua mãe com frequência, nem sequer a conheço – digo a encarando e ela me olha

— Pois é... Preciso ir – ela diz desconcertada – vou pegar minha bolsa e depois a gente se fala

O que exatamente a Alex estava aprontando... Quem é Winn? Até onde sei, o nome da mãe dela é Eliza e a irmã é Kara, ela nunca falou de um Winn, além disso, ela deixou claro que inventaria algo para sair, então a mãe dela deve estar bem. Me lembro que Robin ainda me espera e vou até meu cubículo para pegar a papelada. Não encontro as meninas e nem Alex, faço o que fui fazer e sigo para a sala do Robin novamente.

— Desculpa a demora – digo batendo à porta e ele faz sinal para que eu entre – aqui está – digo entregando a lista com as assinaturas – só falta aqueles dois funcionários que te falei, mas alguns trabalhadores ficaram de conversar com eles e me dá uma resposta até amanhã

— Ok, quero isso sem falta amanhã preciso mostrar tudo pronto para o sindicato e entregar isso como prova para a promotoria – ele diz analisando o que entreguei – eu estava vendo aqui e falta o resto dos arquivos sobre o caso, arquivos mais antigos.

— Sim, você pediu que eu arquivasse – falo – não usaríamos

— Você lembra se nesses arquivos estava o contrato da cliente com o bar? – ele pergunta confuso – acho que coloquei lá por engano, me desculpe – diz sem jeito

— Posso olhar – digo sorrindo da sua expressão

— Você pode? – diz espantado – pergunto por que soube que não passou bem no fim de semana

— Estou bem, vou olhar isso e já te dou uma resposta – digo saindo da sala e escuto o seu agradecimento

Sigo para o elevador, ao entrar dou de cara com a Swan que me olha dos pés a cabeça com desejo.

— Você não deveria ter ido para a empresa a pelo menos meia hora atrás? – arqueio a sobrancelha e pergunto curiosa

— Deveria, mas fiquei conversando com David, depois com Ariel, fui falar com Mary e passar as recomendações sobre você... Essas coisas – ela responde de forma natural

— Recomendações sobre mim? Sério Swan? – pergunto sorrindo

De repente ouvimos um barulho estranho e o elevador para rapidamente me fazendo perder o equilíbrio, por sorte sou amparada pela Emma que me segura pela cintura. Tentamos nos comunicar com alguém do lado de fora mais não conseguimos, Emma aperta o botão de emergência e torce para que alguém perceba, enquanto isso, faço a única coisa que posso, começo a gritar. Em alguns minutos ouço a voz do Neal e aviso que eu e Emma ficamos presas. Me viro e vejo Swan tirando sua jaqueta e a olho curiosa.

— Já que estamos presas e você não pode fugir... – ela fala com malicia se aproximando a medida que essas palavras saem da sua boca

— Nada disso Swan, dois passos para trás – digo colocando minhas mãos entre nós

— Prefiro dois passos para frente – fala segurando meus punhos e dando os dois passos restantes para selar nosso contato

— Meninas, os técnicos estão a caminho, isso não vai demorar – escuto a voz do David

— Avisa ao Robin que fiquei presa aqui, ele está esperando um documento – digo enquanto afasto a Swan e escuto sua afirmativa quanto a meu pedido

— Você já teve algo com esse Robin não é? – ela pergunta trocando a malícia por um olhar diferente

— Está com ciúmes, Swan? – pergunto provocando

— Não, só curiosidade – ela diz fazendo os seus olhos fugirem dos meus – namorou com ele?

— Não Emma... Saímos, mas não era pra ser... Mais alguma coisa? – pergunto tentando conter meu riso

— Saíram tipo... Uma vez – ela diz desconfortável – ou saíram tipo... Dez vezes?

— Por que isso é tão importante? Faz tempo e hoje somos amigos – explico me aproximando – temos uma relação profissional e nos damos bem assim e não como casal – toco em seus braços com carinho

— Tudo bem, só era curiosidade, você fala como se eu tivesse ciúmes – ela resmungava enquanto se afastava

— Acredito em você – digo me aproximando novamente – vai ficar fazendo bico? – me aproximo mais e entrelaço meus dedos em seus cabelos

— Eu não tô fazendo bico – diz tentando se esquivar

— Se vai ficar assim eu não vou atrás – levanto os braços em rendição e dou as costas me afastando

— Droga, Mills – diz me abraçando por trás, me fazendo sorrir

Sinto um beijo seu em meu pescoço e me aconchego em seus braços que me abraçam com força, mas sem machucar.

— Podemos sair de novo, o que acha? – ela me pergunta

Me desvencilho de seus braços delicadamente, ela se aproxima parecendo não entender e me faz olhar em seus olhos buscando explicação.

— Minha vida é muito confusa, Swan – começo – não quero meter você e sua família nisso tudo, não seria justo com vocês e...

— Do que exatamente você tem tanto medo? – ela me interrompe

— Emma... – falo com pesar

— Fala comigo... Eu tô aqui, na sua frente, se abre comigo – ela diz insistindo

— Você prometeu que não me forçaria a nada – digo indo para o outro lado do elevador

— Desculpa – respira fundo tentando relaxar a mente – eu... Vamos mudar de assunto

— Você tem seus demônios e eu tenho os meus, ainda não estou pronta para falar dos meus da mesma forma que você não me falou sobre seu pesadelo – ao dizer isso ela muda sua expressão, entendendo o que eu quis dizer

— É que queria tanto realizar seu sonho – fala fazendo bico novamente e me aproximo

— De que sonho você fala? – pergunto curiosa

— Um certo sonho erótico que soube que você teve – ela diz descarada e me faz sorrir

— Ah, esse sonho – digo ainda sorrindo – Swan...

— Eu sei... Confusão, complicado, amigas... Sou paciente srta Mills – ela interrompe

Ao terminar sua interrupção Emma abraça minha cintura e me beija delicadamente, sua língua pede passagem e nosso beijo é intensificado. Deus, como queria ficar longe dessa mulher, mas a cada dia que se passa isso parece mais difícil.

— Meninas – diz alguém nos atrapalhando

— Oi – falo me distanciando da Swan

— Estamos acabando aqui, tá tudo bem? – um desconhecido falava

— Sim, estamos bem – respondo e sinto Emma me abraçar por trás novamente

— Já que não teremos um encontro... Se sente bem para correr comigo amanhã de manhã? – ela diz me virando e ficando cara a cara comigo

— Correr? – pergunto desconfiada

— Sim, correr – ela diz com jeito inocente – se não conseguir correr ou sentir dor... Podemos caminhar! Não é um encontro, duas amigas podem sair e praticar atividade física

O elevador volta a funcionar e sinto que ao invés de descer estamos subindo. Swan agarra a gola do meu vestido e me puxa para um beijo faminto e desesperado a ponto de me deixar sem reação. Chegamos no andar do qual saímos e nos separamos, saiu do elevador e escuto o técnico falando que vai interditar aquele elevador para manutenção, olho para trás e vejo Emma com sua jaqueta na mão e um sorriso sacana no rosto. Pergunto se o outro elevador está funcionando e o técnico assente com a cabeça, entro nele para ir até os arquivos e a loira faz o mesmo.

— Você não desiste fácil não é? – digo sorrindo

— Só quando vejo que não vale a pena, o que não é o caso – diz querendo algum tipo de contato

— Ok, Swan – me rendo – não sei se consigo correr, mas podemos caminhar

— Passo as seis? – ela pergunta

— Seis o que? – sei que ela se refere a hora, mas estou pasma

— E você pretende correr de que hora? – me encara confusa – sem preguiça srta Mills e as primeiras horas do sol te fará muito bem

— Até as seis – falo ao ver a porta do elevador abrir onde eu ficaria

— Até a noite, ainda estou com sua mala – diz jogando um beijo para mim


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Notas finais do capítulo

Obrigada por terem lido e pelos comentários *-*

PS.: Twitter da fic @sentencedtolove



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