Sentenced to love escrita por Cyz


Capítulo 13
Os laços que atam




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Point Of View Emma


Todos nós nos emocionamos ao perceber sua emoção e levantamos nossos copos para fazer o brinde com ele, era isso que aquela noite representava, amor, em sua forma mais pura e mais bela. O Jantar é envolvido por esse clima suave, chega um momento que Jack se despede por saber que está tarde, levanto com Regina, D e Lili fazem o mesmo e resolvem colocar o Henry para dormir. Sobrando ao redor da mesa apenas os meus pais, que curtem aquele momento a sós. Chego à porta do quarto da Regina e a puxo delicadamente para um beijo de despedida, como seus lábios eram deliciosos, a abraço pela cintura e dou alguns passos para trás, fazendo ela colidir com a parede e soltar um gemido, separo os nossos corpos rapidamente e apesar da expressão de dor, por causa das suas costas, ela diz que está bem. Regina me puxa e voltamos a selar nossos lábios, suas mãos apertam minha cintura por baixo da minha jaqueta, o medo de alguém aparecer tornava aquele momento ainda mais excitante. O ar começa a faltar, nos fazendo parar o beijo, mas não nos afastamos, abro meus olhos que encontram os seus e começo a lhe dar selinhos curtos enquanto recebo seu carinho entre os fios do meu cabelo.
— Pena que amanhã precisamos voltar – reclamo ainda envolvida em seu abraço
— Na verdade eu deveria ter voltado hoje – ela disse com pesar – falei para Mary que voltaria hoje após o almoço – ela fala e logo faz uma expressão de pânico – meu Deus, Mary, ela me deixou várias mensagens querendo saber como eu estava
— Ela ligou para o David e ele explicou tudo, não se preocupe – ela respira aliviada ao ouvir tudo aquilo – agora preciso dormir um pouco, não esquece do remédio que o Chase passou para suas dores e amanhã nós compramos as vitaminas e procuramos um medico pra fazer os exames que... – Ela se aproxima novamente e me cala com um selinho suave.
— Posso te pedir uma coisa? – ela diz mordendo o lábio inferior e eu consenti – dorme comigo hoje – seus olhos pegavam fogo, apesar disso tento me controlar para não machuca-la, então a olho com duvida – nós vamos dormir Swan, as duas estarão com roupa – ela sorrir
— Se você não estivesse machucada... – falo com pesar
Sem demora a Mills abre a porta do quarto e nós entramos ela vai até o banheiro fazer sua higiene noturna e aproveito para correr até meu quarto e fazer o mesmo, volto para o quarto dela e percebo que esqueci de pegar uma roupa para dormir, decido retirar a calça e o sutiã, ficando apenas de camiseta e calcinha, até que ela sai do banheiro com uma camisola em um tom claro de rosa, algo delicado e suave, ficando tímida ao me ver observá-la. Ela se aproxima olhando para as minhas coxas, o que me faz sorrir, ela me olha com carinho e os nossos lábios se encontram como um beijo de boa noite. Saboreei seus lábios com muito cuidado e desejo.
— Hora de dormir, Swan – diz desfazendo nosso beijo – preciso começar a fazer natação – faço uma expressão tentando mostrar que não entendi – será preciso se eu quiser acompanhar a intensidade dos seus beijos, sem implorar por ar
Sorrio com o comentário e dou vários selinhos nela, finalizando com um mais demorado. Vou até o criado mudo e pego o seu remédio, entregando a ela para que tome, nos deitamos e novamente dormimos abraçadas, a deixando ouvir o pulsar do meu coração e ela me deixando sentir seu cheiro suave.
— Emma, pega aquele copo - ela dizia - para de brincar com Henry e vem me ajudar, você é mais criança que ele, sabia?
— Para de ser chata! Henry, não seja igual a ela... Você precisa ser descolado como sua madrinha - digo sorrindo e ela respinga água da torneira em mim - você quer brincar agora? Viu isso Henry? O que ela está merecendo? - digo agarrando seu corpo por trás
— Henry... Não! - ela grita sorrindo enquanto Henry a molha - eu sou sua mãe, você deveria ficar do meu lado... Ele só tem dois anos e já te defende desse jeito – ela fala me olhando
— Que bagunça é essa? - Jack fala ao vê o estado que deixamos a cozinha
— A culpa foi da Emma - Lena me dedura e finjo está ofendida - vem cá, sol - me faço de difícil e saiu de perto - eu errei Jack, eu fiz tudo sozinha - Lena grita se vitimizando para o Jack que estava longe e a abraço
Nós sorriamos como duas crianças e Henry se aproxima para brincar conosco. Até que vejo a blusa manchar de sangue, a alerto, a mancha aumenta e entro em pânico.
— Emma - ela diz com voz falha enquanto cai no chão - isso dói, Emma
Ouço seus gemidos e aquilo me deixa louca.
— O que posso fazer? Me fala! - grito desesperada
— Cuida do Henry pra mim - ela diz aos prantos em meio a um choro descontrolado
— Eu não vou te deixar morrer - grito tentando tocá-la - Lena, Lena, Lena
— Emma... Hei - alguém fala com calma
— Lena... Cadê a Lena? - falo com respiração descompassada
— Foi um pesadelo... Emma... A Lena não está aqui - encaro a pessoa ao meu lado e percebo que ela é Regina
— Regina? O que faz aqui? - pergunto confusa - eu preciso encontrar a Lena... Ela não está bem - digo tirando o lençol do meu corpo para me levantar
— Emma, olha pra mim - ela segura meu rosto - a Lena não está aqui, a Lena morreu, você consegue me entender? - ela diz com firmeza olhando em meu olhos
— Lena morreu? - ela assente com a cabeça - Lena morreu! - baixo a cabeça e tento lembrar que foi um pesadelo, respiro fundo e sinto a mão da Regina levantando meu rosto - desculpa, foi um pesadelo
— Não pede desculpas - ela enxuga as lágrimas teimosas em meu rosto - tudo bem, Emma... Está tudo bem
Ela se acomoda na cama e me chama pra perto dela, mas meu corpo não obedece. Sinto um leve toque em meus braços e um puxão suave, me acomodo ao seu lado e escuto um leve gemido seu.
— Vai ficar tudo bem - ela afaga meu cabelo à medida que beija meu rosto - eu estou aqui, eu não vou a lugar nenhum. Fecha os olhos, fica quietinha e se concentra no toque dos meus dedos - ela começa a percorrer seus dedos em minha mão, meu braço, às vezes afagando meu cabelo - esquece tudo - fala com voz suave
Me deixo levar pelas carícias e volto a dormir, tive sonhos conturbados a noite toda, mas nada parecido com o sonho com Lena. A presença de Jack naquela casa me levou a um passado revoltante, me fez lembrar da ligação que recebi a anos atrás, quando me avisaram sobre a morte da minha prima e reviver pesadelos que queria esquecer. Acho que nunca perdoei seu marido por tê-la deixado só e por tudo que aconteceu. Percebo raios de sol iluminando o quarto e vejo que o dia amanhece, mas logo fecho os olhos novamente.
— Acorda dorminhoca - escuto e resmungo - Vamos nos atrasar
— É realmente necessário? - digo com os olhos ainda fechados
— Sim, é realmente necessário - escuto ela sorrir e solto um sorriso preguiçoso em sua direção - como consegue?
— Acordar na hora? - ela pergunta
— Acordar tão linda - respondo
— Você não vai ganhar mais cinco minutos na cama só porque me elogiou - Regina arqueia a sobrancelha fingindo me repreender e eu sorrio - Emma... - ela fala sem jeito e faz um carinho em meus cabelos - como você está?
— Bem - respondo depois de olhá-la por um tempo e me levanto da cama - preciso ir para o quarto e tomar um banho - digo colocando a calça - vou deixar você fazer o mesmo - vejo ela levantando da cama e me apresso para sair do quarto
— Hei - se aproxima delicada - eu não vou te perguntar nada, mas estou aqui quando quiser conversar
Regina aproxima-se um pouco mais e beija minha boca com delicadeza, aproveito o contato singelo e envolvo os meus braços e em sua cintura enquanto a sinto fazer o mesmo com meu pescoço. A lembrança de que precisamos ser rápidas faz nosso beijo ser desfeito, deposito um beijo em sua testa como um agradecimento e vou para o meu quarto. É necessário um banho rápido, pois já havíamos perdido tempo demais, vou até o quarto da Regina, mas ela não está mais lá. Ao descer, vejo a mesa posta e a Mills sendo cercada pelos meus pais para sentar e se alimentar.
— Mãe, nós estamos atrasadas, David já foi embora e prometi que levaria a Regina – falo me aproximando
— Mas ela precisa comer e ser medicada, lembra? – minha mãe rebate
— Oi madrinha – sinto o Henry me abraçar pela cintura
— Oi meu amor – retribuo o abraço – está muito cedo, o que faz de pé?
— Vim me despedir – ele fala ainda me abraçando – você volta logo?
— Volto sim meu amor... Mãe... – repreendo ao vê-la trazendo mais comida para a mesa e Regina sorrindo com toda aquela situação
— Porque não faz um sanduiche? – Henry dá a solução – a Regina come e vocês não se atrasam
Minha mãe segue para cozinha e traz consigo alguns potes. Coloca frutas cortadas em um, sanduiche natural em outro, sanduiche com pasta de amendoim em outro...
— Mãe, essa comida vai servir quantas pessoas? – sorrio
— Me deixe cuidar de vocês e me ajude levando isso para o carro – fala me entregando os potes – e você mocinha – diz para Regina – coma essa fatia de torta para tomar o remédio enquanto pego uma garrafa térmica para guardar um pouco de suco pra vocês
Não me atrevo a repreendê-la novamente e a deixo cuidar de Regina e de mim. Não demora muito e ela volta com o suco para viagem e um copo para a Mills.
— Está bem mamãe, agora nós vamos – digo depois de Regina ser medicada
— Filha, dirige com cuidado... Não corre muito – ela diz me abraçando – e você, cuide da saúde e procure logo um médico... Ah! E não esqueça do remédio, o Chase passou o tratamento para cinco dias – ela explica para Regina que confirma tudo com a cabeça
— Papai – o abraço
— Volte logo, te amo meu sol – retribui com os olhos marejados
— Você anda muito sentimental – sorrio recebendo seu beijo na minha testa – Vamos? – pergunto à Regina que assente e vem até mim
— Madrinha – Henry grita – espera – me coloco ajoelhada em sua frente e ele prossegue – lembra o que acontece essa semana? – assenti vendo os seus olhos tristes – fica comigo... Só você me entende
— Eu te prometo que vou está com você sempre, você nunca estará sozinho Henry – falo olhando em seus olhos depois de perceber que meus pais e Regina prestavam atenção em nossa conversa
— Sinto tanto a falta dela – ele fala baixando a cabeça – ela me fazia sorrir
Henry começa a chorar e o abraço, tento segurar minhas lágrimas, mas é impossível. Sabia exatamente o que ele estava sentindo e como essa saudade era enorme, percebo que minha mãe está prestes a falar algo, mas ele me procurou e eu que deveria dizer que tudo ficaria bem, apesar de não acreditar tanto nisso, então breco a ação da minha mãe e faço Henry me olhar.
— Lembra o que sua mãe sempre dizia? – digo enxugando o seu rosto
— Somos mais fortes quando estamos juntos – diz com voz de choro
— Isso... Eu não se essa dor vai passar um dia, mas somos mais fortes quando estamos juntos e é dessa forma que a gente vai superar isso e seguir em frente... Juntos! – limpo meu rosto e seguro o seu, deixando um beijo em sua testa – olha, não posso está aqui no dia com você, mas eu te prometo que volto no fim de semana e nós vamos fazer uma linda homenagem pra sua mãe
— Promete? – diz abrindo um lindo sorriso
— Prometo! Confia em mim? – ele confirma – Então será uma homenagem a altura da sua mãe – sorrio de volta
— Você vai está aqui Regina? – ele pergunta exibindo uma fofura singular – me promete que vem?
— Ahn... Henry – ela respira fundo e olha para todos e para o Henry – prometo!
— Ok baixinho, prometo que a gente vai se falando ao longo da semana, mas agora preciso ir – dou um outro beijo em seu rosto e me levanto – vamos? – pergunto a Regina e ela segue para o carro após se despedir de todos – mãe, deixa um beijo para a Lili – entro no carro
No carro, fecho os olhos e respiro fundo, não gosto de dirigir tensa. Olha para Regina e ela me observa com carinho e preocupação, faço sinal dizendo que estou bem e ligo o carro. Os dez primeiros minutos da viagem foram falando do fim de semana e Regina riu bastante ao lembrar da queda e da vergonha que sentiu, mas de repente ela começa a chorar, um choro a principio tranquilo, mas se tornando algo descontrolado em poucos minutos.
— Hei – falo parando o carro no acostamento – o que houve? Falei algo? – ela balança a cabeça em negativa – sente dor?


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Notas finais do capítulo

Mais uma vez, obrigada e até a próxima.

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