Sentenced to love escrita por Cyz


Capítulo 10
Falling


Notas iniciais do capítulo

Bom capítulo e, desde já, desculpem os erros.



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Point Of View Regina

 

— Você vai amar a Lilith – acrescentou a Miranda

— Ela é mais simpática que a Emma – David completou

— Mas Emma é simpática – digo e logo ela sorrir – tem um sorriso encantador

— Huuum, interessante esse comentário – disse uma moça ao se aproximar

— Filha, que bom que chegou – a Miranda levanta e vai ao encontro da moça, abraçando-a – quero que você conheça a Regina – diz enquanto a conduz até mim

— Regina Mills – levanto e estendo a mão em cumprimento

— Deixe de formalidades – sorrir e me abraça – sou a Lilith, irmã da dona do sorriso encantador

— Lili não perde a oportunidade de ficar calada – Emma lança um sorriso quase mortal na direção da irmã que sorrir de volta e senta-se conosco

— Senti sua falta, D – Lilith fala ao sentar – você trabalha pra ele? – me pergunta

— Trabalho sim, sou associada jr. – respondo

— Por que uma associada acompanhou você em algo tão simples, D? – percebo que ao perguntar ela encara Emma com certa malícia

— Vai questionar minhas decisões profissionais agora, Lili? – ele diz sem responder

— A conversa está boa, mas vamos aos negócios, me acompanhem – Richard diz levando-nos até uma mesa pequena que ficava de frente para um jardim lindo e bem cuidado

— Bom tio, eu preparei todos os documentos para a venda da sua empresa, mas antes de passar ponto a ponto gostaria de saber se tem certeza disso – David pergunta

— Tenho sim, percebo que não tenho mais o mesmo pico de antes, D – responde – já tenho uma boa quantia no banco, sua tia para de trabalhar em alguns anos e quem sabe nós aproveitamos mais nossa vida

— Ok, então quero ver contigo cada ponto e você confirma se está de acordo – diz enquanto pega uns documentos

— Filho, antes disso eu preciso te dar algo – pega uma pasta e começa a vasculhar a procura de algo – aqui está! – diz entregando um envelope lacrado

— O que é isso? – David pergunta confuso

— Eu já fiz meu testamento a algum tempo e não quero fazer alterações, mas quero que guarde essa carta com você e se algo me acontecer você lê a carta junto com nossa família – ele olha para o Nolan esperando uma confirmação

— Está bem, mas isso vai demorar para acontecer, vamos aos negócios? – David fala enquanto guarda a carta em sua pasta, observo seus olhos marejados, mas logo ele trata de mudar de assunto

Começamos a revisar as cláusulas do contrato, mas ele estava longe de acabar. As vezes sentia alguém me observando e quando virava via a Emma com sua mãe e sua irmã, pareciam está conversando sobre algo interessante, talvez colocando o papo em dia, já que Emma não os visitava todo fim de semana. Não parava de pensar no comportamento de Lilith comigo, será que Emma falou de mim? O que falou? Meus pensamentos são interrompidos com a voz da Miranda nos chamando para almoçar. Uma mesa farta nos esperava, David apontou a cadeira ao lado da Swan para que eu me sentasse e assim fiz. Emma tem uma família animada, nota-se de longe que eles se entendem e se gostam, pois tinham uma sintonia perfeita.

— Sabe quem falta aqui? – Miranda pergunta e todos dizem não – nosso Don Juan e a cereja da casa

— Killian e Zel – Emma vira pra mim e esclarece

— Você conhece o Killian? – ela pergunta

— Conheço sim, conheci ele e Zelena no caso com a Kristin – falo e noto certa repulsa quando pronuncio aquele nome

— Não suporto ouvir o nome dessa mulher, ela já fez minha Emma sofrer muito – a srª Swan completa

— Vamos mudar de assunto – Lilith interrompe encarando a Emma – fala mais de você... Tem namorado? – vira as atenções para mim

— Não, sou solteira – respondo me sentindo corada

— Como pode uma moça linda está solteira? – Richard pergunta

— Talvez seja por pouco tempo não é Ems? – Lili fala e sinto a Swan corar e dona Miranda me encara, me deixando sem jeito

— Agora pensei que seria um bom dia para um passeio, o dia está tão lindo, é um desperdício ficar em casa – Miranda dispara – falta muito, D?

— Não tia, mas alguns pontos e terminamos – ele responde

— Você não poderia liberar a Regina? – ela diz enquanto sorrir e Lilith não consegue esconder a maldade no olhar – a Regina poderia passear com Emma, aproveitar o dia, pegar um sol... Vocês devem está cansados de chuva, afinal moram em Seattle

— Verdade tia – ele sorrir – Regina, eu termino tudo! Pode sair com Emma – fala sorrindo e começo a perceber que todos ali tinham segundas intenções com minha visita.

— Podemos ir ao parque de diversões – fala de forma casual

— Mas vim a trabalho sr. Nolan – respondo

— Tudo bem, Regina... Mas está liberada – ele diz dando de ombros

— Vai Emma, insiste – Lilith fala persistente – vai ficar parada?

Emma me olha e faz o convite novamente, depois da insistência de sua família, aceito o passeio. Não que não quisesse sair com ela, mas tinha receio... Afinal, estou na casa dos pais dela e vim a trabalho com meu chefe. Coloco uma roupa confortável e nós saímos, não trocamos muitas palavras no meio do caminho, o rádio foi ligado e nos distraia. Chegando ao local vi que os olhos da Emma brilhavam, ela disse que já fazia tempo que ela não entrava ali, costumava levar Henry e Lena.

— Henry? – pergunto confusa

— Sim, filho da Lena – ela diz melancólica – a prima que te falei

— Bibis? – falo séria

— Regina – repreende pausadamente e me abraça de lado

Assim que estamos liberadas para os brinquedos do parque, Emma me conduz ao prédio do horror, uma casa com um conjunto de cenários iluminados e efeitos de luzes, animações, música e diálogo gravado. Sentamos em um dos carrinhos da entrada e fomos guiadas por todo o caminho pré-determinado. Confesso que alguns efeitos eram bem reais, gritei bastante em alguns momentos e Emma sorria do meu medo infantil. Swan pede para irmos na montanha russa, na fila, esperando nossa vez, escutava os gritos das pessoas e tentava fazê-la desistir disso, a cada passo dado eu via que estava mais próximo e Emma sorria e fazia comentários bobos tentando me fazer esquecer o medo e sorrir, confesso que não precisei de muito para relaxar, o sorriso de Emma estava tão tranquilo e suave que me fazia descontrair e também sorrir. Não lembro de ter visto a Emma assim algum dia. Chegou nossa vez e nos sentamos, Swan baixa a trava de segurança e leva sua mão à minha, dizendo que não preciso ter medo, aquilo me dá confiança, mas só até começarmos a nos mover e a subir, subir, subir... Fecho os olhos e rapidamente nós descemos, Emma levanta os braços e grita como uma criança, apenas faço o mesmo. Na última subida eu fecho os olhos, desejando que aquilo acabe logo, mas ao abrir os olhos me espanto, pois sinto a mão da Swan na minha coxa, a olho desconfiada e ela sorrir, um sorriso sapeca e mal intencionado. Enquanto começamos a descer ela sobe sua mão por cima da minha roupa, me fazendo arrepiar, com aquele toque provocativo e o frio na barriga provocado pela montanha russa. Saímos do brinquedo e sinto minhas pernas bambearem, não sei se pelo medo ou pela provocação de Emma.

— Vamos comprar algodão doce? – pergunta segurando em minha mão e me puxando

Sentamos um pouco enquanto comíamos e Swan me fala do Henry com um carinho acalentador, era impossível não me emocionar, afinal, todas as vezes que ela falava o nome do garoto eu lembrava do meu pai e de como sentia sua falta. Passamos um bom tempo conversando, Emma parecia criança, qualquer carrinho de comida que passava por nós ela mandava parar e comprava algo. Comemos pipoca amanteigada e Swan fez questão que eu provasse o sabor agridoce da pipoca com amendoim caramelizado, no inicio não gostei muito, mas meu paladar se adaptou aquela mistura. Depois foi a vez da pipoca doce de chocolate, maçã do amor, sorvete artesanal, raspadinha com suco de frutas, não aguentava mais comer, no entanto, a Swan sim!

— Quer ir no Splash? – ela pergunta animada

— Se vender comida eu não quero – falo gargalhando – pra onde vai tudo isso?

— Engraçadinha – levanta e me puxa rapidamente o que faz meu corpo colar no seu

Sua expressão descontraída rapidamente muda para algo mais malicioso e ela me beija, o que era algo tímido e carinhoso ganha uma proporção envolvente e sinto a mão de Emma em minha bunda.

— Para com isso, estamos em público – a afasto e ela sorrir

— Você sempre breca minhas ações – ela faz beicinho e sorrio com seu ato infantil

— Você não queria ir no splash? É bom porque você se molha e baixa o fogo – digo puxando-a para o brinquedo

— Esse comentário foi bem sugestivo, srta Mills – escuto falar, mas não me viro para olhá-la

Esperamos nossa vez e quando ela chegou decidimos pegar uma das capas disponíveis para não nos molharmos tanto, entramos em um dos barcos e esse subiu a uma certa altura, fazendo com que o barco desça numa velocidade rápida, espalhando certa quantidade de água. Olho pra Swan e pergunto se podemos ir, estava cansada, uma noite com poucas horas de sono, três horas de viagem e um dia agitado... Era o suficiente!

— Vamos na roda gigante e depois prometo que te levo – arqueio a sobrancelha e ela sorrir – o que foi? Ir a um parque de diversão e não andar de roda gigante?? – concordei com sua insistência e fomos para mais uma fila.

Sentamos nos nossos acentos e mais uma vez ela desceu a trava de segurança. A roda gigante começa a se movimentar, Emma olhava encantada à visão que o brinquedo nos proporcionava, seus olhos se iluminavam e naquele momento o seu apelido fez sentido, sol! Ela emanava uma luz sem igual, eu precisava senti-la, como nosso corpo precisa do calor do sol depois de dias chuvosos. Coloco minha mão sobre a sua e o universo parecia concordar com o que eu pensava, a roda gigante para e nossas cadeiras estão no topo, me aproximo e ela entende o que quero. Swan se aproxima ainda mais, o que faz nossa cadeira balançar um pouco e eu me apavoro, fazendo-a sorrir. Passo a ponta dos meus dedos sobre sua bochecha e ela fecha os olhos, curtindo aquele contato, seguro seu queixo e a beijo. Diferente do beijo de mais cedo, esse era algo simples, não buscávamos grandes desejos carnais, mas um contato quase que puro. Sentimos a roda gigante se movimentando novamente e isso faz nosso beijo ter fim, mas o contato não! Colei minha testa à lateral da sua cabeça e passei a sentir seu cheiro suave, meu nariz roçava na pele de sua bochecha macia enquanto sua mão fazia um leve carinho na minha. Chegamos ao fim do nosso passeio, antes de ir, Swan decidi arriscar no fliperama e diz que quer ganhar algo para mim. Algumas tentativas e vários risos depois, a garra da máquina finalmente pega algo que satisfaz a Emma, um unicórnio de pelúcia, não muito grande, todo branquinho, chifre dourado, com sua crina e o rabo em tons de azul, rosa e roxo, tons claros, o que dava uma suavidade a pelúcia.

— Falei que pegaria algo – ela diz se vangloriando

— É lindo, Emma – digo enquanto abraço a pelúcia – tem olhos azuis e coração na bochecha, bem peculiar – sorrio e ela também – me diverti muito hoje

Saímos do parque e entramos no carro, próximo destino seria a casa dos Swan. Emma me vê olhando para o unicórnio e sorrir.

— O que foi Swan? – pergunto arqueando a sobrancelha

— É fofo ver você fazendo carinho nisso – responde enquanto alterna o olhar entre eu e a pista

— Nisso? – finjo indignação – você está chamando o Liko de “isso”?

— Liko? Como assim? – solta uma gargalhada

— Sempre quis ter um cachorro chamado Liko – dou de ombros – se vai ser um unicórnio... Melhor ainda!

— Regina, não sei como faz isso, mas eu adoro – ela diz olhando para pista e repousando sua mão na minha coxa

— Exatamente sobre o que estamos falando? – digo sem entender nada

— Essa sua facilidade em ser doce e sexy ao mesmo tempo – fala com malícia o que me faz corar

Ao longo do caminho nós trocamos algumas brincadeiras e faltando pouco para chegarmos em casa, o lindo dia que até então presenciamos, deu lugar a uma chuva torrencial sem fim.

— Deixa o Liko dentro do carro, a chuva está forte e ele vai ficar molhado – ela diz debochando

— Ok – falo fingindo irritação por causa do deboche

Saímos do carro e Emma fez um sinal para que corrêssemos.

— Vocês estão ensopadas meninas – Miranda diz quando nos vê entrar

— Se eu soubesse que chegaríamos assim em casa... Nem teria me dado o trabalho de pegar a capa quando fomos no splash – Emma diz em meio a gargalhadas

— Ai meu Deus – Lilith fala pausadamente com surpresa – a mamãe ainda não te matou por está nesse estado dentro de casa?

— Lili está certa, corram lá pra cima e tratem de se aquecer – ela diz enquanto eu e Swan nos divertimos – vamos meninas, rápido!

Começamos a correr, mas ao chegar perto do fim da escada sinto meu pé escorregar, meu corpo cai para trás e rolo algumas vezes até que tudo fica escuro... Apaga!


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e até a próxima *-*

PS.: Twitter da fic @sentencedtolove



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