Vim para casa com a intuição de descansar um pouco e fazer minha dor de cabeça passar mas no momento em que pus os pés no meu apartamento me arrependi. Primeiramente porque estar sozinha nesse lugar só faz com que mais pensamentos negativos me invadissem e segundo porque me senti patética em deixar que pessoas como Hans me abalassem.
Já passava da hora do almoço e eu ainda não contatei nenhum dos meus amigos.
—Levanta Elsa, deixa de preguiça. - Murmuro para mim mesma.
Suspiro e me levanto decidida a ir primeiro na casa da Merida.
Pego um taxi e vou para lá não sem antes comprar alguns chocolates para os irmãos da Meri e para a Emma.
Quando chego na casa da Meri a encontro na piscina brincando com os seus irmãos.
— Elsa! - Os trigêmeos gritam quando me vêem e correm para me abraçar.
— bonito, estragam uma das minhas bandas desenhadas e ainda me trocam pela minha melhor amiga. - Meri faz drama, os trigêmeos e eu caímos na gargalhada enquanto ela revira os olhos.
Estar com Meri sempre me faz sorrir.
— É que a Elsa sempre nos traz chocolates. - Responde Harris.
— Seus pequenos interesseiros. - Digo sorrindo. - Mas isso me lembra de algo.
Abro minha bolsa e tiro três barras de chocolate uma para cada um deles.
— Obrigado Elsa. - Respondem os três voltando a correr para a piscina.
É um pouco estranho essa coisa deles falarem ao mesmo tempo.
— Meri eu vim aqui te avisar que amanhã é o dia daquela festa que a vovó faz todo ano e ela pediu para eu te convidar. - Digo vendo ela sorrir contente. Ela adorava minha avô tanto quanto minha avô adorava ela. - E sua família também.
— Prometo que estaremos lá, adoro as comidas da sua avô.
— Para você tudo se resume a comida né dona Meri. - Falo sorrindo.
— Comida é vida.- Ela dá de ombros e fala simplesmente.
— Tenho que ir agora Meri, ainda tenho que ir na casa dos outros. - Digo já começando a me afastar.
— Aproveita e dá uns pegas no Frost - Ela grita enquanto ri.
— Aproveito também e digo ao Hic o quanto você adorou o beijo dele. - Digo indo embora antes que ela pense em continuar suas provocações baratas.
Ando um pouco e consigo chegar na casa do Hiccup. Bato na porta e quem abre é a governanta da casa.
— Boa tarde, o Hiccup se encontra? - Pergunto um pouco envergonhada. A casa de Hic é sempre muito chique, a minha casa também seria assim se não fosse a simplicidade e o desapego de matérias da minha avô.
— Ele se encontra mas não acho que esteja em condições de receber ninguém. - Ela explica e logo entendo que deve ter acontecido alguma coisa. Possivelmente com os pais.
Sorrio tristemente e fico um pouco preocupada com ele.
— Tudo bem, pode avisar para ele e para os pais que vim convida-los para o almoço da minha avô amanhã. O Hic sabe do que se trata.
Me despeço rapidamente da governanta e vou embora.
A casa do Jack é um pouco mais longe por isso pego outro taxi até lá.
Chego lá em 20 minutos e pago ao taxista antes de descer.
Fico admirando a casa um pouco antes de bater.
A casa não era tão grande quanto a da Meri e a do Hic mas ela possuía uma áurea muito boa. Tinha cheiro de família, de almoço de domingo.
Bato e espero que alguém abra. Ouço vozes dentro de casa discutindo e tenho quase certeza que se trata da Emma e do Jack.
— Folgado... - A Emma fala olhando para dentro quando abre a porta.- Elsa!
— Oi Emma! - Falo feliz em ver o sorriso maravilhoso dela.
— Estava morrendo de saudades suas. - Ela me abraça e fala meio abafado por o rosto na minha barriga.
— Eu também. A sua mãe está? - Pergunto também com saudades da Dona----
—Não, ela e o papai foram visitar um amigo. - Dessa vez quem responde é o Jack que me olha com um lindo sorriso galã. É um idiota de primeira.
— Fala para eles que passei aqui e deixei um beijo. Vim convida-los para o almoço da minha avô.
— O beijo é só para meus pais? - Confesso que a pergunta do Jack me deixou um pouco envergonhada por isso nem respondi, me limitei a revirar os olhos.
— aquele em que fomos da ultima vez ? - Jack pergunta ainda sorrindo da minha vergonha.
— Sim. - Não consigo não retribuir o sorriso. Eu sabia que ele estava rindo de mim mas mesmo assim sorri para ele. Como alguém pode ter um sorriso tão contagiante?
— Conta comigo. - ele diz e percebo que Emma revira os olhos.
— Tampinha vai para dentro que preciso conversar algo com a Elsa.
— Não me chama de tampinha seu idiota, ainda estou brava com você. Tchau cunhadinha! - Emma se despede me fazendo corar um bocado.
— Você esta melhor? - Ele pergunta preocupado. Eu sabia que ele estava se referindo a festa.
— Estou Jack, não precisa se preocupar. - Explico suspirando. Ele realmente estava preocupado comigo.
— Bom eu vou indo. - Digo um pouco desconfortável com o olhar dele. Estava ficando um pouco envergonhada com aquilo. Jack era sempre tão alegre que ver ele sério e preocupado era estranho.
— Não quer entrar? Eu e Emma estamos fazendo brigadeiro. Uma maneira de eu fazer ela me desculpar por uma mancada que eu dei. - Por um momento realmente sinto vontade de entrar e ficar, estava sentindo falta de um momento família e descontraído assim mas depois acabo por me lembrar que ainda falta alguém para eu convidar.
—Obrigada Jack mas fica para a próxima. Tenho umas coisas para fazer. - Me desculpo.
— Você percebeu que disse " fica para a próxima"? Isso quer dizer que Você marcou um encontro comigo. - O sorriso provocativo De Jack logo aparece.
Reviro os olhos e ignoro o que ele disse.
— Entrega para a Emma. - Peço dando para ele o chocolate que comprei para a Emma.
Me despeço rapidamente do Frost e volto a caminhar.
Enquanto conversava com Jack acabei por me lembrar da Rapunzel. Eu tinha prometido ser amiga dela mas quase não tivera chances de falar com ela por isso acho que seria legal convidar-lhe também.
Apanho meu celular e chamo Flynn, não sei onde Rapunzel mora mas tenho certeza que Flynn sabe.
— Oi Flynn! É a Elsa. Você poderia me dar o endereço da Rapunzel? é que eu queria falar com ela.
— Oi Elsa. - A voz do Flynn está baixa e rouca. - Lamento mas a Rapunzel não está em casa no momento. Ela passou mal e está no hospital. - Ele explica triste.
Meu Deus, será que ela estava bem?
Peço o endereço do hospital para ele e logo resolvo ir para lá. Ela deve estar precisando de uma amiga.
Quando chego lá peço informação a balconista e logo vou para o quarto.
Bato na porta e entro.
Encontro Rapunzel deitada conversando com a mãe e o Flynn.
Ele já conhece a sogra?! Que rápido.
— Boa tarde. Olá senhora Corona, é um prazer conhecê-la. Espero não estar incomodando. -
— De maneira nenhuma querida. Fico muito feliz em saber que minha família arranjou amigos que se preocupam com ela. - A mãe da Rapunzel tem lindos cabelos negros com cachinhos que contrastam maravilhosamente com a sua boca rosada, apesar de diferentes as duas eram muito belas.
— Você está melhor? - Pergunto para a Rapunzel que me encrava feliz.
— Estou, receberei alta ainda hoje. - Ela diz calma.
— O que aconteceu? - Perguntei preocupada. Será que ela poderia ir para o almoço?
— Nada demais, só uma tontura. - Pela forma que Flynn e a mãe de Rapunzel olharam para ela eu soube que aquilo era mentira mas resolvi não pressionar.
— Vim lhes convidar para um almoço na casa da minha avô amanhã. Ela me diz para todo ano convidar meus amigos próximos porque o almoce era uma forma de agradecemos pela vida e pelas coisas boas. - Explico.
— Só os amigos mais próximos? E você me convidou? - Rapunzel pergunta e eu assinto. - Obrigada Elsa, significa muito para mim.
Sorrio feliz com a animação dela.
— A senhora está convidada também Senhora Corona. - Digo me voltando para a mãe da Rapunzel.
— Me chame pelo nome criança. Não sei se poderemos ir porque....
— Por favor mãe, vai ser bom um pouco de diversão. O médico quem disse. Rapunzel cortou a mãe. Durante os segundos elas se olharam em uma conversa silenciosa de olhares.
— Tudo bem querida.- Sua mãe no fim cedeu.
— Aqui está o endereço. - Entrego para eles um palpes com o endereço e o horário. - Queres o endereço também Flynn ou vais com a Rapunzel? - Pergunto mesmo já sabendo a resposta. Flynn não larga do pé da Rapunzel, ele está sempre cuidando dela.
— Vou com ela. - Ele responde o óbvio.
Fiquei no hospital durante um bom tempo com eles e só fui para casa depois das 4.
Nada me tirava da cabeça que Rapunzel estava escondendo o verdadeiro motivo dela estar no hospital, sempre que eu chegava nesse assunto ela ficava tensa e desconversava.
O que será que ela tinha? E algo me dizia que era algo muito grave.