POV Hiccup

Quando a garrafa parou de girar a única coisa que pude fazer foi xingar, eu não era muito de xingar mas aquela era uma das poucas vezes onde a única saída era aquela. Afinal com tantas pessoas jogando esse maldito jogo a garrafa tinha que cair justo em Jack perguntando para mim? Isso só prova minha grande sorte.

Jack dá um sorriso igual ao curinga e pergunta:

— Verdade ou desafio Hic?

Analisei minha escolha durante vários segundos, se eu dissesse verdade ele me faria alguma pergunta sobre minha história com a Astrid e a Meri ou me faria falar sobre algo ainda mais vergonhoso mas se eu dissesse desafio ele me faria fazer coisas perigosas ou ainda mais vergonhosas.

— Com medo Hic? – Perguntou debochado Jack me fazendo ficar irritado e me dar uma súbita coragem.

— Desafio. – Respondi firme mas o olhar que Jack me deu quase e eu digo quase fez minha firmeza ir para o ralo.

— Desafio você a beijar a Meri e dizer qual o gosto do beijo. – Disse Jack naturalmente como quem escolhe um sabor de sorvete e não como quem escreve minha morte. Se eu beijasse novamente a Meri eu sabia que ela me mataria e eu não estava falando figurativamente.

Todos na sala entraram em estado de choque soltando exclamações e encararam Jack como se ele fosse louco, algo que eu acreditava que ele realmente fosse.

— Ele não vai fazer isso! – Gritou Astrid zangada.

— E porque não? – Perguntaram Elsa e Jack ao mesmo tempo. Até Elsa estava querendo minha morte?

— Porque era suposto ser um desafio e não uma tortura. – Astrid disse de forma maldosa encarando Meri.

— Mas não seria essa a primeira vez que ele experimentaria essa tortura. – Respondeu Elsa encarando mortalmente Astrid. – E da outra vez ele pareceu ter gostado muito dela, Não é Hic? Ao contrário dos seus beijos. Os seus beijos foram tão bons que ele não aguentou e teve que terminar com você não foi?

Essa era Elsa que ninguém gostaria de conhecer, a felina pronta para atacar quem machucasse seus amigos. Essa era a regra: que mexe com Merida mexe com Elsa e quem mexe com Elsa mexe com Merida.

Astrid ficou vermelha de raiva enquanto os outros da roda se dividiam entre rir dela ou olhar espantados a forma como Elsa falara: fria mas raivosa.

 Astrid abriu a boca para dizer algo mas a cortei:

— Você não é ninguém para dizer o que posso ou não fazer Astrid, para de se meter na minha vida. – Estava realmente zangado com tudo aquilo mas principalmente com Astrid por se achar minha dona. Ela me fitou com o que parecia ser tristeza mas eu não sabia se era verdadeiro ou mais um dos seus teatrinhos.

Olhei para Merida que me encarava como quem dizia: Toca em mim e eu te mato.

Mas regras eram regras e eu tinha que cumprir o desafio, mas eu já sabia o gosto do beijo da Meri desde aquele dia não consegui esquecer. Sabia que uma parte de mim por mais pequena que fosse queria voltar a beijar Meri e essa era a parte que eu tinha enterrada.

— São as regras Meri, não precisa nem fazer essa cara de morcego morto não. – Disse Moana alegre, ela era louca por uma fofoca e de certeza amanha na escola o assunto mais falado será esse beijo.

— Tudo bem, mas fique sabendo Jack que você e a Elsita estão na minha lista negra. – Respondeu Meri de contra gosto.

Me levantei e me aproximei da Merida, num gesto rápido colei nossos lábios e logo tentei me afastar mas Jack veio por trás de mim e me empurrou. Resultado: Com o impacto Meri caiu deitada no chão e eu cai em cima dela fazendo o beijo se aprofundar.

Quis me levantar mas senti aquele gosto familiar de morangos e aquela pequena parte de mim que queria aquele beijo tomou as redias da situação. Nossos lábios se movimentavam como em uma dança e pude sentir alem de morangos o gosto de chocolate que ela provavelmente devia ter comido antes de chegar a festa.  Era algo doce e quente e senti que eu podia ficar ali pelo resto da minha vida.

Quando nos separamos por falta de ar ambos estávamos ofegantes e corados. Por incrível que pareça ela não me bateu por isso aproveitei a deixa e voltei para o meu lugar.

— Era para beijar e não engolir a menina Hic. – Disse Jack malicioso fazendo toda sala rir, toda sala menos Astrid que parecia me matar em pensamentos.

— Morangos e chocolate. – Disse quase sussurrando.

— O que? – Perguntaram todos.

— Ela tem gosto de morango e chocolate. – Disse mais alto e mandando um olhar irritado ao Frost. O fato de eu ter gostado do beijo não mudava o fato de que eu faria Jack engolir aquele sorriso debochado e vencedor.

Girei a garrafa continuando assim o jogo. A garrafa deu Moana perguntando para James, um babaca apaixonado pela Astrid. Mesmo quando namorávamos ele nunca tentou esconder que gostava da Astrid.

— Verdade ou desafio James? – Perguntou Moana com um sorriso inocente.

— Desafio. – Respondeu de forma corajosa James. – Espero que o meu desafio seja beijar alguém. - Ele disse olhando de soslaio para Astrid.

— Eu desafio você a ficar apenas de cueca, vestir um sutien e dançar meu pintinho amarelinho calçando um salto doze. – Respondeu Moana de forma rápida sem perder o sorriso inocente do rosto.

POV Meri

Depois de muito xingamento James subiu para o quarto da Moana para preparar seu look para o desafio. Todos riam e esperavam ansiosos para a descida dele menos eu.

Ainda estava tentando acalmar meu coração por causa daquele maldito beijo, aquela era a segunda vez que ele fazia e isso e a segunda vez que meu coração resolveu entrar para uma escola de samba. Eu não estava entendendo porque essa reação, afinal ele nem era o primeiro rapaz que eu tinha beijado. Vai ver meu coração está batendo assim por causa da raiva, Isso mesmo era raiva!

Olhei de soslaio para Jack tentando pensar numa vingança a altura mas meus olhos se desviavam a toda hora para Hic que estava conversando com Cindy. Será que ele tinha um fraco por loiras burras?

— Se quiser outro beijo é só pedir não precisa ficar olhando assim para ele. – Disse Elsa baixinho para mim.

— Vai ver se eu estou na esquina Snow. – Digo irritada tentando não corar por ser pega no flagra.

— Calma cachinhos, eu só estava brincando. – Elsa respondeu rindo da minha cara. Ela era outra que ia se arrepender por brincar comigo. Eles que me aguardem. – Me faz um favor?

— Claro Elsa! – Respondi prontamente, um tigre espera a hora perfeita para atacar.

— Se por acaso calhar você com a Cindy pode dar um castigo bem horrível para ela? – Perguntou Elsa como quem não quer nada.

— Tudo bem mas porque? – Perguntei curiosa, Elsa não era de fazer essas coisas.

— Por nada, só me lembrei de algo que ela fez. – Ela diz sorrindo e se afastando de mim para evitar mais perguntas.

Olhei para as luvas na mão dela e suspirei tristemente, enquanto eu estava treinando meus poderes e me divertindo com eles Elsa tinha aceitado da pior forma os dela. Já até estava ficando um bocado paranóica com o uso das luvas.

— Oi Ruivinha! – Cumprimentou Jack sentado perto de mim. Quis lhe bater mas fingi estar tudo bem, afinal quero que ele esteja desprevenido para quando eu atacar.

— Oi Jack. – Digo alegre.

— Você acredita em coisas sobrenaturais? – Ele pergunta e fico nervosa, será que ele sabia de alguma coisa? Mas como, nós estávamos sendo tão cuidadosas com aquilo. –

— N-Não porque? – Respondi depressa demais e de forma nervosa. Normalmente eu era ótima em mentir mas acabei por me descontrolar um bocado. Pelos vistos Elsa não era a única paranóica com essa coisa dos poderes.

— Por nada. – Ele diz e me olha de forma desconfiada. Droga! Eu tinha que evitar que ele fizesse mais perguntas e pudesse descobrir algo mais.

— V-Vou beber agua. – Digo tentando fugir da conversa. Vou para a cozinha e apanho um bocado de água para beber.

Quando término de beber água vou em direção da saída mas encontro Astrid parada na porta me olhando como seu eu fosse um coelho e ela um lobo. A coitada se acha!

— Sai da frente ou eu passo por cima. – Digo sem paciência para os joguinhos dela.

— Só vim dar um aviso. Não se aproxima do Hic porque ele é meu. – Ela falou com ódio. – Você já roubou muitas coisas de mim mas ele é meu.

— Eu roubei muitas coisas de você? – Quase gritei incrédula, sem querer minha mente vaga para lembranças passadas mas logo as expulso.

— Ele pode te beijar ou voltar a ser teu amigo mas você sabe que ele me ama e que no final ele sempre vai me escolher. – Ela finalizou sorrindo e saindo da cozinha.

Cerrei os punhos com força com vontade de socar a cara dela mas me controlei, ela não valia a pena.

Olho para minhas mãos e vejo que elas estão avermelhadas e quentes. Droga!

Respirei fundo diversas vezes mas ainda assim pequenas chamas pareciam sair pelos meus dedos.

Porque tudo que tinha a ver com Hic me destabilizava dessa forma? Odeio isso, odeio ele, odeio Astrid e odeio me importar com isso.

— Meri! – Elsa entrou pela cozinha rapidamente fechando a porta. – A temperatura na casa aumentou muito e acabei por desconfiar que tinha algo a ver com você quando vi Astrid sair da cozinha por isso vim te ver.

— Não consigo fazer as chamas desaparecerem. – Digo aflita me afastando um pouco de Elsa, afinal eu podia queima-la mesmo sem querer. O fogo que na maioria das vezes me fascinava agora causava aflição em mim.

— Tudo bem, respira fundo e tenta pensar em coisas calmas e alegres. – Elsa disse e acabei por me lembrar de algo que aquele livro tinha dito: o fogo se alimenta de emoções fortes e explosivas como a raiva por isso eu devia tentar expulsar isso de mim.

Respirei fundo e pensei nos meus momentos com a Elsa, nos temos quando éramos nós quatro contra o mundo antes de Elsa parar de falar com a irmã, antes do problema com as drogas de Jack e antes do meu problema com Hic. Pouco a pouco senti as chamas apagarem e abri os olhos. O fogo ainda estava dentro de mim mas estava contido.

— Ainda bem. – Ela disse feliz. – Queres ir embora?

— Não, pode levantar suspeitas. O Jack está desconfiado de algo, ele me perguntou sobre coisas sobrenaturais.

— Meu Deus será que ele sabe? Talvez ele tenha visto no dia da balada. – Elsa diz preocupada andando de um lado para o outro. – Vamos tomar mais cuidado a partir de agora. Ele também me perguntou das luvas…

POV Jack

Depois de vários minutos desaparecidas Elsa e Meri voltaram da cozinha. Quando mais eu as observava mais achava que os poderes delas já tinham desabrochado. Mas eu ainda precisava de uma prova concreta antes de falar com o Hic.

— O que foi que perdemos? – Meri perguntou sentando ao meu lado.

— Só a dança ridícula do James e seu poema para Astrid. – Digo simplesmente, eu também não tinha aproveitado muito bem a dança porque estava preocupado com elas.

— Oh eu queria tanto ter visto. – Reclamou Meri chateada.

— Bom, vamos recomeçar o jogo. – Moana e James voltam e ele já está vestido novamente.

James girou a garrafa continuando assim o jogo mas minha cabeça estava longe. Eu pensava em toda essa loucura de poderes e de ter que lutar contra algo. Como será que Elsa reagiria a isso? Ela estava concentrada no jogo mas algo parecia incomoda-la também. Mesmo assim ela parecia tão bonita e serena, dava a impressão de ser um anjo e …

— Para de babar Jack! – Grita Moana no meu ouvido.

— Ai sua sem noção o que foi? – Gritei também zangado. Uma pessoa não podia nem pensar mais em paz.

— Verdade ou desafio Jack? – Meri perguntou diabolicamente.

— Verdade. – Respondi, eu é que não aceitaria desafio com a demónia não. Ela pareceu espantada mas logo se recuperou.

— É verdade que você gosta da Elsa? – Ela perguntou. Mas que coisa mais fácil.

Me virei para Elsa e vi que ela fuzilava Meri, então era isso, ela não tinha dado a pergunta para me fazer sentir mal, era para Elsa se sentir mal. Era sua vingança.

Elsa parecia desconfortável com todas as pessoas da roda olhando para ela, ela nunca gostou de atenção excessiva por isso resolvi ajudar ela. Afinal eu não era obrigado a responder nada.

— Prefiro desafio. – Mudo fazendo todo mundo que olhava para Elsa olhar para mim.

— Desafio você a sentar no colo do Hic até a garrafa apontar para você novamente. – Ela diz alegremente.

Fico em choque por um momento sem dizer nada, ela queria que eu me sentasse no colo do Hic?

Todo mundo estava rindo e caçoando de mim, menos o Hic que parecia ainda mais chateado que eu afinal ele nem tinha feito nada para merecer a raiva da Meri.

Me levantei com a pouca dignidade que ainda mês restava, e me aproximei do Hic. Mas ele se levantou num salto.

— Eu não sou obrigado a deixar ele fazer isso. – Ele diz se afastando.

— Cala boca e senta logo, mais da metade da população feminina da escola e uma parte da masculina adoraria estar no seu lugar. – Meri diz espantando a todo mundo. Essa era a primeira vez que ela tinha falado diretamente com o Hic desde que o jogo começou.

O Hic ficou tão surpreso e alegre que acabou por sentar e lá fui sentar no seu colo. Humilhante!

— Não largue todo o peso, idiota. – Hic reclama.

— Cala boca Morena. – Digo zangado, ele queria que eu ficasse como?

— Vai te catar platinada, e desencosta sua cabeça do meu peito. –

— Como se eu quisesse encostar em você. – Digo indignado.

— Vamos parar e continuar o jogo antes que o casalzinho ali se mate. - Interveio Moana achando graça.

Abri a boca para responder mais ouvi o som do flash de uma camera por isso parei e procurei quem era o desgraçado que estava tirando foto.

— Eu juro que se você mostrar essa foto para alguém da escola eu te mato Meri, juro que mato. – Digo quase desesperado. Eu tinha uma reputação a zelar.

Giro a garrafa querendo acabar logo com aquilo e ela dá: Melody para Astrid.

— Verdade ou desafio? – Pergunta Melody.

—Verdade é claro. – Reponde a loira enjoativa.

— É verdade que você traiu o Hic mais de uma vez? – A morena perguntou e todo mundo fuzilou ela. Como ela podia meter o Hic nisso?

Olhei para o Hic que olhava para a Astrid esperando a resposta dela. Esse seria o ponto final na história deles, eu sabia disso. Se por acaso ainda existisse uma gota de sentimento pelo lado do Hic ela morreria nesse momento.

— É… é-é v-verdade. – Ela sussurrou e parecia quase culpada. Todos encararam Hic a procura de uma reação mas ele não fez nada, apenas procurou um ponto fixo no chão e encarou-lhe evitando olhar para qualquer pessoa da roda, mesmo sem querer mostrar ele estava sofrendo afinal tinha gostado da Astrid desde nosso primeiro ano na escola onde Elsa ainda nem tinha entrado na nossa escola. Todos estavam num silêncio mortal esperando que alguma coisa acontecesse.

Astrid girou a garrafa rapidamente e parou em Moana e Elsa.

— Verdade ou desafio Moana? –

— Desafio. – Respondeu quase gritando Moana. Ela era uma boa pessoa mas seus gritos eram irritantes as vezes.

— Desafio você a beber uma garrafa de vodka inteira. – Disse Elsa e todo mundo se surpreendeu, todos esperavam um desafio bem bonzinho dela, incluindo Moana.

Moana levantou meio atordoada e foi para cozinha, quando voltou ela tinha uma garrafa de vodka na mão.

— Alguém segura meu cabelo se eu vomitar? – Ela pergunta tristemente.

— Eu seguro. – Melody respondeu sorrindo, mas no fundo todos sabíamos que ela não faria aquilo.

— Então tá. – Moana abriu a garrafa e eu apanhei discretamente meu celular e comecei a gravar.

Ela começou a beber aquilo numa velocidade incrível mas afogou-se e tossiu muito. Todos gritavam incentivando-a mas ela parecia péssima.

Sua voz estava rouca e seus olhos lacrimejavam, quando ela voltou a beber restos desciam pelos lados da boca e ela parecia estar meio zonza.

Quando terminou ela pousou a garrafa no chão e se levantou meio zonza.

— Termin… - Antes que ela terminasse de falar começou a vomitar em cima de uma menina morena que eu não me lembrava o nome mas que eu já tinha ficado uma vez.

A menina levantou gritando, tentando se limpar e foi-se embora super zangada. Moana terminou de vomitar e ficou olhando para nós meio incerta.

— Então esse é o final do jogo? – Perguntei esperançoso parar me levantar de cima do Hic.

— Não! – Moana gritou. – Vamos para outra sala.

Nos levantamos e fomos para uma outra sala e voltamos a sentar em roda.

Moana girou a garrafa e deu James para mim, ou seja eu já podia me levantar de cima do Hic. Me levantei num pulo e voltei para o meu lugar.

— Verdade ou desafio Jack? – Ele perguntou

— Desafio. – Digo animado, esperava poder fazer um desafio tipo beijar Elsa ou ela sentar no meu colo ou nós dançarmos ou nos abraçarmos ou…

Sacudo a cabeça tentando tirar esses pensamentos da cabeça e me concentro no James.

— Desafio você a fazer a cantada do café com alguém da casa ao lado da Moana. – James respondeu rindo.

— Cantada do café? – Perguntei confuso, eu não era muito de dar cantadas, apenas com a Elsa para zanga-la.

— Sim, aquela que diz assim: gata, você gosta de café? Quando ela diz sim você responde eu não sou café mas sou gostoso e te faço ficar acordada a noite toda. – James responde e todo mundo cai na risada.

Bufo zangado e me levanto, tinha que ser algo tão idiota? Hoje não estava sendo meu dia de sorte. Não ia mais pedir desafio.

Saimos todos da casa da Moana e nos dirigimos para a casa vizinha.

Todos se escondem nos arbustos enquanto eu bato na porta da casa vizinha. Vejo Meri começar a filma e fico ainda mais zangado. Eu servir de palhaço para esses idiotas.

Quem atende a porta é uma senhora de aproximadamente 67 anos e logo me tranquilizo. O pior que ela pode fazer é me dar uma bronca sobre como me portar com as mulheres.

Pigarreio e faço minha voz mais sexy e começo cantada.

POV Elsa

Jack começa a falar e enquanto os rapazes riem feito idiotas todas as meninas estão impressionadas. Porque mesmo a cantada sendo muito idiota quando Jack começa a dize-la com aquela voz parece ser uma coisa bem… bem… Esquece. A cantada nem era para mim e eu já estava toda arrepiada para minha própria frustração.

Cindy morde os lábios e diz: - Eu adoraria experimenta-lo.

— Quem não gostaria? – Perguntou Melody quase babando por ele.

Reviro os olhos irritada para elas, afinal o Jack não era tudo aquilo não. Idiotas! Minha irritação aumenta ainda mais.

Quando Jack termina a cantada todos esperam que a mulher se zangue mas ela dá uma risadinha estilo flerte e arruma os cabelos.

Meu Deus, ela estava flertando com Jack, Ela devia ter mais que o dobro da idade dele. Começamos a rir descontrolados quando vemos ela convidando ele para entrar em casa e ele sai correndo em direção a casa da Moana. Quem diria que o grande Frost fugiria de uma mulher?

Depois da senhora fechar a porta entramos em casa e encontramos Jack sentado no sofá com cara de poucos amigos.

— Ela disse que adoraria experimentar meu café e me convidou para entrar. – Ele diz indignado. – Te prepara James, porque eu vou te fritar.  

POV Jack

Rodei a garrafa e Calhou em Astrid para Elsa. Arregalei os olhos preocupado, se Astrid fizesse qualquer coisa idota eu juro que matava ela.

— Verdade ou desafio Elsita? – Ela perguntou e o nojo estava explicito na voz dela.

— Verdade. – Ela respondeu calma, ela não se deixava abalar por pessoas como Astrid, sorri orgulhoso.

— É verdade que você botou chifres na idiota da sua irmã com aquele cara ruivo da outra turma? – No momento que ela perguntou aquilo a sala ficou em silêncio, vi que Elsa estava completamente congelada e olhava para o nada mas seus pensamentos deviam estar em outro lugar.

Meri se levantou num pulo e voou na direção da Astrid. Antes que pudéssemos tirar Meri de cima da Astrid ela já tinha dado uns 3 tapas na loira e já tinha batido a cabeça dela no chão.

Estava tudo uma bagunça mas ninguém estava ligando. Todos tentavam levar Astrid e Meri para longe uma da outra mas Elsa ainda estava congelada no mesmo lugar. Me aproximei dela e toquei sua mão coberta pela luva.

— Elsa… - Sussurrei preocupado. – Está tudo bem, a Astrid é só uma idiota. – Tento consola-la mas eu não sabia como, afinal eu não estava cá quando tudo aconteceu. O que eu sabia da história era o pouco que as pessoas comentavam nos corredores. Mas de uma coisa eu sabia: Elsa nunca trairia ninguém.

Vejo Elsa piscar os olhos atordoada e voltar a realidade olhando para a confusão que se instalara na sala. Ela parecia estar agora despertando de um sonho.

— O que é isso!? – Uma voz adulta gritou da porta.

— mamãe? – Perguntou Moana que estava pálida olhando para a sua mãe na porta. Tínhamos sido descobertos…