— A quanto tempo Elsa. – Hans diz e sinto minha raiva aumentar cada vez mais. Tudo nele me irrita e traz lembranças do passado.

Desde o dia em que nos conhecemos eu já sentia algo esquisito quando ele me olhava mas sempre achei que era algo da minha cabeça. Maldito o dia em que o conheci:

FLASH-BACK ON

Era a primeira festa que eu participava desde a morte dos meus pais e na verdade só fui porque a Anna e Meri insistiram muito. Eu vesti um vestido preto com detalhes em azul e lilás. O vestido era colado ao corpo em cima mas em baixo era bem solto.

Larguei os cabelos como eu a muito não fazia. Sempre que eu soltava o cabelo antes dos meus pais morrem eu via que minha mãe ficava triste pois eu era uma copia perfeita da minha avó, incluindo os cabelos platinados e ela e minha mãe não se falavam a um tempo.

 Meu pai veio de uma família humilde enquanto minha mãe sempre foi rica por isso minha avó não aceitava eles juntos. Logo quando meus pais casaram minha avó deserdou a minha mãe por isso meus pais começaram de baixo e mesmo assim conseguiram fazer fortuna sozinhos.

Por isso com o tempo parei de soltar meus cabelos pois sabia que trazia lembranças dolorosas a minha mãe, até hoje. Não fiz nenhuma maquiagem pois eu não gostava muito e calcei um salto alto plataforma preta e uma bolsinha azul que cabia chaves, telemóvel e spray de pimenta que eu nunca saia sem.

Dancei algumas musicas com Anna mas logo a perdi de vista, por isso resolvi ir beber uma agua mas quando cheguei lá me deparei com um rapaz ruivo muito bonito que não parava de me olhar, seu olhar era possessivo e confesso que fiquei com um pouco de medo.

FLASH-BACK OFF

Depois disso Anna me apresentou Hans como namorado e o inferno pouco a pouco começou. Como me arrependo de ter permitido que eles namorassem.

Mesmo namorando minha irmã Hans não perdia chance de me provocar e olhava para mim de forma suspeita mas eu sempre achei que fosse algo da minha cabeça já que na frente dos outros ele agia perfeitamente normal comigo.

No dia em que Anna me encontrou na festa juntamente com Hans e estava meio tonta pois tinha bebido uma bebida oferecida pelo Hans e eu tinha certeza que ele tinha planeado tudo aquilo. O sorriso que ele tinha no rosto sempre que me via deixava isso bastante claro.       Mas porque ele faria isso? Apenas para separar eu e Anna?

Vê-lo em frente a minha porta me deixou cheia de raiva mas eu sabia que não podia me descontrolar e mostrar a ele o quanto ele me afetava por isso decidi que iria o ignorar completamente.

Andei até ele, coloquei a chave na minha porta e abri-a para entrar em seguida.

— Que grosseria é essa Elsa, deixando os convidados falando sozinhos. – Ele diz e antes que eu pudesse fechar a porta ele entra juntamente comigo e fecha a porta.

— Sai da minha casa! – Digo fria, controle-se Elsa!

— Ou se não o que Elsa? Acho melhor não fazer nada que se arrependa mais tarde afinal de contas sou namorado da sua irmãzinha. – Ele diz me olhando e sinto a sensação de que ele espera que eu perca o controlo e faça algo. – Claro que eu prefiro muito mais você mas…

Antes que ele continuasse apanhei uma foto que estava em cima de uma mesinha e arremessei em sua direção, por pouco não o apanhou.

— Não admito que você fale da Anna! – Grito cheio de raiva. – Sai daqui! – Grito e começo a arremessar tudo que vejo pela frente em sua direção.

Ele desvia de tudo e me olha como se esperasse algo mais mas logo sai do meu apartamento me deixando sozinha em meio a pedaços de vidro e outras matérias.

Sinto minhas mãos tremerem e me amaldiçoou por isso, desde do dia em que conheci Hans ele sempre me deixava dessa forma, arrepiada e com uma péssima sensação. Sentia como se ele testasse ver até onde as pessoas poderiam ir.

Sento no chão com a respiração descompassada. Porque que a Anna teve de escolher acreditar nele? Porque nossos pais tiveram que morrer? Porque Hans teve de aparecer em nossas vidas? A vida era tão injusta.

Calafrios passeavam pelo meu corpo e senti vibrações me dominarem. Uma dor de cabeça terrível me fez ficar tonta e minha visão ficou embaçada.

Antes que eu pudesse controlar sinto um grito de dor sair pela minha boca sendo acompanhado de vários outros. Contorcida no chão não consigo pensar em nada que não seja a dor que estou sentindo.

— Alguém me ajuda… - Sussurro antes da escuridão me dominar… 

POV Merida

Chego em casa raivosa pelo que aconteceu e me tranco no meu quarto. Só saio quando todos da minha casa saem para ir passear meus irmãos e sei que estou sozinha.  

Eu ainda podia sentir o gosto dos lábios do Hiccup nos meus e aquilo me irritou ainda mais. Aquilo não poderia ter acontecido, eu já tinha problemas demais.

Ando até a biblioteca de meu pai e tento procurar algo sobre magia, mas o máximo que encontro é um livro que fala dos quatro elementos. Apanho o livro e me sento em uma poltrona de forma confortável, ler nunca foi meu forte no entanto eu precisava saber mais sobre o que estava acontecendo comigo.

Esfolho o livro até a parte sobre o elemento fogo e encontro algo que chama minha atenção:

O fogo é um elemento de poder, constituído por uma força avassaladora. Ele extrai seu poder do sol e originou-se da essência dos dragões. O Fogo é vida e energia não apenas destruição.

Quem domina o fogo possui um sol dentro de si, mas para controla-lo é preciso ter um equilíbrio entre o bem e o mal, o Ying e  Yang.

Fechei o livro sentindo-me mais segura, apesar de ainda ter um pouco de medo acredito que para controlar melhor preciso conhece-lo.

Guardo o livro e me dirijo para o nosso quintal onde começo a tentar fazer fogo e o controlar. No começo sinto medo a cada vez que faço fogo do nada mas aos poucos fico maravilhada com o que consigo fazer.  

O fogo é quente e aconchegante dando a sensação de aconchego e segurança. Não sei de onde vieram esses poderes mas sei que estou começando a gostar muito deles. Faço uma pequena chama do tamanho de um punho e fico brincando com ele. Até parece um pequeno coração.

No final do dia eu já estava super contente com isso e até conseguia controlar melhor. Estava louca para contar essa novidade para Elsa por isso entrei em casa mandei uma mensagem a minha mãe avisando que iria dormir na casa da Elsa e me dirigi para lá super contente.

A Elsa iria ficar muito contente quando visse o que eu já conseguia fazer.