Os escolhidos escrita por dreamy nerd


Capítulo 15
Ardendo


Notas iniciais do capítulo

oi gente linda! tava com saudade de voces. O capitulo é em agradecimento a Giovanna, a lady titanos e a kurosaki karin por comentarem.
antes de lerem vou dar um aviso importante: O Hiccup não sabe que a Merida e a Astrid não se dão bem por algo do passado.
leiam as notas finais e boa leitura!



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Depois de me despedir de Elsa e de ir buscar meu pai no aeroporto fomos direto para casa, mas no caminho contei ao meu pai tudo que estava acontecendo.

— Sinceramente pai, eu estou cansada de tudo isso. Cansada das coisas que minha mãe faz. 

— Talvez você deve-se tentar compreender a sua mãe. – Ele diz de forma calma quando o carro parou em frente a nossa casa.

— E ela por acaso tenta me compreender? – Digo irritada. – Ela quer que eu mude meu jeito de ser apenas por causa do seu emprego.

— Dá um desconto boneca, ela não quer que você mude, apenas que você se comporte um pouco. Da última vez que os seus investidores foram jantar lá em casa você se comportou como um muleque de 6 anos. Pregou varias peças com eles e comeu que nem um porco. – Ele disse serio.

— Eu sou assim! – Gritei. – Até porque você deve admitir que foi bem engraçado. – Disse gargalhando, lembrando da cena em que fiz com que um dos filhos dos investidores se engasgasse com uma azeitona e faze-lo cuspir sumo pelo nariz. Mesmo que sem querer meu pai acabou por rir também e era por isso que nós nos dávamos tão bem assim, ele me entendia de uma forma que ninguém mais fazia.

Descemos do carro e entramos em casa. Meu pai abraçou meus irmãos e minha mãe e os beijou.

— Trouxe presentes! – Ele diz feliz e todos nós nos reunimos em volta dele no sofá. Ele abriu uma de suas malas e tirou um vídeo game novo para meus irmãos, uma jóia muito linda mas também um pouco exagerada para minha mãe e para mim um colar simples com um pingente em forma de um cavalo.

— Uma jóia? – Digo meio decepcionada, meu pai sabia que eu não gostava dessas coisas.

— Não uma jóia qualquer boneca, esse colar possui um pingente do cavalo Pooka, um cavalo da mitologia contada pelos ciganos. Ele era um cavalo selvagem e rebelde que fazia tudo que queria. E ele me lembrou muito você. – Ele diz e coloca em meu pescoço. – Que como o Pooka você ache o seu caminho na vida. Apesar de ser algo muito bonito quem me ofereceu foi uma mulher na rua.

Depois disso meu pai foi descansar um pouco da viagem e meus irmãos foram para o quarto testar seu novo brinquedo deixando somente eu e minha mãe na sala.

— Porque não voltou antes? Com essas ações você só está mostrando que não tem capacidade suficiente para participar do torneio e tomar meu lugar na empresa.

— E quem disse que eu quero tomar seu lugar na empresa? Eu não estou nem ai para sua empresa e para o que você acha do meu comportamento.

— Sou sua mãe e não admito que você faça esse descaso da minha empresa, algo que eu lutei muito para construir mas deixei de lado a uns anos atrás para poder te criar e tive que recomeçar do zero a uns tempos. Eu sou sua mãe, dei minha vida para criar vocês e a única coisa que peço em troca é respeito! – Ela diz praticamente gritando.

— Respeito? E você por acaso me respeita? Passa a vida querendo mudar quem eu sou e me comparando com todas as garotas da minha idade, dizendo como eu sou rebelde e fora da linha. Para você meio cabelo nunca esta alinhado o suficiente, minha roupa nunca é boa o bastante e eu nunca sou boa o bastante. Alguma vez já pensou que talvez eu seja assim e que seria bom ter minha mãe me aceitando? – Perguntei zangada, desde pequena eu era comparada pela minha mãe com minhas primas loiras e perfeitas. Minhas primas sempre se portavam como anjos na frente de minha mãe mas comigo na escola me maltratavam e chamavam de homem. Eu era a esquisitinha da escola até aos 13.  

Com o tempo aprendi a me defender e hoje sou o que sou.

Subi as escadas chateada e me fechei em meu quarto até receber a mensagem do Jack convidando para ir a balada com ele e com Elsa. Eu sabia que esse era apenas um pretexto para eu convidar Elsa. Mas mesmo assim eu aceitei, eu estou precisando de ar fresco e me divertir.

Depois de muito insistir para Elsa me acompanhar para ir a balada e de ela recusar acabei por aceitar que ela não se sente bem ir para lá. Mas só dei o braço a torcer dessa vez por saber como ela se sente. Sou muito teimosa! E alem do mais sei que Jack ficará muito triste por ela não ter aceitado.

Depois de vestir uma calça jeans azul, botas pretas, uma blusa lilás sem magas e com gola branca escrita I BELIVE I CAN FLY.

Depois de apanhar uma jaqueta também preta eu tomei um táxi e sai depois de avisar ao meu pai.

Quando cheguei me encontrei com Jack, ele nem sequer fingiu que estava feliz em me ver e logo perguntou:

— E a branquinha? –

— A Elsa não veio Jack, como você sabe ela não se sente bem em festas. – Digo e ele assente um pouco decepcionada. Apesar de eu e Jack tínhamos estado viajando quando a briga de Elsa e Anna aconteceu assim que chegamos ficamos sabendo de tudo. Elsa me deixou cuidar dela, porem não foi o que aconteceu com Jack. Ela afastou Jack e ele ficou muito triste apesar de não admitir.

Depois de Jack fingir que não tinha ligado por Elsa não estar aqui fomos aproveitar a festa. Mas não consegui dançar nem 2 minutos antes de esbarrar no Hiccup.

— Desculpa. – Ele diz baixo e olhando para o chão envergonhado. Eu soube que ele tinha limpado tudo sozinho e queria agradecer porem, achei melhor não.

— Tudo bem. – Digo e me afasto rapidamente. Eu não queria ter outra discussão hoje.

POV Hiccup

Quando esbarrei na Merida me assustei um pouco, ela estava realmente linda. Apesar de não gostar muito de maquiagem ela tinha passado lápis preto nos olhos e um batom vermelho que destacava os seus lábios. Tive que me concentrar muito para não olhar para seus lábios.

Eu não era solteiro e alem do mais, ela me odeia, mas isso não importava, que eu sentia por Merida era… bom, eu não sabia o que era.

Quando ela se afastou Jack veio falar comigo.

— Acho que já esta na hora de vocês se acertar e voltarem a ser amigos.

— Não sei se dá, me magoei muito com ela na época. – Admito.

— E ela também, afinal o que ela te fez? – Jack perguntou curioso.

— Ela era considerada esquisita e na época diferente de agora ela era um pouco insegura. Éramos apenas nós dois. Mas com o tempo depois ela conseguiu mais amigos ela me deixou para trás. – Digo triste mas também com raiva. Eram sentimentos que me sufocavam, hoje sou um nerd popular e fixe mas antes ninguém falava comigo e eu era invisível, claro que Merida passou a ter vergonha de mim. 

— Nem por minuto você parou para pensar que ela se afastou por você ter começado a namorar a Astrid?

— Não, eu ouvi ela dizendo que sente vergonha de mim, ouvi ela dizendo que não quer ser mais minha amiga. – Digo me relembrando do vídeo que Astrid me mostrou.

— Alguma vez vocês sentaram para conversar sobre isso? – Jack perguntou e eu fiz que não com a cabeça e ele bufa.

— Não a mais nada a ser dito Jack.

— Se você realmente gosta da Merida, se realmente teve um dia em que você a considerou melhor amiga então devias ter lutado por essa amizade e lutado para se falarem. – Jack diz e olho para o chão envergonhado, talvez ele tenha razão. Vou tentar falar com a Merida, nem que seja apenas um oi.

Me viro para ir procurar Merida mas antes digo ao Jack:

— Você se tornou um bom conselheiro mas mesmo assim não resolve seus próprios problemas. Essa sua amizade tempestuosa com a Elsa precisa se resolver. Vocês se gostam então qual é problema?

Jack me olha surpreso e indignado, abre a boca para falar mas parece pensar melhor e simplesmente me mostra o seu dedo___

Sorrio para ele e continuo meu caminho a procura de Merida.

POV Merida

Depois do esbarram com Hiccup decido me afastar um pouco e vou para o segundo andar onde olho algo que faz com que eu fique enjoada.

Vejo Astrid aos beijos com alguém que eu reconheço como sendo Eret, aos beijos não, eles estavam se engolindo e quase fazendo algo não recomendado para menores de 100 anos.

Logo me lembro da conversa dela, aquele dia no provador e sinto meu sangue subir. Ela estava enganando os dois.

Decido me aproximar mas antes vejo que ela tinha um chapéu que esconde seus cabelos e sinto grande satisfação, pelos vistos ela já usou o shampoo com tinta verde.

Me aproximo em passos firmes e puxo Astrid pelo braço fazendo ela desencostar de Eret e tiro seu chapéu francês. Quando o faço uma cabeleira verde cor de vómito se mostra fazendo todos que estavam próximos gargalharem incluindo Eret.

Ela me olha indignada e vejo seus olhos transbordando raiva e vergonha. Ela voa em minha direção e me dá uma tapa.

Agarro seus cabelos e a dou um soco na cara que tenho certeza ficará inchada. Mas não paro por ai. Pego sua cabeça e bato-a na mesa mais próxima. Ela fica meio zonza e eu por pena poderia parar porem não o faço. Eu estava farta de Astrid falando mal de Elsa e de mim, estava farta dela fazendo Hiccup discutir com Jack e mesmo não querendo admitir eu estava farta dela fazendo Hiccup ficar triste.

Torço seu braço até escutar ela gritar de dor. Quando me preparo para quebrar seu braço sinto alguém me puxando para trás e me fazendo soltar a loira que não é mais loira.

Quando olho que me fez parar meus olhos se encontram com os de Hiccup.

— O que está acontecendo aqui? – Ele pergunta chateado, viro-me para ver onde Eret estava mas ele já tinha desaparecido.

Merda!

Eu não poderia contar para Hic dessa forma.

— Você não se controla mesmo Merida.

— O quê? – Pergunto chocada.

— Quando penso que a gente pode voltar a se falar e voltar a ser o que era antes e até quem sabe conhecer melhor a Astrid você me mostra que para você é impossível viver em paz. – Ele diz parecendo Decepcionado.

Eu não acredito no que eu estava ouvindo, ele está achando que a culpa é minha! Meu sangue volta a subir e me sinto queimando por dentro.

Eu estava quente e ardendo. Me viro para Astrid e ela tinha uma cara de vítima mas quando ela me olhou, por um simples segundo ela sorriu e em seus olhos eu sabia que ela queria dizer que tinha vencido novamente.

Me aproximo dela com ódio e seguro seu braço com muita raiva. Eu me sentia queimando por dentro e parecia que eu estava em chamas.

— Conta para ele! – Sussurro de forma medonha.

— Ele é meu. – Ela sussurra também para ninguém ouvir. – Eu venci e sempre vou vencer.

— Conta para ele! – Dessa vez grito alto demais. Ela solta um alto grito de dor me assustando.

A solto rapidamente e vejo seu braço vermelho um pouco queimando. Me assusto…

O que estava acontecendo? Olho para minha mão e ela também estava vermelha, vermelha como fogo.

Olho ao redor e me dou conta que ninguém além de mim e Astrid tinha visto nada.

Afasto as pessoas do meu caminho e corro para o banheiro. Chego lá com a respiração acelerada.

Me olho no espelho e grito assustada, meus olhos estão em chamas, literalmente.

— O que está acontecendo comigo? – Sussurro assustada. Ponho as mãos no lavatório e ele instantaneamente começa a pegar fogo fazendo-me recuar alguns passos.

Eu estava me transformando num monstro.

Abro as torneiras e consigo apagar o fogo rapidamente, porem eu ainda estava assustada. Entro numa cabine e sento em cima da tampa da sanita me encolhendo.

Sinto lágrimas saindo de forma descontrolada e me amaldiçoou por ter vindo a esta festa.

Minhas mãos começam a pegar fogo mas não me queimam. Eu estava surpresa e assustada, como eu iria sair dali? Astrid tinha visto minha mão queimando.

As palavras de Hiccup também não saiam da minha cabeça, talvez ele e minha mãe tivessem razão, eu realmente sou uma pessoa rebelde que adora confusão e guerra.

Choro ainda mais vendo minhas mãos voltarem ao normal.

Eu realmente era um monstro? Mesmo Astrid sendo alguém horrível, eu tinha queimado seu braço, eu era alguém ainda pior…

POV Jack

Mesmo estando no primeiro andar, eu pude ver a briga de Merida e Astrid e eu sabia bem a razão disso. Acho que Hiccup era o único que não tinha visto a Astrid com o Eret e sinceramente eu não sabia como contar para ele. No entanto não é hora para isso, o mais importante agora é a Merida.

Como eu iria falar com ela? Eu não podia entrar no banheiro feminino. Tinha de procurar por uma mulher.

Olhando em volta vejo Elsa entrando no bar acompanhada… acompanhada do Flynn? 

Que absurdo é esse!

Eles entram e ficam de barman e bargirl trocando palavras e sorrisos bestas.

Quando consigo passar da multidão me aproximo com uma cara ameaçadora porem nem Elsa nem Flynn parecem notar, o que me deixa ainda mais frustrado.

Por um momento esqueço da Merida e peço explicações por Elsa ter entrando com o Flynn e ela me conta uma história esfarrapada mas no momento eu ia aceitar já que Merida precisava de ajuda.

— Aconteceu algo horrível com a Merida, você precisa ir falar com ela. – Digo e ela se assusta largando tudo que está fazendo.

— Ela está dentro do banheiro feminino desde que discutiu com a Astrid e o Hic. – Explico e ela vem comigo procurar Merida e para meu alívio abandona o Flynn sozinho.

E antes que pensem besteira vos digo que não é por ciúmes mas apenas porque Flynn tem uma péssima reputação de delinquente.

Quando levei Elsa até Merida sai dai e fui procurar Hiccup porque eu não sabia como mas ia contar sobre a traição de Astrid e ia faze-lo acordar para a vida.

E quem sabe se ouve-se tempo iria falar com Flynn e saber de verdade porque chegaram juntos.

Afinal pode ser que tudo isso seja culpa minha já que fui eu quem convidou a Merida sabendo que Astrid estaria cá. Mas agora que paro para pensar, Astrid tinha vindo na festa achando que Hic estaria em casa e que poderia trai-lo sem ele saber, ou seja possivelmente não é primeira vez que ela faz isso. Droga! Se ela não fosse mulher eu daria uma surra nela.

Mas quem sabe eu não me encontre com o Eret e acalme minha raiva?

Subo as escadas e encontro Hiccup sentado em um sofá fazendo curativos na Astrid e discutindo com ela ao mesmo tempo. Me aproximo e solto uma gargalhada extravagante fazendo os dois olharem para mim.

— Eu não sabia que a Merida tinha vomitado no seu cabelo Astrid? – Digo com um grande sorriso e vejo que Hic também tem vontade de rir.

— Vá para o inferno Frost – Ela diz mal-humorada.

— Quando você está perto eu já estou no inferno. – Digo olhando feio para ela. Quando Hic se levanta para apanhar as suas coisas no primeiro andar me aproximo de Astrid e digo: - Eu sei de tudo e em breve Hic vai saber também.

— Você não teria coragem de contar isso para ele, sabe que ele me ama e iria sofrer muito. – Ela diz com cara de inocente.

Me afasto logo antes que eu acabe por bater nela e vou para o primeiro andar a busca de Hiccup.


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Notas finais do capítulo

iae gostaram? comentem. Desculpa se a reação da Merida tiver sido esquisita ou sem emoção mas é que é minha primeira vez escrevendo algo do tipo. prometo melhorar.
Gente, capitulo passado só ouve 3 comentários assim como o anterior o que me deixou bem triste por isso resolvi lançar um desafio:
se esse capitulo tiver 5 comentários antes do dia 16 eu faço com que um ship se beije no próximo capitulo. vocês que escolhem: pode ser jelsa, mericup ou flynzel.
se o capitulo alcançar 10 comentários antes do dia 16 alem do beijo eu faço um capitulo que não vai influenciar a historia e seja num outro universo. esse capitulo pode ser de qualquer ship da disney que vocês quiserem.
Até a próxima.