BTS's Doctor Crush escrita por Cellis


Capítulo 2
"BTquem?"


Notas iniciais do capítulo

HELLO, HELLO (imaginem isso com a voz grossa do Tae, de nada).
Voltei bem rapidinho queridos. O único problema é que, como não tive o feedback de vocês, acabei não desvendando se preferem caps menores ou maiores, então quebrei o grande no meio e depois vou postar a parte II.
Leiam com carinho, fofuras ♥



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Eu tinha algumas opções naquele momento. Com certeza, sair correndo e berrando por ajuda seria a mais sábia.

Definitivamente, não era o que eu iria fazer.

Quando todos começaram a murmurar e tentar explicar algo que envolvia comida estragada, meus ouvidos começaram a arder e senti-me em uma creche.

— Silêncio! — exclamei, atraindo a atenção de todos. Lembrete: crianças, não façam isso em casa. — Se ninguém me explicar claramente o que está acontecendo aqui, chamarei a segurança.

E então, todos voltaram seus olhares para o homem ao meu lado, cujas gotas de suor eram visíveis em sua testa.

— Doutora, eles saíram escondido para almoçar fora e, algumas horas depois, estavam assim. — explicou pausadamente, enquanto coçava a cabeça. — Acho que comeram alguma coisa estragada. Por favor, faça alguma coisa.

— Desculpe, mas você disse "escondido"? — perguntei, desenhando as aspas no ar. Algo não cheirava bem. — E por que simplesmente não entram no hospital para serem atendidos, como todo mundo? Espera... Por acaso, vocês são gângsteres?

Eu já estava dando alguns passos para trás, quando ouvi uma risada um tanto irônica vindo de dentro do veículo.

— Nessa situação? E ainda por cima, vestidos assim? — alguém, que eu não pude dizer quem por causa das máscaras, perguntou, descrente.

Realmente, apesar do clima de sequestro, seus cabelos eram coloridos demais e suas roupas muito normais para serem mafiosos. Isso levando em consideração que os únicos mafiosos com quem eu já havia tido contato em toda a minha vida eram os da televisão.

— Eles são... — o homem da testa suada pausou, encarando-me. Será que ele era sempre um bichinho assustado, ou as vezes ficava pior? Por fim, resolveu falar. — Famosos.

Naquele momento, eu provavelmente não estava conseguindo controlar minha testa enrugada e meus olhares acusadores.

— Famosos? — perguntei, lentamente.

Nesse momento, os rapazes começaram a assumir a mesma expressão aterrorizada do testa suada. Sim, eu o chamarei assim até que descubra seu nome (e talvez continue o chamando).

Ye. — confirmaram, todos ao mesmo tempo.

—Por isso precisamos de ajuda. Eles precisam de exames, eu sei. Mas nós não podemos simplesmente entrar pela porta da frente. — engraçado, ele gesticulava tanto quanto Jung Soo enquanto falava. Mantenha o foco, gritou minha mente. — A não ser que o hospital suporte uma multidão de fãs desesperadas por notícias de seus ídolos, chorando de preocupação e garantindo que suas vidas dependem da melhora deles.

Nem pensar! O hospital não suportaria isso, muito menos o diretor. Ele surtaria, mais do que o normal. Por isso, depois de pensar durante alguns segundos (e lutar para afastar a ideia do diretor ter um troço antes mesmo que eu conseguisse o meu aumento), resolvi quebrar o silêncio de expectativa.

— Vocês precisam da minha ajuda para entrar pelos fundos, não é? — perguntei relutante, recebendo como resposta vários acenos positivos de cabeças coloridas. Respirei fundo. — Ah, não importa como eu olhe essa situação, prevejo minha cabeça rolando pelo piso...

— Não, sem cabeças rolando! — exclamou o testa suada, mais alto do que o necessário. — Desculpe. — disse em seguida, fitando os próprios pés. Ele seria engraçado se não fosse assustador. — Por favor, eles estão passando realmente mal.

Olhei para a van novamente, e, em um instante, o silêncio deu lugar a murmúrios extremamente exagerados de dor.

— Vocês sabem que qualquer pessoa sensata, no meu lugar, acharia que vocês são criminosos que estão planejando algum atentado e chamaria a polícia, certo?

Aniyo! — mas alguma exclamação vindo de dentro do carro. — Somos boas pessoas que estão sofrendo de infecção alimentar!

Essa definitivamente não era a mesma pessoa que havia respondido minha pergunta sobre gângsteres. Enquanto o primeiro parecia impaciente e irritado, mesmo doente, esse falava alto e parecia extremamente indignado com a minha desconfiança.

Mas droga, eles realmente pareciam precisar de atendimento médico. Era nítido, apesar das tentativas de esconder seus rostos, a palidez, os olhos fundos e a expressão facial de quem não estava tendo o melhor momento da sua vida. E foi provavelmente por isso que eu abri minha boca e disse o que disse.

— Eu disse qualquer pessoa sensata. — indaguei, enfiando as mãos nos bolsos do jaleco. — Vamos, a entrada dos fundos é por ali.

Eu juro que pude ouvir alguém agradecer a algum Deus superior. E outro alguém chamando pela própria mãe. Estava começando a caminhar quando lembrei-me de algo muito importante.

— Ah, uma coisa! — exclamei, rodopiando em meus calcanhares para encará-los. Os que já haviam descido da van, se assustaram e precisaram apoiar-se na mesma para não cair. — A partir de agora e até o momento em que vocês colocarem os pés para fora do hospital, o meu emprego será sua responsabilidade. — indaguei firme, correndo meu indicador na direção de todos eles. — Se algo acontecer, será culpa de vocês.

— Nada vai acontecer. — dizia o homem da testa suada (eu estou ficando cansada de chamá-lo assim), mais como uma prece do que como conforto para mim. Dirigi-lhe um olhar ameaçador, e eu pude vê-lo parar de me seguir durante um breve instante. — Mas se acontecer, nós com certeza assumiremos a responsabilidade.

— Assumiremos? — algum deles perguntou, como se nunca tivesse escutado aquela palavra antes.

— Calado. — outro sussurrou.

Acho que ouvi um barulho de tapa.

Aish... Que tipo de famosos são vocês, que preferem vir a um hospital como esse? Não há dúzias de hospitais mais chiques e melhor preparados pela cidade? — eu reclamava comigo mesma, enquanto adentrava pela portinha de aço dos fundos do hospital. Aquela era geralmente a saída por onde funcionários da limpeza retiravam os resíduos ou encomenda menores entravam. Por sorte, estava vazia.

— Essa era o mais próximo. — alguém com certa seriedade explicou. Olhando de relance para trás, pude perceber que era provavelmente o mais alto. — Além de não podermos nos dar ao luxo de escolher muito, pois já estávamos quase colocando nossos fígados para fora, parecia um lugar tranquilo, onde poderíamos ser atendidos sem interrupções.

Eu acharia aquela pessoa serena demais para quem estava em meio a uma provável infecção alimentar, mas isso foi por água abaixo quando o escutei tossir até quase se engasgar. O que será que eles haviam comido para estarem tão mal? Ao julgar pela aparência detonada, os gemidos de desconforto e os andares arrastados (alguns até se apoiando nos outros), não deveria ter sido algo muito bom.

— Ah, nós prometemos que vamos nos explicar melhor depois dos exames! — algum outro exclamou, definitivamente o mais dramático de todos que já haviam falado até aquele momento. — Mas, doutora... Nós ainda não sabemos o seu nome.

Perdão por ter esquecido de me apresentar enquanto achava que ir ser sequestrada por um grupo de mafiosos.

Se nós já não estivéssemos dentro dos hospital e eu não estivesse tentando ao máximo não chamar ainda mais atenção (porque é impossível não ser notada quando se está sendo seguida por um grupo de homens usando máscaras, chapéus, bonés e trajando majoritariamente preto), aquela com certeza teria sido a minha resposta. Resolvi, contudo, limitar-me a apenas dizer logo o meu nome.

— Meu nome é...

— Kim Sun Hee! — o berro vindo de algum lugar atrás de mim era inconfundível, porém não menos assustador ao ponto de não me fazer parar automaticamente, quase sendo atropelada por uma manada de estrelas.

Encolhi-me, colocando em meu rosto o sorriso mais natural/apavorado que consegui. Virei, fazendo com que os rapazes (também paralisados), abrissem espaço para que eu passasse. Resolvi que era melhor manter-me próxima deles, desconhecidos, e a alguns bons metros de distância de um diretor que me encarava com vontade de jantar uma nutricionista picada.

— O que está fazendo? — perguntou, com sua voz autoritária.

O diretor geral Park Bong-Ki era um homem já de meia idade, porém extremamente alto e assustador. Sua voz grossa e seus cabelos quase grisalhos lhe proporcionavam um ar de pessoa experiente, do tipo que está sempre disposta a falar mal da nova geração.

— Diretor, eu posso explicar...

Enquanto eu procurava as palavras certas para explicar que estava aceitando pacientes clandestinamente, alguma porta próxima a nós foi aberta e um vento um tanto forte passou por ela. Atrás de mim, em meio a um borrão, percebi que um capuz havia caído da cabeça de seu dono por causa da corrente de ar, revelando seus cabelos rosados.

Um murmúrio se formou ao nosso redor, e o homem pôs seu capuz de volta rapidamente.

Omo, Sun Hee... — o diretor deixou seu queixo cair e apontou para a nossa direção. Já era, emprego. De repente, ele abriu um sorriso feliz e espantado ao mesmo tempo. Espera, um sorriso? Aquele homem sabia sorrir?! — O que está fazendo com o BTS?

BTquem?


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Me conteeeem