O Coelho da Lua escrita por Mauschen


Capítulo 39
Jeannette e Pierre, tra la la la




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Aquelas pessoas começaram a seguir pelo corredor que ia a direita. Eu ouvi vozes vindas de lá , bem baixinhas, devia ter gente no final do corredor. Junto das vozes tinha um som de metal diferente do som das maquinas, tipo um monte de canos metálicos. Era bem baixinho, mas eu conseguia ouvir.

―Barulho...― Daniel me olhou assustado.

―Naquele corredor?― Eu assenti, minha garganta tava doendo muito pra falar. Daniel meio que tentou avisar ao homem velho. Daniel me sentou no chão e tentou convencer os lideres do bando. Mas ninguém ali acreditou. Eles não queriam acreditar. Texana acabou vindo até mim, ela estava de mão dada com aquele garoto.

―Suri ―Ela disse ajoelhando do meu lado, o menino a imitou. Ela falou como se contasse um segredo. ―Preciso que você me faça um favor.

―Qual?

―Você pode nos casar?  Mamãe disse que quando duas pessoas se gostam tem um tal casamento, e eu e o Faiore gostamos um do outro.

Se os adultos disseram que não problema... ―Tá.

Texana arrumou os cabelos crespos alaranjados e Faiore pareceu relaxar um pouco. Eles deram a mãos. Eu já tinha visto um casamento antes eu acho, tinha que recitar um poema e quem se casava tinha que se beijar. Eu não lembro qual era o poema e eu não posso inventar algum assim.  Eu cantei Ne pleure pas Jeannette, achei que combinava já que a letra era sobre uma menina que ia se casar, só tirei a parte dos ''tra la las''. Mesmo que minha garganta estivesse horrível e que eles não falassem francês, pareceram gostar. Texana o beijou na bochecha e eles estavam casados.

Os felicitei quando vi Daniel vir na nossa direção e, provavelmente a mãe de Faiore, fazer o mesmo. Os dois se despediram de mim, sentia que nunca mais os veria e eles pareciam sentir o mesmo.

―Adeus. ― Faiore disse, ainda um pouco constrangido pelo beijo.

―Nós nos vemos em breve Suri. ―Texana disse ao afagar a minha cabeça e eles correram de volta a mãe.

―Em breve... ―Daniel me pegou e me colocou de volta em suas costas. O bando seguiu pelo corredor à direita e nós dois continuamos pelo corredor silencioso. Vi aos poucos eles se afastando, quando eu finalmente consigo fazer amigos eles tem que ir embora, não é justo.

 


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Notas finais do capítulo

https://m.letras.mus.br/chansons-enfantines/541968/traducao.html
Aqui é a tradução mais decente que eu encontrei da musica (e tem erros de quem traduziu no google...)



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