O Coelho da Lua escrita por Mauschen


Capítulo 36
Boa criança.


Notas iniciais do capítulo

Procrastinação yey!!!



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Olhava atentamente o corredor. Nenhum guarda era visto. Tudo estava num completo breu, o que dificultava ver o fim do corredor. Sabia que a esquerda havia uma porta que levava a sala de maquinas onde éramos obrigados a trabalhar, forcei a memoria a lembrar de todas as rotas de fuga que planejei. A essa hora da noite haveria muitas pessoas lá, consequentemente muitos guardas, era impossível sair por lá. Nossa melhor chance era à direita.

Havia pais tentando acalmar crianças que choravam. Elas teriam que se acalmar logo ou chamariam muita atenção. Suri estava quieto, as orelhas se moviam devagar prestando atenção a qualquer barulho fora do normal, como não podia andar tinha que carrega-lo nas costas, mesmo que ainda chorasse ele não estava reclamando, apenas cumpria sua missão de me avisar se alguém estava vindo. Ele era quieto e útil, por que não existem mais crianças assim?

Por um momento imaginei como seria se eu não tivesse tido essa ideia estupida de ir justo no ninho das cobras. Suri compensava o corpo pequeno com uma inteligencia que eu estava invejando, percebi que eles me orientava pelos corredores sempre indo para baixo através de escadas... Não tinha percebido que esse lugar era alto assim, fiz bem em não considerar pular alguma janela. Ele ainda seria ótimo no meu trabalho, quando eu o proibi de comer uns biscoitos que eu tinha comprado, ele conseguiu roubar e colocar a culpa na pelúcia que ele vivia grudado.  Juro e não fosse o fato de ele ter tentado incriminar um brinquedo, eu teria acreditado...

Não pude deixar de imaginar que envés dos biscoitos era algo valioso e no lugar da pelúcia alguém que eu não gostava. Se eu o treinasse com certeza seria alguém rico no futuro.

Apenas comecei a caminhar, o lugar era um labirinto sombrio. Havia diversos corredores tão iguais . Não tinha como saber qual eu deveria escolher, então apenas ia por onde Suri dizia que não havia ninguém, até o velhote chamar por mim.

―O que?

―Nós... Nós temos que encontrar nossas mulheres. Elas es... ― ele começou a apontar para um corredor.

―Ah claro.― Merda, o grupo já estava grande o bastante pra mim e teria que aguentar mais dessas pessoas? Ah, eu deveria deixa-los aqui.

Fomos até o corredor. Ele me mostrou uma cela. Deixei Suri no chão. Abria a porta. Um processo tão patético que rapidamente nosso grupo perturbado e estranho já tinha 14 pessoas. Era gente demais, vai chamar muita atenção.  Voltei a colocar Suri nas minhas costas e andei, sem me importar se eles me sequiam ou não.


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