O Coelho da Lua escrita por Mauschen


Capítulo 11
O guerreiro pequeno e vermelho!


Notas iniciais do capítulo

Escrever e ouvir Under Pressure do David Bowie, ah, que perfeito! Essa musica combina tanto com a historia, se puder ouça, não vai se arrepender.

Lumiere é o equivalente a França desse universo, é 'luz' em francês.



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Ainda estava escuro, Eredima fazia um esforço enorme para abrir os olhos. Ela fazia o que podia para proteger Texana do frio. Cantava alguma melodia desafinada para que a pequena continuasse dormindo.

~*~

Muito longe dali

De manhã já estávamos Mei Difang. Era uma cidade muito bonita, os prédios eram altos e bem conservados. Havia mulheres de vestidos longos bonitos e cabelos presos. Ainda tinha pessoas demais pra mim, se bem que pra uma pessoa que cresceu no Tibith, meu padrão não é muito alto.

Daniel e Merlin pareciam estar um pouco mais aliviados. Ludovico estava curioso. Enquanto caminhávamos passamos por uma espécie de arena onde dois homens lutavam. Um era pequeno e tinha pelo vermelho e preto, o outro era grande e gordo e tinha pelo branco e preto. A arquibancada estava vazia, não me preocupei em separar de Daniel e Merlin.

O grandão era bem lento, mas era muito forte. O vermelho se movia muito rápido, mas era bem fraquinho, ele pulava de lá pra cá e dava chutes. No final o vermelho venceu. Foi quando perceberam que eu estava ali.

―Quem é esse pirralho? ―O grandão disse com sua voz grossa. Parecia uma versão gorda do Daniel. O vermelho veio até mim. Fiquei de pé e abaixei as orelhas. Papai disse alguma vez que devemos tratar guerreiros com respeito.

―Não pode entrar aqui. Estamos ''fechados'' ― Ele tinha quase a minha altura, mas era um adulto. Ambos vestiam uma espécie de macacão branco com faixas vermelhas.

―Eu me chamo Suri, pode me ensinar a aquilo? ―Tentei fazer a cara mais fofinha do mundo.

―Quer mesmo aprender a lutar? ― Ele me olhou incrédulo. Não o culpo, tenho a mesma habilidade física de uma mosca. Mesmo assim, que quero muito aprender a me defender sozinho, não, ainda não superei aquele incidente com os cachorros.

Mas antes que pudesse falar alguma coisa, senti uma mão segurando a gola da minha blusa e me puxando. Daniel estava com uma cara nada feliz.

―O que eu já te disse sobre fugir pirralho?

―Eu não tava tentando fugir!

O pequeno vermelho começou a rir.

~*~

O castigo pela 'fuga' foi carregar a bolsa-mochila dele. Ele deve carregar chumbo nessa coisa! Acho que posso dizer adeus pra minha coluna depois dessa. Fomos a até uma casa que mais parecia um palácio! É um prédio de três andares bem conservado, com telhado curvado e essas coisas que tem nas casas antigas de Chani. A pintura era vermelha e amarela, e o jardim era muito bem cuidado. Também tinha homens de uniformes por toda parte. Eu nunca entendi por que tinha homens de uniforme por toda parte, em Lumiere, no Tibith e também em Chani, eles devem ser pessoas importantes.

Daniel falou com alguém numa daquelas casinhas, entramos. Ele falou com mais pessoas, e repetiu o processo mais vezes. Ludovico e eu ficamos cansados de ficar ouvindo as conversas chatas dos adultos e ficar andando por todo lado. Só conseguia pensar em como seria treinar com aquele pequeno vermelho, ele com certeza seria um mestre infinitamente melhor que Daniel, pelo menos eu aprenderia alguma coisa útil.


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Notas finais do capítulo

Sei lá man, comentai ai e é noís!



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