Secrets: entre Serpentes e Leões escrita por Jee kuran 95, Jee kuran 95


Capítulo 20
Capítulo XX: Mentiras expostas.




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Autora: Jee_kuran_95

Disclaimer: Harry Potter pertence exclusivamente a J.K.Rowling.

Classificação do Capítulo: +13 anos.

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Secrets: entre serpentes e leões.

Autora: Jee_kuran_95

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Capítulo XX: Mentiras expostas.

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– Não posso acreditar que tenha feito algo assim, Draco. - ela sussurrou, sentindo sua mente se nublar por um momento.


Draco olhava para ela de maneira divertida, quase sádica. A varinha de Harry girava em suas mãos e ele olhava dela para o objeto de maneira debochada.


Sentia-se tonta. Olhou para o garoto e recuou um passo, com medo. Não sabia qual era seu objetivo, não sabia o que ele estava armando, mas de uma coisa tinha certeza:


Draco Malfoy não era um tolo mimado como todos imaginavam.


– Surpresa? - ele perguntou quase gentilmente, um sorriso nos lábios. Parecia sério demais... maduro demais. - Você me achava um estúpido e incompetente como meu pai, um garoto medroso... Como todos os outros acham que eu sou.


E era verdade, todos pensavam isso dele, ele sabia disso.


Mas estava cansado. Cansado de ser um dos elos fracos da família, de ser o lado que sempre pendia antes que qualquer outro. Ele não era seu pai, nunca o seria.


– Podia ter me contado seus planos.


– Não, eu não podia. - rebateu ele, os olhos azuis, frios. - você contaria a Caius e ele contaria a... Voldemort ou contaria ao Potter e estragaria os meus planos.


Hermione abriu os olhos, perdida e assustada.


– Eu não contaria ao Harry! - disse nervosa.


– Claro que contaria, acha que não sei que você é um agente duplo da Ordem? - disse irônico em uma risada abafada. Revirou os olhos. - Você devia cuidar mais pra quem você fala as coisas e onde fala. As paredes tem ouvidos. - sussurrou misterioso, um sorriso brincando em seus lábios.


– Como descobriu? - não adiantava negar então, queria saber quando e onde ele ouvira isso. - Draco, me diga como descobriu isso!


– Eu tenho meus meios. - esquivou-se.


Olhou profundamente para ele, vendo como os olhos de Draco mostravam sentimentos completamente diferentes dos de Caius: rancor, amargura, tristeza e algo que ela ão sabia identificar.


– Espero que não esteja muito machucado, irmãozinho.


Caius abriu a porta rapidamente, fechando-a atrás de si em um clic. O rapaz olhou para Hermione e depois para Draco, avaliando o silêncio que se instalara no recinto no momento em que ele entrou.


Suspirou, passando a mão pelos cabelos e se aproximou da cama do irmão. Draco olhou para ele, impassível.


– Como se sente? - perguntou.


– Melhor impossível. - disse o outro, cortante. Ele sabia que uma resposta atravessada assim viria dele, era mais que óbvio.


– Onde estava? – a voz de Hermione saiu fria dirigida a Caius.


O louro virou-se surpreendido com seu tom, franzindo as sobrancelhas para ela enquanto seus olhos escureciam alguns tons. Ele escondia algo, ela sabia. E também sabia que ele não lhe falaria nada.


– Tive que fazer algumas coisas de emergênci...


– Ele está com o lord, onde mais estaria em meio há uma batalha? - disse murmurante Draco. Caius se virou para ele, de repente alarmado e viu o irmão sorrir-lhe, auto suficiente. - Viu? As reações dele o entregam.


– Eu não estava com ele.


– Mentira.


E desta vez, Hermione surpreendera aos dois irmãos. Draco olhou para ela intrigado, acomodando-se melhor na cama. As costelas lhe doeram mas não se importou com a dor.


Pela primeira vez neste ano, sua prima acreditara nele.


Caius se mostrava inquieto, duvidoso. Ela nunca havia ficado ao lado de Draco, desde o começo, desde que se conheciam ela sempre gostara mais dele, de Caius e sempre acreditava cegamente em tudo o que ele falava.


Por quê? Porque ela estava acreditando em seu irmão mais novo? O que... havia mudado?


– Olhe em meus olhos Caius - ela disse, se aproximando dele sorrateira como uma serpente. O rapaz olhou para seu rosto e logo viu abaixo, algo brilhar em vermelho: seu colar. - Olhe em meus olhos, Caius e me diga que não está mentindo, olhe em meus olhos e me diga que não foi falar com lord Voldemort.


Ele levantou novamente seus olhos para os dela e o silencio recaiu pesado, intenso sobre o quarto do mais jovem dos Malfoy. Os olhos castanhos, tão puros e intensos, não eram mais de uma menina e sim, de uma mulher.


Ele não conseguia mentir para ela, não mais. Não depois de tudo que eles haviam passado porque... ela a amava.


Sempre a amou. Desde o começo, desde criança.


– Olhe em meus olhos e minta para mim se for capaz. - ela sussurrou com intensidade, seus olhos fixos nos dele, seus corpos, se tocando.


Uma de suas mãos foi até o cabelo dele, acariciando os fios louros e tirando-o da frente dos olhos. Caius sentiu sua respiração falhar e algo lhe oprimir a boca do estômago: medo.


Ele estava com medo do que ela iria dizer. Medo, porque sabia que o irmão havia contado algo de verdade - que ele não sabia como o outro podia ter conhecimento - para ela.


Sabia que, havia a possibilidade de negar tudo, que tudo aquilo fora uma artimanha de seu irmão para enganá-la, jogá-la contra ele. Havia uma pequena possibilidade dela acreditar em suas palavras, de acreditar nele.


Mas havia o outro lado também...


– Desculpe... - sussurrou fechando os olhos.


E então, a mão que lhe acariciava parou, e o toque quente dela sumiu. Não houve nenhum sinal de que ela se fora, porém, ele não mais sentia o calor de seu corpo.


– Então é verdade - ela disse séria.


Ele ainda não havia aberto os olhos.


Não tentou contestar, nem se defender esperava o próximo ato dela. Apenas podia ouvir sua respiração calma e relaxada. Ouviu uma risada abafada, triste em seguida.


– Preciso tomar um pouco de ar.


E a próxima coisa que ouviu, foram os passos dela e a porta sendo aberta para logo deixá-la sair.


Abriu os olhos, virando-se para o irmão.


– O que você disse a ela? - perguntou sibilante, os olhos injetados de raiva.


– Nada que não fosse verdade, e você sabe disso. - sorriu e podia jurar que sentia-se algo mais leve, não era todo dia que se via Hermione e Caius brigando e isso era simplesmente... satisfatório.


– E como infernos você soube?


– As paredes tem ouvidos nessa casa, sabia? Se quer algum lugar privado para conversar com alguém, tem que se jogar um feitiço de silêncio em cada cômodo. - disse com tom de quem sabia das coisas, depois ficou sério. - Você me subestimou, Caius. E se tem uma coisa que abomino nessa vida é que as pessoas me julguem por fraco.


– Até agora você não tem demonstrado muito de sua força, irmãozinho. - riu com escárnio o mais velho, cruzando os braços e olhando arrogante para o outro, sentando na cama. - O seu... como disse mesmo? Ah, sim. Plano não deu muito certo pelo que se pôde ver.


– Você é um tolo.


Caius parou de rir no ato. Olhando para o irmão, raivoso.


Do que ele o chamara?


– Do que você... me chamou? - sussurrou nervoso.


Tolo. - disse Draco com um sorriso. O louro sorria, esse era um dos pontos fracos de seu irmão, não aceitava críticas. - Você acha mesmo que eu não sabia que o lord só aceitou a minha... sugestão porque ele pretendia invadir o Ministério com os outros comensais? Por favor, Caius, não me julgue idiota! - gritou nervoso. - Acha que eu não sabia que você estava lá apenas para cuidar para que mante-se parte da Ordem na casa dos Weasley's tempo suficiente para ele comandar a invasão? - perguntou irônico.


Os dois se mostravam alterados. Caius não tinha respostas para rebater o irmão. Não conseguia entender como ele sabia de tudo aquilo.


– E essa oportunidade me caiu como uma luva! Obviamente eu não pretendia matar Potter apenas... pegar isso. - e levantou a varinha de Harry aos olhos do outro, que se arregalaram.


– A varinha de Potter. - depois de um minuto, Caius riu, confundindo ao outro. - Você é patético, Draco. E de que lhe adiantará ter a varinha de Potter? Vamos, me diga!


– Se você não sabe o que fazer com uma varinha, irmão – o tom gélido do Malfoy fez Caius estreitar os olhos, seu corpo se tensando. - Não serei eu a lhe dizer. E saio do meu quarto, preciso descansar. - suspirou cansado,


– Hun, não - disse parecendo pensar seriamente no assunto. - Quero que me diga como acabou descobrindo tudo. Afinal, se nem Hermione conseguiu, porque você conseguiria?


– Eu já lhe disse uma vez, Caius: não me subestime. Agora, saia daqui.


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– Hermione?


– Porque não me contou mãe? - perguntou virando-se para ela. A mulher tinha uma expressão confusa.


– Não sei do que está falando, Hermione. - murmurou a mulher, realmente confusa e intrigada, do que sua filha falava afinal?


– A invasão ao ministério. - sussurrou, tentando conter a raiva em sua voz.


E então, a mulher entendeu, engolindo em seco e respirando fundo, pegou uma das mechas do cabelo louro da filha e colocou atrás da orelha.


– Eu não podia contar a você, seu pai e eu não podíamos contar a você... temos um voto de silêncio para com o lord. As missões não podem ser compartilhadas com ninguém... nem mesmo com você, minha filha. - disse com uma ponta de tristeza.


– Draco me contou, disse que ouviu vocês conversarem sobre isso em um dos aposentos da mansão. - disse com a voz falha.


– Impossível. - disse outra voz.


As duas mulheres de viraram e olharam para a entrada do grande salão dos Malfoy. Seu pai andava a passos rápidos até elas, mas de maneira tão elegante que parecia flutuar.


Hermione arqueou uma sobrancelha enquanto olhava para o pai. Katy olhava de um para outro, esperando por um resposta.


– Porque impossível? - perguntou a garota.


– Por que no momento em que recebemos uma missão não devemos falar sobre ela. Em hipótese alguma. - disse o homem, parando ao lado da filha, desconfiado. - Draco descobriu de alguma outra forma isso Hermione, ele mentiu para você ao falar que nos ouviu.


"Ele mentiu para você..." "Ele mentiu para você..."


"Mentiu... para você."


Ela não podia acreditar nisso, simplesmente não conseguia compreender como eles podiam ser - sim, eles porque ela também englobava Caius nessa equação - tão cretinos e mentir tão descaradamente para ela.


– Porque eles mentiriam para mim? - perguntou, sem notar em voz alta.


– Quem?


– Caius e Draco. - disse olhando para os pais. Os dois se olharam, com sorriso nos olhos.


– Eles devem ter seus motivos para isso Hermione.


– E quais seriam? - perguntou irônica.


– Talvez... eles pensem que é o melhor para você. - disse carinhosamente sua mãe. - Que o que estão fazendo vai proteger você das consequências dos atos deles.


– Não me importo com as consequências. - replicou.


– Então está sendo irracional. Não está sendo você mesma se pensar dessa maneira, Mione. - disse seu pai, passando a mão por seus cabelos e abraçando-a pelos ombros.


– Eu sei, mas, simplesmente não sei o que fazer.

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Não sabia o que pensar. Era confuso e, de alguma forma, gostaria que tudo voltasse a ser como era em seus três primeiros anos de escola.


E ele que achava que tudo era mais complicado naquela época!


E agora, daria tudo para estar naquele tempo, eternamente revivendo aqueles anos, onde Voldemort ainda não havia voltado totalmente a vida, onde seus amigos estavam sempre a seu lado e onde não tinha que lidar tão diretamente com a morte.


Muitas pessoas haviam morrido por ele, para salvar sua vida.


E ele estava cansado de ver tantas pessoas se sacrificando.


Se sacrificando pela sua vida. Se sacrificando... pelo Eleito.


– Você está pensativo hoje.


Não precisou se virar, já sabia quem era.


Continuou olhando para a paisagem pela janela, do lado de fora, podia-se ver os resquícios do fogo que se lastrara pela casa.


– Em que está pensando? - perguntou Ronald encostando-se ao batente da porta e cruzando os braços.


– Em nada de especial, só no que está acontecendo ultimamente. - confessou dando de ombros. - As coisas estão ficando mais complicadas nos últimos anos, não acha Ron?


– É verdade. - virou-se para olhar o amigo, este, olhava um ponto fixo na parede. - Mas uma hora, nós temos que crescer e, não é como diz o ditado trouxa? Se ainda não encontrou o seu 'final feliz' é porque ainda não terminou.


– Tem razão. - suspirou o moreno.


– Está pensando nela não é? Em Hermione...


Harry se calou, será que era tão óbvio que naquele momento estava pensando em sua melhor amiga? No que ela era? De quem ela era filha? No que ela... se tornara?


– Não estou pensando nela, Ron.


– Não minta para mim, Harry. - disse o ruivo, começando a ficar vermelho, as orelhas esquentando drasticamente.


– Não estou mentindo. – é claro que estava, mas seu amigo não precisava saber de suas preocupações. Não precisava saber no que pensava. Afinal, Hermione teria contado para Ron se quisesse que ele soubesse de alguma coisa.


O silêncio novamente se instalou no quarto, enquanto os dois amigos olhavam pela janela, distraidamente.


– Sabe Harry, eu sinto falta dela, sinto falta da antiga Mione. – o moreno olhou para o ruivo e viu que este sorria perdido em pensamento como se fala-se aquilo para si mesmo, com certa amargura. – Daquela garota mandona que ficava horas a fio, enfiada naquela biblioteca, estudando arduamente para ser a melhor, que brigava conosco por nosso desleixo com as aulas, os deveres... Agora parece que ela simplesmente não... Importa-se. – sussurrou a última parte, sentindo um aperto em seu peito.


Harry sorriu, sabia do que o amigo falava, ele também sentia falta disso.


Porém, sabia que agora a morena – ou melhor, loura – tinha outras responsabilidades, coisas em quem pensar, pessoas para cuidar, deveres a fazer fora de Hogwarts.


Mas também sabia que os seus sentimentos eram diferentes dos de Ronald. Ele a amava e sofria por isso, sofria por não conseguir demonstrar seu sentimento.


Ele madurou tarde demais para que Hermione se desse conta que Ronald finalmente se tornara um homem, deixando de lado os pensamentos de criança.


E toda essa mudança ocorreu em questão de meses, ainda nas férias.


As cenas de ciúme em pleno salão principal, os olhares raivosos que lançava para os primos de Hermione, Caius e Malfoy – sendo que, ele não fazia ideia que Mione tinha algum parentesco com eles... -, os gritos com ela, os olhares tortos.


Mas ele sabia também que Hermione, muito antes já havia se apaixonado por Ronald e, quando viu não ser correspondida pelo garoto, decidiu esquecer aquela paixão – ela mesma havia lhe contado – e assim, o sentimento acabou desaparecendo com o passar dos anos.


– Eu também sinto falta, e muito. Mas Hermione cresceu, nós crescemos. Estamos em tempo de guerra Ron e temos outras prioridades com que nos preocupar, ela tem os pais trouxas se você não se recorda. – parcialmente verdade, sendo que, ninguém sabia que ela era um sangue puro.


– É eu sei, mas gostaria que ela estivesse aqui ao nosso lado. – a meu lado, você quis dizer, não é? Pensou Harry com um sorriso mínimo.


Alguém bateu a porta suavemente e os dois se viraram para ver Ginny com um sorriso no rosto envergonhado, pedindo se podia entrar.


– Entre Ginny. – disse gentilmente Harry.


A ruiva se aproximou, colocou as mãos na cintura e olhou para Ronald.


– Mamãe quer que você dessa para ajudar com os feitiços de proteção da casa. – disse a voz saindo meio falha. A presença de Harry a deixava nervosa muitas vezes ainda.


– Hun, tudo bem. – falou e se levantou. Olhou para o amigo. – Nos vemos depois Harry. Vamos Ginny – olhou para a irmã com um olhar severo e a menina fez um muxoxo.


Sabia que não conseguiria ficar sozinha com o – seu – moreno.


Internamente, Harry agradeceu a Merlin por ver seus amigos saindo pela porta. Lentamente se levantou colocando a cabeça para fora do quarto e fechando a porta silenciosamente, colocando um feitiço silencioso em seguida.


Suspirou, jogando-se na cama e se lembrando do dia em que Hermione decidira lhe contar a história toda, desde o começo.


– Não aconteceu nada de mais se é isso que vocês querem saber, não nos beijamos, não nos agarramos, apenas ficamos conversando como duas pessoas normais e depois viemos para cá testar minha vassoura nova. Fim de história.

Viu como a amiga subiu apressadamente e pode ver Ginny a seu lado, fazer menção de levantar. Parou-a com uma mão, indicando que ele subiria em seu lugar. A ruiva suspirou, resignada a obedecê-lo.

Harry colocou um feitiço em si mesmo – que a próxima Hermione o ensinara –, permitindo que ele pudesse subir a escadaria para o dormitório feminino da Grifinória sem quaisquer problemas.

Abriu a porta vagarosamente olhando em volta para ver aonde ela se encontrava.

Encontrou–a olhando–se em frente ao espelho, flexionando bem suas mãos, onde se podia ver um filete de sangue saindo. Foi à seu encontro, tomando o mão dela em mãos e murmurou um breve feitiço de cura que aprendera com a mesma.

– E então... – disse a encarando por trás dos óculos. -... Acho que está da hora de você me contar o que está acontecendo, não acha?

Encarou aqueles belos olhos verdes, perdendo – se em sua intensidade, sentiu seus olhos humedecerem e lágrimas salgadas caindo sobre seu rosto.

Não conseguia mais conter as emoções que a muito desejavam sair, as lágrimas que antes não puderam cair, estavam sendo mostradas frente aquele que sempre a ajudara.

– Sim... Está na hora.

Hermione arregalou a manga, puxando-a para cima e deixando ver de onde vinha o filete de sangue que ele podia ver. Harry arregalou os olhos horrorizados, tropeçando em seus próprios pés, e caindo sentado no chão.

Hermione tinha gravado em sua pele, nitidamente, a Marca Tenebrosa.

A marca, de Voldemort.

– O que significa isso Hermione? – sussurrou atordoado. Não sabia o que pensar daquela bizarra situação.

– Harry...! – ela correu até ele, mas quando viu que o rapaz de afastava desconfiado de si, parou, estacando no lugar. Os olhos cheios de lágrimas transbordavam silenciosamente.

– Eu exijo uma explicação. – falou o rapaz com voz dura, fria, repleta de mágoa.

– Eu posso explicar, mas não agora, não aqui! – ela disse, a voz suplicante. – Só, por favor, por favor, eu lhe peço... Confie em mim.

E, mesmo que ele não quisesse, confiou nela.

Algo dentro dele sempre lhe dizia para não confiar, que ela não merecia isso, mas no fim, ela se mostrou digna de sua confiança. Digna da confiança da Ordem.


E principalmente depois que ele descobriu quem ela realmente era... E o que aquela colar que ela carregava no pescoço significava.

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– Não podemos voltar à Hogwarts. – murmurou Mabelle.


Elizabeth revirou os olhos de maneira cansada. Era a quinta vez que a garota dizia aquilo e até Hermione já se encontrava irritada com a situação.


– Mabelle, cale a boca. – murmurou Amentia. – Se tem alguém aqui que deveria estar preocupada sou eu e muito provavelmente Draco, somos os únicos que foram realmente vistos naquela missão estúpida.


– Ela tem razão e você sabe disso. – disse Lizy colocando apontando para Mabelle que se encolhia no sofá em que estava, perto da janela.


Todas estavam relativamente em silencio, preocupadas em como a situação ficaria a partir dali. Hermione suspirou, lembrando-se da conversa com seus pais. Não queria pensar nisso.


Não agora.


– Será que as coisas podem piorar agora? – murmurou Amentia.


– Sim, sempre podem piorar. – disse Elizabeth.


Seu tom de voz sombrio, acompanhando o céu negro e a chuva torrencial que caia naquele momento. Hermione também sabia que, as palavras da amiga, eram extremamente verdadeiras.

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Continua no próximo capítulo...



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Notas finais do capítulo

Bom, eu estou voltando com essa fic então eu quero reviews. Sério, eu quero REVIEWS, tem mais de 60 pessoas acompanhando e no último eu só recebi 4 ou menos, não lembro.
Sinceramente eu não gostei nem um pouco disso e não creio continuar a escrever se continuar assim, vai demorar mais ainda pra mim postar, só isso e muita gente que lê e quer saber o final vai sair prejudicada.
Bom, é isso. Espero que tenham gostado e desculpe a quem manda seus coments. Até +, J. (ps: sim, eu estou re-editando os caps.)