Um Aluno de Sorte escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic
Notas iniciais do capítulo
PENÚLTIMO CAPÍTULO
— Okay.
Absalon desligou o celular, abriu a janela do sedan e jogou na BR-116. Fitou Marcela e Roger, sob amira de uma pistola. O inglês afirmou que Pedro estava a caminho para negociar o Cetro do Olimpo com o casal Schiarelli. O carro estava com cinco pessoas atrás — havia espaço, era praticamente uma limusine.
— O que você quer, cara? Quem é você? — perguntou Roger.
— Em 2009 eu... visitei a Rio de Janeiro para ver o túmulo do meu filho. Ele morreu nas mãos de uma bruxa... tal como ela. — Apontou para Marcela.
Sabrina sequer olhava nos olhos dos pais de Pedro. A vergonha era grande. Pior era a tristeza por saber que tinha um irmão mais velho que morrera e sua mãe havia escondido tudo.
Ao lado do casal, à frente de Absalon, um capanga portando uma pistola.
— Eu preciso do cetro para completar a missão da Cruz... destruição das bruxas. O anel e o bracelete estão bem aqui e me... deram poderes extraordinários. Imagine o cetro. Nunca pensei que... a mãe daquele rapaz era a bruxa guardiã desta cidade. Mas logo descibri que Joanna e você se comunicavam, principalmente naquele salão destruído.
— O que sabe sobre a destruição do salão?
— Sabrina, minha filha, começou a espioná-los pra mim depois que o Reverendo da Cruz havia me confirmado que você... é uma feiticeira. Sim, meu outro espião era aquele tal de Gerson...
— Gerson? Impossível.
— Não só possível como ele mandou destruir teu salão de beleza. Enxerga, senhora. A cobra do Gerson estava te enganando o tempo todo — disparou Sabrina.
— Calma, filha. Não se exalte. Precisar ficar com o estado de espírito... brando. Desculpem pela euforia desta jovem. E sim, Lady Schiarelli, Gerson trabalhava para mim.
Marcela ficou arrasada com a notícia. Sempre apoiou o rapaz em tudo e nunca havia demonstrado um pingo de preconceito por ele ser gay. Sentiu-se traída.
O carro preto desviou da rodovia e entrou numa pista mais estreita. Pararam em frente a uma construção abandonada, especificamente uma antiga fábrica de materiais de reciclagem. O local foi escolhido com base na escolha dos capangas brasileiros que conheciam a região.
— Chegamos. O endereço é de difícil acesso — disse o motorista.
— Como dizem os americanos: showtime.Desçam.
Marcela e Roger foram levados para outra construção, fora da fábrica. Sob uma marquise deteriorada, Maurício aguardava a solução do caso. Os pais de Pedro ficaram ao seu lado, sendo ameaçados constantemente por soldado da Cruz.
— O líder mandou vigiar esses dois também. Se aprontarem, manda bala.
Os dois capangas armados obedeceram às instruções e ficaram vigiando o trio de reféns.
...
Pedro finalizou a ligação. Afrodine, afoita, perguntou ao seu guardião sobre o que o irritante Absalon queria.
— Ele quer que leve a caneta para uma fábrica abandonada na BR no quilômetro dezoito.
— O que diachos é isso?
— Afrodine, é onde estão todos aqueles que conhecemos. Meus pais, seu Maurício, Sabrina, Absalon e seus capangas da Cruz.
— Espera. Ele não fez nenhuma exigência? Pediu para ir só? — perguntou Desirée.
— Não.
— Eu sabia. Aquele canalha sabe que nem meus poderes conseguem detê-lo. Está brincando conosco.
— E o que faremos?
— Ora o quê. Vamos indo — concluiu Afrodine.
Os três foram no carro. Afrodine passou pela placa do quilômetro dezoito. Pedro avisou para dobrar à direita na próxima rua, e na sequência uma estrada de terra. Depois de quase uma hora rodando de carro para fora de Fortaleza, chegaram até o local. Era bastante ermo, com um muto branco bastante desgastado, sobretudo pelas plantas. Grama alta não faltava por aqui.
— Parece que aqueles caras já nos viram. Desirée?
— Que foi, Afrodine?
— A mulher do meu lado sumiu sem que eu visse. Acho que usou algum truque de invisibilidade. Desirée, está aí?
— Acho que não está.
Pedro e Afrodine ficaram bolados com o sumiço repentino da feiticeira.
Alguns guardas conduziram o carro para o portão da fábrica. A entrada foi aberta, o carro passou. Absalon os recepcionou e convidou para dentro da fábrica.
— Entrega o cetro.
— Primeiro os reféns — disse Pedro.
— Garoto problemático! Shit!
Afrodine ficou na frente de Pedro a fim de protegê-lo, pois Absalon estava visivelmente irritado.
A dupla de guardas foi abatida por Desirée, que apareceu por meio de teletransporte. Desamarrou Maurício e os pais de Pedro.
— Você é uma colega! — exclamou Marcela ao ver a loira.
— Sim. Mas não temos tempo para conversar agora.
Maurícii segurou no braço de Desirée e tentou falar mesmo sem língua. A feiticeira pôs a mão na testa do homem e leu os seus pensamentos.
— Não deixe os três o objetos juntos ou um buraco interdimensional poderá ser aberto.
— Oh, céus!
Absalon obrigou Pedro a se desfazer da caneta. Com uma rajada de vento, ele afastou a súcubo e usou telecinese do anel para pegar o objeto. Em posse, o caçador fez com que o cetro surgisse.
— Tarde demais — disse Desirée.
O Cetro do Olimpo era como um bastão todo de ouro e na ponta uma joia parecida com diamante.
Portando as três joias dos caçadores, o líder da cruz fez com que o cêu escurecesse e liberasse raios. Uma chuva vermelha começou a cair na região,assustando muitas pessoas. Ventanias assolaram a capital cearense.
Desirée terminou de abater os capangas restantes quando se deu por conta que Maurício havia sumido.
Na hora que Absalon iniciaria a magia para matar as feiticeiras, Maurício surgiu perto, tentando reaver o cetro mágico. A sua tentativa deu certo e o cetro saiu da mão do inglês. No entanto, o objeto foi parar no teto do galpão onde estavam; numa estrutura de ferro. O vilão usou magia para afastar o velho.
— Temos que pegar aquele cetro. — disse Marcela quase implorando.
— Onde está o Pedro? — perguntou Roger.
Afrodine se deu conta que o rapaz estava subindo até o teto por uma estrutura de aço no canto do galpão. A ideia do jovem era praticamente suicida, haja vista a altura era de pelo menos uns vinte metros.
— Sem olhar pra baixo, sem olhar pra baixo, sem olhar pra baixo... Argh! Olhei!
— Maldito garoto. Não atrapalhar meus planos... — Absalon tentou lançar uma descarga elétrica pelo anel, mas foi impedido por Desirée e Marcela, que criaram um escudo de feitiço.
O vilão,danado da vida, conseguiu sobrepujar as duas bruxas e ir atrás de Pedro. Nesse meio tempo, o jovem conseguiu se mover alguns metros para perto do cetro. Na tentativa de pegar o objeto, escorregou, por sorte conseguiu se segurar na barra de ferro e, ao mesmo tempo, segurar o objeto. Absalon subiu na estrutura e planejava pegar o cetro.
— Que foi, garoto? Ainda lutar pela vida? Pode me dar agora?
— Se quiser, vai ter que pegar.
Pedro largou o cetro para o chão, irritando o líder da Cruz. Ele começou a pisar em Pedro, tentando derrubá-lo de qualquer maneira.
— Não quero ver — disse Marcela.
As esperanças estavam quase perdidas, Pedro não aguentava mais se segurar, quando alguém pegou o cetro lá no chão.
— Deixa ele! — gritou Sabrina. — Deixa ele ou juro que jogo o cetro naquele vórtex.
Absalon engoliu em seco.
Continua...
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!