Um Aluno de Sorte escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 25
Quem se dará bem?


Notas iniciais do capítulo

PENÚLTIMO CAPÍTULO



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— Okay.

Absalon desligou o celular, abriu a janela do sedan e jogou na BR-116. Fitou Marcela e Roger, sob amira de uma pistola. O inglês afirmou que Pedro estava a caminho para negociar o Cetro do Olimpo com o casal Schiarelli. O carro estava com cinco pessoas atrás — havia espaço, era praticamente uma limusine.

— O que você quer, cara? Quem é você? — perguntou Roger.

— Em 2009 eu... visitei a Rio de Janeiro para ver o túmulo do meu filho. Ele morreu nas mãos de uma bruxa... tal como ela. — Apontou para Marcela.

Sabrina sequer olhava nos olhos dos pais de Pedro. A vergonha era grande. Pior era a tristeza por saber que tinha um irmão mais velho que morrera e sua mãe havia escondido tudo.

Ao lado do casal, à frente de Absalon, um capanga portando uma pistola.

— Eu preciso do cetro para completar a missão da Cruz... destruição das bruxas. O anel e o bracelete estão bem aqui e me... deram poderes extraordinários. Imagine o cetro. Nunca pensei que... a mãe daquele rapaz era a bruxa guardiã desta cidade. Mas logo descibri que Joanna e você se comunicavam, principalmente naquele salão destruído.

— O que sabe sobre a destruição do salão?

— Sabrina, minha filha, começou a espioná-los pra mim depois que o Reverendo da Cruz havia me confirmado que você... é uma feiticeira. Sim, meu outro espião era aquele tal de Gerson...

— Gerson? Impossível.

— Não só possível como ele mandou destruir teu salão de beleza. Enxerga, senhora. A cobra do Gerson estava te enganando o tempo todo — disparou Sabrina.

— Calma, filha. Não se exalte. Precisar ficar com o estado de espírito... brando. Desculpem pela euforia desta jovem. E sim, Lady Schiarelli, Gerson trabalhava para mim.

Marcela ficou arrasada com a notícia. Sempre apoiou o rapaz em tudo e nunca havia demonstrado um pingo de preconceito por ele ser gay. Sentiu-se traída.

O carro preto desviou da rodovia e entrou numa pista mais estreita. Pararam em frente a uma construção abandonada, especificamente uma antiga fábrica de materiais de reciclagem. O local foi escolhido com base na escolha dos capangas brasileiros que conheciam a região.

— Chegamos. O endereço é de difícil acesso — disse o motorista.

— Como dizem os americanos: showtime.Desçam.

Marcela e Roger foram levados para outra construção, fora da fábrica. Sob uma marquise deteriorada, Maurício aguardava a solução do caso. Os pais de Pedro ficaram ao seu lado, sendo ameaçados constantemente por soldado da Cruz.

— O líder mandou vigiar esses dois também. Se aprontarem, manda bala.

Os dois capangas armados obedeceram às instruções e ficaram vigiando o trio de reféns.

...

Pedro finalizou a ligação. Afrodine, afoita, perguntou ao seu guardião sobre o que o irritante Absalon queria.

— Ele quer que leve a caneta para uma fábrica abandonada na BR no quilômetro dezoito.

— O que diachos é isso?

— Afrodine, é onde estão todos aqueles que conhecemos. Meus pais, seu Maurício, Sabrina, Absalon e seus capangas da Cruz.

— Espera. Ele não fez nenhuma exigência? Pediu para ir só? — perguntou Desirée.

— Não.

— Eu sabia. Aquele canalha sabe que nem meus poderes conseguem detê-lo. Está brincando conosco.

— E o que faremos?

— Ora o quê. Vamos indo — concluiu Afrodine.

Os três foram no carro. Afrodine passou pela placa do quilômetro dezoito. Pedro avisou para dobrar à direita na próxima rua, e na sequência uma estrada de terra. Depois de quase uma hora rodando de carro para fora de Fortaleza, chegaram até o local. Era bastante ermo, com um muto branco bastante desgastado, sobretudo pelas plantas. Grama alta não faltava por aqui.

— Parece que aqueles caras já nos viram. Desirée?

— Que foi, Afrodine?

— A mulher do meu lado sumiu sem que eu visse. Acho que usou algum truque de invisibilidade. Desirée, está aí?

— Acho que não está.

Pedro e Afrodine ficaram bolados com o sumiço repentino da feiticeira.

Alguns guardas conduziram o carro para o portão da fábrica. A entrada foi aberta, o carro passou. Absalon os recepcionou e convidou para dentro da fábrica.

— Entrega o cetro.

— Primeiro os reféns — disse Pedro.

— Garoto problemático! Shit!

Afrodine ficou na frente de Pedro a fim de protegê-lo, pois Absalon estava visivelmente irritado.

A dupla de guardas foi abatida por Desirée, que apareceu por meio de teletransporte. Desamarrou Maurício e os pais de Pedro.

— Você é uma colega! — exclamou Marcela ao ver a loira.

— Sim. Mas não temos tempo para conversar agora.

Maurícii segurou no braço de Desirée e tentou falar mesmo sem língua. A feiticeira pôs a mão na testa do homem e leu os seus pensamentos.

— Não deixe os três o objetos juntos ou um buraco interdimensional poderá ser aberto.

— Oh, céus!

Absalon obrigou Pedro a se desfazer da caneta. Com uma rajada de vento, ele afastou a súcubo e usou telecinese do anel para pegar o objeto. Em posse, o caçador fez com que o cetro surgisse.

— Tarde demais — disse Desirée.

O Cetro do Olimpo era como um bastão todo de ouro e na ponta uma joia parecida com diamante.

Portando as três joias dos caçadores, o líder da cruz fez com que o cêu escurecesse e liberasse raios. Uma chuva vermelha começou a cair na região,assustando muitas pessoas. Ventanias assolaram a capital cearense.

Desirée terminou de abater os capangas restantes quando se deu por conta que Maurício havia sumido.

Na hora que Absalon iniciaria a magia para matar as feiticeiras, Maurício surgiu perto, tentando reaver o cetro mágico. A sua tentativa deu certo e o cetro saiu da mão do inglês. No entanto, o objeto foi parar no teto do galpão onde estavam; numa estrutura de ferro. O vilão usou magia para afastar o velho.

— Temos que pegar aquele cetro. — disse Marcela quase implorando.

— Onde está o Pedro? — perguntou Roger.

Afrodine se deu conta que o rapaz estava subindo até o teto por uma estrutura de aço no canto do galpão. A ideia do jovem era praticamente suicida, haja vista a altura era de pelo menos uns vinte metros.

— Sem olhar pra baixo, sem olhar pra baixo, sem olhar pra baixo... Argh! Olhei!

— Maldito garoto. Não atrapalhar meus planos... — Absalon tentou lançar uma descarga elétrica pelo anel, mas foi impedido por Desirée e Marcela, que criaram um escudo de feitiço.

O vilão,danado da vida, conseguiu sobrepujar as duas bruxas e ir atrás de Pedro. Nesse meio tempo, o jovem conseguiu se mover alguns metros para perto do cetro. Na tentativa de pegar o objeto, escorregou, por sorte conseguiu se segurar na barra de ferro e, ao mesmo tempo, segurar o objeto. Absalon subiu na estrutura e planejava pegar o cetro.

— Que foi, garoto? Ainda lutar pela vida? Pode me dar agora?

— Se quiser, vai ter que pegar.

Pedro largou o cetro para o chão, irritando o líder da Cruz. Ele começou a pisar em Pedro, tentando derrubá-lo de qualquer maneira.

— Não quero ver — disse Marcela.

As esperanças estavam quase perdidas, Pedro não aguentava mais se segurar, quando alguém pegou o cetro lá no chão.

— Deixa ele! — gritou Sabrina. — Deixa ele ou juro que jogo o cetro naquele vórtex.

Absalon engoliu em seco.

Continua...


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