Um Aluno de Sorte escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 23
Falta apenas uma peça para a vitória da Cruz


Notas iniciais do capítulo

Deixar aqui a mensagem que já estamos na reta final desta fic. Eu já sei até o final. Acontece que eu decidi terminar logo antes que eu empurre com a barriga. Faltam mais 3 capítulos.

Boa Leitura.



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Absalon mandou Gerson trazer Luíza a fim de mostrar a sua total periculosidade diante dos seus inimigos. Pedro, ao ver a moça sendo arrastada com truculência, tentou avançar, porém Afrodine o impediu.

— Agora a atração principal. Tragam ele aqui. Tragam o tio de Luíza. — Falou Gerson para os guardas.

O senhor Maurício apareceu na frente de Pedro, com o semblante triste e cabeça baixa. Ele reconheceu o garoto e fez sinal de negativo. Absalon explicou que desde outubro o velho havia sido capturado pela cruz e que teve a língua arrancada.

— Espera... Então quer dizer que o seu tio esse tempo todo era o cara que havia me enfiado nisso tudo? Se eu não tivesse aceitado a proposta dele, talvez a história seria completamente diferente.

— Não se engane — falou Sabrina. — O meu pai já estava de olho em você há muito tempo.

— Exactly! Eu vigiar sua família desde que Gerson virou amigo da sua mãe. Sabrina e eu enganamos aquele Eros para atrair todos para armadilha. Minha filha já sabia da sua condição desde o começo e disfarçou para que Eros não desconfiasse.

Pedro precisou sentar numa cadeira para poder superar aquela traição. Apesar de Sabrina ser uma conhecida recente, já fazia parte da vida do rapaz. Pela primeira vez sentiu-se traído. Sabrina apenas permanecia calada.

— O que quer com os objetos? — perguntou Desirée.

— Destruir todas as seres do outro mundo. Principalmente... Salém.

Desirée lançou um feitiço contra Absalon, mas ele se defendeu com o bracelete. O anel de Nibelungo serviu para contra-atacar com um feitiço de aprisionamento, fazendo com que Pedro, Luíza, Afrodine e Desirée fossem presos numa "cela mágica".

— O chefe pretende viajar para o Brasil?

— Sim. Cuida deles — ele levou Sabrina e Maurício juntos. Gerson gargalhou ao ver o grupo preso numa armadilha tal como animais silvestres. O ex-cabeleireiro pegou uma caixa de papelão e pôs ao lado deles.

— Espera, Gerson. Você deveria pedir desculpas pra minha mãe por tê-la traído.

— Só no seu sonho, Pedrinho.

O barulho do tic-tac dava uma sensação de urgência a todos. Desirée tentou lançar outros tipos de feitiço, mas a magia do anel era muito poderosa. Afrodine sequer conseguiu derrubar a jaula. Parecia ser o fim.

— Acho que a culpa foi minha. Sabe, Luíza, se eu fosse um cara honesto talvez isso jamais estaria acontecendo. Eu me arrependo muito de ter feito Afrodine virar professora só para poder me passar, só por causa de uma bolsa de estudos. Acho que há coisas mais importantes na vida.

— Eu não te odeio, Pedro. Fiquei chateada por você ter mentido, dizendo que estava estudando. Acho que todos nós merecemos uma segunda chance.

— Obrigado — Pedro abraçou Luíza, deixando a garota corada.

— Quanta melação. Tudo bem que os dois são virgens, mas agarrar-se agora não — disparou Afrodine. — E por falar no seu desempenho escolar, eu não facilitei. Você respondia as perguntas iguais aos demais alunos.

— Como?

— Eu falei que as perguntas da sua prova eram mais fáceis que os outros, lembra? Pois eu menti. As perguntas eram as mesmas. O conhecimento de biologia que aprendeu nesses dois meses foi esforço próprio.

— Eu nunca havia estudado. Que papo é esse, Afrodine?

— Eu fiz com que o seu cérebro liberasse uma substância da memória. Assim você se lembrou de tudo o que a antiga professora ensinara e conseguiu passar na prova. Simples. Fiz isso com uma mistura de xixi de gato e botava no seu suco toda manhã.

Pedro começou a tossir com nojo, mas agradeceu por Afrodine ser tão boa com ele. Agora a sua consciência não pesava mais.

— Temos menos de uma hora para essa bomba explodir — afirmou Desirée.

...

Do lado de fora da sede, Eduardo e Jonas desceram de um táxi e se esconderam atrás de uma árvore. Dois guardas da Cruz rondava a calçada quando foram pegos pela arma de choque do riquinho.

— Cara, preciso de uma dessa.

— Vamos levar esses dois pra longe da entrada.

Edu e Jonas conseguiram carregar os dois guardas para trás de uma moita, trocaram de roupas e vestiram os uniformes da Cruz. Como era Natal em Londres, as ruas estavam quase desertas.

— Precisamos nos infiltrar o mais rápido possível. Sinto cheiro ruim no ar — disse Edu.

— Não fui eu.

Ambos se infiltraram na sede da Cruz. Passaram pelo hall da recepção e o grande lustre roxo. Um dos guardas chamou a atenção deles para que eles fossem ajudar o Reverendo no andar superior. Imediatamente a dupla subiu pelo elevador.

— Essa roupa tá apertada em mim. O cara devia ter 1,70 de altura e eu tenho quase 1,85.

— Cale-se, Jonas. Ou vai colocar a vida de todos em risco.

— Só estou fazendo isso por Luíza.

Eduardo sorriu e fez sinal de negação com a cabeça. O elevador abriu no andar onde estava o auditório do QG. Segundo o guarda da recepção, os reféns estavam nesse lugar.

— Olha — Jonas mostrou Edu a parede destruída. Correram para ver.

— São ele! — disse Edu.

A dupla dinâmica correu para os reféns. Pedro e os demais falaram todos de uma vez só, mas Edu não conseguia entender patavidas alguma. Jonas viu a caixa e deduziu ser uma bomba. Levou o objeto para fora da sala, escolheu uma janela e jogou no meio da rua. A explosão foi tamanha que estremeceu o prédio todo e quebrou os vidros.

— Essa foi por pouco. — Desirée conseguiu eliminar o feitiço de aprisionamento do anel. Assim todos puderam se libertar.

Afrodine e Desirée foram na linha de frente, abrindo caminho para os humanos. Os guardas foram derrotados um por um até sobrar Gerson na recepção.

— Não deixarei que escapem. Anos de planejamento para acabar assim? Nunca — Gerson segurava uma pistola, apontando para Pedro. Desirée piscou o olho, fazendo o lustre roxo perder o equilíbrio e cair sobre o vilão.

— Essa doeu — disse Afrodine.

...

Aeroporto de Londres

O carro particular de Absalon parou na pista de um aeroporto particular. Os três saíram do veículo para, em seguida, entrarem num jatinho particular. Maurício foi levado algemado e sendo vigiado por um guarda. Sabrina, como filha biológica, teve o privilégio de ir livre. Absalon deu uma última olhada para o aeroporto antes de entrar no avião. Uma aeromoça ofereceu champanhe para o ricaço. Tudo seguiu conforme o roteiro.

— Em algumas horas... encontrarei a última peça desse quebra-cabeça e assim a vitória estará garantida. Escutou, velho? Sei que não tem língua para falar, mas... eu consigo adivinhar os seus pensamentos.

— Deixe-o, papai. Esse pobre coitado terá o mesmo fim do Eros, de Afrodine e todos que atravessaram o seu caminho.

— Tem razão, honey.

Sabrina olhou para Maurício com cara de pena e remorso. Pela primeira vez deixou de lado as suas futilidades e pensava no bem-estar do próximo.

— Não pense... muito, filha. Guarde seus pensamentos quando chegarmos no Brasil. Hehehehe. Quem podia imaginar que... o último objeto está... na cidade onde você mora. Fortaleza no Brasil.

Continua...


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