Um Aluno de Sorte escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 22
Plot Plot Plot Twist!




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Sabrina levou uma bandeja com sucos para as visitas. Ouviu um Pedro nervoso, quase descontrolado ao telefone. Algo de grave aconteceu no Brasil. Afrodine quis saber do que se tratava, o rapaz explicou o ocorrido.

— Eu sinto muito, meu amor. Tome um pouco desse suco de laranja que eu mesma fiz — disse ela acariciando o rapaz.

— Obrigado, Sabrina.

Ela também deu suco para os demais. Eros segurou um dos copos, olhou para a moça e bebeu.

Conversa vai, conversa vem, todos ali desmaiaram por causa do sonífero que a moça pusera em suas bebidas. O único que ficou sóbrio foi Eros, como planejado.

— Não queria ter enganado o Pedro assim. Tadinho. Ele fica tão fofo quando está dormindo. — Ela beijou na boca dele.

— Pelo menos vamos ser milionários depois que entregarmos o anel e o bracelete ao dono da Cruz.

— Vai mesmo fazer isso, Eros? Não vai se arrepender depois? Olha que dá tempo de parar.

— Parar nunca. Bom, tenho pensado seriamente em dar estas cópias. Mas precisamos tirar o bracelete de Afrodine só pra certificar — disse ele tirando o objeto do braço da irmã.

Sabrina e Eros trancaram o grupo na suíte e saíram do hotel. O plano deles sempre foi entregar os objetos em troca de uma fortuna, ou seja, dez milhões de dólares. Saíram do hotel e partiram para o quartel general da Cruz.

— Não sente remorso de ter enganado a sua própria irmã?

— Eu não. Aquela vaca é chata demais. Venderemos os falsos para a Cruz e depois leiloamos os verdadeiros ao mercado negro. Podemos ganhar até um bilhão de reais por cada um.

Sabrina não esboçou nenhuma reação. Pediu ao motorista que fosse para onde Eros indicara. O carro de luxo se foi.

Pedro acordou imediatamente. Seus olhos ainda marejavam por causa do remédio pesado. Chamou Afrodine e Desirée.

— Não posso acreditar que aquele viado me enganou! Se eu o pego... nem sei mais o que fazer. Agora se pensa que vai me enganar está muito enganado.

— Calma, amiga. O mais sensato agora é sabermos aonde foram.

— E eu ainda não acredito que Sabrina nos enganou — lamentou Pedro.

Os três desceram para a recepção, mas já era tarde demais. Afrodine se manteve calma o tempo todo enquanto os outros dois ofegavam.

— Garota, o que você tem para ficar tão calma assim? Nem parece aquela que esculhambava lá em cima.

— Coloquei um rastreador no bracelete — respondeu. Pedro e Desirée levaram um susto.

— Então estamos perdendo tempo. O idiota do seu irmão resolveu nos trair — disse Desirée.

 

Quartel General da Cruz - Harlington

Sabrina carregava um pequeno baú de cobre que, supostamente, contém os dois objetos preciosos. Eros a acompanhou até a sala de auditório. O Gerson os recebeu.

— Eu te conheço. Não é o amigo gay da mãe do Pedro? É, a vida dá voltas.

— Silêncio. O nosso chefe não gosta quando fazem perguntas. Dê-me a caixa.

Sabrina entregou o pequeno baú para o reverendo, e em seguida recebeu uma mala cheia de dinheiro.

— Recebeu? — perguntou Eros.

— Sim. Recebi tudo. Mas não pretendo dividir esse dinheiro contigo. 

Eros não entendeu o que sua guardiã falara. Seus sentidos foram caindo pouco a pouco, sua visão ficou turva, já não conseguia aguentar-se de pé.

— Que fez comigo?

— Eu dei uma poção misturada no suco. Ela faz efeito uma hora depois de ingerida e tem o mesmo efeito sedativo daquele remédio comum. Eu te dei uma chance de se arrepender e não prosseguir com o plano, porque eu estava começando a me arrepender. Agora é tarde.

— Por isso que... você tanto olhava para o relógio.

Eros apenas desmaiou aos pés de Sabrina. Pela primeira vez um demônio se tornou mais fraco do que um reles humano. Sabrina não era apenas uma reles humana, porém. A moça foi até a jaqueta preta do moço e pegou os verdadeiros itens e entregou para o Gerson.

— Eu já vinha me comunicando com o seu líder há algum tempo. Também faço parte da Cruz.

Até mesmo Gerson foi pego de surpresa com a atitude controversa da moça. Quando estava em Fortaleza enganava Marcela muito bem, porém era enganado por Sabrina.

— Brilhante.

O líder da Cruz chegou no recinto batendo palmas. Vestido de um terno e gravata borboleta e uma máscara preta, ele agradeceu pelo serviço prestado pela brasileira. Colocou uma garrafinha de plástico e fez uma magia de aprisionamento. Eros foi aprisionado e levado para uma outra dimensão.

— Odeio esses monstros. Por culpa deles mataram o meu filho — disse num português fluente.

Ele pôs o anel e o bracelete. Um show de luzes saiu dos dois e projetaram o local exato do terceiro e último.

— Droga. Conheço esse lugar — disse Sabrina ao ver a projeção.

— Isso que eu chamo de ironia do destino, chefe.

Uma parede foi destruída bem na hora. Alguns guardas caíram com a força de Afrodine e a mágica de Desirée. Pedro foi o último a chegar no local.

— Sabrina, o que pensa que está fazendo?

— Pedro, eu tive que fazer. O chefe da Cruz é... o meu pai biológico.

Todos, inclusive Gerson, fizeram um WTF! depois daquela bomba. A moça explicou que o homem que está no Brasil é o seu pai adotivo, mas o inglês na verdade sempre foi o biológico.

— Exatamente... sou o pai dela — ele retirou a máscara. Um homem loiro com um pouco mais de quarenta anos apareceu. Pedro se lembrou dele na visão da bruxa velha. Agora tudo se encaixava.

— Isso é inacreditável, chefe. Nem eu mesmo sabia disso.

— Gerson, o que faz aqui?

— Pedrinho, eu também sou um infiltrado da Cruz.

Pedro abriu a boca.

— Onde está o canalha do Eros? — perguntou Afrodine.

— O chefe aprisionou aquele pobre coitado. Agora nada poderá nos deter — respondeu Gerson.

— My name is Absalon O'Connor. Sou dono... da Cruz. E já tenho... o anel e o bracelete. Nada mais poderá me deter.

Pedro suou ao ver quando o homem mostrou os dois objetos.

Gerson pegou Luíza de refém e mostrou a todos. Pedro quase correu na direção dela, porém Afrodine o segurou.

— Agora a atração principal. Tragam ele aqui. Tragam o tio de Luíza.

Os guardas levaram até eles o senhor Maurício, o velhinho da loja de antiguidades. Preso por algemas, ele se manteve de cabeça baixa.

Pedro tentou chamá-lo, contudo Maurício fez sinal negativo com a cabeça. Absalon gargalhou e disse que havia arrancado a língua dele.

Continua...


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