Um Aluno de Sorte escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 21
O verdadeiro motivo da Cruz! A destruição de um patrimônio da família Schiarelli




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Gerson revelou ser membro do grupo A Cruz e um dos líderes, ou seja, o responsável por recrutar novos membros e dar ordens em nome do chefe da facção. Luíza impressionou-se ao ver o cabeleireiro na sua frente.

— Pode retirar o aparelho. Servirá quando conversar com o dono dos caçadores.

— Pode me explicar quem é você e como se relacionou com a mãe do Pedro?

O homem sentou-se na beirada da mesa, perto da moça e a olhou fixamente.

— Conheci a Marcela quando eu estava no Brasil, tentando investigar algumas coisas importantes para a seita. Sabia que o seu namoradinho tem uma mãe bruxa?

Luíza quase fica paralisada ao ouvir aquele tipo de absurdo. Gerson sorri ao perceber a incredulidade da moça pois, se fosse ele no lugar dela, também não acreditaria.

— Este mundo não é como você pensa, Luíza. Há todo o tipo de pessoas, diferentes em todos os sentidos. A maioria é formada por humanos, como eu e você, porém há os anormais como a Marcela, Afrodine... Não acredita ainda?

Ele mostrou um vídeo com filmagens de Pedro com Afrodine em momentos reveladores como, por exemplo, no dia da festa na casa de Eduardo. As cenas mostravam a mulher lutando contra Eros. Depois mudou pra uma cena em frente ao apartamento da família Schiarelli.

— Pedro fraudou seu desempenho escolar com a ajuda da demônio Afrodine. Ela foi capaz de manipular algumas pessoas. Agora acredita?

— Não pode ser verdade. É um absurdo essas coisas acontecerem. Mas, se for verdade, você está enganando a dona Marcela há muito tempo.

— Sim. Marcela é uma feiticeira nível 1. Apesar de não ser muito forte, o filho dela foi responsável por soltar Afrodine. Tudo estava planejado.

— Planejado?

— Pedro e Afrodine mostrarão o último item que precisamos a fim de acabarmos de vez com as bruxas, amore. Essa é a principal missão da nossa seita.

Um membro apareceu, dizendo para Gerson levar a garota até o hotel onde o chefe estava hospedado. O Reverendo sorriu e, de modo truculento, levou a jovem para o lugar combinado.

 

Trump Tower

A van pariu em frente ao luxuoso hotel. Luíza saiu acompanhada de Gerson até a suíte presidencial, no último andar do prédio.

— Pra onde está me levando?

— Silêncio.

Ao chegarem no andar derradeiro, Gerson se dirigiu para a porta da suíte e entrou; pois já havia sido deixada aberta pelo chefe. O ambiente dentro do triplex era de requinte e extremo luxo. Havia até uma jacusa no meio da sala.

— Coloque o aparelho de escuta.

— E agora?

Um homem usando um roupão roxo e uma máscara da rainha Elizabeth apareceu diante dela. Segurando uma taça de champanhe, ele pediu que a jovem sentasse na poltrona.

— Até que enfim nos encontramos, minha cara.

— O que quer comigo?

— Ela não gosta de rodeios, Gerson. É uma mulher de decisões. Pois bem, antes não queríamos nada, mas agora temos tudo a ver. Pedro Schiarelli resolveu vir para Londres obstinado a encontrá-la, conversar sobre um mal entendido acerca de uma bolsa de estudos. Ele e alguns amigos já estão aqui e querem salvá-la.

— Pedro aqui? E o meu tio? O que fizeram com ele?

O mascarado não respondeu a essa pergunta. Pegou um livro velho numa prateleira e abriu numa página. Apontou para três figuras.

— Aqui são três objetos que nos servirão a um propósito. O Anel de Nibelungo e o Bracelete do Nilo estão com os dois demônios. Pedro e uma tal de Sabrina são guardiões desses dois demônios.

— E o quer comigo?

— Se quer o seu tio solto, terá que cooperar conosco. Vai atrair o namoradinho e a amiga para o quartel general onde estava antes e tirar os dois objetos.

Luíza não teve outra opção a não ser obedecer o seu algoz. Porém, or dentro, não queria fazer isso.

Ainda na Trump Tower, Sabrina Vasconcelos deitou-se na cama de uma das suítes depois de uma viagem longa. A socialite deixou o Brasil assim que soube que Pedro viajara para a Europa. A maior dificuldade era saber aonde o rapaz foi pois, segundo a sua mãe, ele faz companhia com Eduardo.

— A sua irmã está aqui, não está? Consegue sentir a presença dela? Com certeza está fazendo companhia ao Pedro e é aí que preciso da sua ajuda.

— O que quer que eu faça, garota? 

— Pedro veio para ver a sonsa da Luíza, por isso não posso permitir que aqueles dois voltem. Agora que amanhã terei a minha maioridade por lei.

Uma fina chuva insistia em cair na Londres. 

...

Brasil - Fortaleza/CE

Salão de Beleza Schiarelli

Marcela ausentou-se dos negócios como sempre fez em finais de ano. O lugar estava totalmente fechado, inclusive sem o vigia do lugar. Gerson, antes de partir para o exterior, deixou uma surpresa para a mulher.

Uma van rosa parou em frente ao salão. O veículo chamava a atenção pois era bem diferente dos demais. Um slogan: Destruir para Alegrar! E de lá saíram quatro elementos fantasiados de Teletubbies. O quarteto entrou no local sem nenhuma dificuldade. O roxo segurava um rádio, mas colocou no chão assim que entrou; o verde segurava baldes de tinta roxa; o amarelo se dispunha de uma marreta; o vermelho, menor, carregava uma caixa menor e soltava confetes. O grupo usava lenços roxos no pescoço.

— Esse local é muito chique — disse o vermelho, provando ser uma mulher.

— Louco pra começar logo — disse o verde.

— Pra que um salão de beleza já que não existe mulher feia, mas aquelas que não usam Jequiti? — falou o amarelo.

— Tá na hora de dar tchau, de dar tchau, de dar tchau hehehe. Bruxa maldita.

O roxo colocou o rádio no chão, ligando-o em seguida. Uma música bem animada do Prince. O quarteto se animou e partiu para a destruição. Enquanto rolava a batida, eles se preparavam para acabar com o lugar que Marcela tantou lutou para ter.

— Parceiro, acho que ninguém precisa desses aparelhos — disse o roxo para o amarelo.

All hail, the new kind in town

Young and old, gather 'round (yeah)

Black and white, red and green (funky)

The funkiest man you've ever seen

O amarelo quebrou sem remorso os aparelhos desfumadores e espelhos. Prateleiras foram devastadas com o poder destrutivo de um pelúcia amarelo com uma marreta. Já o verde jogou os baldes de tinta nas paredes e começou a pichar tudo e desgraçar com tinta óleo. O vermelho soltava confetes e era o único a que estava roubando alguns produtos de marca e os colocando numa sacola. O roxo grudou nas paredes cartazes com o símbolo da Cruz. Depois fez algumas dancinhas, arrombou os armários com produtos de beleza e desperdiçou tudo abrindo as embalagens. Cadeiras, prateleiras, espelhos, lavatórios, torneiras, duchas, tudo estava deteriorado.

Tell you what his name is

Partyman, partyman

Rock a party like nobody can

Rules and regulations, no place in his nation

Partyman, partyman

 

Party people, say it now, yeah, yeah, yeah, yeah!

Somebody holler if you want to party

Depois do festival de destruição completa e muita balbúrdia, os quatro subiram para o andar superior. Outros aparelhos destruídos, outros móveis quebrados, paredes pichadas... a mesma coisa de antes. O roxo e o vermelho entraram no escritório de Marcela, levaram os monitores, arrombaram um cofre atrás de um quadro e assaltaram cinco mil reais.

— Coloque ali.

O vermelho acatou a ordem do roxo e pôs a caixa sobre a mesa de Marcela. Os quatro saíram, cada um levando um monitor na mão. Pegaram o rádio de volta, entraram na van e saíram dali

Dentro da caixa havia uma bomba relógio, marcando alguns minutos até explodir.

À frente do estabelecimento, um prédio residencial. A síndica do local conversava com o porteiro no momento exato da explosão. Os vidros das janelas do salão e da fachada estouraram. Uma coluna de fogo e fumaça subiu ao céu. O Corpo de Bombeiros do Estado do Ceará foi notificado.

 

Marcela e Roger não foram para o sul do Brasil. O destino era bem mais longe da casa deles, apesar de chegarem mais rápido. Trata-se do mundo dos demônios, terra natal de Afrodine, Desirée, Eros, Marcela e muitos outros. Tomava chá com biscoitos com a sua família composta por um vampiro, um lobisomem, duas vampiras, sendo a sua mãe e sua irmã, uma múmia e um tataravó que só estava os ossos. Roger já era acostumado com aquilo.

— Querida, uma mensagem. É da Márcia, aquela sua funcionária. Ela disse que o salão foi destruído.

— O QUÊ?!!! — Desmaiou.

...

Whitechapel, Londres

Por Pedro Schiarelli

Dei uma sapatada no Jonas que o deixou inconsciente. Até o Eduardo ficou com pena daquele safado, mas eu achei foi pouco. A culpa de tudo o que de ruim acontecer com a Luíza será dele.

— Tudo bem, eu mereço. 

Joguei um vaso nele. Tentei jogar até uma cadeira, mas Afrodine me deu um tapa que girei três vezes e vi estrelas.

— Deixa ele falar, idiota!

Vi Desirée se assustar com o grito de Afrodine. Após a surra que levei, vi a súcubo pela primeira vez respeitando o livre arbítrio de um homem, ou seja, não seduziu Jonas em momento algum.

— Luíza foi sequestrada por dois caras no aeroporto, dizendo que são um guia e motorista de táxi. Estranhamos porque o nosso tio era para nos esperar.

— Seu tio faz o quê? — perguntou Desirée.

— Não sei. Ele é português e trabalha como professor ou pesquisador. Nunca me interessei nele. Quem se interessou foi a prima.

Fiz cara de poucos amigos. Ainda não me satisfiz em jogar coisas nele. Mudei, um pouco, ao vê-lo chorar e me pedir perdão. Bicho, como assim? O cara que me odiava agora beija meus pés? É tão impressionante que até fujoshis nos shipariam, se nos vissem agora. Mas comigo não existe pau a pau — trocadalho do carilho enfático aqui.

— Tudo bem, cara. Vou fingir que acredito nesse seu arrependimento. E agora? Onde está a Luíza?

— Pelo que eu percebi, a moça deve estar sob o poder da Cruz. Lembra que eu bati naqueles dois no carro? Temos que saber onde é a sede deles.

Afrodine recebeu uma ligação oportuna de Eros, avisando a sua chegada. Ela combinou se encontrar com ele na Trump Tower no dia seguinte. Aquele dia me cansou e aos outros também.

Dia seguinte...

Desirée, Eu e Afrodine fomos os únicos a subir ao apartamento onde Sabrina estava hospedada. A moça recebeu todos de braços abertos e, ao me ver, abraçou-me e beijou-me no rosto. Fiquei completamente corado porque nenhuma garota fez isso comigo.

— Pedro, estou tão feliz!

— Por quê?

— Porque hoje, Natal, faço dezoito anos. Sou adulta e alguns meses mais velha que você. Agora a minha pergunta é: importaria namorar uma mulher mais velha?

— Na-Não... Não me importaria, mas não tenho ainda ninguém em mente.

— Mas vai ter, meu amor.

Ela tentou beijar a minha boca, porém me afastei antes disso acontecer. Ela era direta.

— Entrem, fiquem à vontade. Eu estava tomando champanhe, já que tenho dezoito. Se bem que com quatorze eu já bebia cerveja.

— Quero ver o meu irmão. Ele está?

— Cheguei, irmãzinha. Sentiu saudades de mim? Talvez dos quinhentos mil que ainda te devo. Opa, olha o que tenho aqui. Desirée.

— Oi, gato. Nem vem que ultimamente estou preferindo homens humanos e difíceis. Acontece que você está mais fácil que amassar carros no GTA, portanto nem vem que não tem.

Pedi a Eros que falasse algo sobre a sede da Cruz, possivelmente levaram a Luíza pra lá. O cara simplesmente me ignorou e foi beber o champanhe sobre a mesa de centro. Afrodine mostrou o bracelete, Eros o anel. Ela afirmou que a Cruz estava interessada nos dois objetos e num terceiro; objetos que, se juntados, vão dar plenos poderes ao portador. Foi então que a Desirée me pegou de surpresa porque afirmou categoricamente que o líder da Cruz estava atrás dos três objetos a fim de destruir todas as bruxas da face da Terra, principalmente com a convenção mundial em Salém que ocorre em dez e dez anos. Não entendi muita coisa, mas segundo Desirée existem pouco mais de dez mil bruxas do outro mundo vivendo na Terra e ela mesma era uma dessas.

— Aquele velho... o tal Maurício é refém de um cara chamado reverendo. Ele me aprisionou com o bracelete e você com o anel para a Cruz não achar e acabar com Salém. E precisamos achar o terceiro objeto, viu? Se não impedirmos, eles caçarão as bruxas este ano e causará muitas incertezas.

— Você sabe onde fica o quartel general? — perguntou Afrodine.

— Não.

Recebi uma mensagem via whattsapp do meu pai. Quase dei um pulo ao saber que o salão de beleza foi destruído.


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