Um Aluno de Sorte escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 17
Um jantar que desceu mal...




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— Fala logo. O que você descobriu sobre essa seita secreta.

— Eles são chamados de caçadores e são pertencentes a um pequeno grupo em ascenção no Reino Unido chamado A Cruz.

— Tá. E por que a Cruz está querendo me matar?

— Lembra do velho Maurício do antiquário? Aquele velho não é brasileiro, e sim português. Ele combateu outros grupos de caçadores durante vinte anos, pois foi designado guardião geral entre os dois mundos. A Cruz, porém, estava sendo a mais difícil de deter, por isso ele a prendeu naquele recipiente e guardou dentro da caixa. Ele fez a mesma coisa comigo, mas Sabrina me libertou numa viagem à Paris.

— Espera... volta a fita. Aquele cara nos prendeu por quê?

Eros mostrou um anel na sua mão direita. O objeto tinha uma pedra de rubi bastante chamativa. Ele explicou que o anel era um dos três objetos que a Cruz estava querendo. Afrodine perguntou sobre os outros dois objetos e Eros falou sobre a pulseira de ouro que ela sempre carregava na mão esquerda.

— Em outras palavras: eles estão matando os demônios, pois sabem que os objetos estão com eles. Só não sabem que somos nós os portadores desses objetos.

— Tá. E o terceiro objeto?

— Não sei como é e muito menos onde está. Pode estar em qualquer lugar do mundo. O problema maior é que não sabemos o que a Cruz vai fazer com os objetos.

Afrodine bocejou. Ficou cheia das conversas do seu irmão.

— Agora o dinheiro. Cadê?

Eros retirou uma mochila das costas e mostrou os quinhentos mil dólares que estava devendo. Prometeu pagar o resto numa outra ocasião.

— Eu acho até estranho você pagar assim sem nada em troca. Fiquei surpresa com essas informações. Logo você que não tem nada de bonzinho.

— Eu também saí no lucro com esse nosso encontro. Dê um abraço ao seu guardião. — O íncubo sorriu e deu um pulo do prédio.

— Ah não... Pedro.

...

Sabrina comia à mesa enquanto olhava para Pedro do outro lado, conversando com Luíza. Sua possessividade beirava à loucura. Conheceu o rapaz há pouco tempo, mas já se sentia no direito de tê-lo como marido.

Jonas era outro que ficou com muito ciúme de Luíza. Precisava colocar em prática logo o seu plano de desmascarar o seu inimigo.

Gerson era um dos poucos que resolveu comer no sofá. Percebeu uma certa tensão no ar. Algo de ruim estava para acontecer.

— Eu soube que vai viajar para Inglaterra. Quando vai ser isso? — perguntou Marcela.

— Semana que vem. Passarei as minhas férias lá e só voltarei em janeiro. Acontece que tenho um tio que mora lá e me fez o convite.

— Que legal, Luíza. Pedro e Marcela vão passar as férias comigo em Porto Alegre.

— Seu Roger, tenho certeza que viajar para dentro do território nacional também vale à pena.

Sabrina sorriu.

— E onde vai visitar em Londres? London Eye, Catedral de São Paulo, Rio Tâmisa, Buckingham?

— Não sei, Sabrina. É a primeira vez que saio do Brasil.

— Eu já visitei Londres duas vezes. Fiquei hospedada na Trump Tower de lá. E sabem da boa? Conheci Donald Trump pessoalmente quando tinha uns dez anos. Sabe o que é conhecer pessoalmente o presidente dos Estados Unidos na Inglaterra? Hahahaha. Desculpem-me, eu falei demais.

Luíza ficou um pouco frustrada com o que Sabrina dissera. Jamais conhecerá o presidente dos Estados Unidos ou se hospedará num hotel de luxo. Sentiu-se inferior à moça. Sabrina sorriu de um modo cínico. Pedro quis desviar a conversa.

— Olha que piranha, Márcia.

— Que foi, Gerson?

— A Sabrina humilhando a Luíza. Gente... alguém tem que parar essa garota.

Os dois jantavam no sofá com Eduardo. Este se levantou e levou o prato de volta para a cozinha, depois foi para a mesa e pôs a mão sobre o ombro do amigo.

— Não fiquem com inveja da Sabrina, Londres não é isso tudo. Agora que Luíza vai viajar pela primeira vez, conhecerá esses pontos turísticos.

Luíza sorriu tímida. Jonas foi outro que não gostou do que Sabrina fizera. Foi muita crueldade passar na cara a relidade social dela. Vasconcelos era rica e tinha condições de ir para os melhores lugares; Luíza era de classe média e não esbanjava dinheiro.

Marcela encerrou o assunto e o jantar acabou ali mesmo. Alguns convidados decidiram sair, como Luíza e Jonas.

— Amanhã a gente conversa, Pedro. Tchau, dona Marcela. Tchau, gente.

— Espera, Luíza...

— Ela já tem minha companhia, amigão — disse Jonas.

Pedro viu Luíza pela última vez antes de ser praticamente agarrado por Sabrina. A moça viu a socialite abraçar Pedro antes de entrar no elevador e regressar para o seu andar.

— Eu acho que também vamos, Marcela.

— Vou levá-los até lá embaixo. Já volto, amor.

Sabrina era a única disposta a não ir, mas Pedro insistiu que ela fosse pois estava tarde.

— Só vou se me acompanhar até lá embaixo e esperar o meu motorista chegar.

Pedro assentiu. Precisava ser um cavalheiro nessas horas.

 

Jonas colou em Luíza mesmo depois dela entrar no apartamento. Ele entrou junto.

— Ficou chateada com a amiga do Pedro? Eu a achei arrogante. Como o Pedro tem amigos assim?

— Ele é livre para escolher os seus amigos.

— Ele não te merece, prima. Sei que você gosta dele... Não precisa me olhar com esses olhos. Só quero te alertar que você não conhece o verdadeiro Pedro.

— Não gosta dele, não é?

— A questão não sou eu não gostar, mas o que ele faz. E se eu te disser que ele mentiu para você?

Luíza olhou séria.

Continua...


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