In Love And In War escrita por Anieper


Capítulo 44
Capítulo 44




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Os dias foram se passando rapidamente. Entre fazer as comunidades crescerem e cuidar das crianças eu não tive muito tempo para pensar em tudo o que estávamos fazendo. Apenas quando Tony completou quatro meses essa realidade caiu sobre mim. Eu decidir levar ele e as meninas para andar pela a comunidade enquanto Beth e Carol estavam tentando fazer com que CJ seguisse elas, quando eu vi como tudo estava. Como a comunidade realmente estava.
Tivemos que reconstruir alguns muros, acrescentar outros. Fazer estábulos para os animais, aumentar nossa horta, refazer o dispensar e acrescentar alguns postos de vigia, antes de realmente começar a construir o moinho, o lago e reformular os painéis solares.
Decidimos que Eugene continuaria fabricando munição na fabrica que ele estava usando. No fim, dividimos coisas que apenas uma comunidade poderia fornecer e decidimos o que cada um seria responsável.
— Mamãe? – Judith chamou puxando a perna da minha calça.
— Oi, querida? – olhei para ela que estava andando ao meu lado de mãos dadas com Grace.
— Pode ir no escorregador?
— O certo é posso, amor. E sim. Vocês podem.
— Brigada.
As duas correram para o brinquedo enquanto eu empurrei o carinho com Antony até um banco onde me sentei para ficar de olho nas duas.
— Elas estão enormes. – Siddiq disse parando ao meu lado.
— Estão mesmo.
— Sabe, eu acho que nunca falei isso, mas eu te admiro. Você e Rick. – ele se sentou ao meu lado e eu olhei para ele confusa.
— Por que?
— Não é qualquer um que consegue criar filhos assim. E muito menos filhos tão bons quanto os seus. Eu ainda fico surpreso sempre que Judith ajuda Grace com alguma coisa. Ela tem apenas dois anos.
— Bom, ela poderia mostrar essa bondade com o irmão também. – falei sorrindo para meu garotinho que dormia no carrinho. – Ela ainda não aceita o irmão muito bem.
— Eu acho que é normal. Quando Grace entrou na vida dela já era grande e não precisava de tanta atenção.
— Ela tinha três meses.
— Quem te disse?
— Negan.
— Você foi falar com ele?
— Eu falei muito com ele. Antes do parto eu que supervisionava os banhos dele. Agora Carl faz isso. Logo vou voltar a fazer isso. Rick se sente melhor sabendo que eu estou à frente disso por saber que atiraria apenas se realmente precisasse. – suspirei e fechei olhos com o rosto para cima para tomar um pouco de sol. – Quando minha barriga começou a aparecer ele disse que se lembrava de quando a mãe de Grace foi falar para ele que estava gravida. Disse que ela estava com medo da reação dele. Ele fez uma festa quando ela nasceu. Falou também que é o padrinho dela.
— Ele é um homem estranho.
— Ele é um homem louco.
— De todos aqui você é a única que parece não ter problemas com ele. Todos ou tem medo ou ódio por ele.
— Não acho que nenhum desses sentimentos ajudam em nada. Claro, quando se tem medo você se torna uma pessoa cautelosa e tem menos chances de morrer, mas não podemos deixar o medo nos controlar. E o ódio destrói. Temos que saber perdoar. Não vamos esquecer o que ele fez nunca, mas sentimentos negativos fazem mal as pessoas.
— Você deveria ensinar isso ao seu marido. Quem sabe assim ele não para de atirar nas pessoas antes de dá uma chance.
Eu apenas rir e olhei para ele.
— Rick é um homem intenso. Antes disse tinha um meio termo para ele, depois que o mundo foi a merda, com ele é tudo ou nada. Ele teve que tomar decisões difíceis e as pessoas cobram dele, mais do que ele pode dá. Elas apenas nunca notam isso. Meu marido é duas pessoas completamente diferente. Tudo depende de quando você o conhece.
— Você já teve medo dele?
— Não. Mas já tive medo do que ele poderia fazer. Quando coloca uma coisa na cabeça, ele não sabe a hora de parar. Isso me dá medo. Ele pode se matar e nunca notaria por que estaria muito concentrado no que estar fazendo. Isso me dá um pouco de medo.
— Quando Carl estava tentando me convencer em vim para cá, ele me falava muito sobre você. Acho que cada dez palavras dele oito eram sobre a senhora e como a senhora é incrível. Eu não via um filho falar sobre a mãe daquele modo a muito tempo. Acho que mesmo antes do mundo acabar era difícil ver um filho adolescente falar tão bem sobre a mãe.
— Carl é uma pessoa única. Ele foi uma das melhores coisas que já me aconteceu.
— Eu não acreditei quando ele me disse que você não é mãe biológica dele. Eu nunca imaginaria isso.
— Ele é meu filho, sangue não quer dizer nada.
— Eu sei. E eu fico feliz por poder uma relação assim. Você é uma ótima mãe.
— Judith, não pule ai para não cair. – falei olhando para ela e Grace. – Eu sou sortuda por ter ele como filho.
— Eu estou feliz por ver essa relação. Faz acreditar que mesmo com o fim do mundo, nem tudo está acabado.
— Famílias sempre foram importantes, e sempre serão. – eu sorrir para ele e me levantei. – Eu preciso voltar para casa. Essas meninas precisam descansar um pouco e o sol está ficando forte para Antony.
— Tudo bem. Obrigado por conversar comigo.
— Sempre que precisa. Vamos, meninas, precisamos voltar.
— Mais, mãe. – as duas falaram junta.
— Mais nada, vamos.
As duas se aproximaram de mim com a cara fechadas e deram as mãos antes de grudarem em minha calça. Seguir para casa conversando com elas. Assim que chegamos, peguei Antony no colo e ajudei elas subirem as escadas antes de abri a porta e deixei elas entrarem.
— Ei, como foi o passeio? – Beth perguntou sorrindo para mim.
— Foi bom. Cadê CJ?
— Carol levou ele para ver o tumulo de Sofia. Ela gosta de contar histórias para ele da infância da mãe. Acho que isso ajuda ela a superar o que aconteceu.
— Isso é bom para ela. – coloquei Antony no cercadinho e sorrir para as meninas que sentaram no chão com sua cozinha de brinquedo. – Elas amam isso.
— Sim. Por alguns minutos antes de se cansarem.
— Isso mesmo. O que temos para o almoço hoje?
— Não sei. Estou com preguiça de ir ver. – Beth deu de ombros sorrindo. – Eu olho eles se você fizer a comida.
— Certo. – falei sorrindo antes de ir para a cozinha.


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