In Love And In War escrita por Anieper


Capítulo 41
Capítulo 41




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Estava terminando de ler um capítulo do meu livro quando Carl e Beth entraram em casa. Eles estavam rindo e olharam para mim que estava sentada no sofá. Ambos coraram.

— Oi, mãe. – Beth disse me dando um sorriso sem graça.

— Oi. Se divertiram? – fechei meu livro e olhei para os dois com bastante atenção.

— Sim. – Beth respondeu ficando um pouco mais vermelha. – Carl me levou para andar pela a comunidade. Foi legal. Ele me mostrou algumas coisas que já foram construídas que eu ainda não tinha visto. A nova dispensa está enorme.

— Eu sei. Foi eu quem projetou. – coloquei meu livro na mesa e me levantei pegando as babás eletrônicas em vima da mesa. – CJ está dormindo. Ele já comeu e está com a fralda limpa.

— Obrigado por ficar com ele hoje, mãe. – Carl disse quando entreguei a babá para ele.

— Não foi nada. Bom, vou dormi. Minhas costas doem e daqui a pouco Rick vem atrás de mim. – beijei a testa dos dois e fui em direção a escadas. – Boa noite.

Subi as escadas e passei no quarto das meninas. Lizzie estava dormindo espalhada pela a cama, Judith estava agarrada a sua boneca e Grace encolhida com uma bola com as mãos embaixo do rosto. Passei no quarto de Carl para checar CJ, que ainda dormia como um anjo. Quando finalmente cheguei ao meu quarto, fechei a porta e fui para a cama. Me deitei e apaguei a luz. Assim que sentiu meu corpo, Rick me abraçou pelas as costas.

Soltei um suspiro contente e me aproximei um pouco dele antes de fechar os olhos e deixar o sono me levar.

No dia seguinte acordei sentindo algo mochado em meu rosto. Abrir os olhos com um gemido e olhei Judith que estava sentada ao meu lado rindo.

— Bom dia, boneca. – falei me sentando com um pouco de dificuldade. – O que você está fazendo aqui?

— Ela estava te chamando. – Rick disse sentado na ponta da cama com Grace no colo. – Ela não deixou ninguém chegar perto dela enquanto pedia pela a mãe.

— A cada dia essa menina está pior. – bocejei e passei a mão nos olhos. – Todos já acordaram?

— Sim. Beth e Lizzie devem estar terminando o café.

— Certo. Vou apenas lavar o rosto e me trocar e desço.

— Tudo bem.

Rick me beijou e pegou as meninas antes de sair. Olhei para eles enquanto pensava que a cada dia que se passava as duas pareciam mais gêmeas. Espero que essa relação continuasse enquanto elas cresciam.

Lavei meu rosto e coloquei uma pouco confortável para passar o dia antes de descer as escadas. Tomei café conversando com Beth sobre o que íamos fazer hoje. Depois que todos saíram e deixaram apenas nós duas e as crianças, nos separamos. Como Judith e Grace estavam grudadas, elas ficariam comigo no escritório novamente e Beth cuidaria de CJ enquanto arrumava a casa.

Estava quase na hora do almoço quando escutei uma batida na porta. Olhei para cima e falei para a pessoa entrar. Beth entrou com CJ nos braços, ela parecia um pouco nervosa.

— Beth, o que houve? – perguntei preocupada.

— Daryl acabou de chegar. Maggie entrou em trabalho de parto no meio da madrugada, ele veio me buscar, eu...

— Me passe ele. – falei me levantando para pegar CJ no colo. – Você tem que ir.  Maggie vai precisa de você.

— Mas eu não posso te deixar sozinha com eles.

— Eu falei com Carol, ela vai vim em alguns dias. Três ou quatro. Ela quer passar um tempo com o neto. Ficarei bem até que ela chegue. Posso dá conta dos três e Lizzie pode arrumar a casa para mim se ficar muito pesado. Maggie é sua irmã e precisa de você lá com ela. Você pode ajudar ela no começo e sei que você quer conhecer o sobrinho.

— Tem certeza?

— Sim. Vai. Não deixe Daryl esperando. – falei sorrindo para ela.

— Vou arrumar minhas coisas. Será que pode chamar Carl? Eu quero me despedir dele.

— Claro. Vai lá.

Arrumei CJ no colo enquanto chamava as meninas para me seguirem. Judith ajudou Grace enquanto íamos para fora. Podia escutar Beth correndo de um lado para o outro no andar de cima enquanto arrumava as coisas. Daryl estava parado na sala olhando para as fotos.

— Oi. – chamei a atenção dele.

— Oi. Você está enorme. – ele disse se virando para me olhar.

— Não me fale. Nem notei. – fui até a porta e a abri. – John? Pode chamar Carl para mim? Fala para ele que Beth precisa ir para Hittop e queria falar com ele antes de ir.

— Claro, Ally.

— Obrigada.

— Como estão as coisas por aqui? – Daryl perguntou quando me virei para ele novamente.

— Bem. Estamos avançando e as construções estão melhores do que esperávamos. Como estão as coisas em Hittop?

— Ótimas. Estávamos quase terminando as reformas e avanços.

— Isso é bom.

— Olha, sobre o que aconteceu na última vez que...

— Cadê Beth? – Carl perguntou enquanto em casa sem folego.

— Quarto.

Carl apenas acenou com a cabeça para Daryl antes de correr pelas escadas.

— Eu não quero saber. Apenas saiba que se vocês tentarem algo contra a gente, vamos matar vocês. Lutamos muito, perdemos muito, para que nosso pessoal se vire contra a gente.

— Não é assim. Negan precisa morrer. Apenas quando ele morrer tudo vai ter terminado.

— Não. Tudo terminou. As coisas mudaram, as coisas estão bem. Eu não preciso ver o corpo de Negan para saber que acabou. O pior castigo para ele, é ver que tudo o que ele acreditava, tudo o que ele achava que fez por essas pessoas não se passaram de mentiras. Ele é narcisista, egocêntrico, isso o machuca muito mais. É um castigo pior do que a morte. Acredite, Daryl, tem coisas muito piores do que a morte. Por isso ele matou Glenn e não você quando levou aquele soco.

— E eu volto logo. Se ele não conseguir dormi direito, basta me chamar pelo o rádio que eu canto para ele. – escutamos a voz de Beth enquanto ela e Carl desci as escadas.

— Vai ficar tudo bem, Beth. Ele vai sentir sua falta, mas ele vai conseguir dormi. Acho que será igual a Judith depois que saímos da prisão, ela estranhou no começou não ter a mãe, mas depois ficou bem.

— Tudo bem.

Beth abraçou Carl com força. Carl devolveu o abraço e beijou a bochecha dela antes de se afastar. Beth, beijou e abraçou Judith e Grace, antes de pegar CJ do meu colo e o aperta contra o peito. Ela falou baixinho com ele e entregou para Carl quando começou a chorar.

— Ei, você vai ver ele novamente. – disse a abraçando. – Agora apenas se concentre em ajudar sua irmã. Vamos ficar bem. Podemos conversar pelo o rádio. Prometo que te direi como ele está todos os dias.

Beth se afastou de mim e secou as lágrimas antes de olhar para CJ no colo de Carl.

— Tudo bem. Está tudo bem. Se precisa de qualquer...

— Eu estou bem. Carol está vindo me ajudar. Eu vou chamar ela mais tarde no rádio e falar sobre o que aconteceu. Vê se ela pode vim um pouco mais cedo. Vai ficar com sua irmã e seu sobrinho.

— Tudo bem. Eu te amo, mãe. – ela me abraçou novamente.

— Eu também te amo, querida.

Me afastei dela quando Rick apareceu na porta. Ele cumprimentou Daryl com um toque de mão antes de abraçar Beth. Ela chorou mais um pouco enquanto apertava os braços no pescoço dele e se afastou para beijar a bochecha dele.

— Está tudo bem. Eu vou cuidar deles. – Rick disse colocando a mão no topo da cabeça dela.

— É bom mesmo. A mãe é muito teimosa.

— Eu ouvi isso.

Beth apenas sorriu antes de dá outro abraço em Rick e se afastar um pouco.

— Eu te amo, pai. – ela disse surpreendendo a gente. – Eu sei que nunca falei sobre isso mas sinto...

— Tudo bem. Pode me chamar de pai, eu tenho protegido você como se fosse minha filha desde que saímos da fazenda. – Rick beijou a testa dela. – Cuidado. E não perda nenhuma ligação da sua mãe. É capaz dela ir atrás de você para saber se tem alguma coisa errada.

— Pode deixar.

Beth arrumou a mochila nas costas e acenou para a gente antes de sair com Daryl. Rick se aproximou de mim e colocou a mão em minha cintura enquanto víamos ela se afastando.

 


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