In Love And In War escrita por Anieper


Capítulo 37
capítulo 37




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Fiquei com o Carl por mais uns minutos ali olhando para as pessoas andando pela a comunidade antes de fazer ele descer. Carl foi comer alguma coisa e eu fui atrás de Rick. O encontrei sentado em uma mesa olhando para um mapa junto com nosso grupo de preparação de guerra. Maggie estava fazendo algumas anotações ao lado dele, enquanto Daryl afiava uma faca.

— O que aconteceu? – perguntei me apoiando no ombro de Rick e olhando para o mapa melhor.

— Dwigth acabou de mandar uma mensagem por meio de Gregory. Temos uma chance. Amanhã Negan vai se preparar para nós atacar. Vamos atacar primeiro. – ele respondeu marcando os X em um outro mapa.

— Como vamos fazer com a comunidade? Quantos vão ficar aqui para protege-los. Eu não acredito que eles não vão mandar ninguém para cá.

— Ainda não pensei muito nisso. Pode chamar Carl para mim? Quero que ele ajude nisso.

— Claro.

Beijei a bochecha dele e me afastei. Fui até a cozinha aonda Carl estava comendo.Depois de avisar que Rick queria falar com ele, fui para o quarto. Sabia que Rick ia querer ajuda para planejar o ataque de amanhã, mas estava enjoada e precisava deitar um pouco.

Eu não queria dormi, mas podia senti meus olhos muito pesados e a escuridão logo tomou conta da minha visão.

Acordei com algo babado tocando meu rosto. Abri os olhos confusa e pisquei algumas vezes antes de ver Judith sentada na cama sorrindo para mim.

— Oi, mamã. – ele disse segurando minhas bochechas com as mãos babadas.

— Oi, monstrinha. -  falei me sentando na cama e limpando a baba do meu rosto. – O que você está fazendo aqui?

— Papai não aguenta eu. Disse que sou gitada.

— Sim, você pode ser bem agitada. – bocejei e olhoi para Rick sentado na beira da cama. – Por quanto tempo dormi?

— Umas duas horas. Estava cansada.

— Não. Apenas enjoada. Como vamos fazer amanhã?

— Tara, Beth, Amy, Lizzie e Maki ficaram aqui para cuidar da segurança, o resto vão com a gente.

— Tudo bem. – bocejei novamente enquanto olhava para Judith que decidiu brincar de esconder com a coberta. – Vamos acabar com isso e aí eu vou poder dormir por uma semana.

— Duas.

Eu rir enquanto olhava para ele com atenção. Rick estava tão diferente de quando nos conhecemos, mas ao mesmo tempo tão parecido. Eu sabia que ele ainda era um homem intenso disposto a fazer qualquer coisa por quem ama. E ele sempre foi assim. Acho que esse foi um dos fatores que me fez me apaixonar por ele em primeiro lugar.

— O que foi? – ele perguntou me olhando.

— Eu te amo. – falei sorrindo.

— Eu te amo. – ele respondeu se esticando um pouco para me beija.

— Ei, num pode. Afaste. – Judith disse entrando entre nós dois. – Num pode.

— Claro que pode. Ele é meu marido.

— Não. Papai meu. – ela subiu no colo do pai e passou os braços pelo pescoço dele enquanto me olhava com raiva.

— Não pode dividir comigo?

— Não.

— Eu sou sua mãe.

— Não.

— Eu te dei a vida.

— Não.

— Ótimo. Eu vou procurar por Carl então. Ele nunca ficou no caminho.

— Não. Mamã meu também. – ela disse pulando em cima de mim, me fazendo rir.

— Posso beijar o papai?

— Não. Eu bejo.

Ela se esticou no meu colo e deu um beijo na bochecha do pai.

— Estou feita com você. – falei me levantando da cama para ir ao banheiro.

Lavei o rosto para afastar o resto do sono e sair do quarto. Sabia que tinha muita coisa para fazer. Passei boa parte da noite ajudando todos a se preparar para o ataque de amanhã. Notei que Carl era uma das pessoas que estava no comando. Eu estava orgulhosa dele, mas uma parte de mim queria trancar ele em um lugar seguro e não deixar sair até que tudo tivesse terminado.

— Ei, mãe. – ele disse dando um beijo na minha bochecha.

— Ei, querido. Como está?

— Bem. Estamos quase terminando aqui. Quando acabamos vamos dormi.

— Amanhã será um dia cheio.

— Eu sei. Cadê o pai?

— Está passando um tempo com sua irmã. Sabe como ele gosta disso. Não vai me surpreender se ele passar um tempo com você também.

— Ele está certo. Vou passar um tempo com CJ antes de ir dormi. – ele colocou a arma de lado antes de me olhar.

— O que foi?

— Eu conversei com Beth. Ela realmente gosta de mim e eu não sei o que fazer. – olhei para ele atentamente. – Eu falei para ela que ainda não estava pronto para seguir em frente. Mas que eu também gostava dela. E quem sabe quando estiver pronto, daqui a um tempo, não possamos seguir em frente juntos. E sou muito ruim em querer seguir em frente tão pouco tempo depois de perder Sofia?

— Acho que você ainda não teve tempo para ter seu luto, querido. Tantas coisas acanteiram de uma só vez. Sei que quando isso acabar, você terá muitas coisas para pensar, mas por enquanto fico feliz por você dizer que quer pensar e que não acha que está pronto para seguir em frente.

— Não seria justo com ninguém se eu simplesmente começasse a sair com Beth. CJ a adora e ela é uma pessoa maravilhosa, nunca me perdoaria se a machucasse.

— Esse já é um bom começo, amor. – falei tirando o cabelo dele do rosto. – Está na hora de corta esse cabelo.

— Depois que reconstruímos nossa casa. Eu prometo. – ele piscou para mim antes de se afastar.

 Suspirei e terminei de arruma a munição antes de ir para o quarto das crianças. Beth estava deitada na cama com Grace do lado dela lendo uma história.

— Ei.

— Ei. – ela sorriu para mim enquanto entregava o livro para o bebê na frente dela.

— Cadê CJ?

— Carol e Daryl estão babando nele. Eles vão ter que brigar com Carl daqui a pouco. Sei que ele quer passar um tempo com o filho antes de amanhã.

— Ele aprendeu isso com Rick. – me aproximei da cama e peguei Grace no colo. – Por que não passa um tempo com Maggie? Eu cuido dessa mocinha.

— Claro. Obrigada.

Saímos juntas do quarto mas eu fui para o meu e ela desceu as escadas. Rick estava deitado na cama com Judith sentada na barriga dele. Parei na porta enquanto prestava atenção na conversa deles.

— Minino mau?

— Isso mesmo. Meninos são maus. Apenas o papai, Carl CJ e se o bebê que a mamãe está esperado for menino, são bons. O resto é tudo mau. São horríveis para falar a verdade.

— Tenho que chutar minino?

— Só se ele quiser ser seu namorado. Aí você chuta ele e correr para me chamar, ou Carl.

— Mamã disse que é feio bate.

— Eu sei, mas esse é um caso especial. É sobrevivência.

— Rick, que coisa feia. – disse chamando a atenção dos dois. – Não ligue para o que o seu pai está falando querida. Ele está apenas sendo um pai ciumento.

— Eu estou ensinando coisas importantes para ela.

— Rick, ela tem um ano, pelo amor de Deus, não tem mais ninguém com a idade dela. E mesmo se tivesse, você não tem que se preocupar com isso por mais alguns anos.

— Garotos são espertos. Eu não vou me ariscar.

— Eu acho bom você parar com essa besteira antes que eu chute sua bunda. – falei me sentando na cama.

Judith olhou para Grace no meu colo antes descer de cima do pai e puxar a menina do meu colo. Eu deixei ela ir para ver no que ia dá. Judith fez Grace engatia até a ponta do coberto e cobriu as duas. Rick e eu rimos quando escutamos o shiu que Judith fez.

— Eu realmente não entendo por que ela gosta tanto dessa brincadeira. – Rick disse antes de se virar na cama e puxar o cobertor. Judith deu um gritinho e começou a rir. Grace olhou com os olhos arregalados antes de soltar um grito animado e começar a mexer os braços e as pernas.

 - Acho que ela também gostou.

— Ótimo. Quando essas duas tiverem um pouco maiores vão se esconder por toda a comunidade.

— Isso é bom. Elas já sabem pelo menos um fato sobrevivência.

 Eu rir antes de me aproximar dele enquanto via Judith cobri e descobri Grace para que ela gritasse animada.

 

Cap. 37

Olhei para a frente enquanto arrumava a arma na minha perna antes de pegar meu rifle. Olhei para Rick que estava ao meu lado com a arma dele nas mãos. Soltei um suspiro antes pegar a mão dele e seguir em frente. Estávamos indo para cima dos Salvadores com tudo o que tínhamos. Ezekiel estava à frente do grupo com Daryl, Carol, Rosita e Shiva. Rick e eu seguimos ele logo depois com Carl ao nosso lado.

Tínhamos passado a noite com nossos filhos. Não vou negar que foi bem desconfortável dormir sete pessoas em cima de uma cama, mas não mudaria isso por nada. Ter meus filhos ao meu lado sem saber se eu viveria mais um dia, foi o que eu precisava. E acho que Rick também. Acordamos cedo hoje e terminamos os últimos detalhes que faltava no plano e aqui estamos nós indo para a guerra.

Rick queria ter certeza que o plano era mesmo o que Dwigth tinha passado. Eu achava que tinha alguma coisa estranha, não estava conseguindo falar com ele. Alguma coisa nisso não estava certo, mas sei que essa pode ser a nossa última chance de pegar Negan e acabar com isso de uma vez por todas.

— Tudo bem? – Rick perguntou apertando minha mão delicadamente me fazendo olhar para ele.

— Vai ficar com isso acabar. Quando finalmente podemos respirar em paz sem termos que nos preocupar com eles.

— Logo. Isso acaba hoje.

— Eu sei. Estou pronta para isso. Mas do que pronta para dizer a verdade.

Rick beijou minha testa antes de olhar para o mapa em sua mão. Ele fez um sinal para Daryl e entramos na floresta para encobri nosso rastro. Carl pegou minha outra mão e apertou enquanto sorria para mim tentando me dá apoio.

Eu sabia que isso era difícil para ele. Ele tinha uma ligação com Negan que eu não conseguia entender. Sabia que ele achava que não precisávamos todos morrem, eu também achava isso. Apenas não sabia como as coisas iam acabar depois de hoje. Eu queria que Carl tivesse ficado em casa para ajudar a proteger as pessoas, mas conhecia meu filho. Sabia que ele tinha que está do nosso lado. Sabia que ele tinha que ver como as coisas iam acontecer. Acho que parte de ser mãe é saber quando deixar os filhos tomarem suas próprias decisões mesmo que seja completamente contra isso.

Carl sorriu para mim, antes de beijar minha mão me fazendo sorrir para ele.

O mundo sempre foi um lugar injusto. E a cada dia que se passava cobrava mais caro para as pessoas que ainda viviam nele. Eu queria que essas crianças pudessem viver como crianças. Sabem o que tem de trás das cercas e saberem como lidar com aquilo, mas sem perde a inocência que eles tinham.

Carl não teve essa chance e sei que é por isso que ele está aqui hoje. Ele quer isso para Judith, Grace, CJ e todas as outras crianças na comunidade. Ele não queria que o que aconteceu com Mika, acontecesse com mais ninguém.

— Estamos perto do primeiro grupo. – Rick disse fazendo sinal para paramos. – Eu quero seus olhos acima. Você sempre foi boa em achar armadilhas e consegue ver melhor do que qualquer um.

— Certo. – falei olhando em volta. – Vai ser divertido.

Arrumei a arma nas minhas costas e subi em cima de uma árvore para ter uma visão melhor. Demorei um pouco, mas encontrei o grupo com a mira. Fiz sinal para Rick e o grupo avançou. Eu continuei onde estava enquanto eles matavam o grupo. Sabia que Rick queria apenas ter certeza que era apenas eles e por isso estava na árvore. Ele não queria que eu cuidasse eles.

 Quando todos estavam no chão descia da árvore e seguir com Carl para perto dos outros. Ele tinha ficado para trás com Geramy para ter certeza que eu estava segura. Achava isso um pouco irônico, até uns anos atrás eu que ficava para ter certeza que ele ia está seguro.

— Eles têm um mapa que confirma o que Gregory disse. – Rick falou quando nós aproximamos dele. – Vamos seguir o plano. Maggie seguiu em frente com o grupo dela para ver se tem outro grupo mais à frente nos aguardando.

— E acho que tem alguma coisa erra nesse plano. A mãe ainda não conseguiu falar com Dwigth. – Carl arrumou o chapéu na cabeça e olhou para o pai. – Eu não estou gostando nada disso. Sei que alguma coisa está errada.

— Eu sei. Posso sentir isso também. Mas esse mapa confirma o plano deles e não podemos ir atrás de todos os grupos para ter certeza que eles vão seguir esse plano. Vamos segui o nosso sem abaixarmos nossa guarda.

— Podemos deixar um pequeno grupo um pouco mais atrás. Como um plano de apoio. Será bom ter algumas armas e olhos aonde eles não possam ver.

— Precisamos de todas as armas que temos.

— Ainda vamos ter. Mas termos uma segurança maior assim. Não acho que temos que dá como certo esse plano sem questionarmos. Negan já fez coisas sem falar com Dwigth antes. Eles não estão contando com Jades e seu pessoal. Você disse que Simon matou todos. Ele acha que estão mortos. Sei que provavelmente em alguém de olho na gente, mas mesmo assim teremos um grupo escondido. Jades é boa em se esconder quando quer.

— Ela está certa. Podemos ficar um pouco mais atrás. – Jades disse parando ao meu lado. – Desa ver não precisa se preocupar, eu quero esses filhos da puta mortos. Podemos dá cobertura sem problema.

— Tudo bem. Tem um atirador ou Ally matou a única que tinham?

Rolei os olhos quando notei o som ácido na voz de Rick quando se lembrou da mulher que matei no ataque contra os Salvadores quando eles se viraram contra nós.

— Temos um. Ele não é tão bom, mas tem uma ótima mira. Não tão boa quanto a da sua mulher, mas vai servi.

— Talvez...

— Se for uma armadilha, Negan vai saber que tem alguma coisa errada no momento em que não me vez ao seu lado. Ele sabe que não deixaria você e Carl nessa hora sem um bom motivo. Dese que entrei no meio da luta dele e do Carl, ele sabe que faria qualquer coisa para manter ele em segurança, mesmo que isso arrisque minha vida. E ele não sabe que estou gravida. – o cortei antes que ele terminasse de falar. – Vou ficar bem. Não podemos nos dá ao luxo de perdemos nossa única vantagem por que você está sendo protetor.

Rick apenas suspirou e fez um gesto para voltarmos a nos mover.

O nosso grupo seguiu em frente sabendo que era agora. Negan não estavam muito longe de onde eles estavam. Uma hora e meia de caminhada. Nada que eles não pudessem lidar. Passei a mão no rosto para secar o suor e bebi um pouco da minha água e seguir eles. Rick e Carl caminhavam ao meu lado. Ambos com armas nas mãos e rostos sérios. Não pude deixar de pensar em como eles estavam parecidos. Carl a cada dia que passava ficava mais parecido com o pai fisicamente.

Não demorou muito para chegamos em uma montanha. Estávamos um pouco mais acima do que normalmente ficávamos. De onde estávamos podíamos ver as estradas que levavam a cidade. Fazia tempo que não íamos para lá e não tínhamos ideia de como estava agora. Certo, fazia no máximo um mês, mas nesse mundo, ás coisa mudavam rapidamente.

— Ei. – Maggie chamou se aproximando da gente com o grupo dela. – Perdemos o sinal do rádio, por isso não entramos em contado mais cedo. É uma armadilha. Ele está nos levando exatamente para onde ele quer.

— Tem certeza? – Rick perguntou se aproximando ela.

— Sim. Não tinha outro grupo lá. Mas quando nós aproximamos para ter certeza alguns saíram da floresta. Cuidamos deles. Mas antes mantivemos um vivo por tempo suficiente para pegamos algumas informações.

— Temos que mudar o plano. – Rick disse olhando para todos. – Você estava certo, Carl.

— Novidade. Eu falei que isso estava estranho. – Carl disse bebendo um pouco de água. – Negan nunca fez nada sem pensar bem antes no que está fazendo.

Me sentei no chão enquanto Rick e Daryl fazia um novo plano com os outros e bebi mais um pouco de água. Eu estava cansada. Ainda não era nem meio-dia e eu estava suando. Eu sabia que mulheres gravidas sentiam calor, mas esperar que esse calor chegasse perto do fim da gravidez. Quando estava gravida da Judith sentia isso apenas depois do sétimo mês. Sabia que cada gravidez é diferente e que a maior parte da minha primeira gravidez foi no inverno, mas isso estava começando a me incomodar.

Depois de termos um novo plano, voltamos para nosso caminho. Eu não achava esse plano muito bom, mas era o que tínhamos no momento.

 - Meu Deus. – Michonne disse olhando para longe.

Seguimos o olhar dela e vimos uma horda enorme de walkers andando pela a estrada. Era tão grande que não conseguia dizer onde começava e onde terminava.

— Minha nossa. Já viram uma tão grande assim? – Scot perguntou olhando para a gente.

— Não. – respondi passando o braço na testa para tirar o suor.

— As coisas estão mudando. – Rick disse antes de voltar a andar. – Vamos.

— Quanto tempo falta? – Daryl perguntou para Ezekiel que estava com o mapa na mão. Shiva tinha se afastado com o pessoal do lixão para ser parte do nosso grupo de apoio.

— Estamos quase chegando.

Amamos mais alguns minutos antes de passar por algumas árvores e chegamos a uma elevação. Assim que o último de nós entrou no campo de visão, escutamos o assubiu de Negan. Todos levantamos as armas, mas não podíamos ter certeza de onde o som vinha. Parecia que estava em todos os lados e eu sabia que mais de um Salvador sabia assobiar daquele jeito.

 - Mas que merda você fez, hein, Rick. – Negan disse enquanto ainda tentávamos encontrar ele com a mira de nossas armas. – Olha só isso. Foi pego de novo. E pego de jeito agora.


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