In Love And In War escrita por Anieper


Capítulo 31
Capítulo 31




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/745969/chapter/31

Eu desci as escadas e encontrei Carl sentado no sofá da sala olhando para o nada. Me aproximei dele e me sentei ao lado dele.

— Oi. – falei tirando o chapéu da cabeça dele e colocando ao lado.

— Oi.

— O que foi?

— Eu escutei o pai e Maggie conversando depois que a senhora saiu. Ela voltou lá fora para liberar o resto da comida que tínhamos para as pessoas e eles começaram a conversar. Sabe, sobre matar todos os Salvadores. Esse não era o plano.

— Eu sei. Eles estão cegos pela a cede de vingança. Querem apenas morte.

Carl concordou com a cabeça ao meu lado e suspirou olhando para baixo.

— Eu... Eu entendo, mãe. Agora entendo. Finalmente, entendo.

— O que?

— O que o pai fez na prisão. Sabe, por que ele deixou nossas armas de lado. Por que cuidamos da horta. Ele queria me mestra que podemos ser diferentes. Eu tenho lembranças dele comigo quando eu era pequeno e quero ter isso com CJ, quero que ele tenha isso com Judith, com o bebê que a senhora está carregando. Eu apenas não sei se vamos poder ter isso do modo que ele está. Eu não quero que ele morra, mas se ele não mudar o modo que está fazendo as coisas, vai acabar morrendo. Eu já perdi a Sofia. Não posso perde ele também.

Peguei a mão de Carl e a beijei antes de levar para minha barriga.

— Se lembra quando descobriu que eu estava gravida de Judith e você colocava a mão em minha barriga quase todos os dias perguntando se já dava para sentir ela mexendo?

— Sim.

— Lembra do que eu falava?

— Ainda é cedo. Logo ele se mexe, você vai ver.

— Ainda é cedo, amor. Eu não posso te garanti que seu pai não vai matar todos os Salvadores que encontrar pelo o caminho, ou que ele vai ver que isso não é o que somos. Ainda é cedo demais para isso. Seu pai tem que ver o que ele quer fazer, ver onde ele está errando e onde isso está levando ele. Eu não posso fazer nada conta isso. Por mais que eu ame seu pai, eu tenho que deixar ele seguir o caminho dele. Assim como deixo você seguir o seu.

— Eu não quero que ele se torne um monstro. Assim como ele não queria isso para mim. Se ele se torna o que ele mais odeia, isso vai acabar com ele, eu não posso ver isso. Não posso ver ele acabado por ter feito uma escolha errada.

— Eu sei. Vem cá. – puxei Carl para meus braços e beijei a testa dele. – Tudo vai acabar bem. Você vai ver. Vamos passar por isso. Mais cedo ou mais tarde.

Carl apenas concordou com a cabeça e continuou abraçado a mim. Não demorou muito e notei que ele estava dormindo. Suspirei e arrumei ele no sofá para que ficasse confortável. Sabia que Carl não andava dormindo muito ultimamente. Muitas coisas aconteceram com ela em pouco tempo.

— Ele vai ficar com dor se ficar assim. – Seddiq falou se aproximando de nós.

— Eu sei. Mas faz tempo que ele não dorme. Não posso acorda ele agora.

— O bebê que fica com a loira é dele, né? – ele perguntou se apoiando na parede.

— Sim. CJ é filho dele.

— A loira é a mãe?

— Beth. O nome dela é Beth. E não. Ela não é mãe. A esposa de Carl se chamava Sofia. Ela morreu no parto.  Não foi um parto fácil, foi tudo muito rápido, eu não pude fazer muita coisa.

— Você que fez o parto?

— Sim. Eu estudava biologia e desde que engravidei de Judith leio muito sobre medicina. Tenho que aprender o máximo que posso. Médicos é um recurso raro.

— Eu sei. Fico feliz por Carl ter me trazido para cá. Pude ajudar algumas pessoas vai me fazer bem.

— Você fez mais do que pensar. Você ajudou Carl de um modo que não entende.

— Ele disse que estava lá fora para honrar a senhora. Que a senhora disse que ainda tem que ajudar as pessoas no mundo.

— Uma noite, enquanto corríamos por aí quando eu estava gravida, Carl me perguntou se eu achava que tudo o que tinha acontecido era por causa das decisões das pessoas, ou por que no fim era apenas já éramos monstros. Eu disse para ele: Matar uma pessoa não te transforma em um monstro, o motivo que te levou a matar, sim. Desde que o mundo acabou eu tento mostra isso para ele, não precisamos matar todas as pessoas, precisamos matar apenas as que merecem isso.

— Seu marido não concorda com isso.

— Rick é um homem intenso, Seddiq. Um dos mais intenso que eu já vi. Eu o amo, mas não concordo com tudo o que ele decidi. E deixo isso claro. Eu morria por ele a qualquer momento e ele sabe disso, assim como eu sei que ele faria o mesmo por mim. Em uma relação temos que saber o que é melhor para nós. No momento, eu não sei o que seria melhor para Rick e eu.

— Você é uma mulher forte. Todos nesse grupo, são pessoas fortes. Vi as pessoas fazendo coisas incríveis, mas uma hora, isso vai cobra seu preço, para você principalmente.

— Por que?

— Estou aqui a pouco tempo, mas vejo que sempre que precisam de ajuda com qualquer coisa, é para você que eles correm. Você não vai aguentar o peso do mundo em seus ombros para sempre.

Eu fiquei em silêncio por um momento olhando para o rosto de Carl antes de olhar para Seddiq.

— Todos precisam do colo de mãe ás vezes, eles veem em mim isso. Quando eles precisam de conforto, se aproximam de mim.

— Mas quem te dá conforto quando precisa?

— Rick, na maioria das vezes.

— Minha mãe costumava me dizer que quando menos esperamos e quando mais precisamos nossa força pode enfraquecer e sumi, se não deixarmos o que estamos sentindo sair.

— Se eu fizer isso, eu vou desabar e agora não é o melhor momento para isso. – me levante e me aproximei de Seddiq. – Vá descansar amanhã será um dia cheio.

Seddiq concordou com a cabeça e se afastou. Olhei para Carl dormindo no sofá e fui até o armário e peguei um coberto para ele.

— Vai dormi? – Rick perguntou quando bati com ele.

— Vou. Bom, acho que vou. – falei passando a mão no rosto enquanto bocejava. – Estou cansada, mas acho que meu celebre vai demorar um pouco para se desligar.

— Maggie disse que você pode ficar com o quarto de Gregory.

— Eu sei.

Não disse mais nada, apenas me aproximei de onde Carl estava dormindo. Coloquei o lençol na mesa e me aproximei dele o deitando completamente no sofá. Depois o cobri e beijei a testa dele, antes de colocar o chapéu dele na mesa.

Subi as escadas e entrei no quarto que era de Gregory e me joguei na cama. Rick entrou e fechou a porta atrás de si enquanto me olhava. Ele se aproximou da cama e se sentou sem dizer nada. Rick se deitou ao meu lado e me virou para que pudesse ficar de costas para ele. Ele me abraçou e beijou minha nuca.

— O que foi? – perguntei quando ele suspirou.

— Você estar com raiva de mim e eu não sei o que fazer. Parte de mim, sabe que não tem nada que eu possa fazer agora para melhorar isso.

— O mundo acabou, Rick. Se continuarmos assim, a humanidade também vai acabar. – me afastei dele e me deitei melhor na cama. – Eu vou tentar dormi. Você devia tentar fazer o mesmo.

Rick apenas suspirou e virou na cama de modo que ficasse de barriga para cima. Eu não disse nada, apenas fechei meus olhos e tentei dormi.

Acordei no dia seguinte e levantei da cama com um pulo ao senti o enjoou que me atingiu. Corri para o banheiro e coloquei tudo para fora. Rick veio atrás de mim confuso e se abaixou atrás de mim, segurando meu cabelo.

— Eu odeio isso. – falei dando descarga. – Eu não me lembro de ter ficado tão enjoada quando estava gravida de Judith.

— Cada gravidez é diferente. Você mesmo me disse isso. – ele disse me ajudando a levantar. – Está bem?

— Sim. Vou escovar os dentes e comer alguma coisa. – me afastei dele e fui para o quarto que estávamos usando.

Todos estavam dormindo, por isso eu entrei com cuidado para não acorda-los. Fui para o banheiro e escovei os dentes rapidamente antes de descer. Tomei café rapidamente e fui ajudar a cuidar dos feridos.

— Bom dia. – falei chamando a atenção dos médicos.

— Bom dia. – uma mulher que eu não conhecia falou olhando para mim. – Está sentindo alguma coisa?

— Não. Vim ajudar a cuidar dos feridos. – falei olhando para ela.

— É médica?

— Não.

— Então acho que não pode ajudar em nada. Mas obrigada.

— Você é médica? – perguntei cruzando os braços enquanto Edwin e Carson se olhavam. Gabriel levou as mãos a boca com se estivesse com medo de alguma coisa.

— Não. Enfermeira.

— Então, faz um favor para mim?

— Claro. O que?

— Cale a merda da boca. Estamos com poucas pessoas. Posso não ser médica, mas entendo de medicina. Quem você pensa que ir para falar se posso ou não ajudar?

— O fato de saber um pouco de medicina não te qualifica para ajudar a atender essas pessoas.

— E o fato de ter estudado biologia, ter estudado e atuado como médica desde que essa merca começou, ter ajudado em cirurgias, amputações, remoções de balas e o caralho a quatro qualifica? Por que desde que o mundo foi a meda eu sempre atuei como médica do meu grupo.

— Ally, você já tem seu ponto. – Edwin disse entrando entre nós duas com as mãos para cima. – Temos tudo sobre o controle aqui. Sei que outra pessoa provavelmente precisa de você. Alguém sempre precisa de você.

Eu desviei meus olhos da mulher e olhei para Edwin.

— Certo. Se precisarem de mim, basta me procurar. – falei e olhei novamente para a mulher; - Reze para não levar um tiro perto de mim, por que como não sou médica, vou deixar você morrer.

Sair do trailer e ouvi a risada de Edwin atrás de mim quando ele falou algo que me parecia com um: até parece que ela faria isso. Ignorei eles e fui para meu quarto. Beth estava saindo com CJ no colo e segurando a mão de Judith quando entrei.

— Ei. – ela disse sorrindo para mim.

— Ei. Onde vai?

— Tomar café. Judith acordou não faz muito tempo, CJ acordou agora. Grace está dormindo, então achei melhor descer antes dela acorda também.

— Você está sozinha? – perguntei pegando Judith no colo e beijando a bochecha dela.

— Sim. Todas já se levantaram e seguiram seus caminhos por aí. Bom, é melhor eu... – ela não terminou a frase por que escutamos o choro de Grace.

— Eu cuido dela. Leva esses dois esfomeados para comer. Chame Carl para ficar com CJ. Ele é o pai afinal.

— Certo. Vou pedi ajuda para ele. – coloquei Judith no chão e Beth pegou a mão dela. – Fala tchau para a mamãe Judith.

— Xau, mamã. Até daqui a poco.

— Tchau, amor. Já, já a mamãe vai até você.

Entrei no quarto e fui até o berço aonde Grace estava. Peguei ela no colo e sorri enquanto ela se esticava enquanto ela me olhava.

— Oi, boneca. – falei olhando para janela fechada. – Temos que dá um jeito nisso, não acha? Vamos comer?

Sair do quarto e desci as escadas conversando com ela. Assim que me viu com Grace no colo, Judith fechou a cara para mim.

— Você tem que parar com ciúmes. – falei me sentando ao lado dela. – Você pode trazer uma mamadeira para mim?

— Claro. – Rosita disse se levantando de onde ela estava sentada. – Quer que eu a alimente? Assim pode alimentar Judith.

— Claro. Se não for te atrapalhar.

— Não será problema.

— Obrigada. – eu falei entregando Grace para ela. – E você mocinha, venha cá.

Judith sorriu e sentou em meu colo. Carl chegou com CJ no colo e um prato na mão e riu quando viu a irmã.

— Quero só ver quando o bebê nascer. – ele disse comendo.

— Que bebê? – Judith perguntou olhando para mim e depois para Grace e CJ. – Esses?

— Não, amor. A mamãe vai ter um bebê. – disse passando a mão no cabelo dela.

— Pu que plecisa de um bebê? Já tem muito. – ela cruzou os braços me olhando com cara feia.

— A mamãe não precisa de outro bebê, filha. Mas a mamãe ficou gravida. Lembra que a Sofia ficou gravida também? Ela começou a crescer e depois teve o CJ. Muitas vezes não é uma coisa que a mulher pode escolher. Apenas acontece.

— Mas pu que? Eu sou seu bebê.

— Eu sei, amor. Você sempre será meu bebê. Assim como Carl é meu bebê ainda.

— Ele é grande. Não é bebê.

— Para uma mãe, um filho nunca cresce, amor. – beijei a bochecha dela. – Mas você não precisa se preocupar, o fato de ter outro bebê não vai mudar nada entre nós duas. Você ainda será meu bebê. Mas não precisa se preocupar com isso agora. Você ainda terá um tempo para se acostumar com isso.

— Eu num quelo oto bebê.

— Bom, querida, eu estou gravida, não tem muito o que podemos fazer agora. – falei beijando a testa dela.

— Como você fico gavida?

— Quando você estiver um pouco mais velha eu te explico.

— Pu que não explica agola?

— Porque seu pai teria um treco se eu começar a te explicar isso aogra.  E por mais que eu esteja com raiva dele, não quero perde meu marido.

— Papai doido. Plecisa de castigo?

— Não, amor. Não precisa. – falei colocando ela sentada em cima da mesa. – Quer ir com a mamãe tirar aquelas madeiras do quarto?

— Sim. – ela gritou batendo palmas animadas.

Peguei Judith no colo e fui para o quarto que estávamos dormindo. Coloquei Judith sentada na cama e peguei um pé de cabra que estava no canto. Usei para puxar a primeira madeira quando Rick entrou no quarto.

— O que está fazendo? – ele perguntou beijando a testa de Judith.

— Tirando as madeiras. Maggie vai desligar os geradores por causa da gasolina. Será bom abri isso para termos mais luz antes de precisamos de velas.

Rick se aproximou da outra janela e pegou o machado dele e começou a tirar as madeiras daquele lado.

— Papai? – Judith chamou da cama.

— Oi, querida?

— Pu que a mamã vai te outo bebê?

Rick olhou para mim confuso.

— Carl disse para ela.

— Porque ela está gravida.

— Como ela fico gavita?

Rick deixou a madeira que ele tinha acabado de tirar cair no pé e xingou enquanto olhava para Judith. Eu segurei o riso e não disse nada enquanto colocava as madeiras de lado.

— Hã... Querida, você ainda é muito nova para conversarmos sobre isso. Quando você for maior a mamãe vai te explicar tudo.

— Por que eu? Eu já tive essa conversa com Carl e Lizzie. Você pode ficar muito bem com a Judith e o bebê.

— Ally...

— Certo, seu velho carrancudo. Quando ela for maior eu converso com ela sobre sexo. Deus, homem, isso não é um bicho de sete cabeças. – peguei Judith no colo e fui em direção a porta. – Você pode parar de me olhar assim. Você não queria que Lizzie também engravidasse, não é?

— Se você conversou com ela, quer dizer que ela deve estar fazendo.

— Até onde eu sei, ela ainda é virgem. – falei enquanto descíamos pelas as escadas. – Não se preocupe, quando ela começar a transar eu te aviso.

— Ally... – ele gemeu enquanto eu me afastava dele rindo.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "In Love And In War" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.