In Love And In War escrita por Anieper


Capítulo 3
Capítulo 3




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Acordei cedo no dia seguinte e fui ver se Rick estava com tudo pronto para ir atrás de mantimentos. Olhei Judith e ela ainda estava dormindo. Assim que desci vi Carl sentado no sojá balanando CJ. O bebê se mexia no colo dele.

— Ele está muito agirado hoje?

— Um pouco. – ele disse me olhando. – Acho que ele sente falta da Beth durante a noite.

— Ele é um menino esperto. – falai me sentando ao lado dele.

— O pai já foi?

— Não. Ele estava se arrumando quando eu desci.

— Mãe, a gente vamos lutar, não é?

— Sim. Estou planejando os detalhes, mas pode ter certeza que vamos lutar.

— Meu pai sabe disso?

— Claro que ele sabe, querido. – sorrir para ele antes de me levantar. – Não precisa se preocupar com nada agora, certo?

Eu fui para a cozinha e vi a pouca comida que tínhamos. Suspirando, fechei os armários. Teriamos que ir atrás de mais, para a gente e esquecer um pouco Negan. Por que desse jeito não ia dá para continuar.

— Estou indo. – Rick disse parando na porta da cozinha. – Tem certeza que não quer com a gente?

— Tenho. Vou dá uma volta por aqui. Ver o que encontro.

— Tem certeza que é seguro?

— Sim. Tenha cuidado.

— Vou voltar o mais rápido que poder.

— Certo.

Rick se aproximou de mim e me beijou. Eu suspirei quando ele se afastou e olhei para Carl que estava com o filho no colo olhando para a gente.

— Tudo bem, querido? – perguntei olhando para ele.

— Ele quer mamar. Precisamos de leite.

— Hittop não mandou a vaca e acho que nem vão mandar depois do que aconteceu. – falei me virando para o pote de leite. – Vou ver se tem alguma formula na escola que tem a alguns quilômetros daqui e depois ver se acho mais no mapa.

— Quer que eu vá com a senhora?

— Não, amor. Eu vou ficar bem.

— Mãe?

— Oi.

— Eu acho que estou sendo muito duro com o pai, né? Ele está fazendo o que pode.

— Amor, acho que todos estamos em um momento muito tenso. Falamos e fazemos coisas que podem ser erradas e podemos machucar outras pessoas que amamos, mas sei que vamos passar por isso. Não se preocupe.

— Você sempre mantém a calma, mesmo nos momentos mais tensos.

— Eu estou criando três crianças no meio do fim do mundo. Tenho que cuidar do seu pai e dessa comunidade, tenho que cuidar de vocês. Sou obrigada a manter a calma, amor. Mesmo que não seja fácil. Você vai notar isso conforme CJ for crescendo.

— Você é a pessoa mais forte que eu já conheci.

— Eu tenho que ser. Vou ver sua irmã e depois vou sair. Quero passar um tempo com sua irmã.

— Fica com a Judith hoje.CJ ainda tem leite. Ela está com saudades da senhora.

— Certo, querido.

Carl pegou a mamadeira da minha mão e beijou minha bochecha antes de sair da cozinha. Eu prepararei o mamar de Judith e foi para o quarto dela. Assim que entrei a vi em pé no berço chamando Lizzie que ainda estava dormindo.

— Oi, amor. – disse me aproximando da cama. – Acordou faz tempo?

— Xim. – ela disse estendendo os braços para mim.

— Vem com a mamãe então.

Peguei Judith no colo e dei a mamadeira que ela colocou na boca. Eu sair do quarto e fui para a sala com ela. Judith mamou tudo e eu lavei a mamadeira antes de sair de casa com ela. Passei boa parte da manhã com Judith na horta. Ela ria enquanto eu mexia na terra e nas plantas. Já estava comeando a brotar, mas mesmo assim teríamos um tempo até termos alguma coisa da horta.

— Você vai ter trabalho para tirar ela dali depois. – Beth disse parando ao meu lado.

— Eu sei. – olhei para Judith que estava brincando com a terra. – Mas ela está feliz. Faz tempo que não passo tempo com ela. Com tudo o que está acontecendo.

— Eu sei. Ela adora ficar com você. – Beth se sentou ao meu lado e suspirou. – Eu quero ir para Hittop. Quero saber como Maggie está.

— Eu sei. Eu não posso te impedi, mas não quero que vá sozinha. Acho que podemos esperar mais um pouco, certo? Um ou dois dias. Eu vou com você. Não gosto do líder deles.

— Pode ser. Assim encontro alguém que queira ficar com as crianças.

— Lizzie pode fazer isso.

— Ela não daria conta dos dois como eu. – Beth riu quanto Judith jogou terra para cima. – Ela sente sua falta.

— Eu sei. Eu tento passar o máximo de tempo possível com ela.

— Eu sei, não te culpo. Você faz coisas que acho que eu não seria capaz. Entre cuidar de todos e tudo.

— Eu tenho que ser. Isso é o que significa ser casada com o líder do grupo.

— O que vamos fazer agora?

— Vamos planejar. Depois atacar.

— Eu confio em vocês. Meu pai confiava. E eu poucas vezes vi meu pai se enganar sobre uma pessoa. Rick sabe o que está fazendo, mesmo não sendo fácil esperar para ver o que vai acontece, sei que vocês estão fazendo o que é melhor para a gente no momento.

— Estamos, querida. Judith não coloque as mãos na boca.

— Acho que vou levar essa mocinha para tomar banho. – Beth disse pegando Judith no colo. – Encontramos você em casa.

— Vou só terminar aqui.

 Terminei de limpar os canteiros e depois reguei, antes de ir para casa. Me limpei no banheiro e fui para a cozinha. Lizzie estava terminando de almoçar com CJ no lado dela. Beth estava alimentando Judith.

— Cadê Carl?

— Ele está no quarto deitado. – Lizzie respondeu olhando para mim. – Ele disse que está com dor de cabeça. Tomou o chá que a senhora fez e foi deitar.

— Vou ver como ele está.

Sair da cozinha e subi as escadas. Carl estava deitado na cama dele com os olhos fechado. Eu sabia que ele não estava dormindo, mas decidi que não ia incomoda-lo.

Desci novamente e comi. Depois fiz Judith dormi e fui arrumar a casa. Não levei muito tempo nisso. Quando Judith acordou, peguei ela e passamos a andar pela comunidade. Ela falava comigo enquanto eu andava. A maior parte do que ela falava era na língua dela e eu não entendia direito, mas concordava com ela.

Eu fiquei com ela de guarda por algumas horas até Rosita vim tomar meu lugar, depois voltei para casa e fiz a comida para ela. Quando ela dormiu, fui para o meu quarto e me deitei. Não demorei muito para dormi.

Levantei cedo no dia seguinte e me troquei. Eu vi as meninas e desci.

— Ally, você vai sair hoje? – Beth perguntou quando cheguei na cozinha.

— Vou. Por que?

— Eu falei com Olivia, ela disse que cuidaria das crianças para mim. Eu queria andar um pouco. Esquecer das coisas que estão acontecendo.

— Certo. Vamos.

— Já vai, mãe?

— Sim. Troque esse corativo. – falei passando por Carl e dando um beijo na testa dele.

— Você é uma super mãe. – Beth disse sorrindo.

— Eu sei que sou.

A gente saímos juntas conversando. Andamos por algumas horas até chegar a escola. Entrei na frente com a faca na mão. Beth me seguiu. A escola estava vazia, por isso não tivemos problemas. Andamos por tudo e encontramos apenas dois formulas.

— O que vamos fazer? – Beth perguntou colocando as formulas na mochila.

— Tem uma vazenda alguns quilômetros daqui. Talvez ainda tenha algum animal vivo.

— Acha que pode ter uma vaca?

— Tenho que ter esperança. CJ não vai durar muito sem comer. Mesmo com meu leite. Estou muito nervosa esses dias, não quero passar isso para ele. Não estou dando o peito nem para Judith.

— Pensei que estivesse virando ela do peito.

— Estou. Mas eu dava mamar antes dela dormi ás vezes. Ela está crescendo tão rápido.

— Podemos ir na fazenda. Talvez tenha comida.

— Certo. Vamos.

— Sabe, eu acho que você está direfente.

— Diferente como?

— Eu não sei, Ally. Você está de algum modo diferente. Com tudo o que vem acontecendo. Me lembra um pouco de quando estava gravida de Judith. Um brilho em sua volta.

— Bate três vezes na sua boca. Não posso nem sonha em engravidar agora.

— Eu sei. Rick te deixaria doida.

— Eu me deixaria doida. – eu ri matando o walker que se aproximava da gente. – Pense só. Estamos em guerra, mesmo sem termos feito o segundo movimento. Tenho Judith e agora tem o CJ. Temos um monte de coisas para fazer na comunidade até ela ser o que sonhamos

— Quando isso termina e a comunidade crescer, pensar em ter outro bebê?

— Eu não sei. Meus pais tiveram quatro, eu já tenho três.

— E os agregados.

— E os agradados. – concordei.

— Sabe, eu escutei algumas crianças falando que veem você como se fosse a mãe delas. Você cuida delas como uma mãe cuida dos filhos.

— Deus, eu só tenho vinte e cinco anos. Tenho três filhos, um neto e muitas crianças querendo me adotar. Eu vou me jogar de uma ponte.

— Não seja dramática.

— Eu sou o drama em pessoa.

Nós duas rimos e continuamos andando. Não demorou muito para chegarmos a fazenda. Pulamos a cerca e andamos pela a fazenda.

— Escutou isso? – Beth perguntou olhando para mim.

— Sim.

Entramos um pouco mais na fazenda e encontramos alguns animais que tinha milagrosamente sobrevivido. Dois cavalos, uma vaca, um boi e um casal de cabra.

— Como vamos leva-los para a comunidade? – Beth perguntou olhando para mim surpresa. – Vamos leva-los não vamos? Isso é um grande achado.

— Eu não sei ainda como vamos leva-los, mas pode ter certeza que vamos. Mas temos que dá água para eles. Eles parecem com sede.

— Certo.

Fomos atrás de água e logo encontramos um poço. Depois de ter certeza que não tinha nenhum walker dentro, tirei a água. Ela não estava muito limpa, mas como era para animais, não achei que isso fosse um problema tão grande assim. Levei água para eles que me olharam desconfiados, mas mesmo assim saciaram sua sede.

— Eu vou olhar dentro da casa. – falei pegando minha faca. – Ver se acho alguma coisa que podemos usar.

— Certo. Vou ver se acho mais algum animal. Quem sabe galinhas.

— Certo. Qualquer coisa grite.

— Você também.

Com minha faca arrobei a porta da casa e entrei. A casa apenas cheirava a pó e mofo. O que era em parte um alivio, isso queria dizer que não tinha walkers. Fui para a cozinha e abri os armários. Estavam cheios. Peguei minha mochila e coloquei tudo o que tinha dentro. Depois fui dá uma olhada na casa. Não tinha muitas coisas que fossem ajudar. Olhei todos os comados e quando estava pensando em sair, vi as armas.

Em uma estante no canto da sala tinha várias armas. Eu abri a fechadura com minha faca e dei uma olha para as armas sorrindo. Eu subi as escadas e peguei uma mala que estava ali. Eu peguei primeiro as munições e enchi a mochila. Fui para a cozinha e peguei uma caixa colocando as armas.

— Ally? Tudo bem? – Beth perguntou entrando na sala. – Nossa.

— Eu sei. Tiramos a sorte grande nessa fazenda. – disse olhando para ela.

— Encontrei um caminhão de transporte. Vai dá para levar todos os animais. Encontrei comida para eles.

— Isso é bom. Até termos comida para a gente.

— Se o Negan...

— Ele não vai saber desses animais. – fui firme. – Vamos esconder eles. Me ajude aqui e vamos levar isso para o caminhão.

Nós duas trabalhamos juntas guardando as armas e depois levando as coisas para o caminhão. Levamos duas horas para conseguir levar os animais para dentro do caminhão. Eu pensei que os animais estariam mais ariscos do que eles realmente estavam, mas não. Acho que eles queriam apenas comida, água e um lugar quente para dormi nas noites frias.

— Está escurecendo. – Beth disse olhando para o céu.

— Eu sei. – falei sorrindo. – Faz tempo que eu não passei tanto tempo aqui fora em um dia sem dormi fora.

— Desde que chegamos na comunidade eu nunca dormi fora. – Beth disse rindo. – Eu estou feliz em está aqui com você...

— Pode me chamar de mãe, Beth. – falei quando ela travou.

— Eu estou feliz em está aqui com você, mãe.

— Eu sou uma pessoa muito velha.

— Não é nada. – ela disse rindo.

Chegamos em Alexandria oito da noite. Quando o portão foi aberto notei a tensão. Desci do caminhão e olhei para Gabriel.

— O que aconteceu? – perguntei olhando para ele.

— Negan chegou aqui mais cedo. Carl estava com ele.

— Ele está bem?

— Sim. Está. Negan e Spencer jogaram bilhar e Negan matou Spencer na frente de todos. Rosita atirou no taco dele e ele mandou uma das mulheres dele matar uma pessoa e ela matou Olivia. Depois ele levou Eugene com ele.

— Que merda. – falei dando um soco no caminhão assustando os animais. – Leve o caminhão para os fundos da comunidade. Beth tire os animais e alimente eles. Coloque água também.

— Tudo bem.

Depois disso eu fui para casa correndo.


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