In Love And In War escrita por Anieper


Capítulo 20
Capítulo 20




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Os próximos dois dias se passaram um pouco parados para mim. Rick e os outros saíram em caça aos Salvadores. Eu ainda estava me recuperando, mas amanhã sairia com eles. Carl estava ajudando o pai como podia já que Rick queria que ele ajudasse mais com a proteção da comunidade.

— Você vai mesmo com a gente? – Rick perguntou quando entrou no quarto que estávamos usando.

— Vou. Já arrumei todas as minhas coisas. – falei olhando para ele. – Sei que queria que eu ficasse aqui mais tempo, mas não posso ficar parada enquanto vocês lutam.

— Eu sei. Se eu estivesse no seu lugar estaria louco. Mas ainda acho que você deve descansar um pouco.

— Eu já descansei demais. Você precisa de toda ajuda possível.

— Tudo bem.

Terminei de me arrumar e desci para jantar com os outros. Comemos rápido e formos para a cama. Meu quarto estava um pouco lotado, já que além de mim, Rick e Judith, tinha também Carl, Lizzie e CJ. Me deitei na cama e demorei muito para dormi.

No dia seguinte acordei cedo. Antes mesmo do sol nascer. Me arrumei e desci para tomar café. Rick não demorou muito para desce também. Tomamos café e saímos com nosso grupo.

O que Rick e os outros estavam fazendo era basicamente, fazendo emboscadas para os homens de Negan que estavam nós procurando pela a floresta. Não era um trabalho difícil já que temos um dos homens de Negan com a gente para nós ajudar a entender como eles pensam e como eles trabalham.

— Nós separamos aqui. – Rick disse parando no meio da trilha. – A patrulha norte disse que eles estão espalhados por aqui. Ally, você vai com o grupo A e dá a volta. Por ali vai encontrar um bom lugar para atirar. Daryl, você pega o grupo B e vai pelo norte. Eu vou me encontrar com Dwigth junto com o grupo C.

— Tudo bem. Boa sorte.  – beijei Rick e me afastei com meu grupo.

O meu grupo eram apenas três pessoas. Eu, Geramy e Jesus. Seguimos por onde Rick indicou e eu subi em uma árvore para ter uma vista melhor. 

— Eu posso ver um grupo. Cinco pessoas. Duas de guarda e três conversando. – falei para eles. – Eles estão com um mapa, acho. Bom, estão estudando alguma coisa.

— Consegue aceta eles daí? – Geramy perguntou.

— Sim.

Destravei a arma e apertei o gatilho. Assim que o primeiro caiu, os outros levantaram as armas, mas não sabiam de onde o tiro tinha vindo. Acerto o segundo e o terceiro, antes mesmo deles olharem em minha direção. O quarto estava atirando para quando caiu e o quinto estava correndo para se abrigar.

— Pronto. – disse me afastando da arma. – Vou descer.

Jesus me ajudou a descer enquanto Geramy estava marcando no mapa onde estávamos e onde está o grupo que acabamos de matar.

— Rick? – Jesus disse pelo o rádio. – A menos cinco.

— Copiado.

Quando começamos a caçada dei a ideia de usamos os rádios para os outros grupos dessa vez saber o que estava acontecendo. Sempre eram mensagem rápidas sem entregar muito. Muitas vezes era apenas o grupo e quantos mataram.

— Vamos ver se eles tinham alguma coisa com eles. – falei indo em direção ao acampamento.

Os dois me seguiram. Não falamos nada, não tínhamos muitas coisas para falar afinal de contas. Suspirei quando chegamos ao acampamento e começando a pegar o que poderíamos usar. Rádios, pilhas, comida, armas, munição e água.

— Eles estão tentando nós rastreia. – Jesus disse pegando um caderno do chão. – Estão marcando onde pensam que já fomos e onde podemos estar.

— Eles mudaram um pouco o modo de agir ou isso é apenas para nós distrair. – falei olhando para as anotações. – Eles sabem que Dwigth está do nosso lado e com a gente. Não vão arriscar. Vamos seguir o plano e mostramos isso mais tarde para Rick.

 Seguimos andando lentamente. Encontramos mais um grupo por acaso e cuidamos dele. Paramos para comer alguma coisa na hora do almoço e voltamos para nossa busca.

— Escutaram isso? – perguntei quando escutei um rugido.

— O que? – os dois perguntaram juntos.

— Esse rugido? Esperem.

Ficamos em silêncio. Logo escutei novamente. Os dois concordaram com a cabeça e pegaram as armas fazendo sinal para irmos. Eu fui na frente já que era a melhor com arma. Alguns metros a nossa frente estava uma coisa que eu pensei que nunca fosse ver. Shiva, a tigresa de Ezekiel, estava rugindo para cinco walkers que se aproximavam dela.

— Eu pensei que ela tinha sido devorada. – Geramy disse surpreso.

— Vai ser se não ajudarmos. – levantei a arma e preparei a mira.

— Ela não vai nos atacar? – Jesus perguntou preocupado.

— Vamos descobri.

Matamos os walkers rapidamente e esperamos um pouco. Assim que matamos os walkers, Shiva rosnou para a gente. Geramy levantou as mãos e deu um passo para trás. Suspirei, antes de baixar a arma e com as mãos para cima me aproximei da tigresa falando calmamente com ela. Quando estava uns dez passos dela, parei e esperei.

Shiva me olhou por alguns segundos antes de se aproximar e colocar a cabeça em minha mão. Passei a mão entre suas orelhas e peguei a corrente que estava no chão, antes de me virar para os rapazes.

— Como você fez isso? – Geramy me perguntou.

— Sempre me dei bem com animais. – respondi dando de ombros. – Me dê o rádio. – Jesus me entregou o rádio e começou a olhar em volta. – Rick? A voltando para a base. Sobrevivente... Felino encontrado.

— Sobrevivente o que? – Rick perguntou depois de alguns segundos.

— Felino. Na base você vai ver.

— Ok, A. Cuidado.

Voltamos para Hittop lentamente. Eu não sabia o que íamos fazer com essa tigresa, não tínhamos comida suficiente para ela, mas sabia que se os Salvadores atacassem ela seria útil. Assim que nos aproximamos do portão Maggie saiu.

— Essa é...?

— A tigresa do Ezekeil. – concordei. – Temos que encontrar um lugar para deixa-la e comida. – falei olhando para o animal. – Não sei quanto tempo faz que ela não come.

— É seguro manter ela aqui?

— O que mais posso fazer como ela? Será bom ter ela para ajudar quando os Salvadores chegarem. Acho que ela pode comer walkers, mas não me sento bem em deixar com que ela coma isso.

— Tem alguns porcos selvagens que estão dando trabalho na floresta. Eles vivem tentando entrar aqui. Talvez possa caça-los. – Maggie disse e se afastou quando Shiva bocejou.

— Posso usar o banheiro quebrado do segundo andar para deixar ela?

— Pode. Traque a porta, quando sair.

— Pode deixar. Venha garota. – falei puxando a corrente delicadamente.

— Ally? – Maggie me chamou assim que comecei a andar.

— Oi?

— O salvador que matei, ele ainda não foi queimado, talvez...

— Não. Não é bom alimenta-la com carne humana. Ela pode querer mais. Quando ela ataca é uma coisa, mas darmos não é bom. Mas eu posso usar o corpo para conseguir comida para ela.

— Eu vou pedir para trazerem.

— Obrigada.

Entrei em Hittop com a Shiva e todos pararam o que estavam fazendo para me olhar. A tigresa olhou para os animais e deu um passo na direção deles, mas quando fiz força na corrente ela parou.

— Eu sei que está com fome, mas aqueles não são seus. – falei guiando ela para a casa. – Vou trazer alguma coisa para você comer.

Entrei e dei de cara com Lizzie e Carl. Ambos me olharam surpresos e Lizzie deu um pulo para atrás do irmão.

— Mãe...

— Longa história. Vou colocar ela no banheiro. Carl, será que dá para você escrever um aviso para que não abram a porta?

— Claro, mãe.

— Obrigada, querido. Vamos, Shiva.

Subimos as escadas e eu fui para o banheiro quebrado. Assim que entrou, Shiva pulou dentro da banheira e se deitou. Sabia que além de faminta estava cansada. Com cuidado me aproximei dela e tirei a corrente de sua coleira, assim ela poderia se mover melhor. Abri a janela para entrar ar e peguei a chave.

— Mãe, Carl mandou eu trazer isso. – Lizzie disse da porta. – Ele disse que ela devia estar com sede e fome.

— Trazer o que?

— Ele saiu para caçar com Mike, eles pegaram dois cervos, ele disse que são as entranhas e uma pata dos bicho e um pote de água.

— Ok, me dê a água primeiro. – Lizzie fez o que mandei e me entregou o pote.

Entrei no banheiro e o coloquei no chão. Shiva não tirava os olhos de mim e não parava de farejar o ar, sabia que ela já tinha sentindo o cheiro do sangue.

— Agora me dê a perna. – pedi sem tirar os olhos do felino.

Quando Lizzie me passou a pata do animal, peguei e joguei o mais próximo de Shiva o mais rápido que pude. A tigresa voou na carne e eu peguei o resto e coloquei perto da privada antes de sair e fechar a porta. Soltei um suspiro assim que tranquei a porta e deixei o corpo relaxar um pouco. Essa foi sem dúvida a coisa mais maluca que já fiz na vida.

— Aqui está, mãe. – Carl disse se aproximando da gente com uma placa nas mãos.

Rir assim que li o que ele tinha escrito.

Tigresa dentro, não abra.

A menos que queria ser a próxima refeição dela.

A escolha é sua.

— Criativo. – disse colocando a placa na porta.

— Obrigado. A senhora vai voltar para a busca?

— Não. Vou caçar. Ela não vai se contentar apenas com aquilo.

Desci as escadas e um menino me disse aonde estava o corpo do salvador. Fui para lá e me sentei no chão ao lado do corpo e comecei a corta-lo.

— O que você está fazendo? – Gregory perguntou quando viu o que eu estava fazendo.

— Estou cortando as partes mais gordas e com mas sangue. – respondi sem dá muita importância para ele.

— Vai dá para aquele tigre?

— Se eu fosse dá comida humana para ele, seria você. – respondi e levantei meu olhar. – Vou usar o cheiro do sangue e da carniça para atrair os porcos do mato que tem espalhado por aqui. Assim posso alimentar bem a tigresa e não terei que solta-la aí dentro.

— Ele é um bom cara. – um dos Salvadores disse.

— Por que Maggie o matou? – perguntei colocando o que ia usar dentro de sacos plásticos.

— Ele ameaçou Jesus. Depois que um dos nossos matou um dos seus, ela o matou. – ele explicou.

— Sinto muito pelo seu amigo. Eu perdi alguns amigos para seus amigos.

— Eu sei.

— Mas algum de vocês ameaçou alguém aqui? – me levantei com a faca ainda não mão.

Eles não me responderam, apenas ficaram me olhando.

— Ele matou Benjamim. – Jesus disse apontando para um homem de cabelo comprido. – Ele tentou fugir quando estávamos trazendo eles para cá e tentou me matar.

— Maggie? – gritei sem tirar meus olhos do homem.

— Oi?

— Posso pegar um dos seus prisioneiros? Apenas não garanto que ele vá voltar.

— Por que? – ela se aproximou de mim com curiosidade.

— Preciso ver se Shiva comeu as entranhas, mas não vou entrar em um banheiro com uma tigresa que acabou de comer pouco para seu tamanho sem nada para alimenta-la.

— Fique à-vontade.

— Obrigada.

Abriram a cerca e trouxeram o cara. Ele lutou um pouco, mas bastou colocar uma faca no pescoço dele, ele ficou quietinho. Entramos na casa e subimos a escada. Quando ele viu o aviso na porta se mexeu desconfortável.

— Você precisa apenas abri a porta e ver se ela comeu tudo. – falei apontando para a maçaneta. – Vai em frente.

— Você pode me matar, mas eu não vou fazer isso.

— Vamos, você vai morrer de qualquer jeito. Quantos podem escolher entre correr com uma faca ou devorado por um tigre?

— Eu não vou fazer isso.

— Não?

Ele negou com a cabeça e eu suspirei.

— Jesus pode segurar ele?

— Claro.

Jesus segurou o loiro medroso enquanto eu abri a porta. Shiva estava deitada dentro da banheira lambendo o osso que ainda tinha um pouco de sangue, não tinha nem sinal das entranhas.

— Vamos voltar.

Jesus levou o homem na minha frente, quando saímos da casa ele soltou um suspiro aliviado.

— Se eu fosse você não ficaria feliz. Se eu não conseguir nada para ela comer, vocês serão a refeição. Apenas não te joguei lá dentro por que ainda não quero começar a dá came humana para ela, mas se for preciso, farei isso.

Peguei as sacolas do chão e seguir para o portão.


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