In Love And In War escrita por Anieper


Capítulo 15
Capítulo 15




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Acordei no dia seguinte com Judith me chamando. Me levantei e fui até o quarto dela, onde ela estava dormindo. Ela estava de pé no berço, sorrindo para mim. Peguei ela no colo e sair do quarto descendo as escadas com ela. Sentei Judith na cadeira dela e preparei o café. Carl desceu pouco tempo depois com CJ no colo. Lizzei estava de guarda hoje, então, faltava apenas Beth para tomar o café.

— Bom dia. – Carl disse colocando o filho no cercadinho. Depois ele foi até a pia e colocou a mamadeira na pia.

— Bom dia. – disse olhando para ele. – Tudo bem?

— Sim. E a senhora?

— Bem. Vou andar pelo o perímetro todo. Ver como estão as coisas.

— Já está bem para isso?

— Tenho que está, Carl. Seu pai não me quer lá. Eu tenho que ajudar no que posso. Sei que temos muitas coisas para fazer aqui. Não podemos apenas pensar no que eles estão fazendo.

— Você está louca para ir lá. – ele disse enquanto pegava sua xícara com café.

— Estou. Mas sou mais útil aqui. Eu posso ajudar caso alguma coisa dê errado. Carl, se tem uma coisa que aprendi enquanto estava gravida da sua irmã, é que nem sempre posso fazer o que quero para ajudar, ás vezes, tenho que fazer o que posso.

— Eu sei. É apenas difícil. Eu queria ser tão forte quanto a senhora.

— Eu não sou tudo isso, querido. Estou aqui, não estou?

— Rosita e eu marcamos os locais de fuga. Limpamos o esgoto o máximo que conseguimos e fechamos o portão. Vou ver se consigo encontrar um bom lugar para colocar um som para atrair os walkers.

— Tem certeza que quer fazer isso? – perguntei limpando a boca de Judith. – Você pode fazer outras coisas. Ficar de guarda, andar pela a floresta sozinho, sei lá.

— Amanhã andarei pela a floresta sozinho. – ele sorriu para mim. – O pai pediu para que eu protegesse a senhora. Disse para que ficasse de olho até a senhora pode sair sozinha.

— Ele sempre pede. Ele acha que sou feita de vidro.

Ficamos em silêncio enquanto terminávamos nosso café. Judith brincava com o prato e a colher enquanto falava com ela mesma, coisas que eu não entendia direito. Algo sore alimentar sua boneca.

— Mãe?

— Sim?

— Posso te fazer uma pergunta?

— Claro.

— Você acha que temos que matar todas as pessoas que encontramos, que ninguém mais merece ser salvo? Sei que o pai falou para a senhora o homem que encontramos na estrada e que ele atirou enquanto eu tentava conversar com ele. Acha que estou errado em ainda acreditar nas pessoas?

Olhei para Carl por um momento enquanto pensava no que ele me disse.

— Eu acho que nos dias que estamos vivendo, é difícil saber em que confiar. Veja o caso do lixão, pensamos que ele estava do nosso lado e no fim fomos traídos. Mas acredito, que lá fora ainda tem pessoas que precisam ser salvas e merecem ser salvas. Carl, vivemos em um mundo em que não temos mais escolha, as coisas que estão acontecendo e como estão acontecendo, não nos dá escolhas fáceis. Uma vez eu te disse para que não deixasse que esse mundo ferrasse você, acho que isso ainda vale. Não deixe esse mundo te ferrar. Mas não deixe de ser quem você é. Pense antes de sair atirando em todos e pense antes de ouvi seu pai. Rick é mundo esperto, muito corajoso, mas nem sempre está certo.

— Então você acha que devemos dá chance para as pessoas que estão lá fora?

— Eu acho que podemos tentar. Mas entendo o que seu pai fez com aquele homem que vocês encontraram na estrada há três dias. Não sabemos se era um truque, ou se ele estava realmente ali rezando. Você tem que sabe que nem sempre o que nosso coração diz é o certo.

— Mas você acha que não precisávamos ter espantado ele com tiros?

— Eu acho que ambos estão certos. Seu pai por ser cuidadoso e você por querer ajudar alguém. Temos que fazer o que é preciso, querido. Nem sempre será fácil, mas ainda temos que fazer. Isso que diferencia você dos monstros. Não pense nem só por um minuto que o fato que os walkers estarem andando por aí, significa que os monstros são eles. Em toda a história da humanidade, o monstro sempre foram os humanos.

Carl não disse nada, apenas se levantou, beijou minha testa e saiu me deixando com as crianças. Suspirei e me levantei. Arrumei as coisas na cozinha e limpei Judith antes de pegar CJ no colo e levar os dois para a sala.

 Coloquei o bebê no cercadinho e me sentei no chão com Judith. Beth acordou pouco tempo depois. Ela tomou café e parecia que CJ só estava esperando ela vim para começar a chorar.

— Bom dia. – falei quando ela entrou na sala e foi pegar o bebê dormindo.

— Bom dia. Esse mocinho está com fome?

— Acho que ele apenas quer você. Carl o alimentou antes de descer. Não faz nem uma hora.

— Ele sente minha falta. – Beth disse quando CJ parou de chorar no colo dela. – Carl saiu?

— Ele voltou para a rota de fuga. Ele quer ter certeza que não tem nenhum ponto sego.

— Ás vezes é difícil acreditar que vocês não são mãe e filho de verdade. São tão parecidos. – ela se sentou no sofá e me olhou. – Posso jurar que as vezes ele olha para as coisas do mesmo modo que você. Esses dias entrei no quarto dele para pegar CJ e ele o olhava do mesmo modo que você olha para ele, Lizzie ou Judith.

— Acho que é a mesma coisa que falei para Deanna quando chegamos aqui. A convivência faz essas coisas. Rick vive me falando que Judith olha para ele do mesmo jeito que eu quando está nervosa.

— Você pode fazer eles a cópia de Rick, mas o olhar é seu.

— Alguma coisa tem que ser.

— E coração também é.

— Eu me esforcei muito para isso. Amo Rick, mas ele é muito intenso.  Ele pense muito nas pessoas que ele perdeu e em como ele perdeu. Posso aposta com quem quiser que ele ainda se culpa por causa do que aconteceu na prisão.

— Ele não podia fazer nada sobre aquilo. Papai colocou na mente dele que ele não precisava matar as pessoas, que todos mereciam uma segunda chance, infelizmente, nem todos são assim.

— É.

— Ele vai atrás daquele homem, não vai?

— Carl é igual ao pai, teimoso.

— Você fala como se não fosse teimosa.

— Eu sou, apenas acho que Rick é mais teimoso do que eu.

— Se você está dizendo.

— Eu estou. Bom, eu vou ver se posso ajudar em alguma coisa. Estou cansada de ficar aqui sem fazer nada.

Peguei Judith no colo e sair. Anda pela a comunidade. As pessoas acenaram para mim e falaram como estavam as coisas. Sabia que eles ainda estavam tensos com tudo o que estava acontecendo, mas sabia que isso tinha acontecido.

Ajudei a fazer o inventario das coisas e fui para a casa de Edwin.

— Oi. – ele disse quando abriu a porta. – Aconteceu alguma coisa? Está com dor?

— Estou bem, apenas quero falar com você sobre os planos de fuga. – entrei e coloquei Judith sentada na maca. – Eu sei que você não vai ficar nenhum pouco feliz com o que eu vou pedi, mas preciso que você me prometa que vai fazer isso.

— O que?

— Caso sejamos atacados, quero que você vá para o esgoto sem pensar. Temos pessoas que sabem atirar, mas não temos muitos médicos. Além de você, temos apenas um no reino e um com os Salvadores. Quando essa guerra terminar, teremos que ensina medicina para outras pessoas.

— Eu estava pensando nisso. Olha, não gosto disso, mas farei o que você está me pedindo. Sei que se formos atacados teremos muitos feridos.

— Certo. Cada um sabe o que fazer. Eu tenho que ir.

Voltei para casa e passei o dia arrumando as coisas. Essa noite dormi com Judith no meu quarto.


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