In Love And In War escrita por Anieper


Capítulo 14
Capítulo 14




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Carl e eu passamos a manhã limpando o lugar onde íamos expandir a horta. Sabia que esse terreno era ruim, mas até podemos expandir os muros não poderíamos usar o terreno de lá de fora. Seria muito arriscado com os walkers passando por cima da plantação.

— Mãe? – Carl me chamou enquanto eu pegava a grama que tínhamos tirado.

— Oi?

— Quando você e o pai brigam, quem é o primeiro a pedir desculpa?

Parei o que estava fazendo e olhe para ele estranhando a perguta.

— Por que isso agora?

— Não sei. É que sempre que vocês estão brigados, fica um clima tenso em volta. Você mal fala com ele. E quando estão bem, estão quase sempre se agarrando.

— Em um relacionamento, você tem que saber seder, Carl. Seja, em um relacionamento romântico ou fraternal. Acho que tudo depende do motivo da briga e quem se acalmou primeiro para pedir desculpa. Seu pai sabe que quando estou com raiva, tenho que colocar para fora de mim de alguma maneira. Ele sempre deixa com que eu faça isso. Seja tacando as coisas nele, ou matando todos os walkers que eu encontrar no caminho. Depois sentamos e conversamos. Mas em um relacionamento saudável, não é sempre que o homem ou a mulher que pede desculpa. É quem errou. Se eu discutir por um motivo bobo e eu estou errado, eu devo pedir desculpas, não esperar que seu pai se desculpe comigo.

— Acho que eu entendi.

— Por que está me perguntando isso? Fez alguma coisa errada?

— É que sempre que fico com raiva do pai ou brigo com ele, ele que vem falar comigo. Se desculpa. Apenas estava pensando que era o mesmo com a senhora.

— Seu pai tem a mania de colocar a culpa por tudo o que dá de errado nele. Você é muito parecido com ele, Carl, mas infelizmente, você tem algumas coisas da sua mãe. Lori sempre achou que o mundo era ingrato com ela. Como se não nunca fizesse nada de errado. Eu culpo os pais dela por isso. – sorri para Carl e peguei o rosto dele. – Você não é mais uma criança, Carl. Não importa o quanto eu queira que seja. Mas também não é adulto. Você decidiu que crescer como uma criança normal no apocalipse fosse errado, mas isso te tirou toda a inocência que você ainda devia ter. Um dia você vai entender o que seu pai está passando, não se preocupe.

— Você era assim com seus pais?

— Não. Sempre fui mais madura do que qualquer outra pessoa da minha idade, mas sempre mantive minha criança interior viva. Hoje em dia, não sou mais a pessoa que era antes do mundo acabar, mas também não sou uma pessoa completamente estranha. Mesmo não me reconhecendo completamente quando me olho no espelho, reconheço um pouco de quem eu era, ás vezes.

— Você continua sendo incrível para mim.

— Vem aqui.

 Abracei Carl e beijei a testa dele.

— Acabamos aqui?

— Sim. Pode deixar que eu guardo tudo. Sei que quer ficar de guarda.

— Sim. Até mais, mãe.

— Até, querido.

Fiquei olhando Carl se afastar, antes de me abaixar e pegar tudo o que estava no chão. Depois fui guarda. Enquanto andava estiquei as costas para afastar um pouco da dor. Aquela mulher batia igual a um homem.

— Oi, Rosita. – falei quando passei por ela.

— Oi.

— Não seja mal educada comigo. Não tenho culpa que foi baleada. – falei quando ela me respondeu de mal vontade. – Eu queria está lá também.

— É, mas está limpando o terreno.

— Trabalhar me faz pensar em outras coisas. Não no fato do meu marido está correndo risco de vida enquanto estou aqui. – falei olhando para ela. – Eu tenho que pensar em outras coisas senão vou pegar um carro e seguir para tentar ajudar.

— Eu iria com você.

— Íamos mais atrapalhar do que ajudar. Eu sei, isso doi mais do que nossas feridas, mas essa é a verdade. Estamos fracas e feridas, não seriamos de grande ajuda. Mas podemos ajudar daqui. Podemos planejar um palno reserva. Agora que notei que não temos um plano e fuga.

— Para que?

— Para que o que está acontecendo com os Salvadores não aconteça com a gente. Para que não termos que ficar presos novamente como ficamos com aqueles walkers. Aaron me mostrou uma saída pelo esgoto. Quer ajudar? Pega alguém e ver se lá está seguro. Ele me disse que encontraram dois walkres quando saiu com Maggie.

— Quem pode ir comigo? Nossos atiradores foram tudos para o ataque.

— Carl ficaria feliz em ir. Ou Beth, não sei. Você só vai saber se tentar.

— Ok.

Fui para casa e lavei minhas mãos antes ir para meu quarto. Troquei de roupa e desci as escadas indo para o escritório que tinha ali. Me sentei e peguei os planos que Deanna tinha feito antes de morrer. Sabia que etsva me adiantando ao fazer isso, mas tínhamos que pensar que íamos conseguir. Passei algumas horas ali, antes de escutar uma batida na porta.

— Entre. – falei sem levantar meus olhos do papel.

— Desculpa interromper, mas Judith não para de te chamar. – Beth disse entrando no escritório.

— Tudo bem, pode deixar ela aqui. Obrigada, Beth.

— Tudo bem. Você vai almoçar que horas? Já passou do meio-dia.

— Estou sem fome. Depois eu como qualquer coisa. Obrigada.

— Tá.

Beth saiu e me deixou sozinha com Judith. Ela veio andando até mim e se sentou nos meus pés. Dei alguns papeis para ela desenhar e um lápis antes de voltar minha atenção para o que eu estava fazendo.

Judith e eu passamos a tarde ali. Eu sair apenas para comer um lanche com ela e depois voltei.

— Mãe? – Carl me chamou entrando no escritório.

— Oi, amor?

— Tudo bem? Beth disse que você passou o dia aqui.

— Tudo bem. Apenas fazendo planos para o futuro. Tudo o que vamos construir. Tudo o que esse lugar vai ser. Sei que tudo está incerto, mas temos que acreditar que esse mundo já é nosso.

— Eu sei. Vai jantar com a gente?

— Sim. Já vou. – falei terminando de escrever o nome de um dos prédios. – O que fez o dia todo?

— Ajudei Rosita. Ela disse que você queria ter um plano de fuga. Limpamos o caminho pelo o esgoto. E vamos construir outro. Depois vamos explicar para as pessoas e dividir a comida para termos suprimentos caso seja preciso. Assim como algumas armas.

— Isso é bom. – peguei Judith do chão e caminhamos para a cozinha.

Comemos enquanto conversávamos sobre as crianças. Depois subi as escadas com Judith. Dei um banho rápido nela e me deitei na cama com ela. Enquanto eu contava uma história para ela dormi, ela se aproximou de mim e fechou os olhos.

— Mãe? – Lizzie sussurrou parando ao meu lado na cama.

— Oi?

— Vai dormi com ela?

— Não. Já a coloco no berço. Por que não toma um banho que quando sair vai poder deitar na sua cama.

— Tudo bem.

Balancei Judith mais algumas vezes antes de me levantar com ela no colo e a deitar delicadamente no berço, a cobri e sair indo para meu quarto. Tomei um rémedio para dor e me deitei na minha cama. Não demorou muito e eu estava dormindo.


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