O Infindável Dia das Bruxas escrita por Júlio Oliveira


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

É uma experiência nova escrever contos. Espero que possa provocar sentimentos variados.

Caso queira entrar mais no clima, segue o link: https://www.youtube.com/watch?v=ziQ9GURNrUg

Divirta-se!



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Do rádio, uma voz forte e grave passava uma mensagem que causava espanto e preocupação a cada um que ouvisse:

⸻ A polícia pede cautela e atenção neste dia das bruxas. Vale lembrar que há quatro anos temos um criminoso famoso por cometer atrocidades nesta data. Apelidado de “Caçador de Bruxas”, o meliante rapta mulheres e as executa friamente. Apesar da investigação desde o primeiro caso, a polícia nada encontrou. Desde então, cerca de oito mulheres morreram nesta data, além de mais dezessete desaparecimentos que supostamente estão também ligados ao “Caçador”. Tenham precaução.

De dentro da pick-up azul, o homem de olhos azuis e cabelos castanhos dava um leve sorriso. Um misto de desprezo por aqueles que buscavam encurralá-lo e orgulho por seus feitos. Ele dirigia cautelosamente pelas ruas infestadas de crianças e jovens brincando durante a festa de Halloween. “Mais um ano comum. Eles nunca aprendem”, pensou o homem.

Após passar pelo movimentado bairro residencial, ele finalmente se sentiu seguro para dar uma olhada para trás. Um corpo deitado jazia no banco traseiro. Um corpo feminino, uma vítima a mais. A moça não estava só com as mãos amarradas firmemente com cordas, como também encapuzada. Além disso, ela dormia graças a alguns procedimentos do homem. “Elas andam cada vez mais preguiçosas”, ele pensou.

Após mais algumas centenas de metros, a moça finalmente começou a se mexer lentamente, sem forças ou consciência do que poderia fazer. Ela pouco se lembrava de como havia parado ali. Simplesmente estava em uma festa bebendo e se divertindo até que sua visão começou a escurecer. Através das frestas do capuz de lã, ela pôde ver uma silhueta do homem que lhe mantinha naquele estado. Ombros largos como uma muralha ocupavam a grande cadeira da frente. Ele aparentava ser bruto como um animal selvagem, rústico e amedrontador fisicamente. Entretanto, a cativa pôde enxergar uma certa leveza na condução do carro, nos movimentos daquele homem mau. Ele então deu mais uma olhada para trás e ela não conseguiu se manter parada com o susto.

⸻ Finalmente! ⸻ Ele mostrou seus dentes brancos e bem cuidados em um sorriso macabro.

A moça respondeu apenas com um gemido de medo. Desligando o rádio, o homem começou a falar:

⸻ Por favor, não comece com os clássicos e clichês “Socorro!”, “Quem é você?” e “Por quê?”. Tudo ao seu tempo, jovem garota. Aliás, qual seu nome mesmo? Você se lembra?

Em silêncio, a moça escutava com medo e ansiedade.

⸻ Maria! ⸻ Ele se lembrou. ⸻ É um nome bem comum, sabe? Você encontra várias “Marias” não só neste país, mas no mundo como um todo. Mais fácil para se misturar, não? Pena que eu te achei.

A fala do homem foi então quebrada por uma risada alta e macabra. Ele via a sua frente ruas cada vez mais escuras e menos movimentadas. Cada vez mais distante da civilização. Enquanto isso, a moça continuava a observar.

⸻ Você sabe que ainda pode falar, certo? Não te proíbo. Eu só estou cansado de ouvir as mesmas coisas todos os anos. Não importa a cor da pele, peso, cabelo, nada. Sempre tenho que escutar aquele choro nojento misturado com pedidos de ajuda. Ano após ano. Então vá, mulher. Fale o que passa pela sua cabeça ⸻ ele disse.

A mulher fechou os olhos enquanto desejava que tudo aquilo não passasse de um pesadelo. Quando os abriu, ainda estava naquele carro. Ela então respirou fundo enquanto tentava manter a calma. Após alguns segundos de silêncio, sua voz fina e delicada finalmente apareceu e ela perguntou:

⸻ O que te motiva?

O homem arregalou os olhos com a escolha de palavras da garota.

⸻ Olha, ⸻ ele começou ⸻ isso é o mesmo que “por quê?”. Mas admito que você foi criativa. Aprendeu isso em algum livro de ocultismo ou foi passado de mãe para filha?

Mais uma vez a risada histérica e grave ecoou pelo carro. Maria, entretanto, manteve a compostura dentro do possível.

⸻ O que te faria parar com isso? ⸻ Ela perguntou.

O homem deu uma freada brusca e arregalou seus olhos azuis. Ele então olhou para o corpo quase imóvel da moça e falou:

⸻ Agora sim!

Ele retirou o capuz da cabeça dela, revelando cabelos negros e um rosto limpo e de feições leves, apesar do medo evidente no mesmo. Por outro lado, a garota finalmente visualizou o másculo rosto a sua frente: um queixo volumoso, uma boca carnuda e um nariz esculpido. Além disso, as maçãs do rosto do homem chamavam a atenção e seus olhos azuis eram de uma grande beleza. Agora ela se lembrava: era aquele homem com quem ela bebia na festa. Um rapaz alto, forte, de bom papo e um carisma sem igual. Tudo começava a se encaixar.

⸻ Você é a primeira mulher que faz um questionamento inteligente. Quatro anos nessa vida, oito mulheres neste carro e você é a primeira. Impressionante, não? ⸻ Ele diz.

A moça fazia um esforço hercúleo para aparentar calma e disciplina. Apertando os lábios e respirando profundamente, ela disse:

⸻ Você ainda não respondeu minha pergunta.

O homem deu um sorriso silencioso enquanto olhava com admiração a bela mulher. Colocou o carro para andar novamente e, passando por ruas e mais ruas, começou a falar:

⸻ O que me faria parar com tudo isso? Provavelmente a minha morte. Essas bruxas surgem como ratos, infestam a sociedade e degeneram cada ramo deste mundo. Alguém tem que fazer o trabalho sujo. Não me orgulho, mas acredite, eu tenho meus motivos.

⸻ Mas eu não sou uma bruxa ⸻ ela disse.

⸻ É o que veremos! Se você não for, morrerá. Caso seja, morrerá também. É um risco justo. Um preço necessário pela segurança de tantos!

⸻ E por que você acha que eu sou uma bruxa?

O homem mordeu os lábios enquanto pensava em uma resposta. Ele havia parado o carro no semáforo e um mendigo fora pedir-lhe ajuda na janela do carro. O homem então abriu sua carteira, retirou um bolo de dinheiro e entregou para o mendigo. Maria observava tudo isso.

⸻ O mundo está caído. ⸻ Ele começou. ⸻ Todos procuram uma razão. A esquerda culpa o capitalismo, a direita culpa o marxismo. Outros acreditam em uma ordem acima disso tudo, grandes homens que controlam nossas vidas. Mas eu não penso dessa forma. Eu não me importo em quem você vota, com quem você sai ou qual a sua cor. Isso é indiferente. A grande questão é que eu acredito em inferno. E acredito que existem crias dele aqui. E você pode ser uma delas. Sedutora, atraente, comunicativa, mas acima de tudo: perigosa.

Uma expressão de aflição e medo começou a tomar conta do rosto da moça. Com a voz chorosa, ela disse:

⸻ Perigosa? Por quê?!

Com o carro finalmente em movimento, o homem respondeu:

⸻ Eu pesquisei sobre sua vida, Maria Ythogtha. Sobrenome estranho, não? Mais estranho ainda é ver que pouco descobri sobre sua origem. Nada sobre seu pai, sua mãe ou mesmo sobre sua infância. Mas uma coisa interessante eu encontrei: o destino brutal que você deu à sua prima e a seu ex-namorado que te traía com ela. Doentio! Quer que eu relembre?

Maria começou a gritar desesperadamente a fim de chamar a atenção de qualquer um que estivesse próximo. Com ódio em seus olhos, o homem parou o carro e, aproveitando que a moça estava amarrada e sem chance de se defender, aplicou fortes socos em sua cabeça.

⸻ Cala essa maldita boca, bruxa! ⸻ Ele esbravejou.

Havia desaparecido a aparente boa mocidade do homem. Seu cabelo jazia desarrumado e apenas ódio era possível ver em sua face, sem mais o sorriso icônico que incomodava ao mesmo tempo que causava algum encantamento. Sentindo muita dor dos golpes, Maria finalmente se calou.

⸻ Melhor assim ⸻ disse o homem.

Ele voltou a se posicionar em seu assento e pôs o carro para se mover novamente. No banco de trás, a pobre Maria chorava intensamente. O homem voltou a falar:

⸻ Você me desapontou, sabe? Estava indo tão bem. Do nada começou a se comportar como uma criancinha, uma criança imatura que não aceita o seu destino. Talvez todas as bruxas sejam assim. Ou talvez sejam exatamente essas que não sejam. É um bom questionamento.

Um silêncio incômodo tomou conta do carro mais uma vez. O único som audível era o do motor do carro e o atrito dos pneus com o asfalto. O automóvel estava saindo da cidade e pegando uma estrada um tanto quanto mal cuidada, esburacada. Finalmente cessando o choro, Maria questionou:

⸻ Você vai fazer um ritual comigo? Vai me matar em uma fazenda ou algo do tipo?

O homem arregalou os olhos e falou com espanto:

⸻ A bruxa aqui é você! Eu quero apenas achar um lugar decente para te matar da maneira certa.

⸻ Você acha mesmo que é isso que Deus pede de você? ⸻ Maria questionou, tentando trazer um pouco de razão ao sequestrador.

⸻ Deus? Eu não acredito em Deus. Acredito no inferno, sim. Mas em Deus? Que Deus? Um que abandonou o mundo ao Diabo? Não faz sentido. Agora quanto aos demônios? Ah, eu vejo eles todos os dias. Depravação, violência injustificada, pobreza e um ciclo infindável de guerras. Ah, eu tenho total fé no Diabo. E eu odeio ele! Você não?

A moça fez silêncio enquanto refletia sobre as palavras do louco. Será que havia algum sentido ali? Ele continuou:

⸻ Alguém tem que matar os demônios. Se não existem anjos ou salvadores, alguém deve fazer o papel de vingador. E nada melhor que alguém que foi torturado por uma bruxa durante anos.

O homem calou-se mais uma vez enquanto desviava dos buracos da estrada. A pobre Maria não sabia o que fazer, a não ser aguardar pela sua execução. Ou será que seria possível convencer o homem da loucura que ele estava fazendo? Haveria salvação para um assassino que praticava crimes horrendos há quatro anos? Maria imaginava se ela seria só mais uma vítima. Sem história, sem lembranças.

⸻ Sabe, eu sinto que finalmente consegui. ⸻ O louco interrompeu o silêncio novamente. ⸻ Há quatro anos eu comecei essa verdadeira cruzada. Parecia uma missão impossível. Sequestrar as mulheres até que foi fácil, mas achar uma bruxa de verdade? Aí que estava o verdadeiro desafio. As outras oito eram mulheres normais, infelizmente. Pagaram com a vida por culpa de bruxas reais. Mas como eu disse, é um custo necessário. Agora você? Aposto minha vida que você é uma bruxa. Que minha carne seja jogada aos demônios se eu estiver errado. Aquilo que aconteceu com sua prima? Sinistro. Ainda mais conhecendo o histórico.

⸻ O que aconteceu com ela? ⸻ Maria questionou.

⸻ Ah, claro. Se fazendo de desentendida, hein? Mas eu lembro a história. Depois que ela traiu sua confiança com seu ex-namorado, ela cometeu suicídio, supostamente. Ah, lembrando que ela não fez isso sozinha: seu ex foi junto. Os dois deram as mãos e saltaram de uma passarela, quebrando alguns ossos e logo em seguida sendo atropelados por um carro. Um serviço completo. Agora o estranho era que nenhum tinha histórico de problemas psicológicos ou mesmo razão para cometer tal ato. Bizarro, não?

Maria ficou de boca aberta com as acusações do homem, ao mesmo tempo em que buscava entender como ele teria obtido tais informações.

⸻ Quando o mundo não anda como vocês querem, vocês o manipulam. Toda a ordem se torna caos e muito sangue sempre acaba sendo derramado. Fico me perguntando quais rituais você fez. Conseguiu ser discreta, admito. Mas não fugiu do meu olhar ⸻ disse o homem.

⸻ Eu não sou uma bruxa! ⸻ Maria gritou.

O homem reduziu a velocidade do carro e o farol alto começou a iluminar uma pequena igreja no meio do nada. Prevendo seu trágico destino, Maria se sacudiu o máximo que pôde, enquanto tentava se desvencilhar da corda que amarrava suas mãos.

⸻ Eu não tenho nada a ver com isso, eu juro! Por favor, me deixe ir! Eu juro que nunca fiz nada disso! Eu juro! ⸻ Ela gritava.

⸻ Agora você pode gritar à vontade. ⸻ Ele finalmente estacionou o carro. ⸻ Sabe qual foi o pior erro na questão da caça às bruxas que vemos nos livros de história? Elas terem sido encerradas. O mundo não estaria assim se tivessem continuado.

O homem finalmente saiu do carro e foi até a porta de trás para retirar a pobre moça. Abriu a porta, puxou Maria e a carregou pelo braço até as portas da capela.

⸻ Uma boa igreja, para uma boa bruxa. Ou seria má? ⸻ Ele disse.

Em completo desespero, Maria esperneou e disse:

⸻ Eu não tenho culpa se uma bruxa te torturou!

Mais uma vez, lágrimas saíam dos belos olhos da moça. O homem respirou pesadamente e colocou a garota delicadamente no chão. Ele então retirou um pé-de-cabra do porta-malas da pick-up e arrombou a porta da capela. Ele voltou a segurar a garota e, enquanto levava a mesma para dentro do lugar, falou:

⸻ Essa bruxa que me torturou não era nada menos que minha mãe. Fui concebido em um ritual envolvendo o pior que existe da sociedade. Não conheço meu pai e por pouco fugi das garras dela. Ela me torturava com suas palavras de feitiçaria e seus rituais. Eu vi animais sendo completamente dilacerados em nome de divindades de nomes impronunciáveis, vi crianças falando línguas estranhas e vi a própria natureza se curvar a toda essa desgraça. Diziam que ela me teve apenas para me usar como fonte da sua magia, que sem mim ela perdia parte da sua força, e por isso me torturava com seus rituais. Tudo uma questão de poder. Por sorte, fugi ainda jovem, mas não antes de apunhalá-la e deixá-la para morrer. Desde então eu planejo trazer a vingança ao mundo. E nada mais simbólico para passar uma mensagem do que caçar bruxas no dia delas. Mas o grande fato é: se tem alguém que sabe o que é bruxaria, esse alguém sou eu. Espero que entenda. Não é pessoal, é por um mundo melhor que eu escolhi te matar.   

Maria estremeceu-se ao ouvir a história enquanto adentrava a pobre capela nos braços do seu algoz. O lugar tinha uma estrutura de madeira e era extremamente humilde, sem adornos ou quadros gloriosos. A única imagem sacra era a de um crucifixo próximo ao altar. O homem passou pelo corredor entre os pobres bancos de madeira e então posicionou o corpo de Maria sobre o envelhecido altar. Ao lado havia uma plataforma com uma larga bacia cheia de água benta.

⸻ Como você se sente, querida? ⸻ O homem acariciou o rosto da pobre moça.

Ela encarou os grandes olhos azuis do seu inimigo. Entretanto, algo havia mudado em Maria. Ela não mais tremia de medo ou chorava. Ela estava concentrada, com atenção total aos atos do homem. E então, com a voz mais grave do que o comum, ela disse:

⸻ Feliz dia das bruxas, meu filho.

⸻ O quê?! ⸻ O homem se espantou.

E então, distraído, o sequestrador teve o olho esquerdo perfurado pelas unhas da mão direita da moça, que havia conseguido escapar parcialmente das amarras. Gritando de dor, ele se afasta. A moça rapidamente desamarra o braço esquerdo e finalmente se levanta. Ela fica de pé na frente do homem, enquanto seu olho sangrava intensamente.

⸻ Você cresceu, meu filho! ⸻ Maria agora apresentava um cabelo mais claro e com vários fios brancos, além dos olhos azuis. ⸻ Quase não te reconheci!

⸻ Eu não entendo! ⸻ O homem sacou uma faca e apontou para a moça.

⸻ Não se lembra, querido? O dia em que você me esfaqueou e me deixou para morrer? Eu escapei. A um custo, claro. Quase sem poderes, tive que mudar de forma, me infiltrar mais uma vez nessa sociedade podre, como você bem disse. E aqui estou.

⸻ Isso não pode ser verdade!

O homem avançou contra sua inimiga com a faca, mas a mulher segurou o seu braço, tomou-lhe a faca e usou-a para penetrar a barriga do sequestrador.

⸻ Como ousa questionar sua própria fé? Você estava certo: bruxas existem! E elas são poderosas ⸻ disse a bruxa.

Agora, com uma aparência mais velha, uma voz madura e um sorriso diabólico, a moça ⸻ que até então se chamava Maria ⸻ assume totalmente sua forma verdadeira, a forma que o homem conhecia como sua mãe. Urrando de dor, ele ainda perguntou:

⸻ Você... você sabia disso tudo? Você planejou isso? Eu vi medo em seus olhos!

⸻ Uma bruxa pode até enganar aqueles oniscientes, que conhecem a história do mundo como uma viagem entre páginas de livros. Você errou ao me subestimar. ⸻ A bruxa então puxou com força a faca, rasgando ainda mais a carne do homem.

No chão e completamente subjugado, o homem começou a gritar em desespero e a chorar.

⸻ Por que choras, meu querido filho? ⸻ A bruxa perguntou.

⸻ Por favor, me mate logo! Eu não quero mais isso! ⸻ Ele suplicou.

⸻ Você não entendeu, meu querido. Eu saí para caçar assim como você. Eu queria meu poder de volta, assim como você a sua “justiça”. Que bom que nos encontramos. Agora você pode voltar a ser só meu, livre deste mundo.

E então, com o filho aos seus pés e completamente sem ação, a bruxa recuperou totalmente seu poder. Aquele dia das bruxas finalmente teve seu fim. Mas a bruxa? Não.


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Notas finais do capítulo

O conto que você acabou de ler está participando do concurso do mês de Outubro do grupo "Caneta Tinteiro". Foi um desafio escrever um conto, pois eu tenho muito mais prática em escrever histórias mais longas, sem a limitação de palavras. De qualquer forma, fiquei feliz com o resultado final.

E você? O que achou?

Nos vemos nas próximas histórias ;)