The little mermaid escrita por Katherine


Capítulo 4
Os frios




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Duas semanas seguintes ao casamento, a casa acordou aos poucos, Ariel sendo a ultima a finalmente abrir os olhos. Sabia que Jacob havia a levado para o quarto, pois a ultima lembrança da noite passada foi de dormir nos braços do moreno. Sentia-se indisposta, mas não queria preocupar ninguém, então apenas fez seus afazeres devagar antes de voltar para a sala, onde encontrou Rachel e Billy conversando com um homem desconhecido. As mãos da garota se alojaram em volta do próprio corpo, como se quisesse se defender do Xerife. Seus movimentos chamaram a atenção dos três presentes. Billy abriu um sorriso amigável para a menina.

— Bom dia, querida – desejou – Venha, vou lhe apresentar um velho amigo.

Em passos curtos, a ruiva caminhou com os pés descalços até a cadeira de rodas.

— Oi – sorriu para o homem barbudo.

— Oi, como se chama? – perguntou com a duvida no rosto.

— Ariel.

— Eu sou Charlie, Ariel. Sou o Xerife da cidade e um grande amigo da família. Não se preocupe, farei o que for preciso para encontrar o seu paradeiro – prometeu.

— Eu não me lembro – disse – Como poderei saber?

Sentiu uma pontada de dor na lateral da sua cabeça, mas disfarçou.

— Daremos um jeito em tudo.

A garota agradeceu, enquanto Rachel puxou-a para fora, rumando em direção a casa de Emily, onde poderia encontrar o namorado. A Black foi envolvida em um abraço no momento em que seus pés tocaram a varanda, deixando a ruiva de lado. Emily também apareceu, encontrando a menina completamente perdida nos próprios pensamentos.

— Ei, Ariel – sorriu – Como vai? Me chamo Emily, sou casada com o Sam. Ouvi falar muito de você. Quero que saiba que sempre estaremos dispostos a ajudar no que for preciso.

— Obrigada, Emily – retribuiu o sorriso, sem mostrar os dentes.

A mais velha franziu o cenho, ao ver o olhar da menina olhando curiosamente para o mar.

— Tudo bem?

Ariel voltou a encara-la, completamente desatenta.

— Quer ir até lá? Eu posso leva-la – murmurou.

Emily obteve um aceno em resposta enquanto a menina já corria em direção a praia de La Push. Nem teve tempo de avisar aos outros, apenas correu atrás da garota. O dia não estava ensolarado. Mas no momento em que a garota misteriosa pisou na areia, um raio atingiu a agua, mudando a temperatura da agua para o vinho. A chuva caia depressa e Emily se assustou. Elas estavam sozinhas e a menina parecia hipnotizada com tudo aquilo.

— Ariel – gritou, chamando a atenção da mesma – Temos que voltar, é perigoso aqui fora!

Jacob e Sam estavam fazendo ronda perto da praia, Emily soube o que fazer no exato momento em que Ariel a encarou, com os olhos assustados, como se estivesse perguntando o que estava fazendo ali e ao mesmo tempo, querendo apenas avançar em direção ao mar. Soluços fortes começaram a escapar do peito da mesma, enquanto as gotas da chuva se misturavam com as lagrimas.

— Eu não consigo, Emily. Sinto que preciso entrar. Não dá pra contrariar!

A morena segurou suas mãos com força.

— Não posso tirar os olhos de você, então preciso que chame por ajuda – disse – Fecha os olhos, Ariel. Pense em Jacob, está bem? Diz que precisa da ajuda dele!

O vento se tornava cada vez mais forte, assim como os raios que insistiam em cair na agua. A menina fez. Fechou os olhos e tentou chamar por Jacob, mesmo não entendendo como aquilo ajudaria. Enquanto isso, voltou a sentir a forte dor de cabeça. Houve um uivo, seguido de outro, fazendo com que Emily abrisse um sorriso cumplice para a garota. Jacob e Sam apareceram em segundos, já em suas formas humanas. Emily parou de tentar puxar a garota para perto de si quando viu que o Black tomou o seu lugar, pegando a menina – agora desmaiada – nos braços. Os raios e trovoes cessaram. O outro casal correu de mãos dadas de volta para a sua casa. Todos os encaravam com olhos curiosos. Jacob encarou a irmã por um segundo, antes de se virar para Sam, num pedido desesperado de ajuda.

— Não tem outra alternativa, Jacob – disse – Calisle pode nos ajudar.

Suspirou contrariado. Não tinha tempo a perder. Então, apenas a colocou nos colo novamente, e seguiu rumo a mansão dos Cullen, junto com o resto do bando. Os únicos que entraram foram Seth, Jacob e Sam. Mesmo que surpreso, o vampiro – o preferido e o único que Jacob gostava – mandou que levassem a sua garota para uma sala de hospital improvisada. Qualquer pessoa foi proibida de entrar, apenas Calisle e Alice estavam ali.

— Vocês estão molhados – Esme disse, lhes entregando uma toalha quente.

Não que fosse necessário, pois cada um poderia secar-se apenas com a temperatura do seu corpo em segundos. Mas agradeceram e aceitaram de bom modo.

— Jacob – Isabella o chamou.

Sua voz carregada de dor. O lobo não teve coragem de virar prontamente, por poucos segundos retomou a postura, virando-se em lentidão para a garota que por muito tempo – achou – que fosse o único motivo da sua existência. Os olhos vermelhos, a pele mais branca que o normal e cabelos escuros. Sempre pensou que esse dia chegaria, mas era diferente. Bella ainda era Bella. Uma versão melhorada e vampiresca, mais ainda era a Bella.

— Você fede – ela sorriu gentilmente.

— Você ainda é você – comentou – Quando aconteceu?

— Há três dias – disse – O quê fazem aqui?

Edward uniu sua mão com a da esposa. Isabella sorriu para o marido.

— Vocês dois juntos me parece a coisa certa – Jacob admitiu. Eles estranharam, mas não tiveram tempo de perguntar mais nada. Calisle saiu do pequeno escritório - Como ela está?

— Sinto muito, Jacob. Não vou deixar que a garota saia daqui. Ainda não!

— Por que?

— Há muito o que ser feito. Não quero deixa-los preocupados, mas... a situação não é boa. Está tudo bem, no momento. Ela já acordou e Alice está conversando com ela. A situação não é boa.

— Calisle, ela vai ficar bem, não vai?

Bella encarou o melhor amigo, sabendo que ele havia encontrado seu Imprinting. Estava feliz por ele. Por eles.

Suas mãos tremiam compulsivamente. Sua vida dependia daquilo. Ariel dependia daquilo.

— Vou fazer o impossível.


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